Вы находитесь на странице: 1из 4

O procedimento criminal pode ser COMUM ou ESPECIAL

O procedimento comum é a regra e pode ser dividido em:

a) Pena Máxima Igual ou Maior que 4 anos: procedimento comum ORDINÁRIO.

b) Pena Máxima INFERIOR a 4 anos: procedimento comum SUMÁRIO.

c) Infrações de Menor Potencial Ofensivo (IMPO): aplica-se o procedimento comum


SUMARÍSSIMO, previsto na Lei 9099/95.

IMPO? Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo (IMPO): a) os crimes cuja
pena máxima cominada não seja superior a 2 anos; b) as contravenções penais.

O procedimento comum é aplicável, ainda, subsidiariamente a todoso os procedimentos


especiais previstos no CPP ou fora dele, salvo se houver previsão expressa em contrário.

As disposições do procedimento comum ORDINÁRO se aplicam não só aos procedimentos


especiais, mas também, subsidiariamente, aos procedimentos SUMÁRIO E SUMARÍSSIMO.

1.2 Rito Ordinário

1.2.1 Do oferecimento e do recebimento da ação penal - Da resposta do réu

O processo se inicia como o recebimento da peça inicial acusatória (ação penal), que pode ser a
denúncia ou a queixa.

A ação penal deve preencher determinados requisitos. Ausentes estes requisitos a ação penal
não será recebida pelo Juiz, sendo rejeitada sem que o réu chegue a ser citado (conforme art.
395 do CPP).

Caso a inicial acusatória não seja recebida pelo Juiz, caberá a interposição de Recurso em
Sentido Estrito (art. 581, I, CPP).

Estando a ação penal em ordem, ou seja, preenchidos todos os requisitos, o Juiz a receberá,
ordenando a citação do acusado (art. 396 CPP).

O prazo para a resposta (10 dias) começa a fluir da data em que o acusado é citado. No entanto,
caso tenha sido citado por edital, o prazo só começa a fluir da data em que o réu ou seu
defensor comparecer, eis que havendo citação por edital, e não comparecendo o réu e não
constituído defensor, suspende-se tanto o processo quanto o curso do prazo prescricional.

Na resposta à acusação, arguirá: art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e
alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as
provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação quando
necessário.
Caso o acusado apresente alguma EXCEÇÃO (de suspeição, impedimento, etc.), esta será
autuada EM APARTADO (fora dos autos do processo principal) - art. 396-A, §1º. Não
apresentando resposta nem constituindo defensor, o Juiz nomeará defensor ao acusado, na
forma do §2º do art. 396-A.

A ausência de defesa técnica é causa de nulidade ABSOLUTA: Súmula 523 do STF - "No processo
penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver
prova de prejuízo para o réu."

1.2.2 PROVIDÊNCIAS A SEREM ADOTADAS PELO JUIZ APÓS O OFERECIMENTO DA DEFESA PELO
RÉU

Após a apresentação da resposta do réu o Juiz poderá: a) absolver sumariamente o réu; b)


reconhecim algum vício na ação penal, extinguindo o processo; c) dar sequência ao processo,
designando data para audiência de instrução e julgamento.

a) O juiz absolverá sumariamente o réu sempre que, após o prazo para resposta, verificar que o
FATO NÃO CONSTITUI CRIME, ou ainda, que está presente alguma causa de exclusão da ilicitude,
da culpabilidade (salvo inimputabilidade) ou extintiva da punibilidade (art. 397 do CPP).

Não sendo caso de absolvição sumária, o Juiz dará sequência à instrução criminal, designando
dia e hora para a audiência. O CPP determina que o Juiz que presidir a audiência deverá proferir
a sentença (art. 399 do CPP).

Princípio da Identidade Física do Juiz (art. 392, §2º do CPP): esse princípio tem como
fundamento a certeza de que o Juiz que presidiu a audiência, por ter tido um contato mais direto
com as provas produzidas, sempre será a pessoa mais apta a proferir a sentença.

1.2.3 DA INSTRUÇÃO PROPRIAMENTE DITA

O processo deve ser célere. A doutrina majoritária sustenta que a instrução processual, em tese,
deveria terminar em 90 dias, por analogia ao art. 412 do CPP.

Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação em todas
as instâncias (art. 394-A do CPP).

O art. 400 do CPP trata da ordem dos trabalhos na audiência de instrução e julgamento: art. 400.
Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dia,
proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arrolada pela
acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como
aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas,
interrogando-se, em seguida, o acusado.

O ÚLTIMO ATO (instrutório) da audiência é SEMPRE O INTERROGATÓRIO DO RÉU. Isso se dá


porque o contraditório e a ampla defesa podem ser exercidos de forma mais eficiente pelo
acusado se ele já tiver tido conhecimento de tudo que está sendo alegado contra si.

Serão ouvidas as testemunhas da acusação, depois as da defesa. Serão ouvidas até oito
testemunhas da acusação e oito da defesa (para cada réu), não se computando neste número as
testemunhas referidas (aqueles que venham a ser descobertas por indicação de outra
testemunha) e as não compromissadas (que não prestam compromisso de dizer a verdade).

A parte poderá DESISTIR de inquirir qualquer de suas testemunhas, salvo se o juiz fizer questão
de ouvi-la, pois o Juiz pode determinar a oitiva de testemunha que não tenha sido arrolada pela
parte.

As provas deverão ser sempre produzidas numa mesma audiência (Trata-se do princípio da
CONCENTRAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS. Contudo, admite-se o desmembramento da audiência
em mais de uma oportunidade, quando houver um número excessivo de atos a praticar). Caso as
partes desejam algum esclarecimento dos peritos, deverão requerer esses esclarecimentos
previamente.

Após o momento da produção de provas, poderá o acusador (MP ou querelante), o assistente de


acusação e o acusado requerer a realização de DILIGÊNCIAS, de forma a esclarecer algum fato
(art. 402 do CPP).

Não havendo requerimento de diligências, ou, tendo havido, após a realização destas ou o seu
indeferimento, entra-se na fase das ALEGAÇÕES FINAIS. Atualmente, a regra é a de que as
alegações finais sejam feitas ORALMENTE, concedendo-se o prazo de 20 MINUTOS PARA A
ACUSAÇÃO E PARA A DEFESA, prorrogáveis por MAIS 10 MINUTOS.

Caso sejam dois ou mais acusados, o prazo de cada um será individual (§1º). Havendo assistente
da acusação, será concedido a este prazo de 10 minutos para falar, após o MP. Nesse caso, como
a acusação ficou com 30 minutos (20 do MP e 10 do assistente de acusação), serão acrescidos 10
minutos ao tempo de defesa (§2º).

O CPP permite que, sendo o caso muito complexo (ou em razão do número excessivo de
acusados), o Juiz autorize às partes apresentarem as alegações POR ESCRITO, no prazo de CINCO
DIAS, findo o qual o Juiz deverá proferir sentença, no prazo de DEZ DIAS.

1.3. PROCEDIMENTO COMUM RITO SUMÁRIO

Diferenças entre o rito ordinário:

a) A audiência deve ser realizada no prazo máximo de 30 dias (no rito ordinário o prazo é de 60
dias).

b) O n´mero máximo de testemunhas é CINCO (art. 532) e aqui não há a ressalva feita no rito
ordinário quanto às testemunhas não compromissadas e referidas, ou seja, esse número de 05
inclui também estes tipos de testemunha.
c) Não há previsão de fase de "requerimento de diligências", como no rito ordinário;

d) Não há possibilidade de apresentação de alegações finais por escrito, devendo ser,


necessariamente, ORAIS.

e) O rito sumário será aplicável às Infrações de Menor Potencial Ofensivo quando, por alguma
razão, estas infrações penais não puderem ser julgadas pelos Juizados.

Вам также может понравиться