Вы находитесь на странице: 1из 6

A MOTIVAÇÃO POR MEIO DA ORALIDADE

NO APRENDIZADO DA LÍNGUA INGLESA


RESUMO
Este artigo se propõe a refletir sobre a na prática de compreensão auditiva (listening)
motivação no ensino da oralidade da língua e produção oral (speaking). Os alunos foram
inglesa, no ensino fundamental da escola públi- incentivados a interagir e a cooperar entre si,
ca, e sobre o uso de jogos e atividades lúdicas, de forma que até os mais tímidos participaram.
como incentivo na participação desses alunos. Pôde-se observar um maior interesse dos alu-
As aulas foram observadas e ministradas por nos nas aulas de língua inglesa, bem como uma
bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de maior participação, consequências diretas do
Iniciação à Docência (PIBID), em uma turma fator motivação.
da escola estadual Ary Parreiras, no bairro do
Alecrim, em Natal-RN, durante o segundo Palavras-chave: Motivação. PIBID.
bimestre de 2016. Com o objetivo de auxiliar Escola pública. Ensino-aprendizagem de
na compreensão do conteúdo estudado em sala língua inglesa. Produção oral.
de aula, foram realizadas atividades com foco

Izabelle Maria Amaro de Souza (izabellemaria0@gmail.com - PIBID Letras/Inglês), Vanessa Souto Batista (vanessasouto12@gmail.com - PIBID
Letras/Inglês), Kleiton da Silva (kleytons@yahoo.com.br - Supervidor PIBID), Luis Alfredo Fernandes de Assis (luisalfredoassis@gmail.com)

Revista Eletrônica Extensão & Sociedade - PROEX/UFRN - Volume 8 - No 1 107


INTRODUÇÃO
O ensino de inglês no Brasil é pautado A intervenção dos bolsistas do PIBID no
no princípio norteador presente na Lei de Instituto Ary Parreiras causou curiosidade
Diretrizes e Bases da Educação Brasileira nos alunos em relação ao idioma não tão
n. 9394/1996 (LDB), nas propostas dos desconhecido e estímulo ao participar nas
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e na aulas comunicativas de inglês. Os alunos
discussão sobre métodos de ensino da língua queriam saber quais seriam as melhorias para
inglesa, que se alia ao interesse no aprendizado a sala de aula e para o aprendizado da língua
de uma língua estrangeira. inglesa. Assim, eles foram apresentados as mais
A participação dos discentes de língua diversas situações de oralidade com o uso do
inglesa, do Programa Institucional de Bolsa de idioma, puderam superar o medo e perceber
Iniciação à Docência (PIBID), da Universidade uma forma diferente para dar continuidade ao
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), seu aprendizado.
mostra-se essencial para os alunos da escola Os alunos mostraram sede de conheci-
estadual Instituto Ary Parreiras. Pelas obser- mento necessária para o aprendizado da
vações realizadas, percebemos que os alunos língua inglesa, e mesmo com dificuldades,
estão cada vez mais motivados a melhorar no praticaram a pronúncia, a escrita e até
aprendizado da língua estrangeira. Mesmo desenvolveram o hábito de ouvir no outro
que eles já tivessem incentivos, sempre existe a idioma, uma vez que as aulas, orientações e
curiosidade pelo novo. A cada aula, os alunos instruções eram feitas em inglês.
da escola exploram e buscam novos conheci- Com as aulas mais focadas na comunicação
mentos e encontraram, nos bolsistas do pro- entre os alunos, bolsistas e o professor, em língua
grama, diferentes formas de aprendizagem que inglesa, um dos desafios enfrentados, relaciona-
dialogam com os conteúdos do componente do às dificuldades de compreensão, referiu-se
curricular de língua inglesa. aos assuntos mais abstratos, com características
Este artigo propõe uma reflexão sobre mo- mais peculiares dos falantes da língua inglesa.
tivação no ensino de língua inglesa, no ensino Dessa forma, buscou-se apresentar diferentes
fundamental da escola pública, por meio da maneiras de expor variados assuntos de forma
oralidade. Tem como objetivos específicos: lúdica, por meio da linguagem corporal e que
identificar como a motivação pode afetar a aprendizagem acontecesse de forma indutiva,
positivamente o rendimento da aprendizagem com foco no reconhecimento do que era estuda-
dos alunos; relacionar as diferentes formas do pelo aluno. Outro desafio refere-se aos ma-
de abordagens indutivas de ensino com a teriais utilizados em sala de aula. Mesmo com
produção oral na aprendizagem; e, avaliar a a ausência de recursos tecnológicos na escola, o
aprendizagem dos alunos. ensino e a aprendizagem não foram afetados.

MÉTODO
As observações foram feitas em uma turma ano letivo de 2016. Uma dessas aulas era usada
de 8º ano do ensino fundamental, com 22 pelo professor da turma para a explicação de
alunos participantes, que serviu de base para a todo o conteúdo, com o intuito de “mobilizar
análise do artigo. As aulas, que tinham duração conhecimentos prévios dos alunos acerca do
de 50 minutos e uma frequência de duas vezes vocabulário pertinente ao assunto da con-
por semana, ocorreram no período compre- versa, além de enfatizar a instrução explícita
endido entre o terceiro e o quarto bimestre do de conversation starters como forma de tornar a

108 Revista Eletrônica Extensão & Sociedade - PROEX/UFRN - Volume 8 - No 1


interação natural” (DONNINNI, 2010, p. 67). sobre gramática, os bolsistas se comprometiam
Posteriormente a essa exposição dos alunos, a falar apenas em inglês, na sala de aula. Em
eles iriam estudar, já com o conhecimento alguns momentos, era solicitado que os alunos
prévio, na aula seguinte, com a intervenção criassem algumas frases com o conteúdo apre-
dos bolsistas do PIBID. Durante essa aula, os sentado e, ao final de cada aula, eles liam o que
alunos eram expostos às formas mais lúdicas tinham escrito em voz alta, praticando assim
de aprender, como: jogo da forca, mímica, sua oralidade, além disso, eles eram motivados
imagem e ação, entrevistar o colega de sala, a repetir em voz alta, de forma correta, o que
interpretar papéis, atuar, entre outras formas era apresentado pelos bolsistas.
dinâmicas para fixar o conteúdo já estudado. O fator motivação, ao qual esse artigo se
Os bolsistas ficaram responsáveis pela parte da propôs a descrever como principal elemento no
dinamização do conteúdo, ao trabalhar os jo- interesse e a participação dos alunos em aulas
gos lúdicos nos quais exploravam a cooperação focadas na oralidade da língua inglesa, é descri-
entre os alunos e o professor. to como “um fator interno que dá início, dirige
A aula era planejada com antecedência e e integra o comportamento de uma pessoa”
baseava-se no modelo de referência de organi- (MURRAY, 1986, p. 20). Para Garrido (1990)
zação das sequências de atividades conhecido a motivação é um processo psicológico, que a
como Presentation, Practice, Production (PPP). De partir de uma força originada no interior do
acordo com Donnini (2010), o modelo PPP indivíduo, impulsiona a uma ação. “Os motivos
está associado ao plano de aula (lesson plan) ativam e despertam o organismo, dirigem-no
e a uma “concepção de aprendizagem como para um alvo em particular e mantém o orga-
aquisição de comportamentos” (DONNINI, nismo em ação” (GARRIDO, 1990, p. 112).
2010, p. 46). Segundo esse modelo, uma aula Dessa forma, Gardner (1985) apresenta o
eficiente segue três momentos: o momento indivíduo motivado como sendo aquele que
da apresentação, em que o professor utiliza quer realizar um objetivo em particular, esfor-
um recurso didático e introduz o conteúdo ça-se para alcançá-lo e demonstra satisfação
para os alunos; o momento da prática, no nas atividades propostas para a realização de
qual algumas atividades são realizadas com o uma meta. Dentro do projeto desenvolvido na
intuito de exercitar o conteúdo que foi intro- escola, a motivação foi encorajada pela fantasia
duzido; e por fim, o momento da produção, dos alunos estarem na presença de falantes
em que os alunos fazem atividades nas quais nativos da língua inglesa e, dentro dessa fan-
eles podem personalizar o conteúdo apren- tasia, por esses “nativos” não compreenderem
dido, por meio de simulações, resoluções de a língua portuguesa, criou-se a necessidade de
problemas, troca de opiniões. comunicarem-se em inglês.
A empolgação dos alunos nas aulas eviden- De acordo com Parente (2013), ao citar
ciava-se quando eles eram convidados a parti- Bergmann (2002), considerando a definição de
cipar, a falar ou a demonstrar algo para seus motivação, existe a separação entre motivação
colegas, como durante um jogo de mímica, extrínseca e motivação intrínseca. A motivação
quando eles ficavam responsáveis por ensinar extrínseca como sendo fatores externos ao
e aprender, de forma que tinham que passar aluno, como o ambiente escolar e a maneira
o que aprenderam para seus colegas, usando na qual o tópico é apresentado em sala de aula.
apenas movimentos corporais. Dessa forma, a motivação extrínseca fica sob
Com a explicação do conteúdo oferecida responsabilidade do professor, que deve apre-
pelo professor, em português, no momento em sentar o tópico a ser estudado da forma mais
que os alunos já tinham a base desse conteúdo atraente possível.

Revista Eletrônica Extensão & Sociedade - PROEX/UFRN - Volume 8 - No 1 109


A motivação intrínseca diz respeito a fatores e os bolsistas buscaram impulsionar a parti-
que vem de dentro do aluno, sua identificação cipação dos alunos interferindo no exterior,
com o inglês, sua determinação em aprender fazendo relação do que era estudado com a
algo novo e seu interesse em participar de vida cotidiana dos alunos e trazendo para as
forma ativa do processo de aprendizagem. aulas atividades de interação, de movimento
Assim, a motivação intrínseca se configura (jogos e dinâmicas em grupo), e diálogos,
como a mais complexa de impulsionar, pois buscando também impulsionar o interior,
parte do íntimo do aluno e o professor, por proporcionando aos alunos o contato com
mais que tente, pouco pode fazer diante desse estrangeiros, forçando-os, assim, a utilizarem
fator. Contudo, em nosso artigo, o professor a língua inglesa.

RESULTADOS PRELIMINARES:
Os resultados apresentados, ainda prelimina- pelo eixo horizontal, referem-se aos 22 alunos
res, foram pautados na comparação entre as notas que fizeram parte do corpus.
gerais do segundo bimestre (representadas pela O gráfico mostra resultados positivos, ainda
linha de cor azul no gráfico 01), período em que o que bem incipientes. O aumento na nota ficou
PIBID ainda não atuava na escola, e as notas das dentro de décimos, ou um ponto, porém já re-
provas do terceiro bimestre (representadas pela flete um avanço diante do que foi apresentado.
linha de cor laranja no gráfico 01), período em Embora o resultado seja discreto, levando em
que o PIBID começou com as intervenções. As consideração que esse trabalho que continu-
notas são representadas pelo eixo vertical, de 0 a ará, espera-se que haja um maior resultado e
10, ao passo que as letras de A a X, representadas evolução das notas com o passar do ano letivo.

Gráfico 01 – Resultados preliminares (notas dos 22 alunos do 2º e 3º bimestres)


Fonte: Autoria própria.

110 Revista Eletrônica Extensão & Sociedade - PROEX/UFRN - Volume 8 - No 1


É importante ressaltar que não se consegue ensino-aprendizagem, mas a vivência com os
atingir todos os alunos da mesma forma, mes- colegas, a violência da comunidade na qual a
mo que seja proporcionando um ambiente em escola está inserida, a ausência de profissionais
que eles se sintam confortáveis e que os con- que possam cuidar do lado psicológico quan-
teúdos didáticos que serão usados em seu dia do o problema é familiar, entre outros fatores.
a dia sejam mostrados diante da necessidade O importante é fazer com que todos possam
da língua inglesa. Os alunos de escola pública participar das atividades propostas, sejam
vivem uma realidade que pode influenciar, expostos à mesma realidade de oportunidades
negativamente, no processo de aprendiza- e, com o tempo, os resultados melhoram com
gem. Essa realidade não se refere apenas ao uma participação maior dos alunos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de tudo o que foi exposto neste nota julga todo o conhecimento absorvido
artigo, a descrição dos resultados preliminares durante o bimestre e o ano letivo. No caso
mostra que, por meio da motivação, pode-se desse artigo, as notas serviram para quantifi-
desenvolver, nos alunos da educação básica da car e apresentar uma visão geral da situação
escola pública, as habilidades necessárias para após as aulas com foco na comunicação oral
uma fluência na língua inglesa. em língua inglesa.
O engajamento dos alunos nas aulas Observamos que, por meio da motivação,
evidencia que a fuga do ensino tradicional, os alunos fixaram os conteúdos e demonstra-
pautado nas normatizações da gramática e ram na produção das atividades orais que
com o foco no professor e não no aprendizado recordavam do que foi ensinado, assim como
do aluno, quebra obstáculos no processo de souberam demonstrar também o conhecimen-
aprendizagem da língua inglesa. Por mais que to desse conteúdo na prova escrita.
as formas de avaliações, como provas e testes, Este artigo serve de ponto de partida para
sejam tradicionais, pode-se quantificar a evolu- uma preocupação futura com o ensino da
ção do aluno no processo do desenvolvimento, língua inglesa, com foco em teorias comuni-
não só na habilidade escrita, mas também na cativas, pois, em dois bimestres, observamos
habilidade oral. uma melhora nas atitudes perante as atividades
Mesmo sabendo que o conteúdo absorvido orais e nos resultados das avaliações escritas. A
pelos alunos é importante, durante as aulas, e tendência dessa turma que teve a oportunidade
diante da realidade em que eles vivem, é difí- de se motivar com as aulas, com foco na ora-
cil não se preocupar com o resultado obtido lidade, é de que o ano letivo tenha terminado
nos exames avaliativos, pois sabe-se que faz com resultados melhores e mais notáveis do
parte do sistema. Dentro desse sistema, uma que os aqui apresentados.

Revista Eletrônica Extensão & Sociedade - PROEX/UFRN - Volume 8 - No 1 111


MOTIVATION THROUGH SPEAKING IN THE PROCESS OF ENGLISH LANGUAGE LEARNING

ABSTRACT
This paper intends to ponder about the of fun activities focused on speaking and
motivation towards practicing English oral listening comprehension. The students had
activities in a public school, the use of games to interact and cooperate with each other so
and fun activities as a way to stimulate the that all of them, including the shy ones, could
students’ participation on the class. The participate in the activities. It was possible
classes were observed and taught by the to observe an improvement of the students’
students in a scholarship program called interests in English as well as an improvement
“Programa Institucional de Bolsa de Iniciação in their participation in class, which are direct
à Docencia (PIBID)”, at Ary Parreiras State consequences of motivation.
school, Alecrim, Natal – RN, during the
second half of 2016. The purpose was to Key-words: Motivation. PIBID. Brazilian
assist students’ comprehension of the topics public school. English learning and teaching.
in English previously studied. We made use Speaking skills.

REFERÊNCIAS

BERGMANN, Juliana Cristina Faggio. Aquisição de uma língua estrangeira: o livro


didático como motivador. 2002. 163 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal
do Paraná, Curitiba, 2002.

DONNINI, LÍVIA. Ensino de língua inglesa. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

GARDNER, R.C. Social Psycology and second language learning: the role of attitudes
and motivation. London: Edward Arnold, 1985.

GARRIDO, I. Motivacion, emocion y accion educativa. In: MAYOR, L.; TORTOSA, F. (Ed.)
Âmbitos de aplicacion de la psicologia motivacional. p. 284-343. Bilbao: Desclee de
Brower, 1990.

MURRAY, E. J. Motivação e emoção. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1986.

PARENTE, Maisa Coelho; SCHNEIDER, Márcia Sueli P. A motivação e/ou a desmotivação


na aula de língua inglesa dos alunos do 9° ano: um estudo de caso. In: SIMPÓSIO NACIONAL
E INTERNACIONAL DE LETRAS E LINGUÍSTICA, 1, 2013, Uberlândia. Anais...
Uberlândia: EDUFU, 2013

SIQUEIRA, Luciana Gurgel Guida; WECHSLER, Solange M. Motivação para a


aprendizagem escolar: possibilidade de medida. Aval. psicol., Porto Alegre, v. 5, n. 1,
p. 21-31, jun. 2006.

112 Revista Eletrônica Extensão & Sociedade - PROEX/UFRN - Volume 8 - No 1

Вам также может понравиться