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CURSO DE PLANTAS MEDICINAIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA


DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA
PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E HOMEOPATIA
Dra. Rosana Gonçalves Rodrigues-das-Dôres

AGRICULTURA ORGÂNICA

Agricultura Orgânica é o termo que se emprega na designação do


sistema de produção agrícola ecológico e sustentável, baseado na
preservação e respeito à terra, ao ambiente e ao homem; em condições
trabalhistas, econômicas e sociais justas.
Como o termo indica, a agricultura ecológica se baseia no equilíbrio
integral do funcionamento dos ecossistemas (ar, água, solo e seu habitat ou
componentes: flora e fauna).
O movimento pela agricultura saudável surgiu no início do século
passado, principalmente após a 2ª Grande Guerra, em reação ao emprego
dos adubos químicos, melhoramento genético, excessiva mecanização e os
pesticidas. As práticas deste sistema são biológicas e ambientalmente sãs,
sem emprego de qualquer produto ou metodologia que possa afetar este
equilíbrio.
A agroecologia diverge do sistema convencional, porque tem visão
"holística" da propriedade rural, isto é, considera a relação solo-planta-
ambiente-homem, no seu todo. Com esta visão, em diversas partes do
mundo, desenvolveram-se processos ecológicos, com os mesmos objetivos
no seu fundamento, mostrando a unidade de ação mundial nos seus
princípios.
São sistemas sustentáveis, transparentes, simples, podendo ser
adaptadas e aperfeiçoadas de acordo com as condições locais, sendo às
vezes baseadas em experiências e fundamentos tradicionais.
Como características podemos citar :
 Utilização da reciclagem de resíduos sólidos, usos de adubos
verdes e restos de culturas, usos de rochas minerais, usos de
manejo e controle biológico de insetos, mantendo a sanidade e
fertilidade do solo para suprir as plantas de nutrientes e
controlar os insetos-pragas, moléstias e ervas invasoras.
 Abandono no uso de compostos sintéticos como fertilizantes,
pesticidas, reguladores de crescimento e aditivos alimentares
aos animais.
Os principais ramos da agroecologia, além da orgânica, são:
AGRICULTURA NATURAL
Suas práticas estão
baseadas em conceitos
ecológicos e trata de manter os
sistemas de produção iguais aos
encontrados na natureza.
Resultou do trabalho do
Biólogo Masanobu Fujuosa na
década de 50.

AGRICULTURA SUSTENTÁVEL
É definida como agricultura
ecologicamente viável,
economicamente rentável e
social e humanamente justa,
cujos recursos a sua implantação
e desenvolvimento são obtidos
no próprio local e ambiente.
Muito usada na agricultura
familiar ou de subsistência.

AGRICULTURA BIOLÓGICA
Surgiu na França, na
década de 60, partir dos
trabalhos de Francis
Dhaboussou e outros.
Destaca-se pelo controle
biológico, do Manejo Integrado
de pragas e doenças e pela
Teoria da Trofobiose (efeito dos
agroquímicos na resistência
das plantas).

PERMACULTURA
Pode ser definida como
agricultura integrada com o
ambiente, que envolve plantas semi-
permanentes e permanentes,
incluindo a atividade produtiva dos
animais.
Ela se diferencia das demais
atividades produtivas porque no
planejamento leva-se em conta os
aspectos paisagísticos e energéticos.

AGRICULTURA BIODINÂMICA
Esta agricultura se
desenvolve em relação aos
princípios filosóficos do
humanista-científico Rudolph
Steiner. Ele julga possível
praticar uma agricultura que
tem como princípio integrar os
recursos naturais da agricultura
em conexão com as forças
cósmicas e suas diversas
formas de valores espirituais e
éticos, a fim de chegar a ter
uma aproximação mais
compreensível das relações:
agricultura e estilos de vida.
AGRICULTURA ATUAL : Agricultura convencional
A agricultura atual é
descrita como o conjunto de
técnicas produtivas que
surgiram em meados do
século 19, conhecida como a
2ª revolução agrícola, que
teve como suporte o
lançamento dos fertilizantes
químicos por Liebig. Este
sistema expandiu-se após as
grandes guerras, com o
emprego de sementes
manipuladas geneticamente
visando o aumento da
produtividade, associada ao
emprego de agroquímicos
(agrotóxicos e fertilizantes) e
da maquinaria agrícola.
O agricultor é
dependente por tecnologias/
recursos/capital do setor
industrial, que devido seu
fluxo unidirecional leva à
degradação do ambiente e à
descapitalização, criando uma
situação insustentável à longo
prazo.

QUADRO 1 - PRINCÍPIOS BÁSICOS E PARTICULARIDADES DOS PRINCIPAIS


MOVIMENTOS QUE ORIGINARAM OS MÉTODOS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO

MOVIMENT PRINCÍPIOS BÁSICOS PARTICULARIDADES


O OU
CORRENTE

Agricultura É definida como uma "ciência Na prática, o que mais


espiritual", ligado à diferencia a ABD das outras
Biodinâmica antroposofia, em que a correntes orgânicas é a
propriedade deve ser entendida utilização de alguns
(ABD) como um organismo. preparados biodinâmicos
Preconizam-se práticas que (compostos líquidos de alta
permitam a interação entre diluição, elaborados a partir de
animais e vegetais; respeito ao substâncias minerais, vegetais
calendário astrológico e animais) aplicados no solo,
biodinâmico; utilização de planta e composto, baseados
preparados biodinâmicos, que numa perspectiva energética e
visam reativar as forças vitais em conformidade com a
da natureza; além de outras disposição dos astros.
medidas de proteção e
conservação do meio ambiente.
Agricultura Não apresenta vinculação Não considerava essencial a
religiosa. No início o modelo associação da agricultura com
Biológica era baseado em aspectos a pecuária. Recomendam o
socioeconômicos e políticos: uso de matéria orgânica,
(AB) autonomia do produtor e porém essa pode vir de outras
comercialização direta. A fontes externas à propriedade,
preocupação era a proteção diferentemente do que
ambiental, qualidade biológica preconizam os biodinâmicos.
do alimento e desenvolvimento Segundo seus precursores, o
de fontes renováveis de mais importante era a
energia. Os princípios da AB integração entre as
são baseados na saúde da propriedades e com o conjunto
planta, que está ligada à saúde das atividades
dos solos. Ou seja, uma planta socioeconômicas regionais.
bem nutrida, além de ficar Este termo é mais utilizado em
mais resistente a doenças e países europeus de origem
pragas, fornece ao homem um latina (França, Itália, Portugal
alimento de maior valor e Espanha). Segundo as
biológico. normas uma propriedade
"biodinâmica" ou "orgânica", é
também considerada como
"biológica".

Agricultura O modelo apresenta uma Na prática se utilizam produtos


vinculação religiosa (Igreja especiais para preparação de
Natural Messiânica). O princípio compostos orgânicos,
fundamental é o de que as chamados de microrganismos
(AN) atividades agrícolas devem eficientes (EM). Esses
respeitar as leis da natureza, produtos são comercializados
reduzindo ao mínimo possível a e possuem fórmula e patente
interferência sobre o detidas pelo fabricante. Esse
ecossistema. Por isso, na modelo está dentro das
prática não é recomendado o normas da agricultura
revolvimento do solo, nem a orgânica.
utilização de composto
orgânico com dejetos de
animais. Aliás, o uso de esterco
animal é rejeitado
radicalmente.

Agricultura Não tem ligação a nenhum Apresenta um conjunto de


movimento religioso. Baseado normas bem definidas para
Orgânica na melhoria da fertilidade do produção e comercialização da
solo por um processo biológico produção determinadas e
(AO) natural, pelo uso da matéria aceitas internacionalmente e
orgânica, o que é essencial à nacionalmente. Atualmente, o
saúde das plantas. Como as nome "agricultura orgânica" é
outras correntes essa proposta utilizado em países de origem
é totalmente contrária à anglo-saxã, germânica e
utilização de adubos químicos latina. Pode ser considerado
solúveis. Os princípios são, como sinônimo de agricultura
basicamente, os mesmos da biológica e engloba as práticas
agricultura biológica. agrícolas da agricultura
biodinâmica e natural.
CONCEITUAÇÃO BÁSICA DA AGROECOLOGIA

ADUBOS VERDES: Plantas que se cultivam especialmente para serem


enterradas na própria terra, onde servirão de alimento para as culturas
futuras. EX: mucuna-preta (Mucuna aterrima), guandu (Cajanus cajan),
feijão-de-porco (Canavalia ensiformes), feijão-bravo do Ceará (Canavalia
brasiliensis), labe-labe (Dolichos lablab), crotalária (Crotalaria juncea),
Milheto (Pennisetum glaucum), Aveia Preta (Avena strigosa Schreb), Nabo
Forrageiro (Raphanus sativus L.), Amendoim Rasteiro (Arachis sp).

AGRICULTURA SUSTENTÁVEL: Produção de alimentos, baseada no


aproveitamento do potencial de recursos e condições disponíveis na
propriedade rural, sem afetar o homem, nem degradar o meio ambiente.
Explorar comercialmente a terra, sem afetar os processos e o equilíbrio dos
ecossistemas. É um sistema que mantém e melhora as condições naturais.

AGROECOLOGIA - Estuda os sistemas de produção de alimentos, buscando


inserir os processos naturais no processo produtivo. Procura estudar
processos de produção que utilizem como fundamento os ciclos da natureza,
como o ciclo da água, do carbono, do nitrogênio, etc. A agroecologia é
considerada a base científica da agricultura orgânica. Ela busca avaliar os
aspectos ecológicos, sócio-econômicos e agronômico do ecosistema,
procurando mantê-lo sustentável, produtivo e rentável. Antes da
implantação do sistema produtivo, é necessário fazer um estudo detalhado
das relações ecológicas que se sucedem no ecossistema agrícola, a fim de
estabelecer a forma, funcionamento e a dinâmica dessas relações. No estudo
agroecológico, devem participar não somente os técnicos especializados,
como os produtores, numa interação total, visando avaliar o comportamento
das diferentes espécies ante as condições ecológicas locais, de forma que
permitam conhecer e resolver os problemas em forma integrada (MARTINEZ,
1995). As principais metas da agroecologia é desenvolver uma agricultura
ambientalmente sadia, socialmente justa, economicamente viável e
culturalmente aceitável para seus usuários em cada região.

“A agroecologia é agricultura que respeita e utiliza a melhor maneira


possível o ecossistema existente, isto é, o tropical. "Eco" vem da palavra
grega oikos que significa lugar, o que quer dizer que temos de trabalhar com
os sistemas e ciclos existentes no lugar onde trabalhamos e não transferir
tecnologia de ecossistemas diferentes. Isso exige uma visão do conjunto da
natureza de um lugar, com todas as suas dependências, relações e
interligações e não usar receitas prontas fornecidas por um país
tecnicamente desenvolvido, mas com ecossistemas completamente
diferentes. Aqui não se podem usar receitas como faz a agricultura
convencional, mas somente conceitos.” ANA PRIMAVESI

AGROECOSISTEMAS: Refere-se aos ecossistemas onde o homem faz sua


intervenção com o objetivo de utilizar os recursos naturais e obter proveito
econômico e agrícola. Exemplo: plantio e replantio de palmito em matas,
sistemas agroflorestais, com introdução de frutíferas comerciais.

ALELOPATIA: É a influência causada pela produção e introdução (secreção)


no solo de substâncias químicas elaboradas por plantas, que afetam outras
plantas ou organismos que vivem no solo. Sistema empregado no controle
de ervas invasoras.

ANTAGONISMOS: relação entre dois indivíduos, no qual um causa dano ao


outro ou simplesmente não são compatíveis. Sistema empregado no controle
biológico.

BIOMASSA: é a quantidade de matéria vegetal expressa em peso seco,


presente numa população de plantas. Ela pode ser expressa em volume ou
área de plantio. Na agricultura orgânica representa a quantidade produzida
de massa vegetal, ou seja, matéria orgânica, utilizada para incorporar no
solo.

CERTIFICAÇÃO ORGÂNICA: processo que atesta que determinada


propriedade rural está enquadrada dentro das normas de produção orgânica.
O imóvel rural é certificado e não o proprietário.

CICLO BIOGEOQUÍMICO: é a forma em que se reciclam os diferentes


elementos químicos, levando em conta as diferentes interações biológicas
que ocorrem na natureza. Por exemplo, os ciclos do carbono, do cálcio, etc.

COMPOSTAGEM: processo de aproveitamento dos restos vegetais para a


produção de adubos orgânicos, fazendo a decomposição controlada
(temperatura, umidade e relação carbono/nitrogênio) da massa vegetal.
Trata-se de uma prática milenar que visa
fertilidade orgânica duradoura tendo sido
praticada por diversos povos, permitindo a
produção sustentada de diversos cultivos ao
longo de séculos, como por exemplo o arroz
irrigado do extremo oriente. Nela aproveita-se
tudo que é resíduo orgânico na fazenda para
produzir o húmus de composto. Se
observarmos a natureza podemos identificar
nas grandes florestas, pequenas matas em
formação ou mesmo um jardim em equilíbrio,
a integração dos reinos, e observar o exemplo
vivo do processo de compostagem que
acontece diariamente.
Todos os elementos que a compõe-se integram a cada ciclo, e que
imitamos quando fazemos o processo de compostagem. É também um
grande exemplo de equilíbrio entre os elementos básicos que provêem a
vida no planeta Terra: água, terra, ar e fogo; se em algum momento algum
destes elementos não estiverem em equilíbrio, o todo fica comprometido de
forma desestruturadora. O composto faz parte dos ciclos da vida do
planeta: alimento colhido é processado – usado na alimentação – os
resíduos são separados – estes resíduos são reprocessados nas pilhas do
composto – o processo de compostagem os transforma e os estabiliza – o
composto pronto é usado como adubo orgânico na produção de alimentos e
novamente o alimento é colhido.
A compostagem permite:
 o melhor aproveitamento de restos orgânicos com relação C/N
desbalanceada, que juntos aproximam-se de C/N desejada (de
25/1).
 Desinfeta os materiais orgânicos de doenças, pragas e ervas
daninhas.
 Afugenta ratos e camundongos, cobras.
 Permite acumular e multiplicar Matéria Orgânica em aplicação
posterior e estratégica.
 Reduzem as perdas de nutrientes, disponíveis em resíduos sub-
aproveitados.
Sua importância está ligada a:
 Fonte de lenta liberação de macro e micronutrientes como também de
nutrientes orgânicos;
 Excelente estruturador do solo, favorecendo um rápido enraizamento,
formando grumozidade;
 Aumento da capacidade de infiltração de água, reduzindo a erosão;
 Grande ativadora da vida do solo, responsável por todos os itens de
um solo fértil;
 Permitir o aumento do teor de Matéria Orgânica, aumentando também
a capacidade de retenção de água no solo;
 Aumentar a saúde e a resistência das plantas, que são enfraquecidas
por adubos minerais.
Os Princípios da compostagem
A compostagem é uma seqüência de ações de microorganismos sobre a
matéria orgânica, que a “digerem”. Este processo, desde o inicio até a
maturação do composto, acontece em fases que podemos observar:
 Primeira fase (termófila e mesófila): atuam principalmente fungos,
bactérias, actinomicetos, protozoários e miriápodes; nela se destaca o
"cozimento" e a decomposição da celulose e hemicelulose; a lignina
continua sendo decomposta e será modificada mais lentamente.
 Segunda fase (transformação): atuam principalmente, protozoários e
minhocas; termina a decomposição de celulose, continua a de lignina e
principia a síntese de ácidos húmicos.
 Terceira fase (amadurecimento): besouros, lacraias e formigas; a
síntese e ressíntese de húmus são concluídas e estabilizadas. Numa
boa atuação, deve-se ter equilíbrio, de ar e umidade, suficiente calor e
pH propício.
Matéria Prima
A principio todos os restos vegetais e animais podem ser aproveitados;
deve-se evitar apenas dejetos humanos e de animais carnívoros. Todo
material orgânico é fonte de energia e de nutrientes para os organismos
decompositores, sendo necessário, portanto, sabermos avaliar cada qual nas
suas características.
1- materiais de rápida oxidação : rápido aumento da temperatura da
pilha – amido, açúcar, vitaminas e aminoácidos (materiais mais
úmidos, mais ricos em nitrogênio).
2- materiais de lenta oxidação: hemicelulose, celulose, e
principalmente lignina (materiais muito secos, ricos em carbono).
A relação Carbono/ Nitrogênio
Além do carbono, o principal elemento que caracteriza a matéria prima
é o nitrogênio; sua presença em certo grau é uma garantia de que os outros
elementos importantes, como enxofre(S), fósforo (P), cálcio (Ca) e magnésio
(Mg), potássio (K) e micro nutrientes (Fe, Zn, Cu, Mo, B, Mn e Cl), também
estão presentes num grau proporcional. Por isso, ao invés de fazermos uma
análise dos teores de todos esses elementos, só nos interessa, na prática, o
teor de nitrogênio em relação ao teor de carbono (relação C/N ). Materiais
ricos em N terão C / N baixa; Materiais pobres em N terão C/N alta).
 C/N ideal/média (25 a 30:1) nesta proporção os organismos
decompositores tem o alimento balanceado não tendo que se
desfazer de nenhum elemento para criar um equilíbrio.
 C/N baixa (< 20:1) nesta proporção a decomposição equivale à
podridão de um cadáver animal. O mau cheiro da podridão nada
mais é do que a perda do excesso de N e S (cheiro amoniacal e
sulfúreo). Para reduzir perdas pode se adicionar folhas e galhos
secos, palhas ou serragem.
 C/N muito alta (> 35:1) esta proporção constitui uma trava à
franca atividade dos decompositores pela falta de N. O processo
será lento e frio enquanto o excesso de C for dissipado. Para
acelerar o processo basta acrescentar uma fonte rica em N
(Esterco, cascas de frutas, folhas verdes).

Orientações básicas para avaliar a quantidade de N no material:


Composição da Matéria Prima
MATERIAIS MAIOR
MATERIAIS MENOR QUANTIDADE DE
QUANTIDADE DE
NITROGÊNIO
NITROGÊNIO
plantas cultivadas plantas nativas, de mata, campo ou cerrado
plantas verdes plantas secas
plantas herbáceas plantas arbustivas e arbóreas
folha, broto, flor e fruto
haste, caule, ramo, galho, tronco e cascas
(sementes)
leguminosas e plantas
demais famílias
aquáticas
Obs.: quando só se tem material com menor quantidade de N pode-se compensar essa
falta plantando bancos de leguminosas para servir de fonte de N. Desde que os animais
aceitem o material com menor quantidade de N, ele também pode ser usado como cama
do gado, cavalo ou ovelhas para absorver a urina, rica em N.
COMPOSIÇÃO DE ALGUNS MATERIAIS EMPREGADOS NO PREPARO
DO COMPOSTO
Material M.O. C/N N% P2O5 K2O
Amoreira/folhas 86,08 13/1 3,77 1,07 -
Arroz/palha 54,34 39/1 0,78 0,58 0,41
Bagaço de cana 58,50 22/1 1,49 0,28 0,99
Bagaço de laranja 22,51 18/1 0,71 0,18 0,41
Banana/folhas 88,99 19/1 2,58 0,19 -
Banana/talos de cacho 85,28 61/1 0,77 0,15 7,36
Barbatimão/cascas esgotadas 91,32 35/1 1,54 0,17 0,30
Café/palha 93,13 38/1 1,37 0,26 1,96
Cana-de-açucar/bagaço 71,44 37/1 1,07 0,25 0,94
Capim colonião 91,03 27/1 1,87 0,53 -
Capim gordura - catingueiro 92,38 81/1 0,63 0,17 -
Capim limão (cidreira) 91,52 62/1 0,82 0,27 -
Cápsulas de mamona 94,33 44/1 1,18 0,29 1,81
Casca de arroz 54,55 39/1 0,78 0,58 0,49
Casca de semente de algodão 95,98 78/1 0,68 0,06 1,20
Crotalária juncea 91,42 26/1 1,95 0,40 1,81
Esterco de carneiro/ovelhas 65,22 32/1 2,13 1,28 3,67
Esterco de cavalo 46,00 18/1 1,44 0,53 1,75
Esterco de gado 62,11 20/1 1,27 1,04 1,37
Eucalipto/resíduos 77,60 15/1 2,83 0,35 1,52
Feijão guandu 95,90 29/1 1,81 0,59 1,14
Feijão-de-porco 88,54 19/1 2,55 0,50 2,41
Feijoeiro/palhas 94,68 32/1 1,63 0,29 1,94
Goiaba/sementes 98,69 48/1 1,13 0,36 0,40
Grama batatais 90,80 36/1 1,39 0,36 -
Grama seda 90,55 31/1 1,62 0,67 -
Inga/folhas 90,69 24/1 2,11 0,19 0,33
Lab-lab 88,46 11/1 4,56 2,08 -
Laranja/bagaço 22,58 18/1 0,71 0,18 0,41
Lenheiros/resíduos 39,92 30/1 0,75 0,60 0,42
Mamona/capsulas 94,60 53/1 1,18 0,30 1,81
Mandioca (folhas) 91,64 12/1 4,35 0,72 -
Mandioca (ramas) 95,26 40/1 1,31 0,35 -
Mandioca/cascas das raízes 58,94 96/1 0,34 0,30 0,44
Mandioca/raspas 96,07 107/1 0,50 0,26 1,27
Milho/palhas 96,75 112/1 0,48 0,38 1,64
Milho/sabugos 45,20 101/1 0,52 0,19 0,90
Mucuna preta 90,68 22/1 2,24 0,58 2,97
Palha de café 93,99 31/1 1,65 0,18 1,89
Palha de feijão 94,68 32/1 1,63 0,29 1,94
Palha de milho 96,75 112/1 0,48 0,38 1,64
Rami/residuo 60,64 11/1 3,20 3,68 4,02
Samambaia 95,90 109/1 0,49 0,04 0,19
Serragem de madeira 93,45 865/1 0,06 0,01 0,01
Torta de mamona 92,20 10/1 5,44 1,91 1,54
Torta de soja 78,40 7/ 1 6,56 0,54 1,54
Trigo/palhas 92,40 70/1 0,73 0,07 1,28
Estrutura do material
a) Material muito lenhoso (galhos, ramos) não devem passar de 10%
em volume. Caso contrário resultará numa pilha hiper-arejada e
por isso muito seca. No caso ideal deixar os galhos de molho ou
ainda usa-los para compor a cama de animais. Este material deve
ser quebrado em pedaços com 5 a 12 cm de comprimento ( 1/2
palmo).
b) Material muito fino (borra de açude ou plantas aquáticas) devem
ser pré-secas para não empastar a pilha, que ficará muito úmida.
Umidade
 Umidade ideal: 50 a 60%; teste prático: o composto deve soltar
água como uma esponja que já foi espremida antes.
 Umidade processual mínima : 40 a 45%;
 Umidade para conservação: 12 a 15%
Obs.: Na manutenção da umidade ideal, deve-se cobrir a pilha com folhas ou
qualquer tipo de palha, ou até plantar uma abóbora em volta dela. Assim,
torna-se importantíssima a escolha de um bom local.
Local apropriado
Este deve ser protegido do vento, do sol e da chuva. Na sombra de
árvores temos estas condições e ainda deixamos o resíduo da pilha para
esta árvore. Por isso, o pomar, é ótimo local de se fazer uma rotação com
as pilhas.
Num local coberto e com piso firme, temos as condições ideais que
minimizam as perdas. Quando exposto ao sol e chuva diretamente, o
composto pode perder até metade de
sua qualidade, devido à perda de
nutrientes. Em regiões muito úmidas
fazer a pilha ao nível do chão
protegendo o local com um sulco
escoador e escolhendo leve inclinação.
Em regiões muito secas a pilha pode ser
enterrada a um terço (50 a70 cm)
Aeração
Ela é antagônica à umidade e deve
ser bem dosada. Garante o bom
suprimento de todo os seres
decompositores com oxigênio,
eliminando ainda o gás carbônico
produzido. A maior ou menor aeração
se consegue através do tamanho da matéria prima.
1. pedaços > 5cm = macroporosidade = aeróbia
2. pedaços < 5cm = microporosidade = anaeróbia (condições de redução
= silagem)
Na obtenção da macroporosidade suficiente circulação de ar deve-se:
 iniciar a pilha sobre um colchão de galhos e palha;
pequeno composto doméstico pode ser feito em caixas: furar todas
as paredes;
 ao montar a pilha, é ideal misturar bem ou intercalar em camadas as
partículas grossas e finas;
 nunca pisar ou socar a pilha;
 pode-se improvisar canais de aeração montando a pilha com bambu
ou galhos de atravessado que são mexidos num certo intervalo de
tempo;
Temperatura
Ao longo do processo de compostagem, o corpo da pilha, ou melhor
seu centro, passa pelas seguintes etapas caracterizadas pela variação da
temperatura:
FASE l: médias e altas
temperaturas, decomposição de
celulose de amido e açúcares.
FASE 2: altas Temperaturas,
decrescendo, decomposição de
celulose.
FASE 3: temperaturas baixas,
estabilização, ressíntese.
Num dimensionamento errado
da pilha do composto, a
temperatura pode ficar aquém ou
além do desejável:

- largura da pilha < 1 m x


altura < 1 m = pilha não se aquece e precisa de cobertura especial
para acumular o calor.
- largura da pilha > 2,5m x altura > 1,5m = pilha aquece muito e
predominam Microorganismos termofílicos, resultando num produto
inferior.

Prática da compostagem

Coleta do material
Na coleta de material leve e seco deve-se maximizar o volume transportado,
pois o peso pouco importa. Para tal, deve-se aumentar a capacidade de
carga através de redes ou lonas. É sempre bom estocar matéria prima
Montagem da pilha (inspirada no método indiano Indore)
A - Havendo pouco material a pilha é erguida somente numa ponta,
para que sempre possa se atingir a altura ideal. ( que é igual à largura).
B - A mistura ideal contém restos de vegetais e esterco, adicionando-se
algum pó de rocha (fosfato de rocha ou pó de basalto).
C - Havendo material mais grosso e palhoso, este deve passar alguns
dias no estábulo antes de ir para a pilha.
D - Um pequeno bastão serve para se arejar a pilha entre as reviradas.
Tal arejamento torna-se necessário quando há carência de material
estrutural (galhos, palhadas grosseiras).
E - Em menos de uma semana a temperatura (60 a 70º C) chega ao
máximo o que "cozinha", por assim dizer, os materiais estruturais
(fibras, celulose) fazendo a pilha desmontar e cair a 1/3 do tamanho
inicial.
É sempre interessante identificar as pilhas de composto com plaquetas
que indiquem as pilhas que estão prontas e em processo e as plaquetas que
indiquem as que estão sendo formadas, de forma que aquelas que já
atingiram o tamanho ideal fiquem em processamento sem mais
incorporação de nenhum material, e o material do dia disponível seja usado
para formar uma nova pilha. Podemos também identificar nestas plaquetas a
provável época de maturação e estabilização do composto que estará
pronto ao uso.
No produto final ocorre equilíbrio entre tudo que foi usado, resultando
num material sem moscas, levemente úmido e com cheiro de terra. A
qualidade do composto depende da forma como ele é tratado, e se tivermos
em mente que ele é um dinamizado natural, podemos ver formas de
potencializá-lo. Podemos citar aqui, como exemplo, uma questão de
aprofundamento sobre a atuação do composto quando aplicado no solo:
podemos ampliar esta atuação para o tratamento dos males que acometem
as plantas, principalmente os citros e bananeiras. Sabe-se que as doenças
causadas pelos fungos e bactérias – os parasitas ocorrem mais facilmente
em monoculturas e solos pobres em matéria orgânica, onde se encontram
difundidos pela terra e pelo ar. No entanto, é possível fazer com que as
culturas criem uma resistência a eles. Pode-se dizer que numa compostagem
bem feita, os restos de frutos doentes não chegariam a contaminar o meio e
a propagar-se como a princípio poderia se pensar; ao contrário, se
converteria numa “informação dinamizada” para os tratamentos dos
(males), desequilíbrios.

CONTROLE BIOLÓGICO: sistema de controle de pragas ou doenças,


baseadas no antagonismo entre dois organismos. Por exemplo: o emprego
de báculo/vírus no controle da lagarta da soja.
Os organismos que podem causar os danos as culturas, convivem
normalmente em equilíbrio com os organismos benéficos nos ecossistemas
pouco alterados. Este é o principal motivo porque são proibidos todos os
procedimentos que causem o desequilíbrio do ambiente, como o uso de
agrotóxicos de síntese, e fertilizantes concentrados e que se dissolvem
rapidamente no solo.
A Agricultura Orgânica preconiza que não são os insetos-pragas e
patógenos as causas principais dos ataques às plantas, porém o
desequilíbrio do solo e da planta, principalmente quanto à sua nutrição.
Adotando os princípios da agroecologia, o produtor terá maior resistência da
planta e baixa ocorrência de agentes prejudiciais.
O combate aos insetos-pragas, patógenos e ervas invasoras, que
sejam potencialmente prejudiciais aos cultivos e ou atividades de produção,
deve ser feito somente quando os mesmos estejam causando danos de nível
econômico. O controle deve ser feito através de medidas preventivas, que
fortaleçam a planta e processos mecânicos e biológicos.
Meios contra os insetos-pragas:
1) Iscas e Armadilhas
Medida auxiliar no controle de insetos nocivos ou para o monitoramento
(determinação de infestação), visando o combate biológico. Emprega iscas
atrativas com substâncias naturais (sucos de frutas, vinagre, leite),
armadilhas mecânicas, feromônios em armadilhas, adesivos e placas
atrativas.
2) Controle biológico
Uso de microorganismos que sejam patógenos de insetos nocivos, fazendo o
controle natural. Visam introduzir, aumentar e conservar a população de
inimigos naturais na propriedade, como preparados prontos ou extratos de
insetos , como fungos entomopatogênicos, bactérias, vírus, dentre outros.

Ex: Microorganismos utilizados no controle biológico de pragas.

3) Calda sulfocálcica
Tem ação protetora contra ácaros, insetos-pragas e moléstias de forma
curativa. Os ingredientes são a mistura de enxofre ventilado + cal virgem +
água, em preparo a quente. A fabricação é feita num tambor metálico e leva
em torno de 90 minutos para ficar pronta. Não pode ser usada mais.
4) Plantas defensivas
As plantas fitoprotetoras como o alho, Nim, urtiga, cravo-de-defunto,
arruda, cavalinha, entre outras, tem ação contra insetos-pragas, repelência
ou fortificante, sendo opção na substituição a muitos defensivos agressivos.
5) Plantas benéficas
São plantas que servem de abrigo e reprodução dos insetos que se
alimentam das pragas (inimigos naturais), como: Ageratum conyzoides
(mentrasto), Raphanus raphanistrum (nabo forrageiro), entre outras.
6) Outras medidas
Coleta de insetos, barreiras vegetais, tratamentos com calor, solarização do
solo, preparados biodinâmicos, emulsões oleosas (sem inseticidas químicos-
sintéticos), produtos naturais (sabão natural, óleos vegetais e minerais,
cinzas de madeira, urina animal, pó de rocha).
Meios contra doenças
1) Calda Bordalesa
Fornece proteção contra moléstias fúngicas e bacterianas. Preparo com a
mistura de sulfato de cobre + cal hidratada + água, em preparo a frio. As
caldas cúpricas (Bordalesa e Viçosa), devem ser utilizadas a critério da
certificadora. Não pode ser usada mais.
2) Calda Viçosa
Além da proteção contra moléstias, atua como nutriente foliar. Os
ingredientes são a mistura de sulfato de cobre + micronutrientes (zinco,
boro, magnésio) + cal hidratada + água, em preparo a frio. Obs. Caso
contenha como ingredientes a uréia, cloreto ou nitrato de potássio, a calda
viçosa não é aceita na agricultura orgânica. Não pode ser usada mais.
3) Biofertilizante
Produzido com a fermentação do esterco bovino misturado a água, num
vasilhame, geralmente fechado, é utilizado como adubo e fortificante foliar
Vem sendo muito empregado ultimamente na agricultura ecológica, devido
resistência contra pragas e moléstias.
4) Outras medidas
Rotação de culturas, desinfeção de sementes com produtos naturais, extrato
de plantas defensivas (alho, cavalinha), cinzas de madeira, vermicomposto,
enxofre simples e suas preparações (Calda Sulfocálcica), pó de pedra, iodo,
cal hidratada, Homeopatia, entre outros.

CORRETIVO: é toda substância incorporada ao solo com o objetivo de


modificar sua natureza física ou química. Por exemplo, a calagem é a
aplicação de calcário, visando fornecer cálcio e magnésio. Da mesma forma,
poderemos incorporar o fósforo pela fosfatagem, com fósforo natural.

DEFENSIVOS ALTERNATIVOS: produtos empregados para o manejo ou


controle de pragas ou doenças, que não afetam o homem, nem a natureza.

DIVERSIDADE (mesmo que biodiversidade): refere-se ao grande número


de plantas de diferentes espécies, plantadas no mesmo tempo numa área. A
micro-diversidade pode ser obtida num pomar ou cultivo perene, com o
manejo do mato (que tem diversidade de espécies).

ECOLOGIA: Compreende o estudo do funcionamento dos ecossistemas


naturais, suas características, habitat (flora e fauna), condição de equilíbrio,
recursos, níveis de contaminação, etc. Por exemplo, no Brasil, temos vários
ecossistemas naturais: a Mata Atlântica, a Serra do Mar, a Amazônia, o
Cerrado, o Pantanal, a Caatinga, o Mangue, etc. É necessário conhecer o
ecossistema local e considerar suas condições ecológicas, para o
estabelecimento adequado do sistema orgânico.
EDÁFICO: relativo ao solo. Condições edáficas; condições em que se
encontra um solo.

EUTROFICAÇÃO: contaminação ou enriquecimento de nitrogênio ou


nitrogênio das fontes de água (rios, lagos e mananciais de água), devido a
deságües sanitários, agrícolas ou industriais, causando a produção de
matéria vegetal, principalmente de algas.

EVAPOTRANSPIRAÇÃO: processo conjunto de evaporação e transpiração.

FERTILIZANTE QUÍMICO: produto obtido de forma sintética ou química,


que contém macro ou micronutrientes para alimentar as plantas.
Geralmente não são aceitos na agroecologia, principalmente as formas
solúveis.

FITOPATÓGENOS: microrganismos que causam doenças em plantas.

GERMINAÇÃO: é o fenômeno pelo qual o embrião da semente rompe o seu


invólucro, desenvolve-se e dá origem a uma planta independente. Para que
ela processe normalmente, a semente precisa de três fatores externos:
água, ar e calor.

GRADEAÇÃO: processo mecânico geralmente complementar à aração, para


destorroar os torrões e aplainar a terra lavrada. É utilizada para enterrar
sementes, adubos, calcários e combater ervas invasoras.

HUMUS: é a matéria orgânica completamente decomposta. Tem coloração


escura, natureza pegajosa e melhora as condições do solo.

LEGUMINOSAS: plantas que tem a particularidade de apresentarem em


suas raízes pequenas nodosidades, que abrigam bactérias fixadoras do
nitrogênio da atmosfera.

MACRONUTRIENTES: nutrientes requeridos em grande quantidade pelas


plantas: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio.

MATÉRIA ORGÂNICA: nome genérico dado a todo resíduo de origem


vegetal ou animal, mais ou menos decompostos.

MESÓFILOS: consistem de microrganismos que participam do processo de


decomposição da matéria orgânica, que se desenvolvem em temperaturas
compreendidas de 18 a 37 ºC.

MICRONUTRIENTES: nutrientes que tem baixo requerimento pelas


plantas, porém tem papel importante nos processos metabólicos e de
resistência da planta. Ex. Cobre, boro, zinco, manganês. Geralmente são
fornecidos na forma de sais, como sulfatos.

METABOLISMO VEGETAL - "Conjunto de processos de transformações,


com utilização equilibrada de nutrientes, com absorção e geração de energia
para a manutenção da vida".
NITRIFICAÇÃO: é o conjunto de fenômenos realizados pelos
microrganismos na qual o nitrogênio orgânico do solo se transforma em
nitrogênio assimilável pelas plantas, A nitrificação é a na mineralização do
húmus presente no solo.

OXISOLOS: solo mineral degradado, no qual se encontram produtos de


alteração dos materiais primários, com a perda quase completa das bases e
concentração de ferro livre. É um solo muito ácido, com baixa fertilidade.

PARASITISMO: relação em que dois indivíduos participam beneficiando-se


apenas um deles, em prejuízo do outro.

PATÓGENO: microrganismo que causa dano em outro.

PROTEÓLISE: processo de quebra ou degradação das proteínas


armazenadas pelas plantas, á partir das substâncias de reserva.

PROTEOSÍNTESE: processo de formação e reserva de proteínas, á partir da


absorção e metabolismo dos nutrientes.

pH DO SOLO: mostra o grau de acidez, isto é, o pH (potencial de


hidrogênio) se está baixo de 7,0 (ácido) neutro (7,0) ou alcalino (acima de
7,0,). A correção da acidez é feita geralmente com calcário, que devido à
presença do cálcio neutraliza sua acidez. A maioria das plantas exige um pH
de 6 a 7,0, porém na agroecologia não há a preocupação de fazer aplicações
pesadas para elevar o pH, porque são consideradas as atividades dos
microrganismos, num solo rico em matéria orgânica.

PURIN: preparado natural utilizado em agricultura biológica, cujas


principais características são conter substâncias liberadas pela planta
macerada em água por 24 horas.

RESERVAS NUTRITIVAS: as raízes absorvem do solo os elementos


nutritivos sob a forma de sais dissolvidos em água, e circulam na planta,
recebendo o nome de seiva bruta. Estes vão para as folhas onde são
transformados, dando origem a inúmeros compostos orgânicos (açúcares,
ácidos, amidos). Estes são a seguir distribuídos a toda parte da planta,
servindo para o seu crescimento e parte para a formação de reservas
protéicas.

RESPIRAÇÃO DOS VEGETAIS: as folhas absorvem o oxigênio do ar e


expelem o gás carbônico, de dia e á noite.

SIMBIOSE: relação na planta, na qual dois indivíduos participam


beneficiando-se mutuamente.

SISTEMA DE PRODUÇÃO: refere-se ao tipo de exploração e ao uso da


terra e dos recursos naturais de uma propriedade rural.

SOLO: é a camada de terra até onde penetra a maioria das raízes das
plantas anuais,. Muitos dão a esta a denominação de camada arável, que é
mais aplicável na espessura revolvida pelo arado. Ela varia de 20 a 40 cm. O
subsolo é camada logo abaixo do solo, geralmente semi-decomposta ou
rocha.

SOLO FÉRTIL: Não é o solo que contém quantidades elevadas de


nutrientes, porém aquele apresenta todas as condições ideais para a planta
desenvolver e produzir, como ar, água, nutrientes em níveis adequados,
permeabilidade, estrutura, macro e microrganismos, etc.

SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA - Um processo é sustentável quando


têm capacidade de se manter no tempo, como os ciclos da natureza, que
sustentam as condições para que a vida aconteça. Pode ser considerado um
processo ou atividade que tem capacidade de se manter através do tempo,
contanto apenas com os recursos naturais.

TECNOLOGIA DE PRODUTO - Manejo adotado na agricultura atual que


induz uma grande dependência de insumos, como cidas (inseticidas,
acaricidas, fungicidas) gerando alta vulnerabilidade técnica,
insustentabilidade econômica da atividade e degradação ambiental com
contaminação dos alimentos, animais e o homem. "Manejo mecanicista, com
ações de agrotóxicos em função dos desequilíbrios biológicos, nos ciclos
produtivos", ou seja, ao surgimento de cada praga ou doença, utilizamos
defensivos tópicos, específicos e de alto custo agregado.

TECNOLOGIA DE PROCESSO - "Manejo dos fatores que interagem no


metabolismo vegetal, e com ação fertiprotetoras e fitoprotetoras, gerando
equilíbrio biológico nos ciclos produtivos".

TERMÓFILOS: consistem de microrganismos (geralmente bactérias) que


participam do processo de decomposição da matéria orgânica, que se
desenvolvem em temperaturas compreendidas de 45 a 80 ºC.

TRANSPIRAÇÃO: as folhas liberam no ar, sob forma de vapor, a água que


as raízes retiram do solo durante a absorção dos alimentos. Através dos
estômatos é que se realizam esta função.

TRANSGÊNICOS: material de origem vegetal ou animal, geneticamente


modificados, visando à melhora da produtividade ou resistência. Não são
aceitos na agricultura orgânica.

Retirado de:

http://www.agrorganica.com.br/

http://www.sitioduascachoeiras.com.br/

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