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Métodos Matemáticos

Licenciatura em Física

1. Análise de Fourier
Série, Integral e Transformada de Fourier

Prof. Mateus Gomes


mateus.gomes@ifpr.edu.br

2014

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná - Campus Paranaguá


Rua Antonio Carlos Rodrigues, 453 – Bairro: Porto Seguro CEP 83.215-750 - Paranaguá – Pr. - Fone/ Fax: (41) 3721-8300

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Licenciatura em Física

Sumário
Análise de Fourier – Série, Integral e Transformada de Fourier
1.1. Introdução ...................................................................................................... 3
1.2. Função par, ímpar e periódica ....................................................................... 4
1.3. Séries de Fourier ............................................................................................ 7
1.4. Fórmulas de Euler ........................................................................................ 10
1.5. Extensão periódica de uma função .............................................................. 13
1.6. Expansão em série de Fourier: meia expansão e um quarto de expansão.. 15
1.7. Integral de Fourier ........................................................................................ 17
1.8. Transformada de Fourier.............................................................................. 23
1.9. Propriedades das transformadas de Fourier ................................................ 26
1.10. Convolução ............................................................................................... 27
1.11. Tabela das transformadas de Fourier ....................................................... 28
1.12. Referências ............................................................................................... 29

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1. Análise de Fourier: Série, Integral e


Transformada de Fourier

1.1. Introdução

A análise de Fourier relaciona-se aos fenômenos periódicos que ocorrem


com bastante frequência em engenharia e outras aplicações – considere, por
exemplo, as peças rotativas de máquinas, as correntes elétricas alternadas ou o
movimento dos planetas. As funções periódicas relacionadas a esses fenômenos
podem ser complicadas. Tal situação impõe a importante tarefa prática de
representar essas funções complicadas por meio de funções periódicas simples, a
saber, senos e cossenos. Essas representações serão as séries infinitas, chamadas
de Séries de Fourier.
As séries de Fourier são séries infinitas concebidas para representar funções
periódicas gerais em termos de funções simples, a saber, de senos e cossenos. Elas
constituem uma ferramenta muito importante, especialmente na solução de
problemas envolvendo EDOs e EDPs.A teoria das séries de Fourier é complicada,
embora veremos que a aplicação destas séries é um tanto simples. As séries de
Fourier são, num certo sentido, mais universais que as conhecidas séries de Taylor
do cálculo, porque muitas funções periódicas descontinuas de interesse prático
podem ser desenvolvidas em séries de Fourier, porém naturalmente, não tem
representações em séries de Taylor.
As ideias subjacentes as séries de fourier podem também ser estendidas a
fenômenos não periódicos. Isso leva às integrais e transformadas de fourier.

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1.2. Função par, ímpar e periódica

Devido ao fato das séries de Fourier compreender as funções seno e


cosseno é necessário relembrar alguns conceitos básicos de funções quanto a
paridade e periodicidade.

Função par: Para qualquer x do seu domínio: f x   f  x  x  X


- O domínio é simétrico em relação à origem;
- O gráfico é simétrico em relação ao eixo y;

Exemplo:

Função Impar: Para qualquer x do seu domínio: f x    f  x  x  X


- O seu domínio é simétrico em relação á origem;
- O seu gráfico é simétrico em relação à origem;

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Exemplo:

Função periódica: Uma função f será periódica se existir um número real p  0 tal
que quando x estiver no domínio de f, então x  p estará também no domínio de f e
f x  p   f x . O menor número real positivo p é chamado de período de f. O
período fundamental é o menor período que a função pode ter.

Exemplo:

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Operações com funções par e ímpar

Par + par = par


Par x par = par
Ímpar + ímpar = ímpar
Ímpar x ímpar = par
Ímpar x par = impar

Adicionalmente duas propriedades da integração de funções serão úteis.


Suponha que f é continua em a, b .
a a

a) Se f for par  f x  f  x então:  f x dx  2  f x dx


a 0

b) Se f for ímpar  f x   f  x então:  f x dx  0


a

Exercício: Demonstrar as propriedades (a) e (b) acima.

Uma função pode ser escrita como uma combinação de função par e ímpar.

Observe que:

E similarmente:

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1.3. Séries de Fourier

Inicialmente nosso problema consiste em representar várias funções


de período em termos das funções simples

Todas essas funções têm o período , e constituem o chamado sistema


trigonométrico.
Uma forma de representar funções é através de polinômios utilizando a série
de Taylor, por exemplo. Seja uma função infinitamente diferenciável no ponto
x = a, então a série de Taylor é dada por:
(1)

Similarmente podemos representar uma função em séries trigonométricas.

(2)

A série acima é chamada de Série de Fourier , onde: , , são


coeficientes da série. Podemos notar que (2) é uma função periódica com período
fundamental1 . Para verificar isso, observe que (2) é uma combinação linear de
, e assim por diante e essas
funções são periódicas com os seguintes períodos:

1
Período fundamental é o menor período (comum) da função.

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n 1 Arbitrário
1

Os coeficientes da série de Fourier são dados pelas Fórmulas de Euler.

(3)

(4)

(5)

É importante destacar que é o valor médio da função

Na próxima seção essas fórmulas serão tratadas em detalhes. Para a série


de Fourier, Eq. (2), representar uma função é necessário que série convirja, e
precisamos que a soma da função seja a função original . Vários teoremas
estão disponíveis com as condições suficientes para uma função poder ser
representada por série de Fourier. A seguir mostraremos um que aborda a grande
maioria dos casos.

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Teorema: Teorema da convergência de Fourier

Seja com período , e seja e seccionalmente continua em .


Então a série de Fourier converge para quando for continua, e para o valor
médio (a média dos limites à esquerda e a direita) quando em
todo ponto x de f é descontinuo.

Exemplos
1. Onda quadrada
Considere a “onda quadrada” mostrada na Fig. abaixo, onde é
definida como 2 em . Represente essa função em série de fourier.

2. Represente em série de Fourier a função do gráfico apresentado abaixo.

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1.4. Fórmulas de Euler

Agora vamos ver de onde surgem as fórmulas de Euler. Assumindo que uma
função de período pode ser representada em série de Fourier na seguinte
forma:
(6)

Nosso objetivo é calcular , , , e, portanto precisamos lembrar das


seguintes integrais elementares:

(7)

(8)

(9)

m e n são inteiros.

Exercício: Resolver as integrais 7, 8 e 9.

Vamos resolver a Eq. (6) para , por exemplo. Para isso multiplicamos
ambos os lados da Eq. (6) por e integramos ao longo de um período.

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Portanto
(10)

O que pode ser estendido para:


(11)

Para encontrar o procedimento é análogo, entretanto multiplicamos


ambos os lados da Eq. (6) por e integramos ao longo de um período.

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Exercício: Encontrar .

Exercício: Encontrar .

Exemplos de aplicação da Série de Fourier

1. Oscilador harmônico forçado


Considere o oscilador mecânico da figura abaixo e governado pela seguinte
equação diferencial:
(12)

Onde são a massa, coeficiente de amortecimento e rigidez da mola,


respectivamente. Considere , e e considere
, em newtons, mostrada na figura a seguir. F consiste de uma sequencia
interminável de pulsos. Assim expanda F em série de fourier de modo a possibilitar
resolução por completo da equação diferencial.

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2. Viga infinita num solo elástico


Considere uma viga longa infinitamente sobre uma solo elástic0, apresentada
na figura abaixo. A constante k é chamada de módulo de fundação (isto é, a rigidez
da mola por unidade comprimento) e a onda quadrada é o carregamento
periódico prescrito ( força por unidade de comprimento). Desejamos determinar a
deflexão vertical .

1.5. Extensão periódica de uma função

Ao estudar equações diferenciais parciais muitas vezes necessitamos


extender o domínio de uma função 2l – periódica que está definida apenas sobre o
meio intervalo ao intervalo completo para nos beneficiarmos da simetria
da função no intervalo simétrico.
A idéia é extender o domínio da função que é a todo intervalo
de modo que a extensão seja uma função par ou impar e então construir a
série de Fourier da extensão.
Vamos supor que o domínio de seja e além disso

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Devemos extender esta função a todo intervalo simétrico


de modo que a extensão seja uma função par, pois a função dada esta desenvolvida
em série de cossenos.
A extensão par pode ser definida por:

Observamos que a extensão coincide com a função f sobre o intervalo


.
Suponhamos agora que o domínio de seja e além disso

Devemos extender esta função a todo intervalo simétrico


de modo que a extensão seja uma função ímpar, pois a função dada está
desenvolvida em série de senos.
A extensão ímpar pode ser definida por:

A extensão coincide com a função sobre o intervalo .


Pelas definições acima é uma extensão ímpar e é uma
extensão par. Estas extensões são definidas e integráveis sobre o intervalo ,
coincidindo com sobre a “metade do intervalo”.
Em resumo, quando a extensão for ímpar os coeficientes ficarão nulos e
quando a extensão for par os coeficientes que ficarão nulos.

Exemplos:

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1)
a) Determine os coeficientes de Fourier correspondente à função

com período igual a 10.

b) Escreva a série de Fourier correspondente.


c) Como deveríamos definir em , e a fim de que a
série de Fourier convirja para em ?
2) Desenvolva , em série de Fourier, se o período é
.
3) Desenvolva , em série de Fourier de cossenos.

1.6. Expansão em série de Fourier: meia expansão e um


quarto de expansão

Meia expansão Cosseno

Expansão em meio intervalo cosseno.


(13)

Onde:

(14)

(15)

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Meia expansão seno

Expansão em meio intervalo seno.

(16)

Onde:
(17)

Expansão quarto de cosseno

(18)

Onde:
(19)

Expansão quarto de Seno

(20)

Onde:

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(21)

Exemplos:

1) Desenvolva , em semi-série de:


a) Senos
b) Cossenos

1.7. Integral de Fourier

As séries de Fourier são ferramentas poderosas para se lidar com


problemas envolvendo funções que sejam periódicas ou que tenham interesse
apenas em intervalos finitos. Visto que, naturalmente, muitos problemas envolvem
funções que não são periódicas e quem tem interesse sobre todo eixo x,
perguntamo-nos o que podemos fazer para estender o método das séries de Fourier
a tais funções. Esta ideia nos levará as integrais de Fourier.
Até aqui consideramos a teoria e as aplicações do desenvolvimento de uma
função de período 2L em uma série de Fourier. Uma pergunta que surge
naturalmente é a seguinte: O que acontece quando ? Veremos que em tal
caso a série de fourier se torna uma integral de fourier.
Inicialmente vamos verificar no exemplo abaixo (Onda retangular) o que
acontece com a série de uma função de período 2L quando .

Onda retangular
Considere a onda retangular periódica de período dada por

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A figura abaixo representa as formas de onda e espectros de amplitude para


este problema.

A parte da esquerda dessa figura mostra esta função para bem


como a função não periódica , que obtemos de se fizemos ,

Investiguemos agora o que acontece aos coeficientes de Fourier de à


medida que L aumenta. Como é par, para todo n. Para temos, pela
fórmula de Euler:

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Esta sequência de coeficientes de Fourier é chamada de amplitude espectral


de , porque é a amplitude máxima da onda . Na figura
apresentada acima é apresentado esse espectro para os períodos .
Vemos que, para valores crescentes de L, essas amplitudes tornam-se cada vez
mais densas sobre a parte positiva do eixo , onde . De fato, para
, temos1,3,7 amplitudes por "meia escala" da função .
Logo, para temos amplitudes por meia onda, de modo que a
densidade dessas amplitudes terminará por abarcar todo o eixo positivo (e cairá
para zero).
O resultado deste exemplo nosd a uma impressão intuitiva do que devemos
esperar se passarmos nossa função especial para uma função arbitrária.

Transição das Séries de Fourier para às Integrais de Fourier

Consideremos agora uma função periódica qualquer de período 2L que


possa ser representada por uma série de Fourier

(22)

e vejamos o que acontece se fizermos . Juntamente com o exemplo anterior, o


cálculo que aqui fazemos sugerirá que devemos esperar uma integral (em vez de
uma série) envolvendo e , com não mais se restringindo aos

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múltiplos inteiros de , porém assumindo todos os valores.


Também veremos qual será a forma assumida por uma integral desse tipo.
Se inserirmos e , de acordo comas fórmulas de euler,e representarmos
a variável de integração por , a série de fourier de torna-se:

(23)

Fazemos agora

Então, , e podemos escrever a série de Fourier na forma

(24)

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Esta representação é válida para qualquer L fixo, arbitrariamente grande,


porém finito. Façamos agora . e suponhamos que a função não-periódica
resultante

seja absolutamente integrável sobre o eixo x, isto é, o seguinte limite (finito) existe:

escrito como

Então, e o valor do primeiro termo do lado direito de (23) aproxima-


se de zero. Além disso, e parece plausível que a série infinita em
(23) torna-se uma integral de 0 a , que representa , a saber,

(25)

Se introduzirmos as notações

(26)

(27)

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Então temos a Integral de Fourier, dada por:

(28)

Exemplos

1. Pulso único
Encontre a representação por integral de Fourier da função

2. Viga infinita num solo elástico


Vamos considerar um problema semelhante ao apresentado anteriormente,
entretanto temos agora como carregamento um pulso retangular não periódico
apresentado na figura a seguir:

A equação diferencial que representa esse fenômeno é dada por:

Encontre uma equação para deflexão, utilizando a integral e Fourier.

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1.8. Transformada de Fourier

Uma transformada integral é uma transformação na forma de uma integral


que produz, a partir de funções dadas, novas funções dependentes de uma variável
diferente. O principal interesse dessas transformações é seu uso como ferramentas
de resolução de EDOs, EDPs e equações integrais, além do fato de elas
frequentemente também serem de valia na manipulação e nas aplicações das
funções especiais. A transformada de Laplace é desse tipo, sendo, de longe a de
maior importância em engenharia. As próximas transformadas em ordem de
importância são as de Fourier. Veremos que é possível, de uma maneira um tanto
simples, obter essas transformadas a partir da integral de Fourier.

Transição da Integral de Fourier para a transformada de Fourier

Nosso ponto de partida é a Integral de Fourier, dada pelas Eqs. (26),(27) e


(28). Como a serie de Fourier complexa pode ser expressa na forma exponencial a
integral de Fourier, Eq. (28) também pode ser expressa na forma complexa
exponencial. Portanto substituímos as Eqs. (26) e (27) na Eq. (28), e mudamos a
variável de integração para não confundir com x da Eq. (27) Assim:

Como , portanto reescrevemos a equação


acima como:

Para introduzir a forma complexa exponencial reescrevemos a equação acima


como:

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Ou ainda

Para combinar os dois termos do lado direito, vamos mudar a variável de integração
para – no primeiro termo, assim:

Podemos separar em duas partes.

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Considerando e temos:

(29)

(30)

A Eq. (30) define a Transformada de Fourier e a Eq. (29) define a


Transformada inversa de Fourier. Portanto temos:
(31)

(32)

Exemplo:

1) Pulso retangular
Considere um pulso retangular , onde H denota
a função de Heaviside. O gráfico dessa função é apresentado abaixo, calcule a
transformada de Fourier para essa função.

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2. Calcule a transformada de Fourier de .

1.9. Propriedades das transformadas de Fourier

Linearidade
(32)

(33)

Transformada da n-ésima derivada

(34)

Fórmulas de Translação

(35)

(36)

Exemplo:

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1) Dado encontre .
2) Dado encontre .
3) Dado encontre .

4) Calcule .

1.10. Convolução

(37)

(38)

(39)

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1.11. Tabela das transformadas de Fourier

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1.12. Referências
[1] CHURCHILL, RUEL V. Séries de Fourier e Problemas de valor de
contorno,Editora Guanabara, Rio de Janeiro, 1978.
[2] GREENBERG, MICHAEL D. Advanced Engineering Mathematics, 2ª ed
Prentice Hall, 1998.
[3] KREYSZIG, E. Matemática Superior - Volumes 1, 2 e 3. LTC, Rio de Janeiro,
1995.
[4] SPIEGEL, MURRAY R., Análise de Fourier, Coleção Schaum,Editora McGRAW-
Hill do Brasil,São Paulo, 1976.
[5] ZILL, D. G.; CULLEN, M. R. .Matemática Avançada para Engenharia. V 1,2 e 3.
3 ed., Porto Alegre, Bookman.

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