“Mas recebereis Poder, ao descer sobre vós o ESPÍRITO SANTO, e sereis Minhas Testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos Confins da Terra. ” – At.1:8 Este Livro, que veio a ser chamado posteriormente de Atos dos Apóstolos, e que poderia também ser chamado de Atos do ESPÍRITO SANTO através dos primeiros Apóstolos, é a continuação natural dos Evangelhos, e foi o segundo Livro escrito pelo médico Lucas cerca de 62 DC, e endereçado originariamente, assim como o primeiro, a um seu amigo identificado pelo nome de Teófilo, que era uma pessoa muito honrada, influente, instruída e estudiosa, embora Lucas tivesse intenção de alcançar a todos os Cristãos. Este Livro registra o surgimento da Igreja do SENHOR JESUS no Dia de Pentecostes, e relata os Sinais e as Maravilhas que acompanharam a Pregação do Evangelho de CRISTO, o Evangelho das Boas Novas do Reino de DEUS sendo trazido para a Terra, e se estendendo para além das fronteiras iniciais de Jerusalém e da Judéia, pois registra a continuação do Ministério do SENHOR JESUS através de Homens fiéis, piedosos, intrépidos e cheios do ESPÍRITO SANTO, e que tem nos alcançado maravilhosamente até hoje, pois Atos dos Apóstolos continuou a ser ‘escrito’, e ainda continua sendo escrito em nossos dias, anotando ao longo dos Séculos a atuação da Igreja Viva do SENHOR JESUS Ressurreto. Assim, e por causa disso tudo, o estudo deste Livro é muito valioso no Discipulado Bíblico pois ele manifesta sim a Doutrina, os Sinais e os Ensinos do SENHOR JESUS, manifestados e demonstrados com Poder através dos Apóstolos e dos Discípulos no exercício e na prática do dia a dia da Igreja, a partir do Pentecostes, dando-nos também todo o respaldo para nós hoje virmos a experimentá-los e a realizá-los. Então no Capítulo 1, Lucas inicia fazendo uma introdução e uma ligação de continuidade com o primeiro Livro escrito por ele, o Evangelho Segundo Lucas, mencionando os quarenta dias que o SENHOR JESUS passou com os Seus Discípulos após a Sua Ressurreição, vivo e ressuscitado dentre os mortos pela Glória do PAI (Rm.6:4) com muitas provas incontestáveis, abrindo-lhes o entendimento das Escrituras (Lc.24:44-49), sobre a Grande Comissão (Mt.28:18-20), e falando-lhes acerca das coisas concernentes ao Reino de DEUS (Vs.1-3). E ainda, fala sobre as últimas Instruções do SENHOR JESUS para o recebimento do Batismo com o ESPÍRITO SANTO e sobre a Promessa do PAI do derramamento do ESPÍRITO SANTO, o Pentecostes, para a capacitação a fim de serem Suas Testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da Terra (Vs.4-8). Lucas também acrescenta o relato sobre a gloriosa Ascensão do SENHOR JESUS para o Trono do PAI, pois estando no Monte das Oliveiras e enquanto abençoava os Seus Discípulos, foi sendo diante de todos envolvido em uma Nuvem, simbolizando aqui a ‘Shekinah’ da Presença da Glória de DEUS, e elevado para o Céu (Lc.24:51). Lucas ainda registra a fala de dois Anjos que se puseram ao lado dos que estavam ali, e que então a todos disseram que o SENHOR JESUS voltaria do mesmo modo glorioso como eles O estavam vendo subir, de forma corpórea e visível a todos (Vs.9-11). Então, Lucas registra que os Onze Discípulos e Apóstolos, em obediência à Instrução do SENHOR de que esperassem em Jerusalém o cumprimento da Promessa do PAI, retornaram para Jerusalém e se dirigiram para o Cenáculo, um amplo aposento na casa de Maria, mãe de João Marcos, o mesmo lugar da Última Ceia e onde passaram regularmente a se reunir (At.12:12), e ali perseveraram unânimes em Oração, já então incluindo as mulheres, provavelmente aquelas que foram testemunhas da Ressurreição do SENHOR (Lc.24:10), e também Maria, a mãe de JESUS e mencionada aqui pela última vez nas Escrituras, e os Irmãos DELE, Tiago, José, Simão e Judas (Mt.13:55), que até pouco antes ainda não criam NELE (Jo.7:5), mas que vieram a se converter diante da Sua gloriosa Ressurreição (Vs.12-14). Assim, Lucas continua e relata que naqueles dias levantou-se Pedro, já assumindo a postura de porta-voz dos Onze, para que, diante daquele primeiro grupo de cerca de cento e vinte Irmãos e Discípulos, talvez até com alguma precipitação para aquele momento, mas em função da vacância pela traição e deserção de Judas Iscariotes, que participou como um dos Doze daquele Ministério mas que se desviou e veio a suicidar-se, outro Irmão então, com base no Livro dos Salmos (Sl.109:8), deveria vir a assumir o seu lugar, o seu encargo, o seu bispado. Mas isto ainda era sem a plena Revelação e a Sabedoria do Alto, imprescindíveis para este caso, o que somente viria logo depois pelo derramamento do ESPÍRITO SANTO no Pentecostes (Vs.15-20). Então, após a exposição de algumas qualificações necessárias para essa pessoa, os Irmãos propuseram dois nomes para esse Ministério: José, chamado Barsabás e também conhecido como Justo, e Matias; e estes dois, possivelmente, tenham sido daqueles Setenta que foram anteriormente enviados pelo SENHOR (Lc.10:1). Depois, fizeram Oração ao SENHOR JESUS pedindo que ELE revelasse qual dos dois ELE tinha escolhido, e ao que parece, por não receber resposta imediata, embora o SENHOR não reprovasse nenhum dos dois, porque o escolhido seria Paulo; mas isto somente seria revelado mais tarde (At.9:15; 1Co.15:8). Porém, eles voltando ainda à base do entendimento pelo Antigo Testamento (Lv.16:8; 1Cr.26:13; Pv.16:33), decidiram lançar sortes, e a sorte recaiu sobre Matias, sendo este então acrescentado aos Onze Apóstolos (Vs.21-26). Aleluia!!!