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PLANO DE AULA APOSTILADO

Escola Superior de Teologia do Espírito Santo

Homilética
A arte da comunicação e exposição da Bíblia

Escola Superior de Teologia do ES


A Escola Superior de Teologia do Espírito Santo – ESUTES, é amparada pelo disposto no parecer
241/99 da CES (Câmara de Ensino Superior) – MEC
O ensino superior à distância é amparado pela lei 9.394/96 – Artº 80 e é considerado um dos mais
avançados sistemas de ensino da atualidade.
Sistema de ensino: Open University – Universidade aberta em Teologia
O presente material apostilado é baseado nos principais tópicos e pontos salientes da matéria em
questão.
A abordagem aqui contida trata-se da “espinha dorsal” da matéria. Anexo, no final da apostila, segue a
indicação de sites sérios e bem fundamentados sobre a matéria que o módulo aborda, bem como
bibliografia para maior aprofundamento dos assuntos e temas estudados.

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__________

Sumário
_______

Preparando a apresentação ..........................................................................................................04

Sete passos para uma apresentação eficiente ..............................................................................05

Como expor, ensinar ou pregar de modo que as pessoas ouçam .................................................11

A comunicação visual- A comunicação através do corpo...............................................................16


.
Utilizando recursos visuais............................................................................................................. 21

A postura do preletor...................................................................................................................... 25

Cuidados com os componentes da apresentação.......................................................................... 30

Como usar o microfone................................................................................................................... 31

Controlando a sessão de perguntas e respostas............................................................................ 34

Introdução ao estudo da homilética................................................................................................ 37


.
A Teoria e a Teologia da Pregação................................................................................................. 38

A Pregação e os seus Objetivos..................................................................................................... 43

A estrutura do sermão.................................................................................................................... 47

Os tipos de sermão........................................................................................................................ 55

Bibliografia..................................................................................................................................... 60

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Preparando a Apresentação
Antes de preparar uma apresentação há aspectos da comunicação que você
precisa conhecer.

Elementos não-verbais
A comunicação verbal contém elementos não verbais. Pesquisas revelam que ela
vai muito das palavras.
Somente 7% comunicação interpessoal pode ser traduzida por palavras e o resto
está contido em elementos não verbais. Cerca de 55% da comunicação resultam
da expressão facial e de outra linguagem corporal e 38% vêm da inflexão da voz. A
pesquisa também revela que as apresentações são mais eficazes quando contam
com recursos visuais.

Memória de ouvinte
O ouvinte típico lembra só de 10% do que exposto depois de uma semana da
apresentação. Após meia hora, o ouvinte comum não se lembrará de 40% do que
foi dito. No final do dia, 60% serão esquecidos.
Um orador experiente planejará sua apresentação a fim de aumentar a
memorização por meio de:

• Repetição: - Quanto mais se ouve uma mensagem, mais lembrada ele será.
• Proximidade - Quanto mais recente for a mensagem, mais será lembrada.
• Impressão - Quanto maior impacto emocional a mensagem causar no ouvinte
por mais tempo ela será lembrada.
• Simplicidade - Uma apresentação simples é fácil de ser entendida.

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Sete passos para fazer uma apresentação
eficiente
As apresentações bem sucedidas das são elaboradas a partir de uma sólida e
ampla preparação. A maioria delas é um fiasco em razão de preparações fracas e
inadequadas. Uma boa regra de conduta, para oradores iniciantes, é treinar por
duas horas cada minuto do discurso.
Um dos segredos do sucesso como orador e que você prepare a apresentação certa
para o público certo e na hora certa e tenha um plano de ação se algo der errado.
Preparar uma apresentação eficiente pode ter apenas alguns passos básicos.
Todos esses passos descritos a seguir devem ser revistos e seguidos
sistematicamente.

• Passo 1: Estabeleça os Objetivos da Apresentação

Pergunte-se: "Porque estou fazendo esta apresentação?", em vez de:"O que vou
acrescentar a ela?" A maioria dos objetivos das apresentações consiste de um ou
mais dos seguintes itens:
• vender;
• informar,
• educar;
• motivar;
• criar ação;
• entreter;
• comemorar.

Ao estabelecer a meta, você decide qual será o padrão para uma apresentação ter
sucesso. Você deve estabelecer qual será o resultado desejado. Ele deve estabelecer
a realista e exequíveL

• Passo 2: Analise o Público


Identifique o público sob o aspecto de conhecimentos, atitudes, preferências e
aversões, como um guia, para determinar os fatos e passagens que têm maior
probabilidade de surtir efeito positivo para alcançar seus objetivos. Dados
demográficos básicos podem ajudar no planejamento e no tipo de material que se
deve usar. Esses dados demográficos incluem:
• idade;
• sexo;

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• renda,
• ocupação ou status profissional;
• filiação política; e
• nacionalidade.

Informação sobre o público pode ser obtida:


• perguntando a outras pessoas que já falaram para esse público;
• estudando mais sobre a empresa ou a organização à qual o público pertence;
• revendo relatórios do público, ou sobre seus membros;
• perguntando direta ou indiretamente aos membros selecionados desse público ou a outros
ligados a eles; e
• pensando com lógica e aplicando o senso comum ao que você já sabe sobre a situação e a
platéia.

Todo público quer ouvir mensagens que reflitam suas necessidades, valores e
crenças. Para assegurar seu sucesso, você deve planejar sua apresentação para
transmitir as seguintes mensagens:

• Não deixarei você perder tempo. O público se aborrece quando sente que
está perdendo tempo;

• Sei quem você é: Um orador deve atender às necessidades e aos interesses do


público;
• Sou organizado: A mensagem deve ser clara e fácil de entender;

• Conheço meu assunto: O público quer oradores experientes que falem com
autoridade.Aqui está o ponto mais importante: é responsabilidade do
orador conscientizar o público do motivo por que ele está ali.

• Já terminei: O orador deve chegar a uma conclusão e fechar a apresentação


com segurança ou o público se sentirá enganado.

• Passo 3: Prepare o Plano de Apresentação


O plano de apresentação é como um esquema. Ele o ajuda a construir a
estrutura pela qual se desenvolve a apresentação e também a decidir quanto e
de que material você precisa. Ao mesmo tempo, serve como um roteiro que
lhe fornece dados de apoio, preparo de recursos visuais, ou lhe dá assistência
na organização da apresentação.

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• Passo 4: Selecione O Material de Apoio
Geralmente, o problema não é encontrar material suficiente, mas selecionar o que
é apropriado. Você determina o material e a quantidade disponível que deve ser
incluída na apresentação
Não existe fórmula nenhuma que garanta a seleção apropriada, mas há algumas
questões de senso comum que podem ajudar.

• Qual é o objetivo ou o propósito desta apresentação?


• O que deve ser abordado? O que deve ser eliminado?
• Qual a quantidade necessária de detalhes?
• O que deve ser dito para alcançar os objetivos?
• Qual é a melhor maneira de dizer isso?

• Qual a reação que se espera do público para alcançar os objetivos?

Finalmente, submeta todo o material ao teste do “por que?” Se você não


conseguir justificar que o material selecionado contribui para alcançar os
objetivos, elimine-o.

• Passo 5: Organize o Material


Este passo representa o plano de apresentação que inclui o material selecionado,
num formato que se adapte ao seu estilo, atendendo aos objetivos e satisfazendo às
necessidades do público. As três partes de uma apresentacão bem organizada são:

Introdução - Diga sobre o que vai falar. Seja breve.


O propósito da introdução é:
• fazer o público ouvir a apresentação;
• lntroduzir o objetivo e o propósito da apresentação.

Conteúdo - Falar para o público. Desenvolva e fortaleça sua idéia com material
selecionado.
O conteúdo deve:

• Seguir as idéias principais listadas no plano de apresentação e identificar e interpretar


essas idéias de maneira que sejam importantes para o público, e
• Lidar com as perguntas e discussões do público. Este pode ser o ponto mais alto da
apresentação. No entanto, é preciso ter muito cuidado na escolha do momento e da maneira
como isso será feito.

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Conclusão - Fale sobre o que expôs ao público.
Esta deve ser a parte mais consistente de sua apresentação e precisa:

• resumir as idéias e os objetivos principais;


• levar a uma ação a abraçar uma crença ou chegar a uma Conclusão; e
• retomar claramente a idéia ou a proposta da apresentação.
A organização da apresentação será discutida mais detalhadamente no próximo
capítulo.

• Passo 6: Pratique a Apresentacão


A preparação da apresentação só fica completa depois que você faz um ensaio. A
prática ajuda a alcançar o sucesso, mas não garante uma boa apresentação se não
for planejada com eficiência ou for desorganizada.
A prática:

• dará a você mais autoconfiança e, como resultado, o público estará mais


disposto a dar crédito ao tema de sua apresentação;
• detectará imperfeições ou falhas no material;
• Vai familiarizá-lo com o material, de modo que as palavras certas fluam
espontaneamente;
• Permitirá que você use recursos visuais, de modo que fortaleçam e não
interfiram na apresentação,
• Tornará mais fácil antecipar as questões latentes, particularmente as que
possam incomodar.

Existem três métodos básicos de ensaiar a apresentação:


• Falar em voz alta para si mesmo;
• Usar gravador, vídeo ou áudio; e
• Fazer uma prévia para colaboradores, amigos OU até mesmo para alguns representantes
do público da palestra programada.

• Passo 7: Prepare um Plano de Apoio


Preparar um plano de apoio é importante, porque a apresentação pode não se
desenrolar como foi planejada. Existem coisas que você, como orador, não pode
controlar diretamente e que podem dar errado. Dependendo da apresentação,
pode haver alguns entraves, tais como:

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• Problemas de recursos visuais;
• Falha no equipamento áudio visual;
• Ralha de energia,
• Indisposição pessoal;
• Interrupções inesperadas, e perda do raciocínio ou “ter um branco" durante a
apresentação.

Você não pode prever todos os problemas e nem deve tentar. O importante é
reconhecer que algo sério pode dar errado e você precisa ter uma saída. Nas piores
circunstâncias deve haver um plano de apoio pronto que te capacite a transmitir
sua mensagem ao público O plano deve ter começo, meio e fim. Deve ser escrito e
estar disponível durante a apresentação para ser usado como notas e se necessário,
lido.

Resumo da preparação

Cada um dos sete passos dá uma contribuição especifica e nenhum deles deve ser
negligenciado.
Resumindo:

1.Estabeleça os objetivos da apresentação. Estabeleça por que você está fazendo a


apresentação e o que espera realizar.

2. Analise o público em termos de conhecimentos, atitudes e habilidades de agir. Lembre-


se disso quando organizar a apresentação.

3. Prepare um plano introdutório centrado nas idéias principais ou nos conceitos que o
público deve entender se o propósito é atingir objetivos.

4. Selecione o material para a apresentação seguindo o plano introdutório. Prepare-se


para justificar a inclusão de cada item quanto aos objetivos.

5. Organize o material para o público de maneira lógica e eficaz, dando um reforço


especial à introdução e à conclusão.

6. Prepare a apresentação antes e enfrentar o público. Elimine da apresentação tudo o


que for excessivo, de modo que ela fique o mais leve possível.

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7. Prepare um plano de apoio para uma emergência caso a apresentação não fique de acordo
com o que foi planejado.

Se seguir sistematicamente essas sete regras de preparação, você obterá os


seguintes resultados:

• Autoconfiança em alta.
• Redução de mais de 50% no tempo de apresentação.
• Redução de 20% a 50% no tempo de preparo.
• Redução substancial no numero e na complexidade dos recursos visuais.
• Ampliação da boa receptividade do público.

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Como expor, pregar ou ensinar de modo que as
pessoas ouçam

O pregador ou ensinador é um comunicador. Pregar ou ensinar é comunicar.


Comunicar é falar de modo que as pessoas ouçam e entendam.
Para que cumpramos esta meta são necessárias algumas observações:
• Reconhecer a importância do uso adequado da voz na pregação da Palavra ou
na exposição de algum tema;
• Saber usar bem a comunicação visual ou não verbal;
• Tomar cuidados em relação ao uso dos componentes de comunicação, tais
como o gesto, a apresentação pessoal: roupa, corte de cabelo e etc, o uso do
microfone e outros.
O Uso Adequado da voz em apresentações
A voz é a possessão mais preciosa que o comunicador seja ele professor, ou
pregador tem na comunicação. A voz é o instrumento de trabalho dele e seu
principal veículo de comunicação diante do público. Algumas autoridades no
estudo da voz humana dizem que apenas cinco pessoas em cem (5%) nascem com
boas vozes. Talvez estas não tenham que lutar muito para tornar a voz eficiente e
adequada. Mas você poder perguntar: e nós que não estamos naqueles cinco por
cento? Felizmente podemos lapidar a nossa voz e torná-la melhor e aceitável,
usando-a com eficiência, se seguirmos certas orientações.
Para isto é necessário um estudo sério de nossa parte sobre como estamos
utilizando este recurso fabuloso que temos.
A voz, que é o canal através do qual levamos a mensagem, é um meio e não
um fim em si mesma. Sabendo disso, o comunicador deve precaver-se contra
alguns sérios inimigos, como o orgulho, que o levará a busca de uma voz vaidosa
na apresentação e o desleixo, que fará com que muitos daqueles que vão ouvir a
sua mensagem sejam desestimulados pela descuidada apresentação dos recursos
vocais dele. Vejamos alguns aspectos que nos ajudarão no cultivo de uma boa voz,
para obtermos uma comunicação mais persuasiva das idéias e sentimentos.

As características da boa voz


Uma boa voz é expressiva. Notamos com bastante freqüência que os profissionais
que trabalham no rádio especialmente têm como destaque uma excelente
expressão. Suas vozes são os seus cartões de visita. São reconhecidos onde quer

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que estejam devido a esta característica. Uma boa voz demonstra vitalidade,
energia, vigor. Os profissionais das rádios FMs, locutores esportivos revelam estas
características e têm cativado ouvintes ao longo de anos. Uma boa voz tem boa
dicção. Isto indica que articula bem as palavras e fala com clareza. Uma boa voz é
agradável. A agradabilidade não tem a ver somente com a velocidade da fala, mas
também com o timbre e a tonalidade.

Uma boa voz é natural


Não tem coisa mais desagradável do que ficar ouvindo alguém que está usando
uma voz forçada. Até porque quando deixamos de usar a voz no modo natural
prejudicamos nosso aparelho da fala. Lembro-me dos humoristas que criam
personagens nos quais utilizam a voz de forma não natural e que têm sofrido
sérios problemas alguns dos quais recebendo até proibição médica de imitar outras
vozes.
Uma boa voz tem o volume adequado
Não podemos gritar nem tão pouco devemos murmurar. É preciso que utilizemos
um volume adequado, especialmente se usamos os recursos da amplificação do
som.
Uma boa voz tem clareza e pureza de som
Uma boa voz tem velocidade certa. Estima-se que esta velocidade seja de 120 a 150
palavras por minuto. Devemos Ter o cuidado de não atropelarmos as palavras com
a rapidez da fala para que não dificultemos o entendimento de alguma matéria,
mas também torna-se necessário não deixarmos que nossa voz se arraste e se torne
lenta demais, pois com certeza ele acabaria se tornando como uma canção de ninar.

Fatores que Afetam nossa Voz


Nosso estado de saúde pode afetar a voz
Não estou nem pensando nos estados gripais que geram infecções de garganta e
de faringe. Penso nas enxaquecas, estresses, hipertensão, etc. A saúde deve ser
cuidada de modo que não percamos a capacidade de usar bem a nossa voz.
Nossa posição quando falamos afeta a voz
Normalmente ao longo dos anos acumulamos uma série de problemas de
postura e estes afetam a voz. Por exemplo, se você normalmente prega de terno e
gravata e não se posiciona bem ereto a pressão da gravata o incomoda e sua voz
sofre afetações.
As nossas emoções afetam a voz

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O nervosismo, por exemplo, faz com que fiquemos com a boca seca e as vezes
sofremos desde pequenos engasgos até mesmo uma falta de voz temporária. O
mau uso da voz também prejudica a nossa fala. Gritar ou pregar num tom acima
do nosso normal acabam prejudicando o aparelho da fala com a famosa
rouquidão.

Elementos Técnicos do uso da Voz


Tenha uma respiração adequada
Este tipo de atividade (a pregação) exige que respiremos usando o nosso
diafragma. O diafragma é um músculo que separa a cavidade torácica da
abdominal.

Relaxe bem os músculos do aparelho da voz


O relaxamento muscular como também o alongamento são excelentes exercícios
que devem ser realizados antes e depois da fala.
Uma dica: marque uma consulta com um fonoaudiólogo e peça orientações técnicas e
específicas sobre a sua condição pessoal
Procure esta ajuda de modo que além da prevenção de futuros problemas ele te
ajude a explorar melhor e com mais técnica o potencial que sua voz tem.

Sugestões acerca do uso da voz


Não comece o sermão ou apresentação com todo o volume da voz que for capaz.
Varie sua voz quanto ao tom, força e velocidade. Nunca grite, nem berre em
qualquer que seja a circunstância. Evite deixar a voz cair nas últimas sílabas das
orações gramaticais. O tom da sua voz deve ser tão natural quanto numa conversa.
Em vez de elevar a voz, procure projetá-la abrindo bem a boca, articulando bem as
palavras. Aprenda a destacar as palavras importantes enfatizando-as através de
exercícios. De vez em quando ouça a sua própria voz com atitude crítica. Quando
pregar, não fique demasiadamente preocupado com a voz. Dê atenção exclusiva à
sua mensagem. Se utilizar microfone mantenha a distância adequada. E se for
possível teste antes e module o mesmo a freqüência de sua voz.

Mitos e Crendices da Voz


Mitologia Vocal significa um conjunto de considerações infundadas que na sua
essência são incorretas e falsas. Compreende crenças que formam imagens vocais
errôneas e estereótipos, sugerindo abordagens totalmente erradas.

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Algumas dessas crenças já estão entre nós há dezenas de anos, e isto significa
dizer que passam de pais para filhos, sempre acrescidas de mais elementos. A
voz e seus múltiplos usos ainda estão regidos por algumas crenças. Muitos
acreditam que a voz cansada é coisa natural, normal, depois de uso
prolongado(locução, canto) ou mesmo leve uso. Desta forma leva-se a aceitar que
os músculos laríngeos e faríngeos – músculos que produzem a voz – se cansam e
aceitam a rouquidão, o cansaço vocal, as ardências e mesmo a perda parcial da
voz, como algo plenamente normal. Faz-se crer também que o uso excessivo da
voz acarreta problemas vocais como: voz cansada, rouquidão, faringites e até.
Crer nisso é passar por cima do conhecimento científico, das pesquisas e das
técnicas vocais. Essas crenças populares não passam de mito. Isto mesmo: M-I-T-O!
A voz humana, quando bem empregada, não se cansa, não produz sintomas
negativos, nem requer esforços adicionais para falar. Seu uso excessivo, por si
mesmo, não acarreta problemas da voz; o que causa esses problemas é o uso
indevido e não respeito às normas da higiene vocal(aspectos preventivos).
Qualquer circunstância onde a voz é usada abusivamente pode acarretar-lhe
problemas que tenderão a agravar-se com o tempo. A voz bem definida (tom,
entonação, ritmo) pode ser usada durante horas e horas, em jornadas profissionais,
sem prejuízos. Mas é bom atentarmos para o fato de que a saúde geral do
indivíduo também conta. O cansaço físico por si já acarreta o cansaço vocal.
Dentre as sugestões populares para “tratamento” da voz, destacamos algumas
que aparecem mais freqüentemente:
a) Gargarejo com folha ou fruta da romã
Sabe-se das propriedades anti-inflamatórias que essa planta possui, mesmo
assim limitadas, mas a sua ação é sobre a faringe e jamais sobre a laringe – onde se
situam as cordas vocais.
b) Tomar mel no leite todos dias pela manhã, ao acordar
O mel contém variadas vitaminas e outros componentes que sabidamente
atuam no trato digestivo, mas sobre a voz ... desconhecemos a sua ação.
c) Tomar chá preto, quente, com uma metade de limão, e ingeri-lo sem açúcar
O limão é riquíssimo em vitamina C e o chá preto é digestivo; tomá-los
quentes tem como benefício apenas a ação do calor, que é relaxante e anti-
inflamatório. Mas, e a ação sobre a voz? Mais uma vez, desconhecemos.
Vaporizações com folhas de hortelã, massagens com álcool canforado na garganta, infusões
com 7 ervas do mato, tomar complexos vitamínicos em doses concentradas, gargarejos com
vinagre, sal e limão associados....
Entendemos que esses métodos podem até funcionar como meros paliativos, mas
nunca como curativos. Podem ser úteis durante períodos limitados. O grande
problema que eles causam é o “mascaramento” dos sintomas reais, e podem
impedir um diagnóstico preciso e, consequentemente, um tratamento correto. Eles

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não eliminam as causas que podem estar ligadas ao fato de uma vocalização
incorreta no uso da voz.
d) Outros mitos consistem em deixar de falar temporariamente ou limitar
sistematicamente o período de falas, trocar as ocupações profissionais, fazer
permanente prática de relaxamento ou meditação(tipo Yoga, meditação
transcendental, regressões psíquicas, etc).
Algumas dessas sugestões merecem um toque de realidade, pois são
imaginárias quando aplicáveis á técnica vocal. Trocar de ocupação profissional
para usar menos a voz pode até ser viável, mas significa fuga do problema maior.
Repouso vocal exagerado não é significativo nas terapias de voz. Tranqüilizantes
não devem ser usados por tempo indefinido. E os relaxamentos, apesar de úteis,
não devem ser usados como técnicas centralizadoras.
e) Hipnotismo
Elimina os problemas vocais em qualquer nível de grau ou lesão. Segundo os
melhores autores da especialidade, a hipnose é útil em transtornos psíquicos, mas
nada há escrito quanto à sua aplicação na área da voz.
f) Falar com lápis ou pedrinhas na boca, para melhorar a articulação
As recentes descobertas na área de técnica vocal evocam a inteligência, a
capacidade de domínio da percepção, a ponto de fazer o indivíduo perceber-se
falando. Não são inteligentes tais métodos, porque valorizam apenas a boca e seus
componentes, desprezando os demais elementos que interferem diretamente na
produção da voz humana.

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A Comunicação Visual: A comunicação através
do corpo

E importante registrar que as pessoas não somente nos ouvem mas também
nos observam. Aliás observam muito mais do que nós imaginamos e podemos
explorar essa curiosidade natural usando também uma boa comunicação não
verbal. “O pregador precisa comunicar com o corpo todo, através dos gestos, da
própria postura ou posição do corpo enquanto prega, da expressão facial, do
contato com os olhos” e qualquer tipo de afetação, ou hábito inconsciente que
possa prejudicar a comunicação deve ser evitado. A linguagem verbal e a
linguagem corporal podem e devem trabalhar juntas para criar impressões
positivas e não negativas. Vejamos algumas dicas para melhorar a comunicação.

Os gestos do preletor
Precisamos reconhecer que são importantes e aprender a usá-los nos momentos
certos. É impossível estabelecer regras para todos os indivíduos pois cada um tema
sua maneira singular de ser. A mensagem é que deve ser vista através dos gestos.

Vantagens no uso dos gestos


Os gestos ajudam a atrair a atenção dos ouvintes. Cremos que os gestos ajudam a
atrair a atenção dos nossos ouvintes. Eles também ajudam o preletor ou pregador a
vencer a tensão. Cada um de nós que compartilha com freqüência a Palavra de
Deus sabe bem deste detalhe que é ficar tenso ao pregar especialmente se estamos
num auditório ou ambiente desconhecido, fato que gera uma expectativa maior.
Entre ficar congelado e gesticular a segunda escolha é mais útil.

Os gestos ajudam a intensificar as emoções do preletor


Experimentamos as mais diferentes emoções ao compartilhar as tremendas
verdades e realidades da Palavra de Senhor. E se de fato somos impactados pela
mensagem que estamos compartilhando é natural que estas emoções sejam
transmitidas também através de gestos. Você já viu uma criança pedir um
brinquedo sem estender a mão e apontar para ele? Os gestos ajudam no
fortalecimento dos argumentos que estamos transmitindo. Se você está falando por
exemplo, de servir ao Senhor de todo o coração é natural que você junte as duas
mãos traga-as até o peito na altura do coração como quem quer retirá-lo e depois
estenda-as para frente como quem está entregando o coração a Jesus.

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Observações acerca dos gestos
Os nossos gestos não devem ser exagerados quanto ao tipo e freqüência de movimento
O problema com a repetição do mesmo gesto é que ele pode tornar-se um
elemento de afetação na comunicação e que pode desconcentrar nossos ouvintes ao
ponto de não ouvirem o que estamos ensinando com a linguagem verbal.
Os nossos gestos não devem ser grotescos, feios ou obscenos
Além de serem ofensivos e desagradáveis gestos desta natureza só prejudicarão o
processo de comunicação. Os gestos precisam ser coerentes com a fala. Esta é uma
tarefa que exige atenção e pesquisa do pregador. Devemos unir o que está sendo
expresso através do corpo com o que estamos falando.

Os nossos gestos devem ser naturais e nunca artificiais


Isto vale para tudo o que fazemos na vida e no processo de comunicação. Assim
como a voz os gestos também devem ser naturais. Não adianta você copiar gestos
de outros comunicadores, porque você gostou do impacto que eles produziram no
auditório ou até mesmo em você. Até porque sua comunidade, caso você seja um
pregador, já conhece, devido ao convívio cotidiano, a maioria dos gestos que você
utiliza e saberá se você está gesticulando com naturalidade ou não. Ao gesticular
devemos aprender a usar o corpo todo como também variar os gestos. Um bom
recurso para observar o seu desempenho na comunicação através do corpo é
gravar em vídeo os cultos onde você tem pregado e depois assista e anote os
gestos, a freqüência e a variação.

Aparência pessoal
A aparência pessoal é a primeira coisa que as pessoas vêem. Ela informa o quanto você
está confiante e como devem tratá-lo. Se você na o tiver suficiente respeito por si
mesmo para se portar e se vestir apropriadamente, as outras pessoas podem sentir que
você não merece respeito.

Postura da apresentação
A postura é o canal para comunicar a sua imagem. Postura muito formal transmite
nervosismo, enquanto a postura muito solta comunica pieguice e descuido. Ficar
com as costas e o pescoço curvados demonstra falta de confiança e pouca auto-
estima. Desenvolver hábitos de boa postura melhorará sua imagem na
apresentação e a maneira como você se sente consigo mesmo. Sentar-se ereto em
vez de afundar na cadeira pode colaborar para que você se sinta mais importante e
ajuda a transformar sentimentos negativos em positivos. Para desenvolver e
manter bons hábitos de postura, você deve condicionar seu subconsciente
apropriadamente, visualizando e praticando conscientemente bons hábitos de

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postura. Uma das melhores técnicas para conhecer a postura é gravar seu
desempenho em vídeo. Primeiro, observe como você fica de pé e como se senta.
Para ter uma boa postura de pé, fique em pé com os ombros para trás e o estômago
para dentro. Para ter uma boa postura sentado, é importante sentar-se bem
próximo ao encosto. Suas costas ficarão automaticamente eretas.

Roupas para a apresentação


O traje usado na apresentação é especial, porque ele pode fortalecer
poderosamente sua presença física. Uma aparência discreta de homem de negócios
ajudará imensamente a dar credibilidade a sua mensagem. A encolha de roupas
de qualidade inferior, aceitáveis no ambiente de trabalho, pode ser inadequada
para o público. Os códigos de vestuário diferem de indústria para indústria e de
profissão para profissão. Você deve estar consciente desses padrões e vestir-se de
acordo.

Enfatizar a qualidade
Há muito a ser dito quanto a estilo de roupas cores, modelos e tecidos, porém o
mais importante a ser lembrado é a qualidade. Um traje formal com qualidade
superior passa uma imagem de confiança e status.

Normas para a roupa


Você deve sempre planejar primeiro o objetivo da apresentação e com ele em
mente, encolher a roupa que usará na apresentação seguindo essas normas:
Para homens
Terno
• Vista roupas leves no verão.
• Cores escuras são as melhores: azul-marinho, marrom-escuro e preto. Cinza é
aceitável.
• Risca de giz é aceitável na maioria das ocasiões e requisitada em outras.
• Coletes não são recomendáveis porque restringem bastante a respiração e os
movimentos.
• Deixe o terno abotoado, a menos que esteja sentado.

Camisas
• Tecidos de algodão e mistura de algodão são as melhores.
• Recomenda-se camisa branca, exceto quando for aparecer diante de estúdios de
televisão e filmagem de vídeo.
• Recomenda-se cores uniformes, mas as listras são aceitáveis.
• Exigem-se mangas compridas e colarinho abotoado.

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Gravatas
• As de seda lisas ou com padrões firmes e simples são as melhores.
• As cores tradicionais são mais recomendadas.
Jóias
• Relógio e anel são bem aceitos.
• Crachás são aceitáveis.
• Evite qualquer coisa que chame a atenção.
Sapatos
• Recomenda-se o uso de sapatos pretos com estilo tradicional.
• Devem estar engraxados e em excelente estado.

Cabelo
• Deve ser curto

Para Mulheres
Conjuntos
• São perfeitamente aceitáveis. Seda e algodão são excelentes. Um bom corte e o
caimento são importantes.
• Saia de linho deve ser tradicional. E recomendável que o comprimento da
roupa em uma palestra seja no joelho.
• Use cores tradicionais.

Blusas
• A melhor escolha recai sobre o algodão e a seda.
• Os modelos e as cores devem ser tradicionais.
• Franzidos e laços são aceitáveis, mas não em exagero.

Vestidos
• Use algodão, lã e seda.
• As cores e os estilos devem ser tradicionais.

• Não se admite o uso de modelos ousados e decotes exagerados.

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Echarpes
• São opcionais.
• Echarpes com desenhos são boas, e lenços ou xales de seda são ótimas
alternativas.

Calças
• Tons neutros e escuros são os melhores.
• Modelos e texturas são aceitáveis, mas sem exagero.

Sapatos
• Use sapatos de ponta fechada e com pelo menos um pequeno salto. Que sejam
tradicionais combinem com sua roupa.
• Evite botas e dedos à mostra.

Cabelo
• Quase Todos os estilos e comprimentos cairão bem. Seja moderada e evite
qualquer estilo exagerado.
• Mantenha-o puxado para trás, longe do rosto e principalmente dos olhos.
• Se o cabelo for tingido deve ser com cores mais tradicionais, combinando com a
cor da pele e com
manutenção constante.

Jóias
• As pérolas são divinas, mas os diamantes devem ficar em casa.
• Seja simples e evite brincos pendentes e colares compridos.

Maquiagem
• E uma necessidade, mas não deve ser exagerada. Use sempre sombra clara.
• Muito pesada é necessária em apresentações de filme e vídeo.

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Utilizando recursos visuais
Com recursos visuais, até mesmo os melhores oradores podem aprimorar a
apresentação. Pesquisa realizada pela Universidade de Minnesota e pela 3M
Corporation conclui que é 43% maior a probabilidade de os apresentadores
persuadirem a audiência quando são utilizados recursos visuais. O USO moderado e
habilidoso dos recursos visuais pode dar tal brilho a uma apresentação que nenhum
discurso suplementar seria capaz. Um recurso visual é elaborado para dar suporte a
uma apresentação, realizando uma função específica Ele não é muleta ou substituto
da apresentação em si.

Quando usar os recursos visuais


Recursos visuais podem ser usados em qualquer momento de uma apresentação
para ajudar no sucesso da mensagem. Eles podem ser usados da seguinte maneira:

• Na abertura, para atrair a atenção, despertar interesse e mostrar ao público o que será
apresentado.
• No corpo da apresentação para dar subsídios ao público e reforçar os pontos em que o
interesse da platéia diminui.
• Na conclusão, para fazer elo com a abertura, reforçar a memória, resumir sua
apresentação e unir suas idéias.

Tipos de recursos visuais


A escolha do recurso visual mais adequado para suas apresentações deve se
basear na quantidade de público, no tipo de informação a ser apresentada
visualmente e na sala de equipamento disponíveis. Os diferentes tipos de
recursos visuais são:
• Flip chart.
• Retroprojetor.
• Slides de 35 mm.
• Filme.
• Monitores de vídeo.
• Projeções.
• Amostras maquetes e apoios.
• Folhetos.
Flip chart
É recurso visual mais eficiente para um público de até 25 pessoas, e uma mídia
excelente para apresentar textos simples ou gráficos. Ao planejar seus quadros,

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pense nas palavras-chave. A platéia vê a palavra-chave ou frase, e você explica. O
quadro usado para explicar as palavras-chave poderia ser dessa maneira:
Ensinar
Fortalecer
Fascinar
Motivar

Se você preferir, ou se a apresentação assim exigir, use sentenças completas, mas


seja coerente e mantenha um estilo só. Se você usar uma sentença no primeiro
item de um quadro, faça o mesmo nos outros itens. Veja como:
Fazendo afirmações inteligentes
Use palavras simples
Faça com que as palavras tenham importância
Forme sentenças simples
Mantenha a mensagem clara

Para uma boa fixação é importante qua as sentenças estejam pré-escritas no flip
chart. Prepare seus quadros antecipadamente para dar tempo a uma organização e
a um plano adequados. Isso não significa que não deva escrever nos quadros
durante a apresentação; muito pelo contrário! Aliás as pesquisas indicam que a
retenção e maior se o quadro não estiver pronto antecipadamente. Completar ou
acrescentar algo por escrito durante a apresentação dá um ar de espontaneidade, e
ver o apresentador criando o visual tem um significado especial para o público. É
uma expressão sua e de sua personalidade e não urna informação pré empacotada
ou apresentação "enlatada”.

Retroprojetor

O retroprojetor de transparências é útil para apresentar materiais para 50 pessoas


ou menos. É necessário equipamento especializado para produzir transparências, o
que se consegue hoje em dia, com a maioria das copiadoras. O retroprojetor, como
qualquer outra peça de equipamento, requer a seguinte preparação de apre-
sentação e organização:
• Familiaridade com os controles e operação do equipamento.
• Checagem para conferir se o equipamento está instalado e operando apropriadamente.
• Checagem para ter urna peça sobressalente à mão.

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*Checagem final para assegurar que o projetor esteja em foco e pronto para operar quando
você quiser.
Quando se usa retroprojetor, é tentador começar e finalizar a apresentação com
um recurso visual, mas isso pode distanciá-lo de seu público. Ele estará olhando
para o material em vez de lhe dar completa atenção. Você deve fazer uma pausa
depois de usar o retroprojetor ou outro recurso visual. Deixe público absorver á
informação antes de falar sobre ela.
Quando discutir gráficos afaste-se do retroprojetor e fale perto da tela, mas
não esqueça de olhar para o público.
Quando apontar para uma parte da informação na tela, use algum instrumento
indicador, como um bastonete ou uma caneta fina ou qualquer outro tipo de
instrumento para colocar diretamente na transparência. Indicar a tela da
transparência com um dos dedos faz com que você ou sua mão fiquem na frente
da lâmpada de projeção, bloqueando a maior parte da imagem que aparece na
tela.

Slides fotográficos coloridos (35 mm)

Os slides coloridos são muito eficientes para um público de dez a centenas de


pessoas. São meios excelentes pois apresentam imagens de boa qualidade de
pessoas, lugares, objetos e acontecimentos. No entanto, são necessários um bom
projetor e uma execução cuidadosa para produzir resultados de alta qualidade.
Dos slides se exige mais profissionalismo do que dós quadros ou transparências
de retroprojetor, e os apresentadores costumam usa-los só quando têm acesso a
material de qualidade. A principal desvantagem do slide é a necessidade de
escurecer o ambiente. Isso interrompe a continuidade da apresentação e leva o A
principal vantagem de usar slides é que eles são simples de apresentar. Porém,
sabemos que se trata de uma material elétrico e por isso pode falhar, esteja
preparado para continuar sem ele caso aconteça um imprevisto.

Filme, monitores de vídeo e televisão

O filme e o vídeo são bons recursos para certos, tipos de apresentação Os filmes e
a televisão podem ser mostrados para uma platéia grande ou pequena. Os
monitores de vídeo são úteis para até 25 pessoas por monitor. O filme e o vídeo
estão ali para dar suporte à sua apresentação e não para a platéia se apossar dela.
Faça sempre a checagem do equipamento para ter certeza de que tudo foi
preparado adequadamente.

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Folhetos

Distribuir informação sobre a apresentação ao público dá auxilio


visual e ajuda a guardar na memória. Os folhetos devem ser
claros e ordenados refletindo a qualidade da apresentação.
Os tipos básicos de folheto são:
• Os que ajudam o público a seguir a apresentação, tais como esboços, modelos
e diagramas. Eles devem ser distribuídos de imediato.
• Os que apresentam tarefas, nas quais os membros do grupo podem fazer
exercício, teste, jogar e etc.
• Os que servem para aprendizado contínuo tais como os textos da
apresentação, os destaques, as citações, etc.
Tenha cuidado para o folheto não dispersar a atenção dos ouvintes, e para que
ele não se torne um concorrente seu na sua apresentação, pois o ideal sempre é que
as atenções estejam voltadas para o preletor.
O teste final para saber que recurso visual utilizar é o seguinte:
- O recurso visual que você vai utilizar é do tamanho apropriado para esse grupo?
- A sala onde você fará a apresentação acomodará bem esse recurso visual?

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A Postura do Preletor

Nós dizemos muito pelo jeito como nos posicionamos e como agimos antes
mesmo de abrirmos nossas bocas. O modo como levantamos, caminhamos, a
posição que assumimos ao falar é tão comunicativo quanto a convicção com que
proclamamos. As primeiras impressões já foram comunicadas antes mesmo das
primeiras palavras serem enunciadas. E por incrível que pareça alguns ouvintes já
decidiram se vão nos ouvir de fato ou não. Você crê que isso ocorre? Independente
do que você pensa sobre isso que dizer que ocorre com muita mais freqüência do
que nos imaginamos.

O primeiro desafio: caminhar para o púlpito


Seja na igreja ou nos ambientes onde for convidado a pregar ou fazer uma
preleção, você sempre enfrenta este desafio. Seja sempre seguro ao caminhar, pois
é bem provável que você já esteja sendo observado desde este momento. Olhe
antes para o trajeto que você tem de fazer até a plataforma a fim de evitar
acidentes. Tome cuidados em relação a cabos de microfones esticados pelo piso,
tapetes, degraus, piso escorregadio, caixas de retorno colocadas geralmente no
piso, elementos decorativos como vasos, pequenas jardineiras, etc. Não demonstre
insegurança ou medo ao caminhar. Lembre você é apenas o pregador convidado e
não um criminoso que está sendo levado para a forca.
O segundo desafio: sentar-se na plataforma
Mantenha-se numa posição ereta, mas sem estar muito rígido. Mantenha os dois
pés no chão pelo menos a maior parte do tempo pois assim você descansa as
pernas e facilita a circulação sangüínea. É muito comum uma pessoa que esteve
sentada durante um bom tempo numa posição inadequada ter dificuldades e
dormência nas pernas ao levantar-se abruptamente para pregar. Lembre-se que
você também está cultuando e evite as conversas no púlpito pois elas indicam
irreverência. Seja um participante interessado em tudo o que se passa no culto.
Não demonstre sinais de ansiedade e tensão como ficar esfregando as mãos(no
calor) e evite a tentação de beber aquele copo de água que geralmente é colocado
no púlpito antes mesmo de começar a falar. Se você não estiver orando não adianta
nada ficar de cabeça baixa e olhos fechados durante os momentos que antecedem à
sua fala. Aliás, creio que você deve orar sim, mas antes de estar na plataforma.
Aproveite estes momentos para estabelecer um contato visual com os seus futuros
ouvintes. Procure olhar para cada local específico do auditório, para a nave, a
galeria e também o coro.

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O terceiro desafio: o púlpito
Procure caminhar até o púlpito ou até á frente da platéia com naturalidade. Evite
correr ou andar devagar demais. Não seja relaxado e nem aja com nervosismo.
Evite agir como aquela famosa ave emplumada também conhecida como pavão
que deixa sempre a impressão de altivez e orgulho. Tome o lugar com calma e
naturalidade dê uma pausa antes de começar a falar. Olhe bem para o auditório.
Agradeça pelo convite e pela oportunidade e jamais prometa algo que você não
vai cumprir como, por exemplo: fiquem tranqüilos prometo que vou ser breve!

O quarto desafio: o que fazer enquanto falamos ou pregamos?


Mantenha o seu corpo numa posição ereta e natural, pois dependendo do tempo
em que você fala o cansaço por ficar de pé será logo um companheiro. Equilibre o
peso do seu corpo sobre os dois pés e procure alternar colocando um pé um pouco
atrás do outro e mantenha as pernas entreabertas. Não deixe os joelhos muito
rígidos porque isto aumenta a tensão do corpo. Os ombros e a cabeça também
precisam estar posicionados de modo natural. Você pode ligeiramente apoiar uma
das mãos no púlpito, mas evite debruçar-se sobre ele. Se não estiver usando o
púlpito movimente-se para os lados como quem caminha devagar.

Erros na postura
Queremos mencionar alguns erros freqüentes de postura entre preletores:
1- Aquele que parece um goleiro, com muito espaço entre as pernas.
2- Aquele que é muito rígido e parece um soldado prestando continência ou
aguardando a inspeção do comandante.
3- Aquele que parece ser um lutador de boxe, com as mãos fechadas e girando os
braços no ar.
4- Aquele que demonstra estar muito tenso e está sempre mexendo com alguma
coisa, como a Bíblia ou a gravata, ou coloca a mão dentro do bolso.
5- Aquele que balança enquanto prega.
6- Aquele que parece que vai voar.
7- Aquele que está sempre batendo a Bíblia no púlpito.
8- Aquele que cai sobre o púlpito(desengonçado).
9- Aquele que é semelhante a um tigre na jaula.33

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A expressão facial
A fisionomia é o espelho interior do ser humano. Quando temos a possibilidade
de olhar bem nos olhos de uma pessoa dificilmente ela consegue esconder alguma
coisa de nós. O rosto e suas expressões mostram nossas emoções e o nosso estado
físico. As conclusões de uma pesquisa revelam que quando alguém comunica,
apenas 7% da totalidade da comunicação é feito por palavras, enquanto 38% é pelo
uso da voz, com sua expressividade e tonalidade, e 55% é através da fisionomia. A
fisionomia e a linguagem corporal são fundamentais na comunicação.
Você pode até não concordar com esses dados pesquisados e eu infelizmente
não consegui a fonte. Mas uma coisa nós bem sabemos é que a expressão facial é
um ingrediente que nos ajuda tanto quando falamos quanto quando ouvimos
alguém falar. Hoje, por exemplo, nos telejornais há uma preocupação na
construção de cenários ou estúdios cada vez mais sofisticados mas um detalhe
continua recebendo atenção central os rostos dos apresentadores são enquadrados
e as expressões são destacadas. Todo trabalho de direção, produção, maquiagem,
iluminação giram em torno do objetivo que transmitir além da notícia também a
emoção: seja alegria da vitória, a dor de uma perda, ou a indignação de uma
injustiça.
Vale salientar que existem alguns extremos que precisamos evitar nesta tarefa
de comunicar também com as expressões faciais como, por exemplo, não
demonstrar qualquer emoção. O pregador pode estar falando sobre a mais
profunda tristeza ou alegria, mas a fisionomia não expressa nada. Não
corresponder na fisionomia ao que se está comunicando. Um exemplo disso pode
ser alguém que está pregando sobre sofrimento, dor, aflição, ou mesmo o inferno,
mas com um sorriso no rosto. Você e eu precisamos estudar um pouco mais esta
questão e um bom exercício é pregar o sermão ou parte dele de frente a um
espelho para que percebamos as expressões que fazemos quando tocamos em
alguns assuntos.
Eis algumas sugestões: não franza a testa nem coloque no rosto uma expressão
severa e rígida demais. Não fique fazendo caretas. Não fique sempre sorrindo(mas
não se esqueça do valor de um sorriso quando é bem natural e oportuno). Seja
natural em todas as suas expressões faciais. Procure ter expressões faciais
oportunas, de acordo com o conteúdo da mensagem que está comunicando.
Procure variar a expressão facial. Esboce um sorriso de vez em quando, pois é
muito agradável.

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O contato com os olhos
É claro que os olhos fazem parte do conjunto do rosto. Mas eles são fundamentais
na comunicação e o contato com os olhos é um item essencial no uso da preleção e
na pregação de um sermão. Os olhos demonstram as emoções e não só quando eles
estão lacrimejando. Eles brilham, dilatam, revelam interesse e atenção, concordam,
discordam. Quantas vezes o seu pai falou tudo o que queria somente através de
um olhar penetrante? E você entendeu o recado especialmente quando era uma
reprovação de suas atitudes. Através dos olhos podemos perceber quando há
rejeição ou condenação, quando há resistência ou rebeldia, quando há reprovação
ou aceitação.
Assim os nossos olhos devem fazer constantemente contatos:
a) com a Bíblia(no caso de estarmos usando uma). Segure a Bíblia em uma das
mãos a fazer a leitura e assim mantenha também um contato visual com a
congregação.
b) olhe para os seus ouvintes e estabeleça um bom contato. Este contato deve ser
intenso e direto, segurando a atenção dos ouvintes.
c) olhe para o esboço se você utiliza este recurso. Lembre-se de olhar para as
diferentes partes do auditório e não fique olhando para o foro, os lustres, as
colunas, os instrumentos musicais. Você está falando a pessoas e as pessoas
quando conversam gostam de olhar e serem olhadas.

Afetações ou maus hábitos


As afetações na comunicação são alguns maus costumes que, muitas vezes
inconscientes, precisam ser descobertas e corrigidas. Eis alguns exemplos de coisas
que um orador de qualidade jamais deve fazer:

1. NÃO LEVANTE, NEM ABAIXE DEMAIS A VOZ.

2. NÃO SEJA MONÓTONO, MAS VARIE DE TOM.

3. NÃO ATAQUE HOSTILMENTE COM PALAVRAS ACUSADORAS DE


CENSURA.

4. NÃO EXAGERE EM PROVOCAR RISOS, TORNANDO-SE PALHAÇO.

5. NÃO ELOGIE A SI MESMO.

6. NÃO CANSE OS OUVINTES COM SERMÕES LONGOS.

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7. NÃO SE AFASTE DO TEXTO E DO TEMA.

8. NÃO CRAVE OS OLHOS NO CHÃO OU NO TETO.

9. NÃO FIXE O OLHAR DEMASIADAMENTE EM ALGUM OUVINTE


PARTICULAR.

10. NÃO FIQUE RÍGIDO OU IMÓVEL, COMO UMA ESTÁTUA.

11. NÃO ANDE NA PLATAFORMA COMO PASSOS GIGANTES, NEM DE


GATINHAS.

12. NÃO COLOQUE AS MÃOS NA CINTURA E NOS BOLSOS.

13. NÃO FIQUE ABOTOANDO E DESABOTOANDO O PALETÓ.

14. NÃO COMECE CADA FRASE TOSSINDO.

15. NÃO FIQUE O TEMPO TODO COM O DEDO INDICADOR EM FORMA


ACUSADORA.

16. NÃO DÊ SOCOS NA MESA OU PÚLPITO.

17. NÃO EXAGERE EM TIRAR E COLOCAR OS ÓCULOS.

18. NÃO FIQUE ARRUMANDO A GRAVATA.

19. NÃO JOGUE A BÍBLIA SOBRE O PÚLPITO.

20. NÃO FIQUE ALISANDO O CABELO.

21. NÃO FIQUE OLHANDO O RELÓGIO TODO O TEMPO.

22. NÃO USE GÍRIAS OU PIADAS.

23. NÃO SE DESCULPE POR NÃO ESTAR PREPARADO.

24. NÃO DIGA REPETIDA VEZES: LOGO VOU TERMINAR.

25. NÃO SE EXPRESSE DE MANEIRA PRESUNÇOSA OU ORGULHOSA.

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Cuidados Com os Componentes da Comunicação

Se procurarmos, como devemos, estudar mais acerca do processo de


comunicação descobriremos um sem número de temas e subtemas que merecem
nossa atenção. No entanto, pensando na comunicação nos templos e auditórios que
normalmente usamos quero destacar alguns componentes que podem ajudar ou
atrapalhar o processo da transmissão do Evangelho. Minha sugestão é que você ao
identificar estas dificuldades em sua igreja e ministério tome as devidas
providências para vencê-las e assim tenha um ambiente físico e técnico propício
para a fala e a compreensão das Escrituras.

Acústica , ruídos, retorno, auditório


Você precisa ter uma avaliação clara do potencial acústico do local onde você
prega. Minha sugestão é que você convide uma empresa especializada em
sonorização de igrejas para que lhe ajude nesta tarefa de avaliação acústica. Nós
temos transitado entre dois problemas graves em relação à acústica. Templos mal
projetados e que tem péssima qualidade acústica onde os curiosos tentam
compensar esta deficiência estrutural promovendo uma verdadeira poluição
sonora. Gasta-se mais do que o necessário e a qualidade do som continua terrível.
Templos bem projetados mas que com o crescimento das cidades e da poluição
sonora precisam de ajustes como revestimentos acústicos e algumas alterações
simples que rendem em excelente resultado.
Ao promover uma melhora na sonorização ambiente procure ter uma caixa de
retorno bem próxima para que você ouça a sua própria voz e tenha o controle do
volume. Leve em consideração a disposição de seu auditório e lembre-se que todos
precisam ouvir. Não podemos permitir que a sonorização privilegie apenas os
cinco primeiros bancos do auditório e conseqüentemente quem estava mais
próximo ao preletor. Sonorize os diversos setores como galeria, hall, as laterais, a
frente e o fundo do salão. Cada detalhe deve ser observado e as providências não
podem ser adiadas.

O uso dos microfones


Este é um problema que traz dificuldades terríveis para o preletor. A sugestão é
que se tenha um canal só para o microfone da tribuna. Assim em conversa com os
operadores de som estabeleça uma regulagem que melhor se adeqüe a sua voz. Se
for usar microfones sem fio ou de lapela tome os cuidados específicos. Nunca grite
ao usar o microfone, pois ele existe exatamente para amplificar o som de sua voz.
Geralmente ocorrem as microfonias ora por falhas na operação, ora por falhas no

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uso, ou por causa de equipamentos de péssima qualidade. Equipamentos na área
de sonorização não são muito baratos, mas são extremamente úteis.

A iluminação do ambiente
Você acha que as pessoas vêem o seu rosto quando você prega? Eu desconfio que
não, porque via de regra, as nossas igrejas são mal iluminadas. Na opinião do Dr.
Rick Warren “a iluminação tem um efeito profundo no humor das pessoas. Uma
iluminação inadequada põe para baixo o espírito do culto. Sombras no rosto do
pregador fazem com que o impacto da mensagem seja reduzido”. Você perceberá
as mudanças à medida em que a iluminação de fato começar a revelar os rostos, as
emoções, os detalhes. Um prédio bem iluminado cria uma boa expectativa no seu
ouvinte assim como um ambiente mal iluminado pode até deprimi-lo.

O uso dos recursos audiovisuais


Usar ou não os recursos audiovisuais como: banners, telões, projetores,
retroprojetores, vídeo, datashow, informática não é só uma questão de recursos
financeiros. É antes uma questão de reconhecer que a comunicação do Evangelho
pode ser feita com mais eficácia e propriedade. Imagine que ao invés de gastar
alguns minutos tentando descrever a fome, a miséria e a violência nós podemos
criar um impacto muito maior em poucos segundos usando uma imagem
projetada ou num vídeo. Por outro lado, é necessário coerência porque se você fala
a um auditório de 50 pessoas não precisa usar um telão. Mas também não
adiantaria muita coisa usar um vídeo numa televisão de 20 polegadas se você
estiver pregando num ginásio para 3 mil pessoas.

Como usar o Microfone

Seria difícil imaginar os dias de hoje sem a presença do microfone. Sua utilidade
é incontestável. Ele permite que a comunicação do orador seja mais natural e
espontânea, possibilitando falar a grandes platéias da mesma forma como se
conversa com uma ou duas pessoas. Mesmo possuindo todas essas qualidades, o
microfone, muitas vezes, é visto como um terrível inimigo, chegando a provocar
pânico em determinados oradores, principalmente naqueles menos habituados
com a tribuna. Isso ocorre por não se observar certos procedimentos elementares,
mas de capital importância a uma boa apresentação. Vejamos, de forma resumida,
o que deve ser feito para o bom uso do microfone:

Microfone de lapela
Este tipo de microfone praticamente não apresenta grandes problemas quanto à
sua utilização; ele é preso na roupa por uma presilha tipo "jacaré", de fácil

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manuseio. É muito útil quando se pretende liberdade de movimentos na tribuna.
Para usá-lo bem, basta atentar aos itens que passaremos a comentar.
a. Ao colocá-lo na lapela, na gravata ou na blusa, procure deixá-lo na altura da
parte superior do peito, pois ele possui boa sensibilidade e a essa distância poderá
captar a voz com perfeição.
b. Enquanto estiver falando, não mexa no fio. É comum observar oradores
segurando, enrolando, ou torcendo o fio do microfone. Já presenciamos casos que
se mostraram cômicos; em um deles, sem perceber, o orador começou a enrolar o
fio do microfone e, quando chegou ao final da apresentação, assustou-se ao
verificar que esta com mais de dois metros de fio nas mãos.
c. Outra precaução importante a ser tomada ao usar o microfone de lapela é a de
não bater as mãos ou tocar no peito com força, próximo ao microfone, enquanto
estiver falando, porque esses ruídos também são ampliados, prejudicando a
concentração e o entendimento dos ouvintes.
d. É perigoso fazer comentários alheios ao assunto tratado de qualquer
microfone, porque sempre poderão ser ouvidos. No caso do microfone de lapela o
problema passa a ser muito mais grave por causa da sua alta sensibilidade. Ele
permite captar ruídos a uma considerável distância. Isto sem conta que, preso na
roupa, sempre o acompanhará.

Microfone de pedestal
Este tipo de microfone exige maiores cuidados para sua melhor utilização. É um
microfone mais comum e encontrável na maioria dos auditórios. Veja agora o que
deverá fazer para evitar problemas e melhorar as condições de sua apresentação.
a. Inicialmente verifique como funciona o mecanismo da haste onde o microfone
se sustenta e se existe regulagem na parte superior onde ele é fixado. Treine esses
movimentos, abaixando e levantando várias vezes a haste, observando
atentamente todas as suas peculiaridades. Evidentemente essa tarefa deverá ser
realizada bem antes do momento de se apresentar, de preferência sem a presença
de nenhum ouvinte. Se isto não for possível, verifique a atuação dos outros
oradores mais habituados com o local e como se comportam com o microfone que
irá usar.
b. Já familiarizado com o mecanismo de regulagem da altura, teste a
sensibilidade do microfone para saber a que distância deverá falar. Normalmente a
distância indicada é de dez a quinze centímetros, mas cada microfone possui
características distintas e é prudente conhecê-las antecipadamente. Se durante o
teste estiver acompanhado de um amigo ou conhecido, peça que ele fique no fundo
da sala e diga qual a melhor distância e qual a altura ideal da sua voz.
c. Ao acertar a altura do microfone, procure não deixar na frente do rosto,
permitindo que o auditório veja o seu semblante. Deixe-o a um ou dois centímetros
abaixo do queixo.
d. Ao falar, não segure na haste e fale sempre olhando sobre o microfone; dessa
forma o jato da voz será sempre captado: assim, quando falar com as pessoas

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localizadas nas extremidades da sala, ou sentadas à mesa que dirige a reunião,
normalmente posicionada no sentido lateral, gire o corpo de tal maneira que possa
sempre continuar falando com os olhos sobre o microfone.
e. Fale, não grite, isso mesmo, aja como se estivesse conversando com um
pequeno grupo de amigos. Isso não quer dizer que deverá falar baixinho, sem
energia; ao contrário, transmita sua mensagem animadamente, com vibração, mas
sem gritar.
f. Se for preciso segurar o microfone com a mão para se movimentar na tribuna,
o cuidado com o jato de voz deverá ser o mesmo; nesse caso não movimente a mão
que segura o microfone e deixe-o sempre à mesma distância.

Microfone de mesa
O microfone de mesa requer os mesmo cuidados já mencionados, com a
diferença de normalmente ser apoiado sobre uma haste flexível. Ao acertar a altura
não vacile, faça-o com firmeza e só comece a falar quando tiver posicionado da
maneira desejada.
Se lhe oferecerem um microfone no momento de falar, antes de aceitar ou
recusar, analise algumas condições do ambiente. Se os outros falaram sem
microfone e se a sala não for muito ampla e permitir que a voz chegue até os
últimos ouvinte, sem dificuldade, poderá recusá-lo. Se alguns oradores se
apresentaram valendo-se do microfone, ou se sentir que o tamanho da sala e a
acústica impedirão sua voz de chegar bem até os últimos elementos da platéia,
aceite-o.
Se o microfone apresentar problemas e você perceber que eles persistirão,
desligue-o e fale sem microfone. Não peça opinião a ninguém sobre essa atitude. A
apresentação é sua e você é o responsável pelo seu bom desempenho. O microfone
deve ajudar a exposição. Se, ao contrário, atrapalhar, é preferível ficar sem ele.

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Controlando a sessão de perguntas e respostas

Controlar perguntas é parte importante do discurso de apresentação porque o


público continua a julga-lo pela parte da palestra dedicada a elas. A platéia
acredita que responde a perguntas requer espontaneidade de sua parte e é a
oportunidade de vê-lo verdadeiramente em ação Se você planeja oferecer uma
sessão de perguntas e respostas, informe isso a platéia antecipadamente. Quando
responder às perguntas seja polido e siga essas diretrizes:
• Escute a pergunta e se dê um tempo para pensar.
• Agradeça a pergunta e certifique-se de que a entendeu.
• Certifique-se de que a pergunta foi respondida satisfatoriamente.

• Quando possível dê respostas mais completas, mais do que um simples sim


ou não.
• Não responda a uma pergunta com outra.

Respondendo a perguntas difíceis

A maioria das perguntas é direta e não tem estratégia. Elas podem ser
respondidas de modo simples e direto, mas há algumas que são como armadilhas e
aparecem com mais freqüência, de modo que você precisa reconhecê-las e saber
maneja-las.
O “Não sei" - É a pergunta a que você desejaria poder responder. A melhor
resposta é ser honesto e responder "Não sei, mas descobrirei a informação e darei a
resposta". Se a pergunta estiver fora de sua área de especialização, você deve dizer
isso.

Pergunta carregada – A pergunta de confronto que contém linguagem negativa ou


altamente provocativa (trapaça no preço, ou enganar o público, etc.). A melhor
resposta é falar pouco. Nunca repita a pergunta usando a mesma linguagem
negativa. Sua resposta poderia ser: “Discordo profundamente'' e jamais usaria
essas palavras”.
Pergunta hipotética - Algumas perguntas descrevem circunstâncias e o convidam a
especular sobre seu efeito. Você não deve aceitar a premissa da pergunta hipotética
e respeitosamente rejeite a especulação. Caso decida responder a esse tipo de
pergunta, deixe absolutamente claro que sua resposta é só especulativa.
Escolha forçada - Esta pergunta só lhe oferece duas alternativas de resposta, e o
problema e que qualquer resposta pode estar errada. Sua melhor defesa para esse
tipo de resposta é a percepção.

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Você leve fazer uma pausa e sua resposta deve se referir a ambas ou a nenhuma
das respostas como certa ou errada.
A multiquestão - Algumas perguntas tornam-se intermináveis. Nesta situação,
você deve simplesmente escolher a pergunta a que mais desejar responder e
replicar.

Manejando questionadores difíceis


Questionadores, assim como as perguntas, podem ser difíceis de lidar A seguir
estão listados alguns tipos de questionadores que você deve conhecer:

O detalhista- É aquela pessoa que gosta de usar subterfúgios com fatos e números
e criar polêmica. Se der uma longa resposta convencional, você perderá sua
audiência. Se você tiver certeza dos fatos, defenda-os. Se não, procure discutir o
assunto depois da palestra.

O “enrolador” - Este indivíduo deseja controlar e lançará declarações incoerentes


e contínuas. A maneira mais eficaz de retomar controle, sem parecer rude, é olhar
diretamente a pessoa e chamá-la pelo nome. Isso irá fazê-lo parar e ai você pode
começar a falar.
O desordeiro - É alguém com problema ou com interesse pessoal. Essa pessoa faz
uma afirmação negativa que geralmente não é uma pergunta. A melhor maneira
de lidar com esse indivíduo é propor uma discussão com detalhes depois da
palestra.
O detalhista – É aquela pessoa que gosta de usar subterfúgios com fatos e
números e criar polêmica. Se der uma longa resposta formal, perderá sua
audiência. Se você tiver certeza dos fatos defenda-os. Se não, procure discutir o
assunto depois da palestra.

Desenvolvendo Habilidades de Pronunciamento


As habilidades eficazes de pronunciamento são desenvolvidas com a prática. A
primeira etapa é se conscientizar dos elementos importantes numa boa elocução.
Você desenvolve essa percepção assistindo a exímios oradores e apresentadores de
televisão. Uma vez identificando os elementos de uma apresentação, ponha-os em
prática e aperfeiçoe sua técnica. O objetivo da prática é desenvolver boas
habilidades e hábitos de apresentação e aí essa especialidade é transferida para o
subconsciente por repetição. O resultado é uma apresentação suave sem você ter
de pensar sobre sua mecânica. Suas ações ante o público serão automáticas e
parecerão naturais. A seguir, apresentamos as diretrizes que o ajudarão a
desenvolver habilidades para uma apresentação. Você deve seguir essas diretrizes,
ensaiando-as e revendo-as antes de se apresentar.

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Diretrizes da apresentação
• Memorize a introdução e a conclusão.
• Aproxime-se da tribuna com equilíbrio e autoridade
• Pare e analise o público antes de iniciar sua fala.
• Escolha rostos amigáveis e sorria quando você iniciar a fala.
• Mantenha contato visual com a platéia. Se você precisar olhar as anotações, pare
de falar olhe para baixo e depois olhe para cima e prossiga.
• Mantenha as mãos no nível da cintura, pois assim gesticulará normalmente.
Evite manter o corpo rígido.
• Olhe sempre para a platéia. Nunca dê as costas para os ouvintes
• Fale vagarosamente as frases importantes.
• Faça uma pausa para deixar os ouvinte absorverem a informação.
• Varie a tonalidade da voz para enfatizar.
• Seja você mesmo. Tire o máximo de vantagem de sua personalidade e
projete o próprio estilo de apresentação.
• Quando terminar, diga que acabou e desça.

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Introdução ao Estudo da Homilética

Homilética: É a ciência que estuda os princípios fundamentais do discurso em


público, aplicados na proclamação do evangelho. Este termo surgiu durante o
Iluminismo, entre os séculos XVII e XVIII, quando as principais doutrinas
teológicas receberam nomes gregos, como, por exemplo, dogmática , apologética e
hermenêutica. A palavra homilética vem do grego “homiletike” e significa: ensino
em tom familiar.
Homilia vem do verbo “homileo” Pregação cristã, nos lares em forma de conversa.
As disciplinas que mais se aproximam da homilética são a hermenêutica e
exegese que se complementam.

Pregação é o ato de pregar a palavra de Deus. Pregador (aquele que prega), vem
do latim, “prae” e “dicare” anunciar, publicar. Apalavra grega correspondente a
pregador é “Keryx”, arauto, isto é, aquele que tem uma mensagem (Kerygma) do
reino de Deus, uma boa notícia, uma boa-nova – evangelho, “evangelion”.

Deus, a palavra e o ministro

O pregador dirigi-se a Deus e transmite ao ouvinte mensagem levando-o a Deus.

Baseando-se em três passagens da vida de Pedro o pregador deve ser:


1 – Aquele que esteve com Jesus - Atos 4:13
2 – Aquele que fala como Jesus – Mateus 26:73
3 – Aquele que fala de Jesus – Atos 40:10
A proclamação do evangelho é trazer as Boas Novas da Salvação.
Apresentar ao público Jesus Cristo, seus ensinamentos e seu propósito, para isso, é
preciso que o mensageiro tenha uma identificação completa com Cristo. Conhecer
a Cristo de forma especial é além de ser convertido Ter certeza de uma chamada
(missão) específica para o ministério da palavra o que só é possível a aquele que
“esteve com Jesus”.

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A Teoria e a teologia da pregação

“A pregação é aquele processo único pelo qual Deus, mediante Seu mensageiro
escolhido, se introduz na família humana e coloca pessoas perante Si, face a face.
Sem essa confrontação a pregação não é verdadeira”. A função profética, ou a
pregação, é um serviço oferecido a Deus e revelado na prática de anunciar a
vontade, o amor e o zelo de Deus pelo seu povo.

O pregador é um porta-voz de Deus entre os homens. Percebe-se um certo


descontentamento no que diz respeito à qualidade das mensagens e sermões
proclamados. Há algum tempo há reclamações de que muitos pregadores
proferem discursos cansativos e monótonos ou até mesmo, pela falta do que falar
gastam todo o tempo desenvolvendo-se na arte de contar estórias e anedotas. Esta
situação, que é agravante, obriga aqueles que se preocupam com a arte de pregar a
pensarem em alguns recursos essenciais para a proclamação eficiente da
mensagem do Evangelho.

Um Primeiro Recurso Para uma Proclamação Eficaz é “Conhecer a Mente de


Deus”
O pregador é aquele que conhece a mente de Deus. A arte da homilética ou o
ato de saber fazer um sermão não torna o pregador um porta-voz de Deus. A
pregação não é algo que se faz ou se prepara no dia anterior. O pregador pode
conhecer a mente de Deus através da comunhão com Ele. Esta comunhão implica
andar com Deus, ter o companheirismo com o Senhor, manter uma intimidade
com Ele, sondá-lo através da oração sincera e efetiva.
O pregador pode conhecer a mente de Deus através de uma vida de
meditação. Pois da contemplação surgem idéias e considerações profundas acerca
das verdades bíblicas e de seus ensinos. Quando começamos a meditar iniciamos
um melhor conhecimento de Deus, de seus desejos e de sua mente.
O pregador pode conhecer a mente de Deus através de uma vida de estudo e
pesquisa sobre a Palavra de Deus.
Elas querem ouvir Deus falar através do pregador. A Palavra deve ser lançada
sobre o povo e nunca voltará vazia. O pregador poderoso nas Escrituras tem às
mãos excelente equipamento de trabalho. A essência e centro das Escrituras é
Cristo, e a proclamação baseada no bom conhecimento da mente de Deus é
poderosa e cristocêntrica. O pregador deve ser fortalecido no conhecimento da
Palavra de Deus, e isto depende de pesquisa, estudos e muita reflexão. O
conhecimento apurado da mente de Deus, faz com que a mensagem seja

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bibliocêntrica e, desta forma, pela sua inerrância, isenta os pregadores de correrem
o risco de se apoiarem em argumentos infundados.

Um Segundo Recurso Para uma Proclamação Eficaz é Estar Cheio do Espírito


Santo de Deus
A questão do Espírito Santo precisa ser entendida de modo que como profeta
você não oprima ou limite à atuação do Espírito Santo de Deus. Há uma
necessidade de vibração, mas sem qualquer ligação com o pentecostalismo. O
importante é que podemos vibrar, pois conhecemos a Deus e estamos plenos de
seu Espírito. Esta é a condição pessoal de sucesso na proclamação. Um homem
pode derrubar a importância do que ele prega, tanto quanto ser capaz de pregar
com entusiasmo. Se um homem não é tocado pela graça maravilhosa de Cristo em
sua própria alma, por certo ele falará de forma fria e vazia acerca da mais
tremenda realidade.
E se um homem não for fervoroso de espírito, certamente discursará a respeito
da salvação como se ela fosse um assunto de pequeno interesse. Este enchimento
ou plenitude do Espírito Santo se alcança através da busca da pureza e da
santidade. Quando o pregador começa a buscar a Deus, a primeira reação é a
noção de pecado. A entrada na presença de Deus permite que o Espírito Santo
inicie uma operação limpeza onde os pecados são revelados, confessados,
perdoados e abandonados. A comunhão com o Espírito Santo se torna íntima e o
desejo de conhecer a Deus mais intenso.
O pregador cheio do Espírito Santo prega com entusiasmo aquilo que ele crê,
sua mensagem toca os corações dos que o ouvem e lhes permite aplicá-la às suas
vidas. Nestes tempos de provas a necessidade sentida é exatamente de pregadores
que abram os seus corações e permitam ao Espírito Santo de Deus aquecê-los,
dando-lhes zelo, entusiasmo e paixão, pois um pregador sem entusiasmo não fará
muito em favor da obra da proclamação do Evangelho. Porém, se o pregador
equacionar o entusiasmo com a convicção de que, pelo poder de Deus, tem a fé que
vence o mundo, conseguirá falar de uma forma tão fervorosa que não haverá
espaços para possíveis contestações.
O pregador cheio do Espírito Santo não é um entusiasta ou um artista que
encena textos e lhes dá vida. O seu entusiasmo é natural, sem exageros, pois reflete
genuinamente aquilo que a mensagem proclamada tem feito na vida do próprio
pregador, e envolve os ouvintes que por sua vez sentem o desejo de experimentá-
la na extensão de sua eficácia. O pregador eficiente depende de sua relação com o
Espírito Santo que lhe proporciona a inteligência necessária, a convicção bem
dosada, a alma devidamente aquecida pela paixão em relação aos perdidos, e a
dedicação constante no ato de proclamar a mensagem.

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Um Terceiro Recurso Para uma Proclamação Eficaz é Preparar Bem
Suas Mensagens

Uma boa mensagem precisa de tempo hábil para ser preparada de modo que
este tempo capacite o pregador. Uma mensagem bem preparada contextualiza a
Bíblia atendendo as necessidades do povo. E para tanto o pregador deve conhecer
a vida do povo. O ofício de atualizar a mensagem reflete a capacidade do pregador
em transmitir as verdades eternas do Evangelho dentro de níveis alcançáveis
segundo a realidade de cada povo em cada época.
Stafford North em seu livro Pregação: homem e método, diz o seguinte: “todo
homem deve levar para o seu trabalho certo equipamento básico. O campeão de
pulo deve ter pernas ágeis, o violinista dedos hábeis, o estivador braços robustos, e
o salva-vidas olhos argutos”. A cultura não é tudo mais um pregador fiel e
dedicado no preparo de seus sermões será muito útil para a causa de Deus, se
cuidar também de seu preparo intelectual. Desde que o trabalho do pregador é
praticamente mental, ele precisa ter facilidade para aprender idéias e retê-las. Mas
nenhum pregador que não goste de estudar poderá alcançar sucesso.
O pregador precisa, pois como porta-voz do Senhor Deus se apropriar de tal
tarefa, saltando com pernas ágeis os montes da preguiça, dedilhando e folheando
as páginas do saber a fim de que levante os braços da competência e com os olhos
espirituais enxergue os momentos certos e as mensagens apropriadas. O pregador
não deve ser apenas acima da média quanto à sua capacidade mental, mas deve
interessar-se pelas pesquisas intelectuais.
Uma boa mensagem implica o bom uso da voz e também a utilização correta do
veículo de comunicação, a linguagem, de modo correto. Uma boa mensagem se
destina a toda a comunidade e nunca a uma pessoa somente. Uma boa mensagem
não é bonita e sim tocante. Não é composta de plástica e formas agradáveis, mas de
poder espiritual. Não é proclamada para distrair cérebros, mas transformar vidas.
O pregador deve construir uma boa mensagem de joelhos e não nos joelhos. A
oração é a ligação que podemos ter com o canal ilimitado de experiências com
Deus e por certo inspirações valiosas.

O Cultivo de Uma Vida Devocional


Um grande pilar do ministério da proclamação é o hábito de cultivar uma vida
devocional constante e segura. Percebe-se que a necessidade desta vida devocional
segura é notada nos conselhos de Paulo ao jovem Timóteo uma vez que ele deveria
conservar a sã doutrina de modo que fosse capaz de defender a comunidade dos
ataques dos falsos mestres. Quando pensamos nos envolvimentos da vida
devocional do pregador, somos levados a concluir que o fato de ser chamado
pastor ou de ser ordenado, não lhe constituí este santo ofício.

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A vida devocional constante é útil no processo de alimentar o rebanho e as
pessoas que ouvem nossa mensagem. A comunidade e os ouvintes desejam ser
alimentados espiritualmente e anseiam que o seu pastor ou que o pregador que
irão escutar, tenha um conhecimento e contato fidedignos com a grande fonte que
é Deus. Quando lançamos os nossos olhares contemplativos para o momento
presente percebemos que este é um problema sério, o povo anela por bons
ministros e especialmente proclamadores comprometidos com a Palavra de Deus.
Esta agravante faz com que o cultivo de uma vida devocional seja realçada e ainda
podemos dizer que ela é o bálsamo que recupera as forças e as cargas espirituais
do líder que tem como meta alimentar o seu rebanho tão carente e fustigado pelas
dificuldades e desafios desta vida.
Portanto, deve o pregador cultivar este hábito devocional, lendo a Bíblia
devocional e diariamente. Deixando que o Espírito Santo de Deus fale por meio de
sua Palavra no profundo de seu ser. Deve também meditar e ler livros que tragam
enlevo espiritual e alento para o seu coração. E como um complemento basilar, a
oração que é capaz de permitir um pleno conhecimento de Deus. Sem uma vida de
oração é impossível adquirir a maturidade espiritual tão necessária para a
liderança espiritual sadia, levando aos pastos verdejantes e as águas tranqüilas, o
rebanho de Deus confiado a nós pregadores.
Não preciso dizer que estão são situações que exigem tempo, dedicação e
muito esforço por parte dos que aspiram esta excelente obra. As questões e os
desafios do ministério devem ser alinhadas mas tendo sempre Deus como
prioridade.
A sua leitura bíblica tem sido tecnicamente para preparar sermões? E as orações?
Quantas vezes elas são dirigidas ao trono da graça para pedir ao Pai misericórdia
em face da sua limitação e indignidade de ocupar um púlpito. Você tem um
refúgio onde pode desfrutar de tempo e intimidade com o Senhor? Quanto tempo
gasto em tarefas e atividades que só tem trazido cansaço e frustrações? É isso aí,
Deus quer que separemos um tempo para o cultivo da vida devocional!

A Harmonia na Vida Conjugal


A família é o primeiro núcleo social perfeito. A verdadeira célula desse
organismo que se chama sociedade..
Temos percebido em nossos dias, tantos nos nossos arraiais como no seio de nossa
sociedade secular, que esta célula tem sido atacada por uma série de valores
absurdos e obsoletos e que, como conseqüência disto, formam-se pessoas
despreparadas em todos os sentidos e lançam-se tais seres à vida, como quem
lança um frágil objeto contra uma forte onda do mar.
É necessário que tenhamos consciência de que estamos enfrentando uma
avalanche de conflitos conjugais e o pregador ou o líder cristão deve tomar

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cuidado com a integridade de sua família, dando aos seus queridos, uma boa
estrutura amorosa, financeira, social e permitindo assim que o seu lar inspire a
vida dos lares que estejam ligados ao seu direta ou indiretamente.
O que fazer então neste tempo de tantos lares mal formados ou em situação
deplorável? Clamemos ao Senhor pela transformação de nossos lares nos oásis
onde muitos observarão e se aproximarão para encontrar o alento.
Quando a crise invade a família não resta outra alternativa a não ser a posição
correta dos outros membros em atitude de oração e fé, na busca do reequilíbrio
espiritual, moral e material do lar em crise. É preciso buscar a harmonia.
Reconhecemos que a família como uma instituição, está sujeita à crises e estas
fazem parte do plano evolutivo, isto porque não há crescimento de consciência,
nem crescimento de dons divinos herdados se não exercitarmos estas crises e
dificuldades no meio das contradições e choques de existência, submetendo-se à
existência e ao crivo de nosso discernimento.
Quando recordamos os moldes bíblicos para o comportamento familiar
harmonioso, e estes expressos nos termos do amor sacrificial(maridos), da
submissão voluntária(esposas), e da obediência(filhos). Percebemos que tanto o
pastor como a esposa e filhos têm responsabilidades a cumprir de modo que a
harmonia se efetue e tenham o compromisso com a perpetuidade nos níveis físico,
moral, social e espiritual. Entendemos que o líder cristão ou pregador jamais deve
colocar a sua família em segundo plano. Um outro aspecto é que a sua família,
enquanto você líder, ditará os moldes de comportamento para as demais famílias
da igreja. A sua família precisa de amor, dedicação, cuidado, saúde, educação,
diversão e tantas outras coisas comuns à vida social.

Características de Um Pregador

SOB O PONTO DE VISTA ESPIRITUAL SOB O PONTO DE VISTA TÉCNICO


Chamado para obra (ordenança) Mt 28:19 Dom da palavra Rm 12: 6,7.8
Conhecer Deus Atos 4:13 Conhecimento da palavra II Tm 2:15
Ter uma mensagem Atos 5:20 Manejo da palavra II Tm 2:15
Unção 2 Reis 2.9 Guardar a palavra no coração Sl 119
Autoridade/ousadia Mc 1:21 Instrumento II Tm 2:15

A palavra de Deus afirma que a fé vem pela pregação da palavra e a pregação


pela palavra de Cristo”. Rm 10:17. Entretanto, a falta de preparo adequado do
pregador, falta de unidade corporal no sermão, falta de vivência real do pregador
na fé cristã, falta de aplicação prática às necessidades existentes na igreja, falta de
equilíbrio na seleção de textos bíblicos e a falta de um bom planejamento
ministerial trazem dificuldades na proclamação da palavra.

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A Pregação e os seus Objetivos

Em geral, toda pregação bíblica tem por objetivo a persuadir as pessoas perdidas e
incrédulas para um vida de fé em Cristo Jesus. O objetivo de Deus em usar um
pregador e a sua Palavra e trazer de volta o homem que está afastado dele por
causa dos seus pecados e da desobediência. Paulo defende que a pregação tem por
objetivo comunicar aos homens “todo o desígnio de Deus”(Atos 20.27), em todos
os níveis de maturidade e entendimento. Cada pregador então deve saber que é
apenas um instrumento que Deus usa para que a sua vontade seja conhecida aos
seus contemporâneos. Além dos objetivos específicos os pregadores devem
considerar os objetivos gerais da pregação tais como:
I – O Objetivo Evangelístico
Neste tipo de sermão o pregador compartilha os diversos textos da Palavra de
Deus que anunciam a salvação do homem perdido através da pessoa maravilhosa
de Cristo Jesus. Coloque o máximo de esforço na pregação de sermões
evangelísticos, pois eles devem ser os melhores sermões que pregamos! Estes
sermões não devem ser muito longos. Devemos apresentar também as grandes
doutrinas bíblicas nestes sermões: a fé em Cristo, a graça, o pecado, o amor de
Deus, etc. É preciso pregar estes sermões evangelísticos com espírito de urgência,
amor, compaixão e sempre na dependência do Espírito Santo. Lembre a conversão
é obra do Espírito Santo mas a pregação e tarefa que nós devemos levar a sério.
Da mesma forma que os que só pregam sermões evangelísticos andam
negligenciando os outros objetivos da pregação como também as necessidades do
rebanho que deve estar faminto e necessitando ouvir da Palavra. Os que não
pregam sermões evangelísticos estão privando um grande número de pessoas que
os ouvem em conhecer a salvação através de Cristo Jesus. Precisamos de um
programa de pregação equilibrado e isto vai depender da situação em que sua
comunidade se encontre no que diz respeito a maturidade e tipo de freqüência que
você tem normalmente nos cultos de sua igreja. Mas lembre-se o Senhor espera que
proclamemos com fidelidade e equilíbrio a sua Palavra.

II – O Objetivo Doutrinário
Usar este tipo de objetivo ao pregar suas mensagens é uma resposta ao desejo
que existe no coração do crente de aprender mais sobre Deus, a Bíblia e aos
assuntos espirituais. Um bom recurso para atender esta necessidade da
congregação é solicitar aos irmãos que através de uma pesquisa que sugiram
temas, assuntos, dúvidas ou ênfases doutrinárias que mais eles têm necessidades.
Uma boa ocasião para fazer isto é quando você chega na igreja e assim você pode
planejar com cuidado seu plano de pregação atendendo as necessidades indicadas
enquanto vai fazendo a sua própria avaliação da comunidade.

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Estes sermões doutrinários são úteis para preparar os crentes em relação ao
surgimento de heresias e as possíveis entradas delas em nosso meio. Fortalecem os
cristãos e lhes dá condições de discernir os falsos ensinamentos que são veiculados
em profusão em nossa época. Auxiliam os crentes a serem mais interessados e
ativos na vida cristã contribuindo assim para o crescimento e o fortalecimento da
igreja. Estes sermões também auxiliam e muito o pregador na capacidade de
sistematizar os assuntos da fé cristã. Ajudam o pregador a estudar mais e lhe
fortalecem o espírito, o intelecto e o raciocínio dando-lhe uma atitude mais
apologética.

III – O Objetivo Ético

Os sermões com objetivos éticos são aqueles que tratam do relacionamento


horizontal, ou do relacionamento entre os seres humanos. Tratam de como viver a
vida cristã em relação à sociedade que nos cerca. O cristianismo é uma religião
altamente ética. Vivemos numa nação terrivelmente afetada por ausência de uma
postura ética correta. Há problemas de valores, de alvos, de princípios. Em que
está baseado o nosso sistema de valores? A Bíblia tem princípios morais eternos e
que podem resgatar a sociedade de qualquer país, inclusive o nosso. Eu e você
precisamos enfrentar, com ajuda do Senhor, o desafio moral e ético de nosso país.
E mesmo que a mídia esteja longe do nosso alcance temos semanalmente um
microfone e um auditório assentado e aguardando a nossa vez de proclamar a
Palavra. Quantos sermões éticos você pregou no ultimo ano?
Eis alguns dos problemas morais e éticos que devem ocupar a agenda do seu
púlpito: a corrupção, a gula, a pornografia, as drogas, a honestidade, o preconceito,
a inveja, a cobiça, o amor, as inimizades, os pensamentos impuros, a televisão, a
pobreza, a tentação, a violência, a língua, a ecologia, a paz mundial, as guerras, o
desemprego, e muitos outros. Devemos ser sensíveis aos problemas sociais e éticos
e aplicar a Palavra de Deus de modo que ofereçamos uma alternativa eficaz. “A
nossa tarefa principal é de ser instrumentos de Deus para criar os criadores de uma
sociedade justa, pura e reta, em que os princípios do Evangelho são vividos e
aplicados”28.

IV – O Objetivo Consagratório
Sermões com este objetivo visam uma maior dedicação dos crentes à causa de
Deus. Você tem percebido em sua igreja irmãos acomodados, frios, indiferentes?
Pois é amigo a culpa em grande parte é sua se você não tem dado a atenção para a
pregação de sermões que despertem o povo para uma maior consagração de suas
vidas ao Senhor Jesus e a sua obra. Nestes sermões também objetivamos ajudar os
crentes na descoberta e uso dos dons espirituais além do que também auxiliamos

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os irmãos a enfrentarem, devidamente capacitados pela palavra, a sua batalha
contra o pecado.
Neste tipo de sermão precisamos de algumas ferramentas essenciais:
O próprio pregador deve ser consagrado! É preciso conhecer as falhas e fraquezas
do povo, os seus problemas e seu testemunho diante do mundo. É preciso crer que
Deus possa atuar para melhorar a situação, crendo que a igreja se tornará cada vez
mais uma igreja consagrada e atuante. É preciso crer que Deus distribuiu os dons
espirituais e não deixa nenhuma igreja sem pessoas que têm um grande potencial.
É preciso crer que Deus continue escolhendo e vocacionando obreiros para a sua
seara. É preciso pregar estes sermões como amor e um espírito compassivo, em vez
de condenar o povo. A nossa tendência é de pregar às pessoas ausentes, “tirando o
recalque” nas pessoas presentes, que são os irmãos mais fiéis! Neste sentido, o
conteúdo das mensagens deve ser mais positivo do que negativo. É preciso que
sejam sermões que apelem a lógica e à razão(inteligência), à vontade e às emoções.
É preciso oferecer sugestões práticas para o povo, bem como oportunidades para
desenvolverem os seus dons. É bom levar o povo a agir!

V – O Objetivo Devocional
Neste tipo de objetivo o sermão enfatiza a relação do crente com Deus.
Também chamamos esta ênfase de relacionamento vertical. Como pregadores da
Palavra de Deus temos a possibilidade de conduzir nossos irmãos e ouvintes à
presença do Pai celeste e de estabelecer confrontação com os hábitos devocionais
que conduzem o cristão à maturidade. Assim podemos explorar nos sermões
devocionais os diversos temas ligados à adoração, à comunhão, à oração, ao estudo
da Bíblia, à contribuição, ao serviço de amor. Precisamos ensinar o nosso povo a
recarregar as baterias espirituais e firmar um compromisso pessoal de devoção ao
Senhor.
Quantos sermões devocionais você tem pregado no ano passado? Não é de se
admirar a dificuldade de nossos irmãos e de nós mesmos em manter uma vida
devocional consistente. Precisamos a exemplo de Samuel manter sempre acesa a
chama da devoção(1 Samuel 7.17) como também ajudar os irmãos nesta área. Um
dos grandes riscos do ministério e dos afazeres da vida cotidiana é perdermos o
senso e a prática devocional. A lição deixada por Samuel é de que não podemos
deixar que se apague esta chama da devoção particular e pessoal ao Deus Todo-
Poderoso.

VI – O Objetivo Pastoral
O objetivo pastoral também pode ser chamado de alento. A idéia aqui é
confortar e cuidar do nosso rebanho a semelhança do pastor de ovelhas que cuida

ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 45


daquelas feridas e confusas. Os sermões desta natureza ajudam o povo em seus
problemas, mostrando-lhe como pode receber as promessas de Deus para
solucioná-los. Quando uma pessoa vai a farmácia via de regra ele pretende
comprar remédios. Quando uma pessoa vai a padaria ele pretende comprar pão. E
quando alguém vem a igreja seja ele crente ou não? O que ele busca? Quantas
vezes as pessoas têm vindo aos nossos cultos buscando alento e conforto na
Palavra de Deus? Quantas vezes elas voltam com suas feridas abertas, com seus
dilemas sem uma orientação, com suas lágrimas rolando pelas faces?
Não podemos fugir a esta tarefa tão vital para o rebanho. As nossas ovelhas no
dia-a-dia sofrem afetações em áreas tão distintas como por exemplo: sofrimento,
pânico, morte, ansiedades, preocupações, solidão, medo, adversidades, dúvida,
desespero, etc. Todos nós precisamos da ajuda de Deus para a vida diária e os
tempos difíceis. Mas eu e você somos responsáveis por encontrar as respostas para
as perguntas que têm sufocado nossos irmãos e filhos espirituais.

ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 46


Estrutura do Sermão
Qualquer explicação, explanação de assunto ou preleção requer
organização, ordenação, lógica e clareza. Sendo o sermão uma explicação da
palavra e vontade de Deus esse deve ser didático. A prática de pregações através
dos tempos levou o estudiosos do assunto a relacionarem alguns elementos básicos
que devem estar presentes nos sermões, dando a eles uma estrutura que facilita o
desenvolvimento da mensagem. Esses elementos, Alvo, texto, tema, introdução,
corpo, conclusão e apelo compõem o que chamamos de estrutura do sermão são
imprescindíveis pois norteiam a linha de pensamento do pregador direcionando o
ouvinte para o conteúdo da mensagem.
Alvo ou objetivo - Neste momento do sermão, o objetivo ou assunto , o pregador
deverá ser inspirado por Deus. É exatamente aqui que ele recebe a mensagem que
tem a pregar e a partir deste ponto estruturá-la para levar a igreja. Se você não
tem nada para falar, não fale nada. Se o Espírito Santo lhe der algo a falar, fale,
mas fale direito.
Texto bíblico - O assunto do sermão deverá ser baseado em um texto bíblico.
Tema– Para que o ouvinte possa Ter uma idéia do que você tem a falar é
imprescindível o emprego de um tema. O ouvinte realmente estará adentrando no
seu sermão.
Introdução - Começar bem é provocar interesse e despertar atenção. Aproximar o
ouvinte do sermão e dar a ele uma noção ou explicação do que vai ser falado.
Corpo - Essa é a principal parte. Onde deverá está o conteúdo de toda mensagem,
ordenado de forma lógica e precisa.
Neste ponto também deverão ser abordadas algumas aplicações utilizadas
durante o sermão como, ILUSTRAÇÕES, FIGURAS DE LINGUAGEM,
MATERIAL DE PREPARAÇÃO.
Conclusão – “Uma conclusão desanimada, deixará os ouvintes desanimados”.
Baseados no objetivo específico do sermão a conclusão é uma síntese do mesmo e
deve ser uma aplicação final à vida do ouvinte.
Apelo – Um esforço feito para alcançar a consciência, o coração e a vontade do
ouvinte. São os frutos do sermão.

Texto Bíblico

O texto bíblico é a passagem bíblica que serve de base para o sermão.


Esse texto deverá fornecer a idéia ou verdade central do sermão. Nunca se
deve tomar um texto somente por pretexto, e logo se esquecer dele.

ESUTES – Escola Superior de Teologia do ES 47


Segundo Jerry Stanley Key, existem algumas vantagens no uso de um texto bíblico:

1 - O texto dá ao sermão a autoridade da palavra de Deus.


2 - O texto constitui a base e alma do sermão;
3 - Através da pregação por texto o pregador ensina a palavra de Deus;
4 - O uso do texto ajuda os ouvintes a reter a idéia principal do sermão;
5 - O texto limita e unifica o sermão;
6 - Permite uma maior variedade nas mensagens;
7 - O texto é um meio para a atuação do Espírito Santo.

Tema
O tema do sermão contém a idéia principal e o objetivo da mensagem. Deve ser
estimulante e despertar o interesse, a curiosidade e a atenção do ouvinte. Deve ser
claro, simples e preciso bem como, oportuno e obedecer o texto.
Para se desenvolver um bom tema o pregador precisa Ter criatividade,
hábito de leitura, visão global do sermão e ser sintético.

Tipos de temas

Interrogativo: Uma pergunta, que deve ser respondida no sermão.


Ex.: Onde estás? Que farei de Jesus? Tenho uma arma o que fazer com ela?

Lógico: Explicativo.
Ex.: O que o homem semear, ceifará; Quem encontra Jesus volta por outro
caminho.

Imperativos: Mandamento, uma ordem; Caracteriza-se pelo verbo no modo


imperativo.
Ex.: Enchei-vos do espírito; Não seja incrédulo; Não adores a um Deus morto.

Enfáticos; Realçar um aspecto específico;


Ex.: Só Jesus salva; Dois tipos de cristãos;

Geral: Abrangente, aborda um assunto de forma geral sem especificá-lo.


Ex.: Amor; fé, esperança

Exegese
Exegese é o trabalho de exposição de um texto bíblico, sem a qual é impossível se
retirar uma boa e correta mensagem.

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Reza um mito antigo que certo pregador por não haver feito uma correta exegese,
disse que Jesus, “mesmo depois de haver sofrido todo seu martírio, ainda sofreu
ainda mais porque que tomaram sua mulher”. Segundo ele, o texto afirmava que
os guardas romanos tomaram a Tunica de Jesus, mal sabendo ele que a palavra
correta era túnica e não Tunica (com sentido de nome próprio).

Sete passos para uma boa exegese


1-Leia o texto em voz alta, comparando com versões diferentes para maior
compreensão.
2 - Verifique a linguagem do texto ( história, milagre, ensino, parábola, profecia,
etc.)
3 - Pesquise o significado exato das principais palavras;
4 - Faça anotações;
5 - Pesquise o contexto ( época, país, costumes, tradição, etc.)
6 - Pergunte sempre onde? Quem? O que? Por que?
7 - Resuma com a seguinte frase: “O assunto mais importante deste texto é...”

Introdução ao Sermão

Começar é difícil. Muitos escritores escrevem a introdução quando


terminam o livro.
Alguém disse: “O pregador começou por fazer um alicerce para um
arranha-céu, mas acabou construindo apenas um galinheiro”.
A introdução é tão importante quanto a decolagem de um avião que, deve
ser bem perfeita para um vôo estabilizado. Ela, por certo, deve envolver o ouvinte,
despertar o interesse e curiosidade e, também, ser um meio de conduzir os
ouvintes ao assunto que está sendo tratado no sermão. Uma boa introdução dá ao
pregador segurança, tranqüilidade, firmeza e liberdade na pregação.

Tipos de introdução: Você pode usar um destes tipos para iniciar um sermão:

1 – Ilustrativa– Uso de uma ilustração na introdução.


Imagine que o assunto que será abordado seja complexo e abstrato. Então, comece
com uma ilustração que explique e esclareça o que pretende dizer.
2 – Definição – Explicação detalha de um determinado conceito.
Explique para o ouvinte o que tem a dizer. Dê a ele conceitos significados de
símbolos, termos e assuntos que ele provavelmente não conheça.
Em um sermão onde o assunto é a PAZ, o pregador explicou, na
introdução, o que é a paz, seus significados no velho e novo testamento, evolução
lingüística do termo paz e a aplicação termo hoje.
3 – Divisão – Quando se fala de características opostas. Mostre os dois lados da
moeda.

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Lendo o texto de Romanos 8: 1 a 17 é possível observar como Paulo trata de
dois assuntos opostos, vida através do espírito e vida através da carne.
A introdução por divisão é aquela em que se fala ou compara assuntos
como, “paz e guerra”, “amor e ódio”, “salvação e perdição” , “vida cristã e vida
mundana”, etc.
4 – Convite – Convidar o ouvinte para participar e agir. Leve o ouvinte à ação.
Use os verbos no imperativo.
Analisando o texto de Isaías 55 podemos observar que há um predomínio
de verbos (vinde, inclinai, vede, buscai, deixe, invocai etc) no IMPERATIVO, que
caracterizam um convite e ao mesmo tempo uma ordem. Dessa forma o ouvinte
está sendo estimulado a agir, fazer ou participar.
5 – Interrogação – Uma pergunta (deverá ser respondida no corpo do sermão).
Para sermões onde o tema é uma pergunta é interessante que esta seja bem
explorada na introdução. Observe que, se estamos falando sobre morte ou salvação
cabe aqui uma pergunta como “Para onde iremos nós?”, que deve levar o ouvinte a
uma reflexão profunda, e para reforçar pode-se usar o texto de Lucas 12:20 “Mas
Deus lhe disse: Insensato, esta noite te [pedirão] a tua alma; e o que tens
preparado, para quem será?”
As perguntas da introdução devem ser respondidas no corpo do sermão.
6 – Suspense – A mensagem principal está oculta e será esclarecida no corpo do
sermão.
7 – Alusão histórica – Explicar o contexto histórico.
Explique o contexto do texto em que será aplicada a mensagem ( época,
país, costumes, tradição, etc.). Observe o texto de João 4: 1 a 19. Caso sua
mensagem esteja baseada neste texto, introduza com uma explicação detalhada
das relações entre os Judeus e os Samaritanos, as relações entre os homens e as
mulheres, a lei acerca do casamento, a origem do poço de Jacó, etc.

Características da introdução
Uma introdução bem estruturada, deve apresentar algumas características como,
clareza e simplicidade, deve ser um elo de ligação com o corpo do sermão e uma
ordenação de pensamentos de forma lógica e sistematizada e, não deve prometer
mais do que se pode dar. É preciso estar atento para o tempo de duração da
introdução que, deve ser breve e proporcional ao sermão. Evitar desculpas que
possam trazer uma má impressão.

Corpo do Sermão

Esta deve ser a principal parte do sermão. Aqui o pregador irá expor idéias e
pensamentos que deseja passar para os ouvintes. As divisões devem ser

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desenvolvidas de acordo com a realidade de hoje. Depois de Ter estudado e de
fazer uma boa exegese do texto que será usado no sermão deve-se ensinar e aplicar
os propósitos de acordo com os nossos dias.
As divisões devem Ter significados para os ouvintes e, não devem se
desviar da mensagem principal que é a coluna do sermão, o objetivo será
finalizado e apresentado na conclusão.
É necessário ser vocacionado para o Dom da palavra, mas podemos
aprender algumas técnicas que podem ajudar ao pregador no preparo do sermão.

Como retirar pontos do texto


1 – Leia todo o texto. Ex.: Atos 2: 37 a 47
2 – Procure a idéia principal do texto. (Observe o subtema, o contexto, e a situação)
3 – Procure os principais verbos e seus complementos
4 – Com base nos verbos retirados crie frases (divisões) que os complemente e que,
passem uma idéia ou estejam ligadas com a mensagem a ser pregada.
5 – Organize as frases dentro da idéia principal.

Características do corpo do sermão


As divisões retiradas do texto devem se apresentar de forma ordenada no
sermão para que não haja uma confusão de idéias. O ouvinte precisa acompanhar
o seu desenvolvimento . “Cada divisão, subdivisão, e até ilustrações e explicação,
tem que apontar na direção do alvo e em ordem de interesse”. Cada ponto deve
discutir um aspecto diferente para que não haja repetição.
As frases devem ser breves e claras. As divisões servem para indicar a linha
de pensamento a serem seguidas ao apresentar o sermão. Entretanto, deve-se fazer
uma discussão que é o descobrimento das idéias contidas nas divisões.

Ilustrações

São recursos usados para o enriquecimento, e o esclarecimento de uma


mensagem, quando devidamente aplicada.
O senhor Jesus sempre tinha uma boa história para iluminar as verdades
que ensinava ao povo.
O significado do termo ilustrar é tornar claro, iluminar, esclarecer mediante
um exemplo, ajudando o ouvinte a compreender a mensagem proclamada. O bom
uso da ilustração desperta o interesse, enriquece, convence, comove, desafia e
estimula o ouvinte, valoriza e vivifica a mensagem, além de relaxar o pregador.
A ilustração não substitui o texto bíblico apenas tem uma função psicológica
e didática, para tornar mais claro aquilo que o texto revela.
As ilustrações devem ser simples, está correlacionadas com a mensagem,
devem fornecer fatos de interesses humanos e devem Ter um ponto alto ou clímax

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Obs: Os exemplos bíblicos são as melhores ilustrações

A ilustração pode ser:

Histórica e Contextual: Quando se aplica um conhecimento histórico ou


explicação do contexto em que o texto está inserido. Exemplos:
a) Fundo da agulha – Porta estreita na cidade de Jerusalém onde, os mercadores
tinham dificuldades de passar com os camelos. Mateus 19:24.

Conhecimento Intelectual: Envolve o conhecimento científico, psicológico,


técnico e cultural. Exemplos:
• Técnico científico – A antena da TV recebe todas as freqüências ao mesmo
tempo entretanto, quando escolhemos um canal, através da sintonia, estamos
selecionando uma determinada freqüência.

Metafórica ou Alegórica: Quando são empregadas figuras metafóricas como


histórias e estórias. Exemplos
• Ao se aproximar da cidade do Rio de Janeiro um indivíduo reparou que o cristo
redentor não era tão grande como pensava, parecia até mesmo ser menor do
que seu dedo. No centro da cidade observou que estátua teria aumentado e já
estava praticamente do seu tamanho, resolveu então ir até o monumento. No pé
do corcovado ficou admirado com as proporções maiores do símbolo da
cidade. Chegando então aos pés do cristo redentor ele pode perceber , como lhe
disseram, que aquele era bem maior do que ele.

Experiência Pessoal: Testemunhos. Exemplos


• Neste tipo de ilustração o pregador relata fatos verídicos que demonstram a
atuação de Deus, através de milagres, em sua vida ou de outras pessoas. Todos
as respostas que Deus atendeu realizando curas, transformações, salvação,
livramentos, libertação, etc.

Use no máximo duas ilustrações por sermão. Toda ilustração deve Ter uma
aplicação e devem ser comentadas com simplicidade e naturalidade.

Conclusão

É o clímax da aplicação do sermão.


“Para terminar!”, “Concluindo”, “Só para encerrar”, “Já estamos
terminando”.

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Você já ouviu estas frases? Muitas pessoas não sabem terminar uma conversa,
ficam dando voltas ou se envolvem em outros assuntos, sem ao menos perceber
que o tempo está passando e o ouvinte já está angustiado com a demora.
Assim, muitos pregadores não sabem ou não conseguem concluir um sermão.
Isso acontece por que estes não preparam um esboço e suas idéias estão
desordenadas, logo, não conseguem encontrar uma linha condutora da conclusão
do sermão.

Como Deve Ser A Conclusão ?


1 – Apontar o objetivo específico da mensagem;
2 – Clara e específica;
3 – Resumo do sermão (o sermão em poucas palavras)
4 – Aplicação direta a vida dos ouvintes;
5 – Pequena;
6 – Faça um desfecho inesperado.

Logo, uma boa conclusão deve proporcionar aos ouvintes satisfação, no


sentido de haver esclarecido completamente o objetivo da mensagem. É preciso
Ter um ponto final para que o pregador não fique perdido.

Apelo
Um esforço feito para alcançar o coração, a consciência e a vontade do ouvinte.
Apelo não é apelação.
Dois tipos de apelo:

• CONVERSÃO/RECONCILIAÇÀO – Aos ímpios e aos desviados.


• RESTAURAÇÃO – A igreja

Como deve Ser o Apelo?

1 – Convite
2 – Impactante e direto
3 – Não forçado ou prolongado

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4 – Logo após a mensagem.

No apelo você deve dizer ao ouvinte o que ele deve fazer para confirmar a
sua aceitação. Seja claro e mostre como ele deve agir.
• Levantar as mãos;
• Ir a frente;
• Ficar em pé;
• Procurar uma igreja próxima;
• Conversar com o pastor em momento oportuno.

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Os Tipos de Sermão
Tradicionalmente encontramos, praticamente em todas as obras homiléticas, três
tipos básicos de sermões:

Sermão Temático: Cujos argumentos (divisões) resultam do tema independente


do texto.
É aquele em que toda a argumentação está amarrada em um tema, divide-se o
tema e não o texto, o que permite a utilização de vários textos bíblicos.
Determina-se um assunto e procura-se textos, ilustrações e pensamentos para
apoiá-lo, cuidando para se deter dentro do tema escolhido.

Sermão Textual: Cujos argumentos (divisões) são tiradas diretamente do texto


bíblico.
É aquele em que toda a argumentação está amarrada no texto principal que, será
dividido em tópicos
As divisões do sermão textual podem ser feitas de acordo com as
declarações originais do texto. Ou se utilizar de uma análise mais apurada
baseando-se em perguntas como: Onde? Que? Quem? Por que? Que deverão ser
respondidas pelas declarações ou frases do texto. E ainda pode-se dividir por
inferência, as orações textuais são reduzidas a expressões sintéticas que encerra o
conteúdo.

Sermão Expositivo: Cujos argumentos giram em torno da exposição exegética


completa do texto.
Ele surge de uma passagem bíblica com mais de dois ou três versículos. O sermão
expositivo é o método mais difícil, apreciado pelos que se dedicam à leitura e ao
estudo diário e contínuo da bíblia, deve ser feito uma análise de línguas,
interpretação, pesquisa arqueológica, e histórica, bem como, comparação de textos.

O Sermão Temático: É aquele em que toda a argumentação está amarrada em


um tema, divide-se o tema e não o texto, o que permite a utilização de vários textos
bíblicos.
Determina-se um assunto e procura-se textos, ilustrações e pensamentos para
apoiá-lo, cuidando para se deter dentro do tema escolhido.
Observe os modelos:

Modelo I

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Texto: Um texto que se encaixe ao tema abordado
Tema: “A PAZ QUE SÓ JESUS PODE DAR...”
1 – ...ilumina nosso caminho Lucas 1:79
2 – ...liberta a nossa mente de pensamento perturbador João 14:27
3 – ...retira sentimento de medo João 20:19 e 20
4 – ...salva João 3:16

Modelo II
Texto: Um texto que se encaixe ao tema abordado
Tema: O Choro de Jesus:
1 - ...Por causa de um homem (João 11:32-36).
2 - ...Por causa de uma cidade (Lucas 19: 28; 41-44).
3- ... Por causa do mundo (Mateus 26: 36-38; Lucas 22:44).

Repare que cada tópico (divisão) apresenta uma característica da “Paz”


proposta pelo tema, mas, para cada ponto há um texto diferente, ou seja, a base do
sermão é a “Paz de Jesus” que é abordada em diversos textos bíblicos.
É necessário aplicar um texto bíblico em cada divisão do tema para não
atrair muito a atenção para o pregador em detrimento da palavra de Deus. Deve-se
evitar divagações e generalizações vazias e inexpressivas.
O sermão temático exige do pregador mais cultura geral e teológica,
criatividade, estilo apurado, contudo, o sermão temático conserva melhor a
unidade.

Como Retirar Idéias e Argumentos (Divisões) do Tema


• Escolher o tema – (Criar frases, retirar de textos bíblicos ou de outras fontes);
• Analisar o tema – (repetir e refletir várias vezes);
• Pergunte-se, o que deve falar sobre o tema;
• Extrair a principal palavra ou frase do tema – (Ela pode se repetir nos
argumentos);
• Separe no mínimo 3 argumentos ligados ao tema;
• Pesquisar passagens bíblicas que se refiram aos argumentos.;
• As divisões são explicação ou respostas do tema.

O Sermão Textual
É aquele em que toda a argumentação está amarrada no texto principal que,
será dividido em tópicos. No sermão textual as idéias são retiradas de um texto
escolhido pelo pregador.
Como já estudamos anteriormente, aqui estão algumas dicas para tirar pontos do
texto.

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As divisões do sermão textual podem ser feitas de acordo com as
declarações originais do texto. Ou se utilizar de uma análise mais apurada
baseando-se em perguntas como: Onde? Que? Quem? Por que? Que deverão ser
respondidas pelas declarações ou frases do texto. E ainda pode-se dividir por
inferência, as orações textuais são reduzidas a expressões sintéticas que encerra o
conteúdo.

Como Tirar Pontos do Texto

1 – Leia todo o texto.


2 – Procure a idéia principal do texto. (Observe o subtema, o contexto, e a situação)
3 – Procure os principais verbos e seus complementos. Lembre-se verbo é ação.
4 – Procure os sentidos expressos nas representações simbólicas, metáforas e
figuras.
4 – Com base nos verbos e significados retirados crie frases (divisões) que os
complemente e que, passem uma idéia ou estejam ligadas com a mensagem a ser
pregada.
5 – Organize as frases dentro da idéia principal– Leia todo o texto. Ex.:

Modelo I
Texto: Salmo 40:1-4
Tema: Nem antes, nem depois, no tempo de Deus.

Introdução: (Definição) Esperança significa expectação em receber um bem. O


mundo é imediatista.
Corpo: O que acontece quando você espera no senhor?
1 – Ele te retira da condição atual. ( Qual é o seu lago terrível? )
2 – Ele te coloca em segurança, na rocha. ( Te dá visão para solucionar o problema )
3 – Ele requer a sua adoração, um novo cântico. ( Adorar em Espírito e verdade)
4 – Ele te faz testemunha, muitos o verão (serme-eis testemunha ).

Conclusão: Vale a pena esperar em Deus, pois ele sabe o que é melhor para nós e
no tempo certo. Somente quando esperamos em Deus temos a certeza da
segurança.

Repare que cada tópico (divisão) apresenta um termo ou uma passagem do


texto. De tal forma que o texto pode ser bem explorado pelo preletor.
Deve-se evitar divagações e generalizações vazias e inexpressivas.
O sermão textual exige do pregador conhecimento do texto, contexto e
cultura bíblica.

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O Sermão Expositivo

É aquele que explora os argumentos principais da exegese, hermenêutica e


faz uma exposição completa de um trecho mais ou menos extenso. O sermão
expositivo é uma aula, uma análise pormenorizada e lógica do texto sagrado.
Este tipo do sermão requer do pregador cultura teológica e poder espiritual.
Ele surge de uma passagem bíblica com mais de dois ou três versículos. O sermão
expositivo é o método mais difícil, apreciado pelos que se dedicam à leitura e ao
estudo diário e contínuo da bíblia, deve ser feito uma análise de línguas,
interpretação, pesquisa arqueológica, e histórica, bem como, comparação de textos.
Teoricamente este tipo de sermão difere do sermão textual, principalmente pela
extensão da passagem bíblica em que se baseia;

Características do Sermão Expositivo


• Planejamento
• Poder abordar um grande texto ou uma passagem curta;
• Interpretação mais fiel;
• Análise profunda do texto;
• Unidade, idéias subsidiárias devem ser agrupadas com base em uma idéia
principal;
• Não é suficiente apresentar só tópicos ou divisões;
• Tempo de estudo dos pontos difíceis;
• Pode ser abordado em série.

Modelo I
Texto: Marcos 10:46-52
Tema: Atos Gigantes em direção a Cristo

I. “Assentado junto ao Caminho” (Humildade).

II. “Começou a clamar” (Coragem).


III. “Levantou-se”(Fé).
IV. “Seguiu a Jesus” (Perseverança).

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Modelo II
Texto: Gênesis 35:1-7
Tema: Subamos a Betel

I. Tirai os deuses estranhos do meio de vós.


II. Purificai-vos.
III. Mudai vossos vestidos.
IV. Levantemo-nos.

É muito comum o uso do sermão expositivo em pregações seriadas como


conferências e estudo bíblico.

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Bibliografia

• Aprenda a falar bem e impulsione sua carreira – Jonh Osborn- Ed. Klick – São
Paulo

• Como preparar mensagens bíblicas – James Braga - Ed Vida – São Paulo

• Homilética – A eloqüência da pregação – Plínio Moreira da Silva – Ed. A . D.


Santos São Paulo

• Aprenda a falar bem e impulsione sua carreira – Ed. Klick – São Paulo

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EXCLUSIVO da ESUTES, e protegido pela Lei nº 6.896/80 que regula direitos autorais e de
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AVALIAÇÃO DO MÓDULO HOMILÉTICA

1. Cite resumidamente os sete passos para uma apresentação eficiente.


2. De que maneira devemos agir diante de uma pergunta que não sabemos a
resposta?
3. Quais são os tipos mais comuns de questionadores e como lidar com eles?
4. Defina homilética.
5. Faça uma lista das características necessárias para o pregador sob dois pontos
de vista: O ponto de vista técnico e o ponto de vista espiritual.
6. Cite pelo menos três recursos para uma proclamação eficaz do evangelho.
7. Cite os seis objetivos gerais da pregação.
8. Descreva em ordem a estrutura básica de um sermão.
9. Quais são os três tipos básicos de sermão e de que maneira são extraídos seus
argumentos?
10. Elabore o esboço de um SERMÃO TEXTUAL a partir do texto de Josué 1. 6-9
Com o tema: Princípios para uma vida vitoriosa.

OBS: Não se esqueça de colocar nome em sua avaliação

a) O aluno deverá enviar a avaliação para o e-mail: provas@esutes.com.br


provas@esutes.com.br
b) O tempo para envio da avaliação corrigida para o aluno é de até 15 dias após o recebimento da
avaliação
Enquanto a prova é corrigida o aluno já pode solicitar NOVO MÓDULO
c) Alunos que recebem o MÓDULO IMPRESSO podem enviar sua avaliação também para e-mail:
provas@esutes.com.br
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Caso opte por mandar sua avaliação pelo correio envie para o endereço abaixo:
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Após a correção da prova recebida por correio, enviaremos sua NOTA por E-MAIL e a avaliação corrigida
seguirá com o próximo módulo solicitado

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DICAS DE ESTUDO ON-LINE

1- Procure utilizar em seu computador um protetor de tela para minimizar a claridade do


monitor. Temos que cuidar de nossa visão
2- Se for estudar a noite, duas dicas:

a) Não deixe para estudar muito tarde, pois o sono pode atrapalhá-lo em sua
concentração;
b) Não deixe a luz do ambiente em que estiver, apagada, pois a claridade da tela do
computador torna-se ainda maior, provocando dor de cabeça e irritabilidade.

3- Pense na possibilidade de imprimir sua apostila, pois pode ser que isso dê a opção, por exemplo
de carregá-la para onde quiser e de grifar com caneta, partes que ache importante.

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