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17 de Maio de 2018
Video-Resumo do relatório:
• As Eleições já começaram
Nossa bolsa varia de acordo com a política econômica. O fator mais importante para
o desempenho de nossa bolsa é quem será o presidente eleito em novembro deste ano.
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As Eleições já começaram
Na semana passada, comentamos sobre o que poderia acontecer com nosso mercado
caso sejamos atingidos por uma crise internacional.
Simples. Com uma crise lá fora e, com economia interna saudável, nossa bolsa
despencaria -50% e nos daria uma enorme oportunidade de comprar ótimas empresas a
um preço bastante baixo.
E hoje vamos comentar sobre a possibilidade de uma crise muito pior. Uma crise
interna. O que isso significaria para seu patrimônio?
E, claro. O Brasil de hoje depende 110% do que acontecer nas eleições de outubro.
A queda forte das ações menos líquidas e mais focadas no mercado interno é um
sinal dos tempos.
Tirando estas empresas da conta, o mercado está no 0x0 no ano. Quase a totalidade
dos fundos que acompanho perdem do índice em 2018 (nós também).
Começando do Começo
Próximo ao fim do ano passado, fiz um relatório explicitando como a política ditava
os caminhos da economia e da bolsa no Brasil nos últimos anos.
Olhando a dinâmica de nossa economia nos últimos anos fica claro como a política
ditada pelo presidente define nossos caminhos econômicos (e o da bolsa).
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!
IBOV. Fonte: Bloomberg.
• Até 2002, tivemos governo FHC com privatizações e ajuste da inflação - a bolsa se
multiplicou algumas vezes.
• Em 2008, a crise global nos derrubou -50%. Mas tínhamos economia saudável e,, já
em 2010, voltávamos aos mesmos patamares da bolsa (+92%).
E aqui estamos.
À beira do precipício ou prontos para mais um rally como o que vimos a partir de
2002.
Poderemos ter mais alguns anos de crise econômica e problemas fiscais ou podemos
fazer as reformas necessárias e deixar que a economia deslanche.
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Elegeremos um populista em 2018?
Estamos em um momento de imensa importância no xadrez político para as eleições
de 2018.
Vamos ignorar Lula que está preso em Curitiba e só é candidato nos sonhos mais
irreais dos ideólogos de esquerda.
Alckmin, o único com vontade comprovada de fazer as reformas que o país precisa,
está apenas em quarto lugar.
!
“Vovó, que olhos grandes você tem!"
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Assim como a Dilma em seu segundo mandato, quando indicou o ótimo Joaquim
Levy para ministro da fazenda, um presidente que não esteja comprometido com as
reformas, mesmo que saiba que precisa fazê-las, não as levará a cabo.
Veja bem. É necessário investir uma enormidade de capital político para convencer
os diversos grupos privilegiados brasileiros a cederem um pouco de suas regalias.
Ou, assim como vimos com Dilma, a falta de capacidade de negociação dos
possíveis presidentes minará seu apoio no Congresso.
O Congresso se virará contra eles e teremos pauta bomba atrás de pauta bomba.
2018 = 2002?
O ano de 2018 pode, sim, ser igual ao ano de 2002 - o fatídico ano em que elegemos
Lula.
!
IBOV (branco) e S&P500 (laranja). Fonte: Bloomberg.
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O mercado caiu 42% da máxima de 2000 até a mínima de 8.400 pontos no Ibovespa.
O mercado sempre antecipa.
É interessante também, analisar que o SPX (índice americano) caiu 49% entre 2000 e
2002, batendo a mínima mais ou menos na mesma data - ainda em queda após o estouro
da bolha das empresas de internet em 2000.
E isso diz bastante sobre o movimento local, claro. Não podemos descartar esta
coincidência de datas.
Caímos seguindo os gringos e com o temor de que Lula enterrasse o país de vez.
Em 2002, Lula teve 46% dos votos no 1o turno e 61% no segundo (contra 23% e 39%
de Serra). Quer dizer, Lula estava claramente na frente.
Bolsonaro, Marina e Ciro farão cada vez mais sinalizações para o mercado, mas sua
resiliência e vontade política de aprovar reformas importantíssimas é duvidosa, no
mínimo.
Amoêdo também seria uma boa mas sua andidatura permanece no terreno do
utópico.
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Aqui não vou entrar na seara da moralidade, se tal candidato é honesto ou ladrão de
galinhas.
Se os líderes das pesquisas não entendem a necessidade das reformas, nossa única
salvação é a eleição de um candidato de centro: Alckmin (ou outro), Meirelles ou Maia.
Maia já está (quase) fora do páreo e nem Alckmin e nem Meirelles não engrenarm.
E, sem carisma para unir o eleitorado, Alckmin coloca todas as suas fichas em unir
os políticos.
O PMDB, unido ao centrão (PP, PSD, PR, PTB, PRB, …), teria ao redor de 39% do
tempo total de propaganda na TV e rádio.
Talvez não com Alckmin encabeçando a chapa, mas qualquer um menos impopular.
Pois nada menos que 46% dos eleitores ainda estão indecisos.
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E sabemos que com Mito, Marina ou Ciro não existe negociação. As probabilidades
dos 3 candidatos fazerem grandes coalizões é baixa.
Bolsonaro e Marina vendem uma imagem de outsoders, que poderá ser manchada
se fizerem coligações com a “velha política”.
Alckmin também lutava contra fazer acordos com a “velha política". Mas o chuchu
já começa a perceber que sua candidatura está em crise…
Temos 3 opções:
A eleição de um populista é sempre um risco enorme.
Mas Bolsonaro e Marina seriam um desfecho negativo, mas nem de perto possuem o
potencial destrutivo de Ciro.
3. Ter caixa
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Mas, comprar companhias de commodities ou vender tudo (opções 1 e 2) significa
tentar prever o que o mercado, e pior o eleitorado, fará.
Se você acha que perdeu muito na bolsa com a Dilma, pense nos grandes
empresários…
Por isso fizemos (alguns) relatórios nas últimas semanas urgindo as pessoas que
tenham caixa e ajustem suas alocações.
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Assim como foi difícil para muitos acreditar que o impeachment de Dilma e a
melhora da economia eram possíveis, será MUITO difícil acreditar que o Brasil ruma para
o precipício.
• Recomendo que você duvide de todo o mercado financeiro (seja sempre cético),
principalmente de mim. Faça operações se tiver convicção do que está fazendo, não me
siga cegamente;
• O ranking abaixo é uma sugestão de quais ações comprar primeiro (1o ITSA, 2o
SAPR, 3o …);
• Podemos modificar o ranking case vejamos oportunidade maior em ações
específicas;
• Não tenho preço alvo (teto é só uma ideia de até onde comprar). Acredito que
preço alvo dá uma sensação de certeza desfavorável ao investidor;
• Não recomendo vender posições. O tempo de carregamento das posições é
normalmente longo - podendo mudar se os fundamentos mudam;
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Seguindo a lista, você compra as ações de companhias em que tenho maior
confiança - nunca serão as ações que sobem mais, mas as que tenho mais confança que
terão bons resultados no futuro.
Braskem resolver subir após a Odebrecht chegar mais próxima de assinar um acordo
com os bancos. E eu que imaginava que sem acordo seria melhor - a Odebrecht seria
forçada a vender suas ações.
E destaque negativo para PTBL, GUAR e CARD. As três caindo ao redor de 13% na
semana e 23% no ano.
Imagino que o movimento nas 3 seja pelo mesmo motivo. Os investidores vendem
ações menos líquidas e voltadas ao mercado interno para se preparar para as eleições.
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Abraço,
Relatórios Passados do IV
Seguem os links para os relatórios das últimas semanas e breves descrições do que
foi abordado:
05 - IV: IV vs IBOV
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Comentamos sobre como as ações do portfólio do IV se comparam com outras ações
do mercado.
Comparamos ROE, ROIC, PE, PB, EV/Ebitda, Div Líq/Ebitda, e performance para
entender porque selecionamos as companhias que selecionamos.
O que é risco? Como definir risco? Comentamos como entender o risco que
corremos ao investir nas ações que recomendamos.
Separamos as ações por seus riscos, isto é, quais são os drivers que determinarão
seus resultados no futuro? O que precisamos ficar atentos para que os lucros das
companhias cresçam?
A grande maioria dos investidores, com medo de perder -5%, deixa de ganhar +50%.
Ninguém sabe o que o mercado fará no curto prazo. Só sabemos que, se os lucros
Só existem 2 tipos de Negócio: que geram valor a longo prazo possuem (ROEs altos )
e os negócios que não geram valor a longo prazo (ROEs baixos).
A Berkshire não vende seus melhores negócios - as companhias que geram valor a
longo prazo (ROE alto e crescimento). Mas vende negócios cíclicos ou baratos demais para
ser verdade (ROE baixo e/ou negócio ruim).
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09 - IV: Prepare-se para uma queda de -50%
O segredo de ganhar com ações é comprar na baixa para vender nas altas (e não o
contrário). Esteja preparado para comprar se as ações caírem.
O medo de ficar de fora dos ganhos (FOMO = fear of misssing out) é ainda mais
forte que a ganância. Profissionais temem perder sozinhos e potencializam as quedas.
Ainda discutem se ainda é possível investir como ele. Apple é um ótimo exemplo.
Buffett comprou $ 28 bilhões e pagou 11x lucros. Em 1 ano, elas se valorizaram 70%.
Muitos gostariam de fórmulas quantitativas para entender como Buffett fez o que
fez. Mas a única fórmula constante em todos os seus investimentos é comprar barato.
Uma crise no exterior, que jogue nossas ações 50% para baixo, será uma enorme
oportunidade de compra.
O SPX normalmente cai 50% para subir 200%. E já subimos 280% neste ciclo.
No Facebook: BruceBarbosaOficial
E no LinkedIn: BruceBarbosaOficial
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Performance Histórica das Ações do IV
Investidor de Valor – Recomendações Abertas de Compra
** O preço de entrada varia conforme a companhia paga dividendos (e outros proventos). Reduzimos o
preço de entrada na proporção do provento pago, na data ex. Esta é a forma “padrão” de mercado para o
cálculo de rentabilidade (considerando dividendos).
*** O preço teto é somente um balizador relativo para a compra - uma ideia qual ação da carteira subiu
menos no curto prazo e está mais interessante para compra. Preço teto não é preço alvo.
Em observância à ICVM 483, declaro que as recomendações constantes no presente relatório de análise
refletem única e exclusivamente minhas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente e
autônoma.
S2 APIMEC!
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