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Iniciando o suspense
Histórias de terror sempre estiveram presentes nas diversas culturas humanas e
possuem, em sua construção, aquilo que escapa à explicação racional. O conto, por sua
vez, constitui-se como uma produção ficcional e estabelece uma relação entre seres e
acontecimentos. Pautando-se nesses conceitos, o presente trabalho tem o objetivo de
relatar a proposta de oficina elaborada na disciplina de Didática de Língua Portuguesa
I, do curso de Letras da Universidade Federal Rural de Pernambuco no ano de 2013. A
oficina aqui apresentada contempla os elementos característicos, os recursos
linguísticos e os efeitos de sentido decorrentes, para proporcionar um contato com o
gênero conto de terror, de maneira diferenciada, na qual a formulação do suspense,
do incomum e do inesperado é o objetivo.
Ao pensar nos gêneros como objeto e nos textos como unidade do ensino da
linguagem, os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) recomendam o trabalho com
variadas esferas da comunicação social, especialmente a literária, com destaque para o
gênero conto. Porém, os contos de terror são pouco explorados em sala de aula e nos
materiais didáticos de Língua Portuguesa.
O projeto divide a oficina em seis etapas que exploram diversos elementos do gênero.
Abaixo, estão as etapas da oficina que foram pensadas para uma aplicação em turmas
do 9º ano do ensino fundamental:
1- Representações de um personagem: Devem ser entregues descrições
distintas de uma mesma personagem (uma velhinha) para a elaboração de
uma lista de características que será socializada para que os demais
participantes tentem adivinhar a personagem que se encaixaria na descrição.
Após essa etapa, deve-se montar na sala, sem a presença dos alunos, um
cenário de suspense para a exibição do áudio Velhinha da Caxangá, para que
CORTÁZAR, Julio. Alguns aspectos do conto. In: ________. Valise de Cronópio. São
Paulo: Perspectiva, 1974.