Вы находитесь на странице: 1из 5

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

1. Criação de Cursinho Popular na Escola Estadual Paiva II - Ribeirão Preto

2. resumo

A educação brasileira sofre com grandes disparidades entre o ensino público e privado; o
acesso a instituições de ensino superior comumente fica restrito a alunos oriundos da rede
particular de educação e também daqueles que se valem de cursos pré-vestibulares
focados exclusivamente na aprovação em Universidades. É bem sabido que, a despeito de
políticas de bolsas de cada instituição, os cursos pré-vestibulares (cursinhos) têm uma
barreira econômica bem consolidada aos alunos de baixa renda e também que a dedicação
exclusiva exigida e focada ao estudo dificulta muito a possibilidade de um estudante com
baixo poder aquisitivo trabalhar e financiar seus estudos em Cursinhos particulares
tradicionais. Assim, como ferramenta de promoção de Educação Pública de qualidade e
focada em promover o acesso ao ensino superior gratuito o presente projeto propõe a
criação de um Cursinho Popular na Escola Estadual Paiva II em Ribeirão Preto.

3. finalidade e relevância

A Universidade de São Paulo em decisão histórica aprovou Cotas étnico-raciais (para


Pretos, Pardos e Indígenas, PPI) e para alunos provenientes de escola pública em sua
principal porta de entrada, a Fuvest¹, além do SISU (Sistema de Seleção Unificada), o qual
a Universidade também disponibiliza vagas para alunos Cotistas. Tais medidas vêm no
sentido de alcançar uma maior inclusão social nos cursos da maior Universidade do País,
buscando a extensão do pleno direito à educação para estudantes de escola pública e de
grupos étnicos excluídos historicamente da educação pública brasileira. Para aumentar a
eficiência de tais medidas, políticas que fomentem o preparo de estudantes da rede pública
para os vestibulares de acesso à Universidade de São Paulo são necessárias, nesse
sentido a criação de Cursinhos Populares em escolas públicas sendo considerados bem-
vindos e necessários para os estudantes.
Cursinhos Populares são cursos pré-vestibulares gratuitos voltados a jovens que desejam
ingressar no Ensino Superior; oferecem aula das disciplinas da grade curricular do ensino
médio - Português, Matemática, História, Geografia, Física, Química, Biologia, Sociologia,
Filosofia e Língua Estrangeira - condensando o conteúdo do ensino médio em um período
de alguns meses ou 1 ano. A USP-RP sedia alguns Cursinhos Populares funcionando à
noite durante a semana e aos finais de semana utilizando a estrutura da Universidade para
as aulas. Oferecer um Cursinho Popular em uma escola pública tem o diferencial de
conseguir atingir todo o público do ensino médio da escola (no caso da Escola Estadual
Paiva II são cerca de 200 jovens) introduzindo no cotidiano escolar o contato com o
Vestibular, atuando como facilitador do acesso ao Ensino Superior dentro do colégio, tendo
o alcance de trazer à um horizonte palpável o acesso à Universidade à jovens que muitas
vezes desconhecem a existência do Ensino Superior Gratuito, enquanto que os Cursos
oferecidos na Universidade atingem jovens que tem em si o propósito do ingresso em uma
faculdade como algo estabelecido, passam por um processo seletivo e devem se locomover
diariamente até a universidade afim de estudar para o vestibular, configurando algumas
barreiras práticas ao acesso à educação. Divulgar o acesso à Universidade de São Paulo,
as cotas e políticas de permanência estudantil, preparar alunos para o vestibular e
consequentemente tem o intuito de facilitar o acesso a cursos pré-vestibulares para jovens
da Escola Estadual Paiva II sendo isto estabelecido no presente projeto.
A Escola Estadual Paiva II, fundada em 2007 no bairro “Jardim Paiva II”, estando a 800
metros do Restaurante Universitário da USP-RP, sendo assim a unidade de ensino médio
público mais próxima da Universidade. O Bairro foi fundado mediante política de
“desfavelização” da área do Aeroporto Leite Lopes em Ribeirão Preto, alocando famílias na
atual região através do Programa “Minha Casa, Minha Vida” do governo federal. A escola
conta com a oferta do Ensino Médio e Ensino Fundamental II todos os dias, sendo o
primeiro oferecido pelas manhãs e o segundo às tardes; aos finais de semana a escola é
aberta a toda a comunidade através do Programa Escola da Família. O Estado de São
Paulo classifica a região do Paiva II como de alta vulnerabilidade social (segundo IPVS -
Índice Paulista de Vulnerabilidade Social) fato comprovado pelo oferecimento de
gratificação salarial aos professores da escola (Tavares e Pietrobom, 2015)², é muito bem
estabelecida a ligação entre alta vulnerabilidade social e baixa escolaridade, justificando
assim o foco do trabalho ser esta escola, colocando a universidade em posição de intervir
para modificar esta realidade, sendo modelo e pioneira.
O Cursinho Popular do Paiva II pretende-se enquanto ferramenta de transformação social, a
serviço dos jovens residentes do bairro e estudantes ou ex-estudantes da escola;
oferecendo aulas de todas as disciplinas semanalmente, promovendo atividades
culturais/educacionais abertas à comunidade e auxiliando nos processos de gestão; os
professores do projeto serão universitários, o que cria um elo entre duas realidades
fisicamente próximas, porém com abismos sociais imensos. É ganho para o universitário
bolsista do projeto o aprendizado de dar aula e se relacionar com alunos de uma escola
estadual, sendo uma experiência análoga a um estágio o que contribui para uma posterior
maior maturidade e preparo profissional para aqueles que cursam cursos de licenciatura e
pretendem seguir a área, assim como aos estudantes de outras áreas que se qualificam
com o maior repertório de experiências o que aproxima de uma formação íntegra, múltipla e
comprometida socialmente.
4. objetivo

O projeto de criação do Cursinho Popular tem por objetivo facilitar o acesso à Universidade
Pública por parte de alunos de escolas públicas estaduais, através do auxílio na preparação
dos mesmos para os exames dos vestibulares e ENEM – possuindo grande foco em
questões do último citado –, assim como da divulgação de informações a respeito dos
vestibulares e permanência estudantil na universidade, buscando esclarecer e dar o suporte
necessário para o esclarecimento de dúvidas dos alunos relacionadas à organização do
ensino superior.

5. Ações e detalhamento das atividades a serem desenvolvidas pelo(s) bolsista(s)

Entre as atividades que devem ser desenvolvidas pelos bolsistas esta:

-angariar voluntários para diversas atividades, como aulas, monitorias, tutorias;


-escrever material didático e lista de exercícios;
-Preparar aulas semanalmente.

1 - Bolsistas em Ciências da Natureza (2 Bolsistas)


a) Bolsista “Professor” - Responsável por organizar a sequência de aulas em ciências
da Natureza, assim como angariar voluntários para o projeto, organizar os relatórios
sobre as atividades em sala de aula do assunto.

b) Bolsista “Elaborador” - Responsável pela elaboração e viabilização do material


didático de Ciências da Natureza; incluindo ampla pesquisa bibliográfica, seleção de
fontes adequadas a realidade local, assim como adaptações ao contexto do projeto.

2- Bolsistas em Ciências Humanas (2 bolsistas)

c) Bolsista “Professor” - Responsável por organizar a sequência de aulas em ciências


humanas, assim como angariar voluntários para o projeto, organizar os relatórios
sobre as atividades em sala de aula do assunto.

d) Bolsista “Elaborador” - Responsável pela elaboração e viabilização do material


didático de Ciências humanas; incluindo ampla pesquisa bibliográfica, seleção de
fontes adequadas à realidade local, assim como adaptações ao contexto do projeto.

3- Bolsistas em Língua Portuguesa

e) Bolsista “Professor” - Responsável por organizar a sequência de aulas em Língua


Portuguesa e estrangeira, assim como angariar voluntários para o projeto, organizar
os relatórios sobre as atividades em sala de aula do assunto.

f) Bolsista “Elaborador” - Responsável pela elaboração e viabilização do material


didático de Língua Portuguesa ; incluindo ampla pesquisa bibliográfica, seleção de
fontes adequadas à realidade local, assim como adaptações ao contexto do projeto
Acompanhar o desenvolvimento de redações.
4- Bolsista em Matemática e suas tecnologias (2 bolsistas)

g) Bolsista “Professores” - Responsável por organizar a sequência de aulas em


Matemática, assim como angariar voluntários para o projeto, organizar os relatórios
sobre as atividades em sala de aula do assunto.

h) Bolsista “Elaborador” - Responsável pela elaboração e viabilização do material


didático de Matemática; incluindo ampla pesquisa bibliográfica, seleção de fontes
adequadas à realidade local, assim como adaptações ao contexto do projeto.

É de obrigação de todo bolsista executar 10 horas semanais de atividade na escola além de


comparecer a 3 reuniões mensais em cada trimestre.

6. Resultados esperados e indicadores de acompanhamento

O esperado é a construção de um Cursinho Popular na Escola Estadual Paiva II sendo


acompanhado pelo número de voluntários do projeto, alunos participantes e posteriores
aprovados em vestibulares; são parâmetros de sucesso também altos índices de inscrição
em vestibulares na escola e presença em eventos promovidos pelo projeto que não sejam
aulas.

7. Cronograma de execução

Agosto a Novembro - Plantão de dúvidas intensivo no colégio, 4 horas por dia no contra
turno do Ensino Médio e 8h aos finais de semana;

Dezembro a Março 2019 - Elaboração intensa de material didático e estruturação do


próximo ano letivo; inscrição dos voluntários e treinamento; inscrição dos alunos
participantes.

Março a Julho de 2019 - Desenvolvimento das atividades em aulas.

8. Outras informações que sejam relevantes para o processo de avaliação.

A Direção da Escola Estadual Paiva II apoia o projeto dando total espaço e ajuda para o seu
desenvolvimento e disponibiliza o contra turno do ensino médio e os finais de semana para
atividades do Cursinho, além de toda a estrutura de salas vagas nestes períodos, inclusive
o laboratório de informática e sala de leitura. Desta forma a escola possui total consciência
da importância do desenvolvimento do projeto e do seu caráter para o ingresso dos alunos
nas faculdades públicas.

9. Referências
BOEHM, Camila. USP aprova cotas raciais e de escola pública pela primeira
vez em sua história. Agência Brasil, 04.jul.2017. Disponível em:
<http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2017-07/usp-aprova-cotas-raciais-
e-de-escola-publica-pela-primeira-vez-em-sua>. Acesso em: 09.06.18.

TAVARES, Priscilla Albuquerque; PIETROBOM, Francine. Fatores associados à violência


escolar no Estado de São Paulo. CENTER FOR APPLIED MICROECONOMICS,
Maio.2015. Disponível em:
<http://cmicro.fgv.br/sites/cmicro.fgv.br/files/arquivos/WP_1_2015.pdf>. Acesso em:
09.06.18.

Вам также может понравиться