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TEOLOGIA

Wilson Paroschi

Lições de
Gálatas
As lições doutrinárias de
Gálatas são importantes,
mas não mais do que
as éticas

N
o último trimestre de 2011, cadores. Uma vez salvos, devemos vi- enfatizar sua temporariedade (como em
depois de exatos vinte anos,* ver como salvos, como novas criaturas, Gl 3:24-25), ele tinha em mente a lei ce-
voltamos a estudar na Lição como filhos e filhas de Deus (Gl 4:1-7; cf. rimonial, e de que, quando falou bem
da Escola Sabatina um dos Rm 6:12-19; 8:3, 4, 14-16). Como afirmei, da lei (como em Rm 7:10-14), ele se refe-
mais preciosos livros da Bíblia, a Epís- esse é um bom resumo de Gálatas no to- riu à lei moral – não está correto, ape-
tola de Paulo aos Gálatas. A importân- cante à lei, mas há outras importantes li- sar de sua praticidade e eficiência evan-
cia da carta aos Gálatas está, acima de ções que também devem ser guardadas gelísticas. A lei em Gálatas não é a lei ce-
tudo, em seu enfoque no significado da na mente e no coração. rimonial, mas principalmente a lei mo-
lei e a função dela no plano salvífico de ral, pois é a lei moral que revela o pecado,
Deus. Um bom resumo do que o apósto- Lições doutrinárias – Uma impor- condena o pecador e o conduz a Cristo.
lo enfatizou quanto a isso é que, longe de tante questão hermenêutica (ou inter- É disso que Paulo falou nessa carta. Em
justificar ou salvar, a lei apenas condena pretativa) suscitada por Gálatas diz res- Hebreus, sim, o ponto é a transitorie-
(Gl 2:16; 19; 3:10, 13). Ela revela o peca- peito à natureza da lei de que fala o após- dade da lei cerimonial e, com ela, de todo
do, condena o pecador e, desse modo, le- tolo. Espera-se que, depois dessas lições, o sistema sacrifical levítico (Hb 8:7-13;
va-o a Cristo (Gl 3:19, 22-24; cf. Rm 5:13, tenhamos sepultado para sempre aquela 9:9-10; 10:1-10). Mas, em Gálatas, como
20; 7:7-11, 13), à medida que ele entende velha distinção entre lei moral e lei ceri- em Colossenses 2:14 e 2 Coríntios 3:7-11,
que está perdido e que não há nada que monial como a chave para se entender a o apóstolo se referiu sobretudo à lei mo-
possa fazer para resolver seu problema. epístola. Não que não houvesse leis mo- ral. Ellen G. White é clara a respeito:
Então, uma vez justificados por Cristo, rais e cerimoniais na vida do antigo Is- “Perguntam-me acerca da lei em Gála-
não mais estamos sob o jugo ou a conde- rael, mas o ponto é que tal distinção não tas. Que lei é o aio que nos deve levar a
nação da lei (Gl 3:25-26). Isso não signi- é de forma alguma a solução para se in- Cristo? Respondo: Tanto o código ce-
fica que estamos livres para desobedecer terpretar Gálatas ou quaisquer outras rimonial como o moral, dos Dez Man-
à lei. Em Romanos, Paulo respondeu três passagens em que Paulo parece falar da damentos” (Mensagens Escolhidas, v. 1,
vezes a essa insinuação com um enfáti- lei de uma perspectiva negativa. p. 233). E mais: “‘A lei nos serviu de aio,
co: “De modo algum!” (Rm 3:31; 6:1-2, Introduzido pelos nossos pioneiros para nos conduzir a Cristo, para que pela
15; cf. Gl 3:21). Estar sob a graça e não em meados do século dezenove e no fé fôssemos justificados’ (Gl 3:24). Nessa
Ilustração: Thiago Lobo

mais sob a lei significa apenas estar sal- contexto das discussões quanto à vali- passagem,” ela esclarece que “o Espírito
vo em Cristo e não mais perdido ou sob dade do sábado, o argumento – de que, Santo, pelo apóstolo, refere-se especial-
a condenação imposta pela lei aos pe- quando Paulo parecia falar mal da lei ou mente à lei moral. A lei revela o pecado,
18 Revista Adventista I maiO • 2012

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