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MANUAL PARA ANÁLISE DE

PROCESSOS DE SEGURANÇA
CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO
Cap BM Ednaldo Fernando Rodrigues
APRESENTAÇÃO

Este trabalho desenvolveu-se no anseio comum desta administração, em


padronizar procedimentos de análise de Processos de Segurança Contra Incêndio e
Pânico, em consonância com a Lei Estadual nº 8.399/2005 e demais normas correlatas,
que disciplinam o serviço de prevenção em âmbito estadual.
Dessa forma, baseando-se nas informações colhidas dos analistas e nas
sugestões dos responsáveis técnicos, buscou-se elencar os principais aspectos da
aprovação de projetos bem como as dificuldades para um trabalho dinâmico,
objetivando rapidez dentro da legalidade e eficiência, tendo como principal finalidade
a segurança das pessoas, a proteção de bens e a satisfação do contribuinte.
SUMÁRIO

Introdução.................................................................... 1

1.
INTRODUÇÃO

Este manual trará de forma clara e rápida a maneira de se observar e


analisar um Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico, em ordem crescente de
complexidade, seguindo o objetivo de uma decisão segura e legal na aprovação dos
processos.
Os assuntos aqui abordados traduzem exclusivamente a didática
prevencionista que as normas e legislações já preveem, de modo a efetivar a
segurança populacional nas edificações, instalações e locais de risco e garantir a
eficiência do socorro.
É certo que nenhuma lei ou norma contemple todas as situações, tão
pouco este manual, porém as informações aqui apresentadas servirão de base para as
decisões posteriores.
Seguindo este manual, o analista estará menos sujeito a cometer
arbitrariedades e não deixará de exigir o essencial em um PSCIP, além de otimizar o
tempo desse serviço que, atualmente, fere o princípio da eficiência em se tratando da
celeridade da máquina administrativa.
1. O PROCESSO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO (PSCIP)
O artigo 6º da Lei Estadual nº 8.399/2005 define:
“É o conjunto de documentos que tipificam as características de um sistema
de segurança contra incêndio e pânico constituído por memoriais, planilhas, projetos,
armazenagem de produtos perigosos, materiais inflamáveis e outras informações
complementares que facilitem a análise global da segurança das edificações,
instalações e locais de risco.”
Com o advento da Norma Técnica 01/2009, subdividiu-se o PSCIP em
quatro categorias:
a) Processo Técnico (PTec);
b) Processo Técnico Simplificado (PTS);
c) Processo Técnico de Instalação e Ocupação Temporária (PTIOT);
d) Processo Técnico de Instalação Temporária em Edificação Permanente
(PTOTEP).
Esta mesma norma já define os documentos que deverão compor os
PSCIP´s. Sendo que a pasta vermelha é um item padrão para todos.
2. DO PROCESSO TÉCNICO (PTec)
Esta modalidade é, em regra, apresentada obrigatoriamente para
edificações com área construída ou a construir acima de 750 m2 e/ou com altura
superior a 12 m, ou ainda que apresente carga de incêndio acima de 1.200 Mj/m2,
além daquelas situações previstas no item 5.1.1.1 da NTCB 01/2009.

Ao receber o PSCIP o analista deve (anexo a este memorial existe uma lista de
verificação para facilitar):
1) Atestar seu o recebimento pelo Sistema de Protocolo da SAD/MT;
2) Conferir o recolhimento da TASEG de acordo com o Grupo, a Área e o serviço
requerido;
IMPORTANTE!
O serviço de análise não pode iniciar se a taxa correspondente não for recolhida.
3) Conferir o credenciamento do Responsável Técnico através do site do Corpo de
Bombeiros através do link “Credenciados”;
4) Conferir se todas as folhas estão assinadas;
5) Conferir a existência dos seguintes itens:
a) Etiqueta;
b) Requerimento;
c) ART;
d) Folha Resumo;
e) Memorial descritivo das medidas de segurança contra incêndio e pânico;
f) Memorial industrial se for de ocupação Industrial;
g) Cálculo da necessidade do SPDA;
h) Planta de combate a incêndio;
i) Conjunto de plantas arquitetônicas.
6) Conferir o preenchimento da Etiqueta;
- Carga de incêndio: o CNAE da empresa vai definir qual a atividade oferece
maior risco potencial. Portanto, nem sempre a atividade principal é a que tem o maior
risco. A NTCB 07 tem a definição de carga de incêndio para cada atividade relacionada
no CNAE;
- Altura: nesse campo a altura computada do piso do nível da descarga até
o piso do último pavimento é informada de acordo com a Tabela 2 da Lei 8.399/2005.
Exemplo: uma edificação que apresentar uma altura de 10 m, medida da maneira
descrita, e que tenha mais de um pavimento, é classificada como Tipo III.

7) Conferir o preenchimento do Requerimento:


- Verificar qual o serviço requerido (Análise, Reanálise, Substituição ou
Alteração de dados;
- Os itens 2. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO, INSTALAÇÃO OU LOCAL DE
RISCO e 3. IDENTIFICAÇÃO DO (A) REQUERENTE deverão ser preenchidos
completamente;
- Quando o requerente não for o proprietário da edificação deve ser
apresentada uma procuração original com firma reconhecida transferindo os poderes
de signatários perante o Corpo de Bombeiros do Estado de Mato Grosso.
8) Conferir o preenchimento da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do
serviço de elaboração do PSCIP e outros sistemas:
A ART é documento que atribui toda a autoria na confecção do PSCIP.
Neste item o analista verifica se o endereço, CNPJ/CPF e área da obra confere com o
que foi apresentado nos outros documentos.
Atualmente, a ART emitida como atividade técnica Projeto – PPCI (Plano de
Prevenção Contra Incêndio e Pânico) poderá engloba as seguintes as seguintes
medidas preventivas:
- Acesso de viatura; - Brigada de incêndio;
- Segurança estrutural; - Sinalização de emergência;
- Compartimentações; - Hidrantes e mangotinhos;
- Saídas de emergência; - Resfriamento;
- Controle de fumaça; - Sistema fixo de gases limpos e CO2;
- Plano de intervenção; - Espuma;
- Separação entre edificações; - Sistema de Proteção Contra Descarga
- Controle de materiais de acabamento; Atmosférica (SPDA);
- Elevador de emergência; - Instalação Predial de GLP;
- Iluminação de emergência; - Escada Pressurizada;
- Alarme de incêndio; - Sistema de Monitoramento,
- Extintores; supressão e alívio de explosões e/ou
- Chuveiros automáticos; poeiras;

9) Conferir o preenchimento da Folha Resumo:

O item 1 (Identificação da edificação, instalação ou local de risco) da Folha


Resumo é idêntico a Etiqueta, portanto, deverá ser preenchido igual. Já no item 2
(Características da edificação, instalação ou local de risco), a Descriminação do
pavimento/setor deverá indicar exatamente a utilização dos setores (recepção,
cozinha, sala de cirurgia, apartamentos, etc.). Nos itens 3 e 4, devem ser assinalados os
itens previstos nas tabelas de 5 a 6 N.1 da Lei 8.399/2005 (repare que mesmo uma
medida sendo prevista pela Lei, mas tecnicamente inviável o atendimento, ou ainda,
isenta pela norma, deve o projetista assinalar e em memorial expor a sua justificativa
de modo a evitar contratempos nas possíveis Alterações de dados).

10) Conferir todo o memorial descritivo das medidas de segurança contra


incêndio e pânico
O memorial é o meio em que o Responsável Técnico (RT) esboça através de
cálculos e enquadramentos legais as medidas preventivas necessárias.
Obs.: quando for um PSCIP de Alteração de Dados ou Substituição, o RT
deverá informar logo no início do memorial (item 1 APRESENTAÇÃO) as alterações a
serem realizadas ou o motivo da substituição.
IMPORTANTE!
Quando os itens não tiverem alterações (Alteração de dados), deverá ser
assim informado, “PERMANECE CONFORME O PSCIP N° XXX/ANO APROVADO EM
DD/MM/AA”. Pois, não cabe um redimensionamento estando a medida preventiva
já aprovada e inalterada.
Quando do preenchimento do item 2 REQUISITOS DA LEGISLAÇÃO, o
enquadramento dever seguir rigorosamente as Tabelas de 1 a 6 da Lei nº 8.399/2005.
Observações quanto a Tabela 2 - Altura:
- Se enquadra como TIPO I – Térrea – Um pavimento quando não exista
mais de um pavimento, qualquer que seja a altura do mesmo;
- A altura é medida do piso do pavimento térreo até o piso do último
pavimento.
Observações quanto a Tabela 3 – Carga de Incêndio:
- A classificação pela Carga de Incêndio define o potencial calorífico de cada
setor e da edificação em geral. Deve obedecer a NTCB 07/2009.
Obs.: Quando a edificação se enquadrar como Depósito, Armazéns de
grãos, Secadores de grãos e Silo, deve ser apresentado o Levantamento da Carga de
Incêndio (NTCB 07/2009):

q 
M i
Hi
fi A
f
Onde:
qfi – valor da carga de incêndio específica, em
Megajoule por metro quadrado de área de piso
Mi – massa total de cada componente i do
material combustível, em quilograma
Hi – potencial calorífico específico de cada
componente i do material combustível, em Megajoule
por quilograma, conforme Tabela B.1 da NTCB 01;
Af – área do piso do compartimento, em
metro quadrado.

Exemplo prático:
Um depósito com uma área de pavimento 800 m2 e que estoca 10.000 kg
de PVC, 10.000 kg de madeira e 10.000 kg algodão.
Valor do potencial calorífico de cada material:
PVC = 17 Mj/kg
Madeira = 19 Mj/kg
Algodão = 18 Mj/kg
Substituindo na fórmula teremos:

qfi = (10.000 x 17) + (10.000 x 19) + (10.000 x 18)


800

qfi = 54000
800

qfi = 675 Mj/m2 – Risco Médio

Observações quanto a Tabela 4 – Edificações existentes:


Quando a edificação for enquadrada anteriormente a 23/12/2005, deve ser
apresentado qualquer documento autenticado emitido por órgão oficial que comprove
a construção da edificação anterior àquela data. Posterior a mesma, considera-se uma
edificação nova. E neste ponto cabe um explicativo quanto ao § 7º do art. 5º da Lei,
em que, numa leitura analítica extraímos que são considerados prédios a construir,
aqueles que sofrerem reforma com acréscimo de área além de 10%, e assim, seria
exigida a substituição do PSCIP. Porém, o analista deve entender que esse
enquadramento serve somente para edificações existentes, ou seja, anterior a data já
citada e devidamente enquadrada no § 7º do art. 5º.
Observações quanto a Tabela 5 – Exigências para edificações com área
menor que 750 m2 e altura inferior a 12m:
Esta tabela será usada somente para o PTec, o PTIOT e o PTOTEP conforme
enquadramento. Não será utilizada para o PTS.
Observações quanto as Tabelas de 6A a 6N.1 – Exigências para
edificações com área superior a 750 m2 ou altura superior a 12m:
Importante colocar que nas Tabelas que possuem NOTAS ESPECÍFICAS, os
itens que tenham a inscrição “Pode ser substituído por...” define que um dos sistemas
deve ser projetado, não isentando a edificação do preventivo correlacionado.
Exemplo: Ocupação B; Divisão B-1; Altura 6m < H ≤ 12m – A Tabela 6B
exige para esta edificação, a Compartimentação Horizontal, porém, faculta-se a
instalação do sistema de chuveiros automáticos em detrimento da Compartimentação
Horizontal.
Quando do preenchimento do item 3 DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO e dos seus subitens, deve ser feito conforme os
mementos a seguir:
3.1 ACESSO DE VIATURA NA EDIFICAÇÃO
O acesso serve para que as viaturas consigam entrar e combater o incêndio
e também para que seja possível o resgate de vítimas nas edificações, além de prever a
capacidade de suporte do piso trafegável.
Em regra deve constar no memorial:
a) Quanto às vias:
- Ter largura mínima de 6,0 m, com exceção às ruas principais de acesso às
instalações industriais em refinarias, que deverão ser de 7,0 m;
- Suportar viaturas com peso de 25 toneladas (25.000 Kg) distribuídas em
dois eixos;
- Ter altura livre mínima de 4,50 m.
b) Quanto aos portões, quando existentes, devem:
- Ter largura de 4,0 m;
- Ter altura de 4,5 m.
Quando as vias de acesso possuírem extensão acima de 45 m, estas devem
ter retornos em formato circular, em “Y” ou em “T”;

Formato circular
Formato em “Y”

Formato em “T”
Obs.: Podem ser usados outros tipos de retorno desde que garantam a
entrada e saída das viaturas. Portanto, o analista deve utilizar o princípio da
razoabilidade para aproximar a sugestão do RT à norma.
Em caso de Centros esportivos e de exibição, os acessos de viaturas devem
ser separadas das saídas utilizadas para o público, ou seja, as viaturas devem entrar e
sair sem terem seu deslocamento interrompido pelos transeuntes.
Nos campos devem ser previstos dois acessos de viaturas em lados ou
extremidades opostas e também uma área sinalizada de 20 x 8m em local adjacente
externo para o posicionamento das viaturas.

EM PLANTA
Na planta basta que se confira as larguras e comprimentos indicados na
norma.
3.2 SEGURANÇA ESTRUTURAL CONTRA INCÊNDIO
O objetivo de se projetar a segurança estrutural é fornecer elementos para
o conjunto estrutural de uma edificação de modo que a mesma, em contato com o
fogo, suporte um determinado tempo para que não seja possível a propagação das
chamas e o colapso estrutural.
Não há o que se questionar quando o Responsável Técnico enquadra a
edificação nas Tabelas da Instrução Técnica referida. Haja vista a emissão da ART.
Basta que o Analista verifique se o que foi colocado no memorial está previsto na
norma.
Caso o RT necessite reduzir o Tempo Requerido de Resistência ao Fogo
(TRRF), deverá fazê-lo conforme o cálculo do Anexo D da norma. Sendo que, os
cálculos não podem reduzir mais que 30 minutos dos TRRF da Tabela A. Esse
procedimento pode ser utilizado quando se tem edificações existentes e os materiais
postos não têm o TRRF da referida tabela.
Os TRRF resultantes deste cálculo não podem ter valores inferiores à:
- 15 minutos, para edificações do Grupo A; D; E; G e Divisões I-1; I-2; J-1 e J-
2;
- 30 minutos para as demais edificações.

Fórmulas para o cálculo da redução do TRRF:

Onde:
teq – tempo equivalente em minutos
qfi – carga de incêndio do compartimento analisado em Mj/m2
yn – produto de yn1 x yn2 x yn3 que levam em conta a presença de medidas de
proteção ativa
yn1 = 0,60 se existir chuveiros automáticos
yn2 = 0,90 se existir Brigada de incêndio
yn3 = 0,90 se existir detecção automática
Quando constatada a ausência de algum meio, adotar o
yn = 1
ys – produto de ys1 x y2, onde o primeiro diz a característica da edificação e o
segundo o Risco de ativação do incêndio
Para yS1 temos:

Onde:
1 ≤ yS1 ≤ 3
Af – área do compartimento
analisado em m2
h – altura do piso habitável mais alto
do edifício

Para yS2 temos:


Valores de Risco de
Ocupação
yS2 ativação
0,85 Pequena Escola, galeria de arte, parque aquático, igreja, museu
Biblioteca, cinema, correio, consultório médico, escritório,
farmácia, frigorífico, hotel, livraria, hospital, laboratório
fotográfico, indústria de papel, oficina elétrica ou mecânica,
1,0 Normal
residência, restaurante, teatro, depósito de: produtos
farmacêuticos, bebidas alcoólicas, supermercado, venda de
acessórios de automóveis, depósitos em geral
1,2 Média Montagem de automóveis, hangar, indústria mecânica
1,5 Alta Laboratório químico, oficina de pintura de automóveis

W – é o fator que relaciona a ventilação do ambiente e a altura do


compartimento analisado

Obs.: Esta equação só é válida quando 0,025 ≤ Av/Af ≤ 0,25


Onde:
H – altura do compartimento (m)
Av – área de ventilação vertical. Ex:
2
janelas, portas e similares. (m )
Ah – área de ventilação horizontal –
2
piso (m )
Af – área de piso do compartimento
2
analisado (m )
Exemplo prático:
Uma escola de 300 m2 térrea com 6m de altura, carga de incêndio de 700
Mj/m2, sem chuveiros automáticos, com brigada de incêndio, com detecção
automática, com área de ventilação vertical de 13,80 m2.
Dados:
Área do compartimento 300 m2
Altura 6m
Carga de incêndio 300 Mj/m2

Sem chuveiros automáticos yn1 = 1


Com brigada de incêndio yn2 = 0,90
Com detecção automática yn3 = 0,90
yn1 x yn2 x yn3 yn = 0,81

Área de ventilação vertical 13,80 m2

W 2,35
ys1 1,27
ys2 0,85
ys1 x ys2 ys = 1,08

Como se pode ver, esse método não é válido para essa edificação, pois o
tempo mínimo estabelecido pela Tabela A da norma correlata já define um tempo de
30 minutos de TRRF para edificação.
EM PLANTA
Não há a necessidade de se apresentar uma planta com os dados de TRRF,
portanto é opcional, ficando a cargo do responsável técnico apresentar.
3.3 COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL
Este dispositivo normativo serve com uma barreira para que o fogo ou a
fumaça proveniente da queima não se propague para outros ambientes situados
horizontalmente adjacentes, ou seja, para que o fogo seja confiando em somente um
ambiente. Em alguns casos, estabelecidos pelas tabelas da Lei 8.399/2005 este item
poderá ser substituído pelo sistema de Chuveiros Automáticos.
A compartimentação horizontal se dá através de paredes que devem ter
propriedade corta-fogo e se estender do piso ao teto. Caso a cobertura (telhado) seja
constituída de material combustível, esta parede deve ultrapassa-lá em 1m.
Este item está automaticamente dispensado nas áreas destinadas
EXCLUSIVAMENTES a estacionamento de veículos. Os demais casos deverão ser
consultados o Anexo B da Instrução Técnica referenciada.
IMPORTANTE!
A Compartimentação Horizontal somente isenta a instalação do Sistema
de Hidrantes quando a parede corta-fogo for prevista como separação de risco, não
resultar em área superior a 750 m2 (logicamente) e for instalada obedecendo a
seguinte configuração:
1) Não possuir aberturas;
2) Ultrapassar em 1m os telhados;
3) Permanecer estável mesmo quando a estrutura do telhado entrar em
colapso;
4) Ter o TRRF igual ao da estrutura principal, porém, não inferior a 120 min;
5) As aberturas situadas em lados opostos devem distar de 2 m entre si. Na
impossibilidade, pode ser instalada uma aba vertical de 0,90m solidária à parede corta-
fogo perpendicular ao plano das aberturas.
EM PLANTA
- Deve ser mostrado o setor compartimentado;
- A da parede usada na compartimentação de estar na cor vermelha.
3.4 COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL
Enquanto que a Compartimentação Horizontal limita a propagação do fogo
ou fumaça entre os compartimentos, a Compartimentação Vertical restringe ao
máximo a propagação entre os pavimentos. O analista deve observar em memorial a
configuração dos elementos que separem aberturas de pavimentos consecutivos,
assim sendo:
- Vigas e/ou parapeito – altura mínima de 1,20m separando as aberturas
dos pavimentos;
- Prolongamento de entrepisos – no mínimo 0,90m do plano externo da
fachada.
Obs.: As edificações de risco baixo podem ter a distância da aba horizontal
e a distância da verga até o piso da laje superior somados, desde que totalize no
mínimo 1,20m;
Se as fachadas forem envidraçadas, os vidros podem ser corta-fogo.
Caso não sejam, devem ser previstos os elementos acima informados (vigas e/ou
parapeito ou prolongamento de entrepisos).

EM PLANTA

- Devem ser mostrados os detalhes da compartimentação na cor vermelha.


3.5 CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO E REVESTIMENTO
Ao prever essa medida, o Responsável Técnico observará a Tabela B.1
situada no Anexo B da norma supra, objetivando a instalação de materiais que evitem
o surgimento do incêndio ou geração de fumaça, ou ainda o impedimento do
desenvolvimento destes.
DEVE SER APRESENTADA UMA PLANTA INDICANDO A CLASSE DOS
MATERIAIS.
As edificações com área inferior ou igual a 750 m2 e altura menor ou igual a
12 m das Ocupações/Divisões A, C, D, E, F9, F10, G, H1, H4, H6, I e J estão isentas do
CMAR.
EM PLANTA
- É obrigatória a apresentação de uma planta de corte indicando a classe
dos materiais;
- É opcional a apresentação de uma planta baixa.
3.6 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Importante ficar bem claro para o analista que a saída de emergência é em
todo caso:
“Caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas,
corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas ou outros
dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso de
um incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço
aberto, protegido do incêndio, em comunicação com o logradouro.”
A norma que regula o assunto é tida como a “NORMA-MÃE”, pois é a partir
dela que se dimensionam outros preventivos. É notório também que os grandes
incêndios resultaram em números expressivos de vítimas, devido às falhas na
sinalização, dimensionamento e situação das saídas.
O analista deve observar que as saídas servem tanto para escoar o público
quanto para o acesso das equipes de emergência.
É salutar pontuar que o socorrista quando entra em uma edificação para
buscar uma vítima, este vai percorrer certa distância para encontrá-la e uma distância
para retornar com a pessoa. Assim, um caminho de 30 m acaba se tornando, no
mínimo, 60m com uma pessoa carregada por outra (profissional de resgate).
Pontos importantes da norma:
1) As escadas, rampas e descargas devem ser dimensionadas em razão do pavimento
de maior população;
2) A distância máxima a ser percorrida definida na Tabela 6 é até o espaço livre
exterior, área de refúgio, ESCADA PROTEGIDA OU À PROVA DE FUMAÇA;
3) Nas edificações TÉRREAS, pode ser considerada como saída, para efeito da distância
máxima a ser percorrida, qualquer abertura, sem grades fixas, com peitoril, tanto
interna como externamente, com altura máxima de 1,20m, vão livre com área mínima
de 1,20m2 e nenhuma dimensão inferior a 1,00 m;
4) As portas das ROTAS DE SAÍDA e as das salas com capacidade acima de 50 pessoas
devem abrir no sentido do trânsito de saída;
5) As portas devem ter:
- 80 cm, valendo por uma unidade de passagem;
- 100 cm, valendo por duas unidades de passagem;
- 150 cm, em duas folhas, valendo por três unidades de passagem.
Obs.: quando tiverem mais que 2,20 m, exige-se coluna central.
6) As portas podem permanecer abertas, mas devem ter dispositivo para fechamento
automático quando necessário;
7) As portas que dividem os corredores devem ter condições de reter a fumaça e ter
visor transparente de área mínima de m2, sendo que a altura mínima deve ser de 0,25
m;

8) As portas das ROTAS DE SAÍDA DE LOCAIS DE REUNIÃO e as das salas com


capacidade acima de 200 pessoas devem possui barra antipânico;
9) O lanço mínimo de uma escada deve ser de três degraus e o máximo deve ser entre
dois patamares consecutivos não ultrapassando 3,70m de altura;
10) As Escadas Enclausuradas Protegidas (EP) devem ter, em todos os pavimentos,
janelas abrindo para o espaço livre exterior exceto na descarga, onde é facultativo.
Contudo devem ainda, possuir ventilação permanente inferior, com área de 1,20 m2 no
mínimo, junto ao solo, podendo esta ventilação ser por veneziana na própria porta de
saída térrea ou em local conveniente da caixa da escada;
11) Na impossibilidade de se instalar as janelas acima previstas, os corredores
devem ser contemplados com estes dispositivos com área mínima de 0,80 m2 junto ao
forro;
12) As escadas secundárias podem ter apenas um corrimão desde que sua largura
seja de até 1,20m e possam eventualmente ser utilizadas como saída de emergência,
13) Escadas com largura maior que 2,20m devem ter corrimão intermediário a cada
1,80m no máximo;
14) As áreas de refúgio são obrigatórias em Ocupações H-2, H-3 quando a altura for
maior que 6 m, e em Ocupações H-1, H-2 e Grupo E quando as dimensões em planta
forem classificadas como “W” (área total > 5.000m2);
15) A NBR 9077/2001 já faz exigência de sistema de alarme de incêndio (Tabela 8),
porém, em nosso estado isso só é feito com base nas Tabelas da Lei nº 8.399/2005;
16) Não há nada na norma que determina a instalação de corrimão em concreto ou
outro material incombustível. Somente as escadas devem obrigatoriamente ser nesse
tipo de material;
17) Exige-se elevador de emergência quando a altura da edificação for superior a
60m exceto no Grupo A e na Ocupação H-3 onde a exigência será quando a altura for
superior a 80m e 12m, respectivamente.
Escadas
Enclausurada
Tipo de escada Não enclausurada Enclausurada protegida à prova de
fumaça
Sigla NE EP PF
Antecâmara --------- --------- Sim
Resistência ao fogo
da caixa e dos
120 min 120 min 240 min
elementos
estruturais
30 min para
acesso à
Resistência ao fogo
--------- 30 min antecâmara e
da porta
60 para acesso
à escada

Exemplo do que o analista deve constatar no memorial


Edificação: Danceteria
Altura (H): 6 metros (até o piso do último pavimento)
Área construída: 3 pavimentos tipo de 80 m2 totalizando 240 m2 de área construída
Características construtivas: Prédio em concreto armado

Assim sendo:
I) Tabela 1 (Ocupação) – Grupo = F; Ocupação/Uso = Locais de reunião de público;
Divisão = F-6.
II) Tabela 2 (Altura) – Código L; Edificações baixas: H≤6m.
III) Tabela 3 (Área) – α (área do maior pavimento); Código P = de pequeno pavimento
(SP < 750 m2).
β (área do pavimento abaixo da soleira de entrada); Não se
enquadra.
γ (área total); Código T = edificação pequena (St < 750 m2)
IV)Tabela 4 (Características construtivas) – Código Z; Tipo = edificações onde a
propagação do fogo é difícil.
V) Tabela 5 (População e unidade de passagem) – Duas pessoas por m2; Acessos e
descarga C = 100; Escadas e rampas C = 75; Portas C= 100
VI)Tabela 7 (Saídas e tipo de escada) – duas saídas e Escada enclausurada protegia
(EP)**.
**É admitido o uso de Escada normal (NE) em edificações deste caso (área < 750 m2).
VII) Tabela 6 (Distância a ser percorrida) – 40 m (Edificações Z, sem chuveiros
automáticos e com mais de uma saída).
Obs.: reparem que para classificar na Tabela 6 deve-se antes classificar em
todas as outras tabelas.
RESUMO DO ENQUADRAMENTO
Tab 1 Tab 2 Tab 3 Tab 4
α γ
F-6 Código L Código Z
Código P Código T

Tab 5 Tab 6 Tab 7


Pessoas/m2 Acesso e descarga Escadas e rampas Portas Saídas Escada
40 m
2 100 75 100 2 NE ou EP

Trataremos do cálculo para a largura das saídas desta edificação haja vista
as dúvidas dos Responsáveis Técnicos e Analistas.
Faremos o cálculo considerando o pavimento de maior população. Como a
edificação tem três pavimentos tipo de 80 m2, os cálculos serão feitos com base em
um pavimento e depois multiplicados por três.
População: 160 pessoas (2 pessoas por m2; área de 80 m2)
Largura das Portas, Acessos e Descargas:
P 160
N= N= N =1 60
C 100
Ou seja, duas unidades de passagem. Reparem que o cálculo finda neste
ponto não necessitando multiplicar por 0,55m como era feito. Pois, para as portas, a
NBR 9077/2001 (item 4.5.4.2) já traz as larguras. E no caso, deve-se ter no mínimo
duas portas de 1,00m cada.
Largura da Escada:
P 160
N= N= N =2 1
C
Ou seja, três unidades de passagem. Neste caso multiplica-se o valor
encontrado por 0,55 exigindo-se então uma escada de 1,65m de largura.
EM PLANTA
- Tipo de escada;
- Identificar as barras antipânico e as portas corta-fogo;
- Indicar a lotação máxima do ambiente (opcional);
- Identificar os pontos de captação de ar;
- Identificar os dutos;
- Identificar a sala dos grupos moto-ventiladores;
- Legenda de acordo com as normas.
3.7 PLANO DE INTERVENÇÃO DE INCÊNDIO
Este item aborda todos os aspectos para que o Corpo de Bombeiros
intervenha no interior da edificação com todas as informações possíveis referentes aos
riscos presentes. Além disso, esses dados podem ser utilizados pelos ocupantes da
edificação.
Pode-se dizer que o Plano de Intervenção de Incêndio é um resumo de todas
as informações para que seja manuseado facilmente. Nele devem constar:
- Localização com distância do Corpo de Bombeiros;
- População total e por setor, inclusive Portadores de Necessidades
Especiais;
- Horário de funcionamento;
- Riscos inerentes à atividade (caldeiras, geradores elétricos, gases tóxicos,
gases congelantes, GLP, etc);
- Existência de brigada de incêndio ou outro grupo de apoio;
- Procedimento básico de emergência.
Aqui o Responsável Técnico tem por dever percorrer todas as dependências
da edificação contemplada e locar em planta todos os riscos imagináveis, sendo
assinada pelo responsável pela edificação, também.
O plano por si só não executa a sua função. Deve-se colocá-lo em prática,
divulgando-o para todos os ocupantes da edificação.
De todos os pontos do plano a parte mais importante é a planta. É ela que
mostra detalhadamente todos os riscos, rotas de fugas, áreas de refúgio e
equipamentos para o combate ao incêndio.
Deve ser colocada na entrada da edificação, portaria ou recepção, nos
pavimentos de descarga e junto ao “hall” dos demais pavimentos de forma que seja
visualizado por ocupantes da edificação e equipes do Corpo de Bombeiros, em caso de
emergências. A planta deve ser apresentada, preferencialmente, em escala e
obrigatoriamente em papel A2, A3 ou A4.
3.8 BRIGADA DE INCÊNDIO
Quando se trata de brigada, o Analista tem que ter em mente que o
legislador previu que o tempo-resposta das equipes de emergência não seria suficiente
para que as mesmas debelassem as chamas ou evacuassem as pessoas do local
sinistrado.
Ter um “braço” do Corpo de Bombeiros dentro da empresa faz com que a
população fixa tenha mais segurança diante de uma situação adversa. E é por esses e
outros motivos que a NBR 14276 prevê de forma clara a quantidade de pessoas que
formarão a brigada e a carga-horária dos cursos.
No cálculo abaixo, o Analista entenderá o que deve ser apresentado no
memorial.
Exemplo: Comércio de Risco Médio com uma população fixa de 32
colaboradores.
- Como vemos pela Tabela A.1 do Anexo A, para esta edificação, temos 04
(quatro) brigadistas para uma população fixa de 10 colaboradores. Quando a
população passa do número de 10, deve-se usar a Nota 5 da mesma Tabela. Assim
sendo, temos para o nosso exemplo o seguinte cálculo:
População fixa até 10 pessoas = 04 brigadistas
População fixa de 32 pessoas = 32 – 10 = 22 pessoas
A Nota diz que, para Risco Médio, devemos acrescentar 1 brigadista para
cada 15 pessoas, dessa forma teremos 2 brigadistas a mais. Totalizando 06 brigadistas.
Esse número é por turno de funcionamento. Portanto, se edificação funcionar em dois
turnos, a edificação deverá ter 12 brigadistas ao todo.
O número decimal deverá ser sempre aproximado para o número
imediatamente superior.
Ainda na tabela, vemos que o curso exigido para a brigada desta edificação
é o Nível de Treinamento Básico que tem carga-horário de 08 horas de acordo com a
Tabela B.2.
Ponto importante da norma:
Nas UTI, centros cirúrgicos e nas Divisão H-3, toda a população fixa deve
fazer parte da brigada.
3.9 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
A iluminação de emergência é dentre os itens de segurança, o mais
funcional. Pois, é ela que direciona a saída segura para o espaço livre exterior e
fornece condições de resgate e manobras emergenciais às equipes de socorro.
O Analista ao visualizar a planta onde constam as luminárias devem se
colocar na situação de uma pessoa dentro do ambiente e tentar ao máximo vislumbrar
um ambiente escuro e cheio de fumaça, que serão obstrutores das rotas de fuga e
saídas de emergência.
A NBR 10898 traz de forma clara o que deve conter um projeto de
iluminação de emergência, bastando para o Corpo de Bombeiros saber o seguinte:
- Qual o tipo de sistema:
- Autonomia do sistema que não deverá ser menor que 1 hora;
- A altura a serem instaladas as luminárias;
- A luminância em lux das luminárias, sendo 3 lux para locais planos e 5 lux em
desníveis.
Observações:
- É permitido o uso de pontos de iluminação no piso indicando as rotas de
saída;
- Um ponto não deve distar do outro mais que quatro vezes a altura de
instalação, nunca superior a 15 m. Exemplo: Se os pontos forem instalados a 2,5 m de
altura, a distância entre eles não podem ser maior que 10 m;
- O posicionamento das luminárias em escadas deve ser de tal modo que
não sejam projetadas sombras assim como em obstáculos.
EM PLANTA
- Indicar os pontos de iluminação de emergência;
- Indicar a localização da central do sistema;
- Indicar a localização do grupo motogerador, se houver;
- Legenda de acordo com as normas.
3.10 MONITORAMENTO DE GASES E POEIRAS
Considerando que não existe normativa específica para este item e ele só é
exigido na Tabela 6N.1 (Silos, armazéns e secadores de cereais) da Lei n° 8.399/2005,
deve-se utilizar por similaridade a Instrução Técnica 27/2011 do Corpo de
Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sendo que deve constar no
projeto:
- A coleta da poeira produzida;
- Ventiladores à prova de explosão em locais confinados para a renovação
do ar a partir da retirada de gases e poeiras;
- Dispositivos de alívio de explosão nos locais onde haja esse risco.
- Aeração dos grãos para evitar a geração de gases através da sua
decomposição.
O Responsável Técnico deverá apresentar de forma sintética como será
atendido este item, descrevendo todo o funcionamento do sistema adotado.
IMPORTANTE!
Um grande causador de explosões dentro de silos é a eletricidade estática.
Portanto, o aterramento é um item obrigatório.
3.11 DETECÇÃO DE INCÊNDIO E ALARME
3.11.1 DETECÇÃO
O profissional deve entender que esse sistema é o responsável pela
agilidade na desocupação da edificação, identificando precocemente o incêndio.
Porém, deve-se ter o cuidado para que, ao projetar os detectores, outros fenômenos
não os acionem acidentalmente, tais como a radiação solar e a calefação.
Outros sistemas podem ser ligados diretamente a esse, tais como: sistemas
automáticos de combate, iluminação de emergência, fechamento/abertura de portas
corta-fogo, desligamento da energia elétrica normal.
A análise deve identificar e exigir:
- O tipo de sistema: Convencional, Endereçável, Analógico ou Algorítmico;
- Que os detectores sejam instalados a uma altura máxima de 8 m em teto
plano ou com vigas de 0,20 m, atendendo uma área de 36 m2 e de 81 m2, para
detectores térmicos e de fumaça, respectivamente;
- Que os detectores sejam instalados à 0,15 m das paredes laterais e em
casos JUSITIFICADOS, podem ser instalados nas paredes laterais a uma distância entre
0,15 m e 0,30 m do teto;
- A planta única do sistema indicando inclusive o trajeto da fiação;
- Que cada ambiente dever ser protegido por um único tipo de detector.
Não é permitido proteger parte de um ambiente com detectores de fumaça e outra
parte com detectores térmicos;
Quando se tem obstruções no teto, as áreas de ação dos detectores devem
ser de acordo com a tabela abaixo:
Lado do Raio do
Área de ação
Caso Obstrução quadrado Detector círculo
máxima (m2)
inscrito(m) (m)
Tetos lisos ou 6,00 Térmico 4,20
1 obstáculos até 36,00
9,00 Fumaça 6,30
0,20 m
Obstáculos de
Redução de 2/3
2 0,20 e 0,60 m de ----- ----- -----
do caso 1
altura
Obstáculos com
Redução de 1/2
3 altura maior que ----- ----- -----
do caso 1
0,60 m
O analista deve atentar-se para o tipo de detector escolhido pelo
responsável técnico para verificar a funcionalidade e eficiência dos dispositivos nos
diversos ambientes, considerando ainda, os materiais e os fenômenos que possam
acontecer.
Localização dos detectores:
Áreas regulares
Igual ao lado do quadrado inscrito
Distância máxima entre
num círculo correspondente a ação do
dois detectores
detector
Distância das paredes ≥ 15 cm (recomenda-se 30 cm)
laterais, muros, Máxima igual à metade da distância
Teto prateleiras, dutos de ar, entre dois detectores do mesmo
etc. ambiente
0,7 vezes a distância entre os
Distância dos cantos detectores sendo no máximo de 4,2 m
regulares para os térmicos e 6,3 para os de
fumaça
Parede
Entre 15 cm e 30 cm do teto
lateral
Deve-se dividir em retângulos menores de modo que fiquem
Áreas
contidos num círculo de diâmetro igual a 0,7 vezes a raiz quadrada
estreitas
da área de ação do detector

Áreas irregulares
0,7 vezes a raiz quadrada da área de ação do detector

Tetos ou telhados inclinados

A primeira fileira deve se locada a 90 cm


Com cumeeira sem ventilação
medido na horizontal do pico, no máximo
Acima de 90 cm medido na horizontal do
Com cumeeira com ventilação
pico
Cada água deve ter uma fila de
Telhados “shed” ventilados ou não detectores no mínimo localizada a 90 cm
da cumeeira, no máximo.
Tetos altos
Tipo de detector Altura de instalação Espaçamento
Térmicos 7,0 m 6,0 m
Fumaça 8,0 m 9,0

Recomenda-se que, em caso de necessidade de detecção de combustão


sem chamas, sejam instalados detectores pontuais de fumaça alternadamente em
níveis diferentes no teto.
Quando o projetista se deparar com prateleiras abertas ou estantes que
tenham altura superior a 8,0 m, além dos detectores no teto, sugere-se que se instale
em várias alturas entre as mesmas.
Grande falha nota-se quando são instalados detectores pontuais a menos
de 1,5 m das entradas de entrada de ar no ambiente. Esse é um ponto que deve ser
objetivo de análise rigorosa. Pois, sendo o detector o sistema mais importante, este
deve ser totalmente eficiente.
Quando o assunto é detector de chamas, deve-se tomar o cuidado de não
se locar objetos/materiais opacos que dificultam ou diminuem o campo de
“observação” do dispositivo. Assim, o analista pode constatar facilmente que a
distância de separação entre os detectores de chamas não tem grande importância,
mas sim a linha de visualização. Diferentemente dos detectores de fumaça ou
temperatura.
O projetista deve ter em mente que ao se optar por detectores de chamas,
os materiais combustíveis presentes, quando em combustão, podem gerar muita
fumaça ao invés do efeito luminoso (chama). O que, obviamente, inibirá a detecção
correlata.

3.11.2 ALARME
3.11.2.1 ACIONADORES
O sistema de alarme tem a sua funcionalidade atrelada ao sistema de
detecção. Porém, mesmo assim, deve ser previsto acionadores manuais,
adicionalmente.
A NBR 9441/1998 deixava a cargo do projetista a instalação de acionadores
com tampas de vidro. Porém, por motivos de segurança, a NBR 17240 (substitutiva)
estabelece que o vidro não pode resultar em estilhaços quando quebrado.
No projeto de instalação dos pontos de acionamento deverá constar:
- A forma de fixação se de embutir ou sobrepor. Quando se optar pelo de
embutir, deverá ter uma sinalização na parede ou teto, numa altura máxima de 2,50
m. Optando-se pelo de sobrepor, a sinalização deve ser imediatamente acima do
dispositivo;
- Altura de instalação que deverá ser maior que 0,90 m e menor que 1,35
m;
- A distância máxima a ser percorrida para se acionar o dispositivo que não
poderá ser superior a 30 m. Sendo esse caminho livre de obstáculos;
- Pelo menos um ponto em cada pavimento. Sendo que os mezaninos
estão dispensados caso a distância máxima do ponto mais próximo seja aquela de 30
m.
Ainda assim, o projetista e o analista não poderão deixar de observar que,
sempre que possível, os pontos devem ser locados próximos aos hidrantes ou
mangotinhos. E obrigatoriamente próximo às entradas no pavimento térreo e às
escadas nos demais pavimentos, quando houver.
Fato curioso é relatado pelos colaboradores de empresas ou indústrias que
participam de treinamentos de evacuação. Diz respeito às lesões nos membros
superiores. Pois, os dispositivos foram instalados nas rotas de fuga e o fluxo contínuo e
rápido de pessoas durante os eventos acabou por resultar nessas situações. A norma
não proíbe a instalação nas rotas de fuga. Porém, é essencial a sensibilidade do
projetista nesse caso.

3.11.2.2 AVISADORES OU ALERTADORES SONOROS E/OU VISUAIS


São os dispositivos que provocarão o órgão visual e auditivo da ocorrência
de um evento indesejável.
Ao serem locados no ambiente, o projetista deve ter em mente que a
comunicação verbal não pode ser prejudicada, e os sons e as frequências emitidas não
devem ser confundidos.
Outros pontos devem ser observados, porém os que merecem especial
atenção são os seguintes:
- A potência sonora deve ser de 15 dBA acima do nível médio do som do
ambiente ou 5 dBA acima do nível máximo. Exemplo: Se o ambiente tem nível médio
de 60 dBA, a potência do avisador/alertador deve ser de 60 + 15 = 75 dBA. Ou se o
ambiente tem nível máximo de 80 dBA, a potência do avisador/alertador deve ser de
80 + 5 = 85 dBA (Atenção! Essas potências são aferidas a 3 m da fonte emissora);
- Em locais com nível sonoro acima de 105 dBA ou onde pessoas trabalham
com protetores auriculares, além dos avisadores sonoros, devem ser previstos
avisadores visuais;
- A altura de instalação deve estar entre 2,20 m e 3,50 m;
- A tensão de operação nominal deve ser de 24 Vcc;
- Para atender aos deficientes visuais e/ou auditivos, os sistemas instalados
devem ter efeitos estroboscópicos ou vibratórios para chamar mais atenção;
COMENTÁRIO
Ressalta-se a importância dos treinamentos quando da existência desses
sistemas. A norma internacional ISO 8201 – Aubile Emergency Evacuation Signal define
um padrão sonoro de alarme para não confundir os ocupantes. Consiste na repetição
de 3 pulsos temporizados e uma pausa de 4 segundos, completando um ciclo.
Outro ponto de extrema necessidade de estudo por parte do projetista são
as edificações destinadas a eventos, definidos na nossa lei como “Local de Reunião de
Público”. A presença de sonorização elevada, baixa luz, pessoas que possam ter
ingerido grandes quantidades de bebida alcoólica, fazem com que um sistema
convencional se torne ineficiente. Por isso, o profissional deve usar de toda a sua
experiência para se projetar um sistema que realmente seja operacional. Um exemplo
poderia ser um sistema de detecção que ao ser acionado, desligaria o som normal do
ambiente e acionaria um sistema de alarme com mensagens eletrônicas gravadas.
Uma situação não prevista na norma, mas altamente funcional. Situação similar deve
ser pensada para os hospitais.
3.11.2.3 CENTRAL DE CONTROLE DO SISTEMA
Esse objeto tem a função de receber, indicar e registrar o sinal enviado
pelo detector. Após, envia o sinal ao alarme, fecha portas, aciona sistemas
automáticos de combate a incêndio, aciona o sistema de iluminação de emergência,
entre outros.
Observações de instalação que devem constar no projeto:
- A localização fácil da central, preferencialmente no térreo, sendo que a
mesma deve ser monitorada 24 h;
- Um espaço mínimo de 1 m2 em frente à central para a operação e
manutenção;
- Altura de instalação da central deve ser de tal forma que o visor fique
entre 1,40 m e 1,60 m do piso acabado para operação em pé e entre 1,10 m e 1,20 m
do piso acabado para operação sentado.

3.11.2.4 FONTES DE ALIMENTAÇÃO


O sistema de detecção e alarme deve ter duas fontes de alimentação de
energia, ambas com capacidades iguais e tensão nominal de 24 Vcc para garantir o seu
funcionamento em qualquer situação.
Assim, o projetista deve prever que a fonte principal deve ser conectada
com a rede tensão alternada da concessionária e a fonte auxiliar pode ser formada por
bateria de acumuladores “no break” ou gerador que deve ter autonomia mínima de
24 horas em supervisão e 15 min em alarme, tempo este julgado suficiente para que as
pessoas desocupem a edificação.

3.11.2.5 CIRCUITOS, ELETRODUTOS E FIAÇÃO ELÉTRICA


No projeto devem constar a distribuição/trajeto destes componentes para
que no ato da análise seja possível dimensionar os riscos a que estão sujeitos.
Os eletrodutos podem ser de materiais que garanta a efetiva proteção
mecânica dos condutores elétricos.
As tampas das caixas de passagem devem ser na cor vermelha, de
preferência com a inscrição “alarme de incêndio”.
A fiação elétrica pode ser aparente, desde que estejam em forma de cabo
blindado resistente ao calor e ao fogo.
Os cabos devem ser de uso exclusivo do sistema de detecção e alarme.
Recomendações
Recomenda-se ao projetista que informe no projeto que o sistema deverá
ser testado periodicamente na seguinte proporção: 25% a cada 3 meses. De modo que
ao final de 01 (um) ano, todo o sistema tenha sido averiguado.
EM PLANTA
- Indicar a localização pontual dos detectores;
- Indicar a localização dos sinalizadores sonoros e visuais;
- Indicar a localização dos acionadores;
- Indicar a localização da central do sistema;
- Indicar a localização do painel repetidor;
- Mostrar o trajeto da fiação do sistema;
- Legenda de acordo com as normas.
3.12 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
A sinalização tem por norma, três objetivos:
- Reduzir a ocorrência de incêndio;
- Garantir as ações para o controle e/ou extinção do risco; e,
- Definir as rotas para o abandono seguro das edificações.
É ela que direciona as pessoas para fora da edificação de forma
inconfundível. Relatos de sobreviventes do ataque às torres gêmeas (World Trade
Center) mostram claramente o funcionamento desse dispositivo que tem um custo
baixo e uma função incisiva no salvamento de vítimas.
Existem dois tipos de sinalização, básica e complementar. Sendo ambas
obrigatórias de acordo com a exigência legal.

3.12.1 SINALIZAÇÃO BÁSICA


Dentro da sinalização básica, temos 4 categorias:
- De proibição;
- De alerta;
- De orientação e salvamento;
- De equipamentos de combate a incêndio
Lembremos que a norma já define para cada categoria, um formato
específico:
- Proibição – Circular
- Alerta – Triangular
- Orientação, salvamento e equipamentos de combate – Quadrado ou
retangular.
Obs.: As sinalizações de orientação, salvamento, combate e alarme devem
apresentar efeito fotoluminescente. E os locais de reunião de público sem aclaramento
natural ou artificial suficiente para “carregar” o elemento fotoluminescente, devem ter
sinalização iluminada com indicação de saída.
Distância e alturas de instalação
Distância do
Tipo Altura (m) Entre si (m)
operador (m)
Proibição 1,80 15,00 -----
Alerta 1,80 15,00 -----
Rotas 1,80 15,00 7,50
0,10 da verga
Portas de
Orientação e ou na porta a ----- -----
saída
salvamento 1,80
Interior de
1,80 ----- -----
escadas
De acordo com
Equipamentos de combate 1,80 -----
o risco

Considerações para equipamentos de combate:


- Quando forem instalados em pilares, todas as faces devem ser
sinalizadas;
- Deve ser locada placa adicional em dupla face, perpendicular à superfície
da parede ou pilar quando a visualização da mesma acima do equipamento seja
comprometida;

- Deve ser locada placa angular quando a visualização da placa acima do


equipamento seja comprometida.
3.12.2 SINALIZAÇÃO COMPLEMENTAR
A sinalização complementar define quais são as rotas, identifica os
obstáculos/riscos e oferece mensagens específicas para a sinalização básica.
Distância e alturas de instalação
Tipo Altura (m) Entre si (m)
Indicação Piso -----
3,00
continuada Parede Entre 0,25 e 0,50
Por toda a
Indicação de
0,50 extensão do
obstáculos
obstáculo

3.12.3 FORMAS E DIMENSÕES


Agora será exemplificado como dimensionar uma placa de sinalização
básica.
Utilizaremos para o nosso exemplo a identificação de um extintor locado a
25 m do operador.
1º Passo – Identificar a distância máxima do observador à placa (L)
Ora, se o equipamento está a 25 m e a placa deve ser situada logo acima
do mesmo, temos que a distância também será de 25 m.
2º Passo – Utilizar a fórmula para saber a área mínima da placa

→ →

Assim, definimos a área da placa para o nosso extintor localizado a 25 m do


operador. Para saber as dimensões da placa (lados), devemos escolher o formato
geométrico, quadrado ou retangular. Optaremos pelo formato quadrado, dessa forma
temos:
Área do quadrado = (Lado do quadrado)2
0,3125 = (Lado do quadrado)2
Lado do quadrado =
Lado do quadrado = 0,56 m = 56 cm
Como o quadrado tem os lados iguais, a largura e altura da placa terão a
mesma medida, ou seja, 56 cm.
Caso for utilizar letras basta que use da fórmula seguinte para saber a
altura (h) das mesmas:

As cores das placas devem ser rigorosamente obedecidas.


Recomenda-se que o profissional apresente uma planta contemplando
somente as sinalizações.
Em suma, o analista deve constatar os seguintes itens:
Distância de visualização Área da placa Formato Tamanho das letras
25 m 0,3125 m2 Quadrado 0,20 m

EM PLANTA
- Localização das sinalizações;
- Não se faz necessário apresentar o círculo partido ao meio dizendo as
dimensões da placa. Pois, no memorial já está constando as dimensões mínimas que as
placas devem ter;
- Legenda de acordo com as normas.
3.13 EXTINTORES
Os extintores são os melhores aliados para o combate aos princípios de
incêndio. Pede-se atenção para o fato deles serem utilizados somente nos princípios
de incêndio. Pois, a sua pequena carga, demanda um tempo muito curto de combate.
É necessário que no projeto, o profissional avalie os materiais que constem
no ambiente para definir o tipo de extintor eficaz para a situação.
Quando o analista visualizar o projeto, deve conseguir identificar:
- Tipo;
- Capacidade dos extintores;
- Distâncias máximas a serem percorridas;
- Área máxima de cobertura por cada extintor.
Uma dúvida muito comum é com relação às definições de unidade
extintora e capacidade extintora.
Assim, esclareceremos os dois termos:
Unidade extintora é o extintor com determinada quantidade de agente
extintor. Exemplo: extintor de 10 L de espuma, extintor de 6 kg de gás carbônico,
extintor de 8 kg de pó químico seco.
Já capacidade extintora é uma forma de se medir o poder de extinção do
extintor.
Dimensionar a quantidade pela capacidade extintora é mais eficiente que
pela unidade extintora.
O Decreto 857/1984 define a área máxima de cobertura por unidade
extintora e a distância máxima a ser percorrida até se encontra uma, tudo em função
do risco:
Risco Área de cobertura (m2) Distância a percorrer* (m)
Baixo 500 25
Médio 300 20
Alto 200 15

* Quando se tratar de extintores sobre rodas deverá ser acrescido 50% do


valor da distância.
Pontos importantes a serem observados no projeto:
- O extintor deve ser localizado em local de fácil acesso e estar visível o
tempo todo, além de sinalizado;
- Deve ser prevista a altura máxima de instalação de 1,80 m;
- O extintor não pode ser locado nas escadas, pois podem obstruir o
caminhamento seguro das pessoas para fora da edificação;
- Cada pavimento deverá ter no mínimo duas unidades extintoras;
- Não é permitida a proteção de edificações unicamente por extintores
sobre rodas. Porém, pode totalizar a metade da área;
- Recomenda-se ao projetista que informe o tipo de material que se
encontra em cada ambiente para que seja possível a análise detalhada dos tipos de
extintores previstos;
- Não se faz necessário informar em memorial a quantidade de aparelhos.
A experiência mostra que em cerca de 97% dos projetos, existe divergência entre o
número informado em memorial e a quantidade real na planta baixa, gerando um
relatório de não conformidade.
EM PLANTA
- Localização dos aparelhos extintores;
- Legenda de acordo com as normas.
3.14 HIDRANTES E MANGOTINHOS
Esse é o um dos itens mais falado dentro da segurança contra incêndio,
ficando atrás somente do sistema de proteção por chuveiros automáticos. Podemos
atribuir esse “sucesso” a fatores:
- Alto custo de instalação;
- Dificuldade de dimensionamento de grande parte dos profissionais da
área; e,
- Desconhecimento por parte dos analistas em saber o que deve ser
verificado e como verificar um projeto onde a edificação é contemplada com esse
sistema.
Para que seja possível uma análise eficiente nessa parte, o verificador não
precisa ser um exímio calculista. Pois, os cálculos constantes das planilhas prontas
encontradas em mídia digital, são simples e ensinados nos bancos escolares do 2º grau
(ensino médio). Porém, não seríamos céleres e eficientes ao averiguarmos passo a
passo o desenvolvimento das equações hidráulicas. Assim, basta conferir o que a
norma correlata já traz, vazões e pressões mínimas. Para facilitar, abaixo é
apresentada uma tabela ilustrativa dos pontos que não devem faltar no memorial do
sistema de proteção por hidrantes:
Tipo de reservatório Acionamento do sistema
Subterrâneo Automático (Chave de fluxo)
Esguicho Mangueira
Tipo Diâmetro Metragem Diâmetro
Tronco-cônico 13 mm 2 x 15 m 38
Hidrante mais desfavorável Hidrante mais favorável
Pressão Vazão Pressão Vazão
15 mca 134 l/min 35 mca 177 l/min

Bomba
Acionamento Vazão Potência Altura manométrica
Válvula de fluxo 292 l/min 4 CV 38 mca
Velocidade real da água na tubulação Reserva Técnica para Incêndio
Sucção Recalque
9.000 l
1,10 m/s 1,85 m/s
Tubulação Diâmetro da canalização de Diâmetro da canalização de
Material Hazen Willians sucção recalque
Aço
120 75 mm 65 mm
galvanizado
PRESSÕES E VAZÕES MÍNIMAS PELO DECRETO 857/1984

Risco Esguicho Pressão Vazão


Baixo 13 mm 134 l/min
Médio 16 mm 15 mca 203 l/min
Alto 19 mm 286 l/min

Existe uma exceção que o decreto faz que é em relação as edificações que
tenham risco predominantemente Baixo e que sejam alimentados por reservatórios
elevados. Nesse caso, é permitida a pressão de 6 mca o que confere uma vazão
mínima de 85 l/min no bocal do esguicho.
Para instalações de produção, manipulação, armazenamento e distribuição
de derivados de petróleo e/ou álcool (destilaria ou refinaria, parques de tanques e/ou
tanques isolados, plataforma de carregamento, posto de serviço e armazém de
produtos acondicionados) as vazão e pressões mínimas são as seguintes:
Tipo de área Pressão Vazão
Coberta 30 mca 700 l/min
Descoberta 40 mca 809 l/min

Para prédios existentes construídos anteriormente a publicação do Decreto


estadual 857/1984, adota-se a pressão mínima de 10 mca para qualquer situação. A
exceção encontra-se para as edificações de risco predominantemente baixo e de
reservatórios elevados. Estas podem ter a sua pressão mínima residual de 4 mca.
PRESSÕES E VAZÕES MÍNIMAS PELA NBR 13714/2000
Tipo de sistema Esguicho Pressão Vazão
1 11 mm 8 mca 80 ou 100 l/min
2 16 mm 32 mca 300 l/min
3 25 mm 49 mca 900 l/min

A NBR estabelece que a pressão nos esguichos não pode ser superior ao
dobro da pressão calculada para o esguicho mais desfavorável.
Outros pontos a serem rigorosamente observados:
- A localização dos abrigos e tomadas devem obedecer a distância máxima
de 5 metros das saídas. Idem se a edificação possuir mais de um pavimento;
- A válvula de retenção deve ser instalada na saída do reservatório e na
saída da bomba. Não é regulamentar a instalação próxima ao hidrante de recalque,
mas pode ser apresentada com vistas a prevenção contra atos de vandalismo;
- Quando interno, o hidrante poderá ter no máximo 30 m de mangueira;
- Quando externo, o hidrante poderá ter no máximo 60 m de mangueira
desde que esteja afastado a, no mínimo, 15 m da edificação a ser protegida;
- A canalização externa pode ser em cimento amianto, PVC ou materiais
termoplásticos desde que estejam enterradas;
- O diâmetro mínimo da canalização de alimentação do sistema é de
63mm. Na NBR é admitida a canalização de 50 mm para o sistema de mangotinhos;
- Deve ser apresentada uma planta com o isométrico com as devidas cotas
para ser possível visualizar os hidrantes mais desfavoráveis e os mais favoráveis;
- Os hidrantes não podem ser instalados nas escadas ou antecâmaras.
Salvo se comprovado em memorial pelo responsável técnico, o hidrante, pode ser
instalado na caixa das escadas;
- Apesar de que o Decreto 857/1984 não traz nada sobre o material que
deve ser fabricado o reservatório, é notório que esse item não pode ser construído em
material combustível. Já a NBR 13714 regula que se for utilizado um material diferente
de concreto armado ou metálico, deve ser resistente ao fogo, a choques mecânicos e
intempéries. Para tanto, é essencial que o projetista relate qual o material e qual o
tempo que o mesmo resiste ao fogo. Recomenda-se que esse tempo não seja inferior a
2 horas;
- O hidrante de recalque deve ter diâmetro de 63 mm segundo o decreto e
de acordo com a NBR 13714 deve ser de no mínimo 50 mm e no máximo 100 mm;
- A pressão em qualquer ponto do sistema não pode ser superior a 100
mca.

EM PLANTA
- Identificar os pontos de hidrantes, botoeira e a tubulação;
- Identificar o hidrante de recalque;
- Identificar os hidrantes mais desfavoráveis;
- Identificar o painel próximo a bomba de incêndio;
- Identificar a bomba de incêndio;
- Identificar a reserva técnica para incêndio;
- Constar o detalhe da sucção;
- Apresentar o isométrico;
- Mostrar o raio de cobertura por hidrante (opcional);
- Legenda de acordo com as normas.
3.15 CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
A água descarregada pelos chuveiros produz menos danos que os jatos
compactos das mangueiras dos hidrantes e a eficácia desse sistema é indiscutível.
Além disso, o acionamento automático e conjugado como sistema de
alarme, aumenta a chance controle do sinistro e do salvamento de vidas.
Assim, como tratado no item sobre hidrantes, é apresentado abaixo, um
resumo tabelado (ilustrativo) dos dados essenciais que devem constar no memorial.
Tipo de Sistema
Canalização molhada
Método utilizado Classe de Risco
Tabela ou Cálculo Leve, Ordinário, Extraordinário ou Especial.
Área de cobertura
Espaçamento entre chuveiros Área total protegida
por chuveiro
Normativo Real
Normativa Real Espaçamento entre ramais Normativa Real
Normativo Real
Diâmetro
Tipo de rede
Ramais Sub-ramais
Aberta ou fechada 75, 65 e 50 mm 50, 40, 32 e 25 mm
Reservatório
Vazão
Subterrâneo
do
Chuveiros
Sistema
Vazão Fator Diâmetro Orientação Temperatura Tipo
-1/2 Cobertura
3.200 l/min 57 l/min 8 l/min.kPa 12,7 mm Pendente 67 °C
Padrão

Bomba (s)
Acionamento Vazão Potência Altura manométrica
Pressostato 3200 l/min 50 CV 44 mca
Velocidade real da água na tubulação Reserva Técnica para Incêndio
Sucção Recalque
192.000 l
1,10 m/s 1,85 m/s
Material da tubulação Diâmetro da canalização de sucção Diâmetro da canalização de recalque
Aço galvanizado 125 mm 100 mm

EM PLANTA
- Identificar a área de aplicação hachurada e a tubulação;
- Identificar os pontos de chuveiros automáticos de toda a edificação;
- Identificar as válvulas de governo e alarme;
- Identificar o painel próximo a bomba de incêndio;
- Identificar a bomba de incêndio;
- Identificar a reserva técnica para incêndio;
- Constar o detalhe da sucção;
- Apresentar o isométrico;
- Legenda de acordo com as normas.
3.16 RESFRIAMENTO E ESPUMA

O sistema de resfriamento é o meio mais eficaz de se conter um incêndio


para líquidos combustíveis e inflamáveis.
Para uma análise efetiva, os seguintes pontos devem ser apresentados:
Bacia de
Tipo de tanque Tipo de teto Classe do líquido Capacidade do tanque
contenção
Vertical ou 3
Fixo ou Flutuante I, II ou III 60 m
Horizontal
N° de hidrantes ou CM Número de
Suprimento de Existência de bacia
Vazão protegendo o (s) tanques
água (RTI) de contenção mista
tanque (s) vizinhos
02 (um de
Sim ou não 02
cada lado)

Espuma
Área a ser resfriada por
Tempo de Quantidade de câmaras asperores, hidrantes ou CM
Taxa de aplicação
aplicação de espuma

Distâncias
Entre costados Entre hidrantes ou CM Dos hidrantes ou CM dos costados

- Pressão da bomba Jockey ≥ 99kPa (10 mca) no ponto mais desfavorável)


- Pressão nos hidrantes mais desfavoráveis entre 520 kPa (53 mca) e 862
kPa (87 mca)
EM PLANTA
- Identificar os pontos de hidrantes, botoeira e a tubulação;
- Identificar o hidrante de recalque;
- Identificar os hidrantes mais desfavoráveis;
- Identificar o painel próximo a bomba de incêndio;
- Identificar a bomba de incêndio;
- Identificar a reserva técnica para incêndio;
- Constar o detalhe da sucção;
- Apresentar o isométrico;
- Mostrar o raio de cobertura por hidrante (opcional);
- Identificar os aspersores e canhões monitores;
- Identificar as câmaras de espuma;
- Identificar as bacias de contenção;
- Identificar as bacias mistas, se houver;
- Legenda de acordo com as normas.
3.17 SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Nível de proteção

Método utilizado – Franklin, esfera rolante ou condutores em malha/Faraday

Ângulo de proteção (método Franklin)

Raio da esfera rolante

Largura do módulo da malha e distância entre as mesmas se houver mais de uma.

Sistema isolado ou não

Distância entre o subsistema captor e a instalação do volume a proteger ≥ 2m (SPDA


isolado)

Utilização de captores naturais – espessura do elemento metálico não inferior a 0,5


mm

Tipo e diâmetro do condutor de descida e número de descidas

EM PLANTA
- Identificar a malha;
- Identificar os captores;
- Identificar os eletrodos de terra;
- Identificar os condutores de descida;
- Identificar as caixas de inspeção;
- Apresentar planta baixa e de corte;
- Legenda de acordo com as normas.
3.18 CENTRAL DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
Atualmente o estado de Mato Grosso faz uso de somente um tipo de gás
para as instalações prediais: Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Portanto, não será
abordado o Gás Natural (GN).
No memorial devem constar as seguintes informações:
- Capacidade e quantidade do(s) recipiente(s);
- Quanto à localização: de superfície, parcialmente enterrados ou
enterrados;
- Quanto ao formato: cilíndrico ou esférico;
- Quanto à posição: vertical ou horizontal;
- Quanto à fixação: fixos ou não-fixos;
- Quanto ao manuseio: transportáveis ou estacionários;
- Quanto ao abastecimento: trocáveis ou abastecidos no local;
- Distâncias mínimas de segurança;
- Localização da canalização da rede de distribuição: aparente, embutida ou
enterrada;
- Quantidade de extintores de Pó Químico Seco de acordo com a
capacidade total da central;
- A distância do extintor até a central, não superior a 10 m;
- Importante colocar que os recipientes estacionários com capacidade
individual superior a 10 m3 devem ser protegidas por rede fixa de água (hidrantes) e os
superiores a 20 m3 por sistema de nebulizadores ou aspersores neste último caso
pode-se adotar a NBR 17505 para o dimensionamento;
- TRRF das paredes do abrigo na qual está a central, mínimo de 2 horas;
- Se os recipientes forem localizados em área com possibilidade de acesso
ao público, deve ser protegida com cerca de tela, gradil, elementos vazados ou outro
material incombustível com altura mínima de 1,80 m e que não interfira na ventilação;
Logicamente, pelas características do GLP, os recipientes não podem ser
instalados em locais confinados como porões, garagens subterrâneas, forros, etc.;
Breve comentário: os cálculos de perda de carga, poder calorífico,
densidade, potências, velocidade da rede, fatores de simultaneidade, entre outros, não
fazem parte do projeto de combate a incêndio. São de responsabilidade técnica e legal
da ANP petróleo verificar esses dados. Pois dizem respeito ao consumo.
EM PLANTA
- Identificar a localização da central de gás;
- Identificar os afastamentos regulamentares;
- Identificar o local de abastecimento das divisas;
- Quando os botijões de 13 kg forem localizados dentro das unidades
residenciais, deve ser indicada sua localização para se poder avaliar as questões de
ventilação e segurança;
- Legenda de acordo com as normas.

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