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Entrevista ao escritor Mia Couto

Entrevistador1- Tal como tínhamos anunciado no início do Telejornal,


temos connosco nesta segunda parte na rubrica Entrevista da Semana, o
escritor Mia Couto.

Entrevistador2-Um homem notável como escritor de vários poemas e


reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho como escritor.

E1- Boa tarde! Seja muito bem-vindo ao Telejornal e desde já


agradecemos a sua disponibilidade por se ter dirigido às instalações da
RTP para esta breve entrevista.

E2- Após ter pesquisado sobre a sua vida e obra, em meu nome e
provavelmente dos milhares de leitores que o seguem atentamente,
cheguei à conclusão que tem tido uma vida fascinante e bastante
interessante! Daí este convite para estar presente na rubrica Entrevista da
Semana que, sem mais demoras, queremos iniciar, se assim concordar…

Mia Couto: Boa tarde! Desde já começo por agradecer o vosso convite e
deixe-me dizer que é sempre um prazer poder dar a conhecer a minha
vida e obra quer aos meus leitores assíduos quer àqueles que ainda estão
a descobrir os livros escritos por mim. Será um gosto imenso poder
responder às vossas questões.

E1: A maioria dos seus fãs, conhecem-no como o escritor Mia Couto, no
entanto, este é um nome adotado por si. Porquê?

MC: (risos) Esta é uma pergunta bastante interessante e talvez muitas


pessoas desconheçam o porquê deste nome. Na verdade, o meu nome
verdadeiro, aquele que me foi dado ao nascer, é António Emílio Leite
Couto. O nome de Mia Couto está associado não só ao fato de eu gostar
muito de gatos como também ao facto do meu irmão, quando era mais
novo, não conseguir prenunciar o meu nome verdadeiro. Assim, acabei
por criar este simples pseudónimo com o qual toda a gente me conhece e
identifica.
E2: Interessante a associação que foi feita…
Desde que idade é que começou a sentir o prazer de escrever?

MC: Desde muito cedo que adoro escrever! Por volta dos 14 anos tive a
felicidade de poder publicar alguns dos poemas escritos por mim no jornal
Notícias da Beira, um dos jornais moçambicanos, da terra que me viu
nascer. A partir daí continuei a escrever tornando o meu gosto pela escrita
cada vez maior à medida que o tempo passa.

E1: No entanto, sei que para além dessa veia de escritor licenciou-se numa
área muito diferente…

MC: Sim! Iniciei os estudos universitários em medicina, mas acabei por


abandonar esta área no princípio do terceiro ano, uma vez que, passei a
exercer a profissão de jornalista depois do 25 de abril de 1974. Trabalhei
na Tribuna até à destruição das suas instalações em setembro de 1975 e
depois fui diretor da revista Tempo até 1981. Dois anos mais tarde, pedi a
demissão para voltar aos estudos universitários, mas desta vez na área da
biologia.

E2: Em que ano publicou a sua primeira obra de poesia? E como se


chama?

MC: Ainda me lembro desse dia como se fosse hoje… A minha primeira
obra de poesia foi lançada em 1983 e chama-se Raiz de Orvalho. É um
livro muito bonito e ao mesmo tempo muito sentido quer por mim quer
pelos meus leitores…

E1: Para além da poesia o que mais escreve?

MC: A poesia foi sempre a minha paixão, contudo também já escrevi


romances, contos e crónicas.

E2: Uma vez que é um escritor muito talentoso e experiente, presumo que
já tenha recebido alguns prémios ao longo da sua carreira. Quantos é que
recebeu e quais os mais importantes para si?

MC: Desde já agradeço os elogios que me são feitos. Recebi alguns


prémios, na verdade foram oito prémios! Todos os prémios que arrecadei
foram importantes, porque reconhecem a minha obra como escritor.
Contudo, os que mais me tocaram foram sem dúvida o Prémio Nacional de
Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos em 1995 e o Prémio
Camões em 2013.

E1: Antes de finalizarmos a entrevista gostaria que transmitisse algo aos


seus leitores que também são seus grandes fãs. Gostava que dedicasse
algumas palavras a todos aqueles que o estão a ver e ouvir nesta emissão.

MC: (risos) Tenho que confessar que aquilo que me acaba de pedir é algo
que eu sempre quis fazer e já que me é dada esta oportunidade, permita-
me dizer-lhes que todos os dias, quando escrevo, penso neles e agradeço--
-lhes o carinho que me transmitem quando lêem as minhas obras e me
pedem para escrever mais! Muitos perguntam onde vou buscar a
inspiração e o que lhes posso dizer é que escrevo com a alma e o
sentimento. Eu sempre amei escrever, assim como tu podes gostar de
cantar e tu gostares de dançar! É preciso acreditar, lutar pelos nossos
sonhos e não baixar os braços ao primeiro obstáculo. Tudo é possível,
basta querer…

E1: Bom, o tempo voa… Foi um prazer tê-lo aqui connosco para melhor o
conhecer. Obrigada.

E2: Foi incrível poder entrevistá-lo! Em nosso nome e da RTP, muito


obrigada por ter estado connosco aqui e com os leitores lá em casa.

MC: O prazer foi todo meu! Quero agradecer à RTP o convite e dizer que
foi mágico o tempo que passei aqui! Bem hajam!

E2: E antes de terminar o Telejornal desta tarde, acaba de chegar à


redacção da RTP uma notícia de última hora!

E1: Recebemos a informação de que houve uma explosão junto ao Big


Ben, em Londres. Procuramos saber mais sobre esta notícia nas próximas
horas e se necessário interrompemos a emissão para lhe dar mais
desenvolvimentos sobre este acontecimento. Assim me despeço.
Obrigada pela sua preferência.

E2: Tenha uma boa tarde!


Personagens:

Entrevistador 1- Rita Soares

Entrevistador 2-Sara Madeira

Mia Couto- Catarina Bodião

Material necessário para a apresentação:

Entrevistador 1- Microfone, papéis a dizerem telejornal atrás, casaco


formal, entre outros.

Entrevistador 2- Microfone, papéis a dizerem telejornal atrás, casaco


formal, entre outros.

Mia Couto- Bigode postiço, roupa de homem, gravata, entre outros.

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