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PRIMEIRO ENCONTRO

A IGREJA NAS CASAS


A TEOLOGIA DA IGREJA EM CÉLULA
INTRODUÇÃO:
O curso de liderança multiplicadora, tem como objetivo te dar ferramentas
indispensáveis para que você possa usar na sua vida como líder de célula, são
instrumentos que te auxiliaram desde de sua concepção de uma liderança bíblica até
pratica dela.
 Você acredita que a igreja em célula é bíblica?
 De que maneira você defenderia que a célula é bíblica?
 Quais são as bases bíblicas para fundamentar sua opinião?
 Você acha que somente a igreja em célula é bíblica?
 Você acha que em uma igreja em célula todos serão líderes?
Para nossa melhor compreensão do assunto em questão podemos dividi-lo em
quatro partes principais: 1) ANTIGO TESTAMENTO; 2) NOVO TESTAMENTO; 3) NA HISTÓRIA
DA IGREJA; 4) NA HISTÓRIA ATUAL:

1. ANTIGO TESTAMENTO
1.1. A trindade
A temática de pequenos grupos é vasta, intensa e antiga. Na verdade, remota o
conceito para a eternidade, quando existiam apenas três seres: “Deus Pai, Deus Filho
e Deus Espírito Santo”. Essa é a primeira formação de um pequeno grupo.

1.2. O líder Moisés


O conceito criou força e maior proporção com a saída do povo do Egito. Moisés
conduziu mais de 2 milhões de pessoas para o deserto. Era o início de uma nova vida
para o povo como nação, até porque a forma escrava como eles viviam no Egito, não
podemos dizer que eles eram uma nação.
Moisés julgava o povo sozinho, e todas as causas conflitantes eram trazidas a ele,
então Moisés, como líder assentava-se e o povo posicionava-se em pé à sua frente até o
entardecer.
“(13) No dia seguinte, assentou-se Moisés para julgar o povo; e o povo estava em pé diante
de Moisés desde a manhã até ao pôr-do-sol” (Êxodo 18:13.

Mas Jetro, seu sogro, aconselha Moisés a dividir a carga com outros homens de
valores, pois Jetro entendeu que aquilo seria muito desgastante tanto para Moisés que
era líder como para o povo:
“(20) ensina-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho em que devem andar e a
obra que devem fazer. (21) Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de
verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de
cinquenta e chefes de dez” (Êxodo 18:20-21).

O líder Moisés julgaria agora as grandes causas e as menores seriam partilhadas


pelos líderes auxiliares, ou seja, os chefes de 1000, 100, 50 e de 10, ele teria uma
liderança partilhada.

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2. NOVO TESTAMENTO
2.1. No mistério de Jesus Cristo
No ministério de Jesus, ele, procurou trabalhar o mesmo princípio: “pequeno
grupo”, pois, ele queria alcançar as multidões, porém ele sabia que precisava discipular
um grupo pequeno que se reproduzisse depois de sua partida.
2.2. No ministério apostólico
Esse foi o principal foco dos discípulos, quando ao submeterem-se ao Senhorio de
Cristo, os discípulos começaram a cumprir a missão, estabelecendo comunidades de
crentes:
“(1) Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para
os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades. (2) Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes:
primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; (3)
Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4 Simão, o Zelote, e Judas
Iscariotes, que foi quem o traiu” (Mateus 10:1-4).

3.3. Na igreja primitiva


Durante os três primeiros séculos, a igreja não tinha templos. E foi nesse período
que ela experimentou o maior crescimento de sua história. Os irmãos se reuniam
basicamente nos lares e usavam lugares neutros como sinagogas e anfiteatros apenas
para evangelizar. A igreja era uma igreja nos lares.
Em Atos 2.46, Lucas diz que “diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam o
pão de casa em casa, e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração”, pois todos
os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de pregar a Jesus, o
Cristo.
O número de crentes crescia fortemente, devido a visão e a paixão dentro dos
primeiros discípulos, rapidamente passaram de 120 para mais de 3 mil crentes.
Eles não tinham estrutura para reunir tantas pessoas, eles se valiam de reuniões
públicas (átrios do templo e nos lares), e as reuniões nos lares eram formadas
possivelmente por pessoas que moravam próximas umas das outras.
3.4. No ministério de Paulo
Exemplos ainda do Novo Testamento de igrejas nas casas são as referências que
Paulo usa nas suas saudações:
a) Na casa de Lídia
Depois de saírem da prisão, Paulo e Silas se dirigiram para a casa de Lídia, que era
o lugar onde os irmãos se reuniam.
“Tendo-se retirado do cárcere, dirigiram-se para a casa de Lídia e, vendo os irmãos, os
confortaram” (At 16:40)
b) Na cidade de Éfeso

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Falando aos presbíteros de Éfeso, Paulo os exorta dizendo que ele próprio jamais
havia deixado de anunciar coisa alguma proveitosa, de ensinar publicamente e também
de casa em casa.
“Jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e
também de casa em casa” (At 20:20).
c) Na casa de Priscila e Áquila
“(3) Saudai Priscila e Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus, (4) os quais pela minha vida
arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos
gentios; (5) saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles. Saudai meu querido Epêneto,
primícias da Ásia para Cristo” (Rm 16:3-5).

d) Na casa de Ninfa
“Saudai os irmãos de Laodicéia, e Ninfa, e à igreja que ela hospeda em sua casa” (Cl 4:15).

e) Na casa de Filemom
“(1) Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, também nosso
colaborador, (2) e à irmã Áfia, e a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que está em tua
casa, (3) graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (Fm 1:1-3).

3. NA HISTÓRIA DA IGREJA
3.1. Pré-Reforma
Quando olhamos para a história da Igreja, notamos que a igreja nas casas tem sido
a forma de expressão comum da Igreja Cristã, mas quando Constantino se tornou cristão,
houve uma grande mudança da adoração subterrânea nas catacumbas e das igrejas nas
casas para as catedrais, ou seja, a igreja nas casas, que tinha sido o símbolo de
comunidade e espiritualidade, desapareceu da estrutura da Igreja.
Foi durante esse período que surgiu o clericalismo, como sistema dentro da igreja
impedindo que ela tivesse à visão de que cada crente fosse um ministro, ainda
estabeleceu que na Igreja há dois tipos de pessoas:
 Primeiro, os clérigos: são os sacerdotes, os reverendos, os doutores em
divindades etc.
 Segundo, os leigos: é outra classe, eles são denominados de os ignorantes e de
incapazes.
O sistema de clérigos e leigos é totalmente maligno e uma grande ameaça, pois ele
anula completamente o conceito básico do sacerdócio universal dos crentes, ou seja, a
verdade de que cada crente é um ministro.
3.2. Reforma Protestante
Segundo, William Beckham (autor do livro “a segunda reforma”): “a primeira
reforma do século 16 foi teológica, mas segunda reforma nos séculos 20 e 21 é
estrutural”, ou seja, não basta apenas mudar nossa mente, mas é preciso sermos
práticos, no que se refere aos princípios da igreja primitiva.
Em Zurique, uma rede de pequenos grupos foi formada por três anos seguidos,
porém as reuniões nos lares foram banidas pelo concílio de Zurique em 1525. Ao observar
escavações de cidades palestinas, vi restos de igrejas do terceiro século. Não eram

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maiores que a maioria dos lares, e algumas cidades mantinham três ou quatro dessas
pequenas igrejas cristãs.
Evidentemente, quando a igreja se mudou do lar como principal local de reuniões,
os crentes não edificaram catedrais. Em vez disso, suas igrejas seguiam os padrões dos
lares. É claro que muitos cristãos continuaram a se reunir em lares. Esses pequenos e
complexos grupos eram a base da vida na comunidade cristã.
3.3. Pós-Reforma
Nós temos o relato mais conhecido da história pós-Reforma Protestante é a diferença
de metodologia empregada por Wesley e Whitifield. Enquanto John Wesley iniciou o
movimento de maturidade cristã nas casas, onde ele entendia que um cristão verdadeiro
precisava do discipulado nas casas. Essas reuniões que começaram em 1742, foram
chamadas de “classes Metodistas”.
Wesley oferecia dois tipos de experiência com pequenos grupos: as classes e os
grupos. Os grupos eram opcionais; as classes eram requeridas de todos que desejavam
continuar como membros. As pessoas não podiam ser crentes maduros sem comparecer
às classes para o desenvolvimento da comunidade.
Whitefield, contemporâneo de Wesley, não foi sistemático em seu trabalho, mas
baseou seu ministério em pregações públicas, sem o componente da comunidade, e com
a morte de John Wesley, ele reconheceu que o método das casas e suas comunidades
era duradouro em relação ao dele que era um crescimento ilusório.
4. NA HISTÓRIA ATUAL
4.1. Na Coréia do Sul
David Yonggi Cho, presidente e fundador da maior Igreja Assembleia de Deus, a
Igreja do Evangelho Pleno de Yoido em Seul, na Coreia, é hoje a maior igreja evangélica
do mundo, com mais 700 mil membros.
David Yonggi Cho, acredita o crescimento da sua igreja ao sistema de células. Ele
incumbe cada célula a trazer não-cristãos a Jesus Cristo, com o objetivo de multiplicar a
célula.
4.2. No Brasil
No Brasil a chegada da igreja em células não foi vista como bons olhos, porque
nesse período houve muitas divisões, e quando as pessoas falam sobre células eles
pensavam em divisão.
A razão desse preconceito com respeito a visão celular se deu devido a maneira
como a visão foi implantada no Brasil, pois nesse período a ânsia por crescimento levou
os pastores a implantar sem passar pelos passos necessários.

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SEGUNDO ENCONTRO
A IGREJA NAS CASAS
A TEOLOGIA DA IGREJA EM CÉLULA

INTRODUÇÃO:
Estaremos dando continuidade ao nosso treinamento de liderança multiplicadora, e
no estudo de hoje iremos abordar os seguintes assuntos: 1) OS SISTEMAS DA CÉLULA;
2) AS PESSOAS DE UMA CÉLULA; 3) ESTÁGIOS DE UMA CÉLULA NORMAL
1. OS SISTEMAS DA CÉLULA

A vida na célula pode ser muito bem representada pelos seus cinco sistemas:
comunidade; treinamento; prestação de contas; liderança e evangelismo. Para facilitar seu
aprendizado, usaremos a “mão” para facilitar seu aprendizado:

1.1. O polegar representa a COMUNIDADE: todos os dedos trabalham em conexão


com o polegar. Todos os sistemas em uma célula relacionam-se a partir da célula e
retornam para a célula. É a vida expressa na comunhão através das células.

1.2. O dedo mínimo representa o TREINAMENTO: são os novos convertidos e os


fracos na fé que precisam de treinamento e preparo para crescer na fé.

1.3. O dedo anelar representa a PRESTAÇÃO DE CONTAS: é o dedo da aliança


e sugere responsabilidade. A célula possui um sistema de apoio de uns aos outros. É a
relação discipulador/discípulo.

1.4. O dedo médio representa a LIDERANÇA: representa as pessoas mais


maduras da célula. Os líderes devem ser treinados para cuidar da célula.

1.5. O dedo indicador representa o EVANGELISMO: é o dedo que pega as coisas


e dá a direção. Esta é a direção evangelística da célula. O propósito de levar pessoas para
Jesus.

2. AS PESSOAS DE UMA CÉLULA

Dentro da estrutura de uma igreja em células existem algumas pessoas


fundamentais, e que elas desempenham funções básicas e imprescindíveis para o
funcionamento da célula.

2.1. O LÍDER

O líder de celular é alguém que se converteu, foi ao Encontro, batizou-se, fez o


Curso de Lideres Multiplicador, tornou-se líder em treinamento na célula durante algum
tempo, e agora, depois da multiplicação da célula, tornou-se líder e tem a sua própria
célula. Ele lidera uma célula de acordo com sua faixa etária, no próprio bairro ou região
da cidade onde mora.

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O líder de célula é a figura-chave dentro da estrutura de células. Ele não precisa
ter um alto nível cultural ou intelectual e tampouco ser um grande conhecedor das
Escrituras. Não precisa saber responder a todas as perguntas sobre a Bíblia, nem ter uma
retórica impecável.

Todavia, deve apresentar as seguintes características: ser cheio do Espírito Santo,


ser submisso, ser ensinável, ser transparente e ser tratável.

Ser cheio do Espírito

O que se espera de um líder, em primeiro lugar, é que ele seja cheio do Espírito
Santo. Isso vai gerar vida na célula e fazer frutificar o seu trabalho. É preciso uma vida de
oração íntima e diária com Deus e com a Sua Palavra. As pessoas vão à célula esperando
receber vida de Deus, e o líder cheio do Espírito vai manifestar alegria, intensidade,
profundidade e amor.

Ser submisso

Quem não aprendeu a se submeter, também não pode liderar. Não podemos tolerar
pessoas arrogantes, soberbas, jactanciosas e divisivas na liderança. Tais pessoas
acabam por esfacelar o Corpo de Cristo.

Ser ensinável

Isso significa: disposto a aprender com qualquer um, sem se julgar doutor em coisa
alguma. Líderes que se julgam conhecedores de tudo e nunca participam de reuniões de
treinamento e discipulado devem ser afastados, pois não trazem o Espírito de Cristo.

Ser transparente

O líder, como homem de Deus, deve andar na luz e não ocultar coisa alguma de
seu caráter. Isso é o que o torna alguém confiável. Ele não dissimula coisa alguma e os
seus problemas podem ser percebidos e, consequentemente, corrigidos.

Ser tratável

Se na sua transparência percebemos algo errado, ele deve ser suficientemene


aberto para permitir ser tratado e corrigido. Um líder não pode ser melindroso e deve estar
disposto a ouvir o que precisa e não somente o que lhe é agradável. Sem essas
características básicas, uma pessoa não deve ser constituída como líder de célula.

2.2. O AUXILIAR

O auxiliar é alguém que se converteu, foi ao Encontro, batizou-se, fez, ou está


fazendo o Curso de Lideres Multiplicador, e que está agora sendo treinado, de forma
prática, pelo líder de célula, para ser um líder, depois da multiplicação da célula que fazia
parte. Ele caminha junto com o líder e é o seu virtual substituto.

O líder em treinamento é um líder em potencial. Todo líder em treinamento deverá


tornar-se um líder de célula depois da multiplicação. Todos os aspectos de caráter que se
aplicam ao líder, devem ser observados na vida do líder em treinamento, durante o tempo
em que estiver sendo treinado. Todo o trabalho que o líder de célula realizar deverá ser

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feito junto com o seu líder em treinamento. Esta é uma forma prática de treiná-lo para
fazer o mesmo depois, em outra célula.

2.3. O ANFITRIÃO

O anfitrião é aquele que recebe os irmãos na sua casa com disposição e amor, para
o bom funcionamento de uma célula. Ele pode receber a célula por um tempo determinado
(por seis meses, por exemplo), ou pode ter a célula na sua casa por tempo indeterminado.
O que se espera dele é que seja hospitaleiro e receba bem os irmãos.

Um anfitrião pode receber mais de uma célula em sua casa em dias diferentes da
semana. Também é normal haver uma célula de adultos e outra de crianças se reunindo
simultaneamente na mesma casa.

O ideal é termos células somente em casas onde os dois cônjuges são crentes.
Entretanto, reconhecemos que há circunstâncias em que este padrão não pode ser
seguido. Temos tido bons grupos que funcionam em casas onde apenas um dos cônjuges
é convertido. Se o não-convertido não se opõe, podemos ter uma célula saudável em sua
casa.

2.4. O SUPERVISOR

O supervisor é um líder de célula que multiplicou suas células diversas vezes. Ele
supervisiona uma quantidade “x” de células, de acordo com a sua capacidade e
disponibilidade de tempo. A princípio, ele pode supervisionar enquanto ainda lidera sua
própria célula. O nome supervisor, porque esta é a sua principal função: supervisionar as
células e zelar pela visão, para que não se degenere. Cuidar do rebanho do Senhor
juntamente com seu pastor.

2.5. O PASTOR DE REDE

O pastor de rede é um líder de célula bem-sucedido, que se tornou um supervisor,


cuja capacidade para liderar e multiplicar suas células foi reconhecida. Ele apascenta as
células debaixo de sua cobertura, edificando encorajando seus membros. O pastor da
Rede é responsável por uma quantidade de supervisores e suas respectivas células. Ele
se reúne uma vez por semana com eles, em grupo e, individualmente, com cada
supervisor.

3. ESTÁGIOS DE UMA CÉLULA NORMAL

Uma célula pode nascer basicamente de duas formas: Primeiro, ela pode nascer a
partir de uma obra pioneira; segundo, ela pode nascer vindo da multiplicação de uma outra
célula.

Normalmente, ela passará por quatro fases: comunhão, edificação,


evangelismo, e multiplicação, mas algumas células poderão passar de uma fase a outra
tão rapidamente que, talvez, nem percebamos; outras, porém, poderão demorar-se mais
numa determinada fase que a maioria. Cada célula possui características próprias. Seja
sensível e perceba a personalidade da célula. Existem células dinâmicas, células
passivas, células alegres, células jovens, células mais velhas e assim por diante.

3.1. Estágio da comunhão (primeiras 4 ou 6 semanas)

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O alvo neste período é produzir vínculos e relacionamentos de comunhão. Os
eventos sociais devem ser mais frequentes, para que as pessoas se conheçam e criem
intimidade entre si. Será necessário dedicar pelo menos um mês inteiro para isso, até que
haja afinidade entre os irmãos. O processo pode ser acelerado, se for programado um
retiro de final de semana.

Nesse estágio, deve ser avaliado se as pessoas se sentem parte da célula ou não,
conforme os seguintes critérios:

Vínculos na célula

Quando visitar a célula, pergunte às pessoas se elas se sentem incluídas na célula


ou não. Verifique também se elas estão incluindo os outros no seu círculo de amizade.

Procure observar se as pessoas conseguem expressar seus pensamentos e


sentimentos no meio da célula. Verifique se, na hora de decidir uma questão, a célula tem
postura própria ou fica apática, esperando por uma definição do líder. Células apáticas
são células ainda desvinculadas. O que também pode ser observado na hora do
compartilhamento na reunião.

Observe como a comunhão acontece no final da reunião. Em grupos


desvinculados, as pessoas se dispersam rapidamente ou simplesmente ficam sentadas.

Entendimento do compromisso e do propósito

Todas as partes básicas da visão devem ser estabelecidas: a multiplicação (quando


a célula atingir a faixa de 15 membros), cada crente ser um ministro, cada casa se abrir
para receber a igreja e os outros objetivos básicos da célula (oração, comunhão e
edificação), e cada membro deve ter bem claro que tipo de compromisso se espera dele
na célula.

As quatro primeiras reuniões serão dedicadas, basicamente, ao entendimento da


visão, ao estabelecimento das alianças da célula e à compreensão dos objetivos e da
dinâmica da reunião da célula. Nunca é demais lembrar que a reunião é composta de: 4
Es, Encontro, Exaltação, Edificação e Evangelismo. E cada membro da célula deve
entender que nós somos uma igreja em células.

Princípios enfatizados

Muitas células, no começo, são apenas cultos nos lares. Trabalhe para mudar isso.
Fale, explique, exorte, mas não permita que uma célula seja apenas um culto familiar.
Toda célula deve ter, no mínimo, (um auxiliar) um líder em treinamento. O líder em
treinamento funciona como o DNA do grupo, ou seja, ele é quem leva as informações
básicas que edificarão a próxima célula dentro da visão. Se não houver líder em
treinamento, a tendência é que a próxima célula, resultante da multiplicação da célula
atual, se fragilize e a visão se degenere.

3.2. Estágio de edificação (do segundo ao quarto mês)

Esse é o estágio de conflito na vida da célula, no qual os relacionamentos terão de


passar do nível social para o pessoal. Nesse momento, é natural a ocorrência de conflitos
nos relacionamentos. Não pense que, com isso, a célula está decaindo, na verdade, é um
grande avanço, pois mostra que já não são indiferentes uns com os outros.

Relacionamentos pessoais
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Nesta fase todos já devem se conhecer dentro da célula. Espera-se que o líder já
tenha sido reconhecido pela célula. Espera-se que a célula tenha avançado de um mero
culto doméstico para um grupo razoavelmente vinculado. Além disso, mais pessoas já
podem ministrar a Palavra e o compartilhamento na reunião deve estar bem mais
participativo.

Compreensão do propósito

Dos quatro propósitos, o da edificação deve ocupar a posição central. (Lembre-se


de que os quatro objetivos da célula são: comunhão, edificação, serviço e multiplicação).
Muitos dos propósitos estabelecidos para a célula serão desafiados. As tensões dentro da
célula podem ser resolvidas pelos pactos ou alianças da célula.

Princípios enfatizados

Cada crente é um ministro. Estimule o revezamento da Palavra, monitore e estimule


o compartilhamento.

Na medida do possível, inclua o líder em treinamento na reunião de supervisão e


discipulado. Uma outra possibilidade seria fazer uma reunião mensal que incluísse o líder
em treinamento e o anfitrião da célula.

3.3. Estágio de evangelismo (depois do quinto mês)

Os membros da célula tornam-se livres para se expressar, se comprometer e falar


abertamente. É neste tempo que a célula torna-se um verdadeiro purê de batata, ou seja,
o relacionamento sai do nível pessoal para o nível comunitário.

Os objetivos a serem mais realçados na célula são a oração e a edificação. É


também uma fase em que a célula corre o risco de ficar embriagada consigo mesma, visto
que os relacionamentos são excelentes, a comunhão é real e a reunião é viva. Se não for
enfatizada a visão da multiplicação, a célula pode se estagnar.

Se acontecer de a célula não sofrer uma crise de multiplicação, é porque a visão


não foi assimilada apropriadamente.

Princípios enfatizados

Procure ajudar a célula através do projeto de oração e das vigílias. Nesse momento,
os jejuns devem ser comuns. Mais do que em qualquer outra fase, os eventos-ponte
precisam ser centralizados na vida da célula!

Em hipótese alguma, tolere uma célula sem um líder em treinamento nessa fase.
Procure mostrar a importância e a bênção da multiplicação. Comece a estimular
irmãos a cederem suas casas para a futura multiplicação. É tempo de localizar anfitriões.

3.4. Estágio de multiplicação (ou finalização)

Toda célula deve ter uma finalização de algum tipo, e cada membro deve estar
atento para isso, desde o início. Consideramos que uma célula se encerra ao se
multiplicar. As duas células resultantes da multiplicação são consideradas, então, duas
novas células. E como tais, talvez se torne necessário passarem novamente por todas as
fases.

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Princípios enfatizados

Esse é um tempo de celebração. O líder deve ajudar os membros a verem a


multiplicação como uma ocasião de alegria para todos os envolvidos. É tempo de planejar
a multiplicação. Espera-se que o líder em treinamento tenha tido oportunidade de realizar
todas as tarefas de um líder, ao lado do líder da célula. Se for necessário, ministre esse
manual de células para o líder em treinamento e para o anfitrião, para reafirmar a visão.

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