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ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS
Cristiana Nazaro
Uberlândia – MG
2013
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1. INTRODUÇÃO
Segundo Salamon & Anheier (1992), para serem consideradas organizações não
lucrativas, devem ter uma estrutura que referencie cinco características: (1) constituídas
formalmente, (2) sua base estrutural deve ser não governamental, ou em outras palavras
privada,(3) devem ser autogovernadas, (4) não podem distribuir lucros a seus sócios ou
membros, (5)contar com a participação voluntária (SALAMON & ANHEIER, 1992).
Nos últimos anos, tem sido crescente o número de ONGs, o que tem levado a uma forte
concorrência entre estas por recursos. Deste modo, ao competirem por doadores privados e
públicos na captação de recursos, resulta numa relativa perda de autonomia, dadas a s
exigências muitas vezes impostas pelos doadores, especificamente, quando do processo de
tomada de decisões. A perda de autonomia é uma das conseqüências da procura por diferentes
fontes de financiamentos cujo acesso está cada vez mais difícil.
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Se administrar uma empresa atualmente não é fácil, então administrar uma empresa sem
fins lucrativos é mais complicado ainda, pois sua gestão muitas vezes não apresenta estrutura
adequada, recursos financeiros, materiais e de pessoal. Embora muitas pessoas entendam que
este tipo de organização é apenas uma forma de fazer caridade, pode-se afirmar que as
finalidades não são exatamente estas. Hoje em dia, muitas organizações não-governamentais
propõem a discussão e a transformação de fatos econômicos e sociais, atuando como
verdadeiros agentes de mudança.
A escassez de recursos e as pressões dos doadores tem levado as ONGs a repensarem seus
modelos de gestão, e, principalmente, pautarem suas atividades dentro de uma lógica mais
racional e utilitarista. Deste modo, estas instituições estão passando por ajustes
organizacionais marcados pela busca de novos modelos de gestão. Esses novos modelos
baseiam-se em uma lógica de mercado profissionalizada, causando, assim, mudanças
administrativas de âmbito estrutural e prático. Sendo que essa nova realidade causa impacto
direto sobre os valores originais dessas instituições tornado-as mais funcionais ao adotarem
uma capacitação estratégica para garantirem sobrevivência organizacional.
Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo conhecer os modelos de gestão
adotados pelas ONGs identificando sua proximidade com os modelos de gestão original ou
modelos de gestão estratégica.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
As ONGs são orientadas pelos seus próprios valores e cresceram com perspectivas
históricas muito diferentes das corporações e do estado. Mas no contexto das parcerias esses
valores são incrementados por uma inserção de conceitos oriundos do mercado como gestão
por resultados, corte de custos e metas rígidas, estratégias de marketing, que são tipicamente
coorporativos. A preocupação com o uso racional dos recursos e a mensuração dos resultados,
fez com que ferramentas da administração sejam adaptadas para uso nas organizações do
terceiro setor “sua linguagem e seus conceitos estão começando a brotar da língua das
pessoas tão eloqüentemente quanto os discursos sobre causa.”(HUDSON, 1999:int XIII)
Seguindo o preceito de que as organizações de terceiro setor são movidas pelo desejo
de mudar o mundo, começando pela realidade a sua volta, veremos que essa missão permeia
todos os aspectos da organização, Portanto os valores precisam ser cultivados, pelas pessoas
envolvidas na organização (Hudson, 1999:19). Podemos sugerir a criação de uma cultura
organizacional forte que saiba aprender sem perder de vista os preceitos éticos, como sugere o
prof. Alex Coltro, que em seu artigo sobre a contribuição dos grandes pensadores para
formação de administradores, ele cita a segunda máxima de Kant de ter o homem como fim
de todas as ações, e nunca como meio (Coltro, 1999:67).
Em síntese, se pode dizer que as ONGs brasileiras estão passando por um período
muito difícil e desafiador no qual sua capacidade de se re-inventarem e de se justificarem
politicamente perante a sociedade brasileira serão decisivas em relação a sua sustentabilidade
institucional e a sua contribuição ao desenvolvimento do país.
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Com este estudo, queremos identificar os principais fatores que influenciam na percepção
dos clientes e que contribuem para que eles atribuam valor ao serviço prestado.
3. ASPECTOS METODOLÓGICOS
Este trabalho tem o objetivo de proporcionar maior visão acerca das dificuldades do
desafio que é a administração de uma ONG, pode-se dizer que se caracteriza como uma
pesquisa exploratória delineada por estudo de caso coletivo, a fim de atender ao objetivo de
identificar problemas de gestão comuns às diferentes ONGs, não as considerando
intrinsecamente. Além disso, o estudo de caso pôde ampliar o universo das fontes de
evidência, o que também possibilitou seu maior conhecimento. Considerando-se as ONGs
existente na cidade de Uberlândia é notado o crescimento destas instituições nos últimos anos.
Deste universo selecionaremos algumas destas ONGS, onde observaremos a disponibilidade
de algumas delas para participar da pesquisa e o interesse da mesma nesta. Os sujeitos
considerados na pesquisa serão os responsáveis pela gestão das entidades, sejam eles seus
dirigentes máximos, ou responsáveis pela gestão de alguma área, setor ou projeto.
forma a manter o encadeamento das evidências, garantindo que os objetivos propostos sejam
realmente e efetivamente atendidos.
Esse trabalho será enriquecido com conjunto de fotos e gravações em vídeo sobre o caso
em estudo. O relatório será redigido em estrutura cronológica e analítica linear, seguindo uma
linha de raciocínio que seja clara e de fácil entendimento para quem fizer uso da pesquisa em
questão.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS