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GEOGRAFIA FÍSICA I
NOÇÕES ESPACIAIS – ROSA-DOS-VENTOS
Pontos Subcolaterais:
# Norte-Nordeste (NNE)
# Norte-Noroeste (NNW)
# Sul-Sudeste (SSE)
# Sul-Sudoeste (SSW)
# Leste-Nordeste (ENE)
# Leste-Sudeste (ESE)
# Oeste-Noroeste (WNW)
# Oeste-Sudoeste (WSW)
Paralelos
Os paralelos são linhas imaginárias em forma de círculos, paralelos à Linha do Equador, que é o principal paralelo da
rede de coordenadas. Os paralelos possuem tamanhos diferentes, sendo que o Equador é o maior de todos (considerado um círculo
máximo, pois divide a Terra em dois hemisférios iguais). A partir da Linha do Equador é medida a latitude.
A latitude é a distância, medida em graus, do lugar considerado ao Equador. Todos os pontos que se encontram à mesma
distância do Equador estão no mesmo paralelo. Esta distância vai de 0º a 90º, tanto Norte quanto Sul.
Cálculo de Coordenadas Geográficas: Para determinar a localização de um ponto qualquer na superfície terrestre através de
mapas ou cartas, devemos verificar as coordenadas (longitude e latitude), definidas em graus, minutos e segundos, e ler estes
valores.
http://nautilus.fis.uc.pt/astro/hu/movi/images/imagem5.jpg
FUSO HORÁRIO
A velocidade das comunicações acabou impondo a necessidade de unificação da hora em todo o mundo. Para tanto, criou-se um
sistema de fusos horários, cujos princípios foram propostos em 1884 na Conferencia de Washington. Por esse sistema, o globo
terrestre foi dividido em 24 fusos horários, cada um deles equivalendo a uma hora ou 15º. Adotou-se como fuso de referência o de
Greenwich, responsável pela hora oficial mundial, ou gora GMT (Greenwich Meridian Time). Esse fuso é formado pela soma de
7,5º a leste e 7,5º a oeste do meridiano de 0º.
A Terra leva, aproximadamente, 24 horas (um dia) para completar seu movimento de rotação no sentido Oeste-Leste e,
portanto percorrer 360º.
Dividindo-se 360º por 24 horas obtém-se 15º logo, cada fuso equivale há 1 hora e a distância de 15º. Essa distância é o
tempo que o Sol demora para iluminar esta faixa de 15º da superfície terrestre. Assim sendo, o globo foi dividido em 24
fusos de 15º cada.
Todos os fusos apresentam horários definidos em relação a Greenwich (Gr.) e, como a Terra gira de Oeste para Leste, as
localidade a Leste estão sempre com horário adiantado em relação as que se encontram a Oeste de Greenwich.
FUSOS DO BRASIL
Dia=Noite
21/09 Equinócio Equador Outono Primavera Dia=Noite
REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA
A cartografia — a técnica e a arte de produzir mapas — é a linguagem da Geografia. Mapas físicos, políticos e temáticos
revelam os aspectos visíveis da paisagem ou as fronteiras políticas, espelham projetos de desenvolvimento regional ou contribuem
para organizar operações militares.
As tentativas de cartografar o espaço geográfico remontam aos povos antigos, que já registravam elementos da paisagem
e fixavam pontos de referência para seus deslocamentos e expedições. A cartografia se desenvolveu paralelamente ao comércio e
à guerra, acompanhando a aventura da humanidade. Atualmente, a produção de mapas emprega técnicas sofisticadas, baseadas nas
fotografias aéreas e em imagens obtidas por satélites de sensoriamento remoto. Mapas são fontes de saber e de poder.
Os mapas e cartas geográficas correspondem a instrumentos fundamentais da linguagem e da análise geográficas. Eles
têm uma função primordial: conhecimento, domínio e controle de um determinado território. Por isso, são fonte de informações
que interessam a quem tem poder político e econômico
Elementos de um mapa
A confecção de um mapa é uma tarefa de certa complexidade. Abrange um conjunto de operações que vão desde
os levantamentos no próprio terreno e a análise de documentação (fotos aéreas, por exemplo) até o estudo de expressões
gráficas (legendas etc.) e outros aspectos. Os mapas modernos são elaborados com o auxílio de instrumentos e recursos muito
avançados, tais como fotografias aéreas, satélites artificiais e computadores.
Os elementos de um mapa são: Escala, Projeções Cartográficas, Símbolos ou Convenções e Título.
SISTEMAS DE PROJEÇÃO
Os sistemas de projeções cartográficas foram desenvolvidos para dar uma solução ao problema da transferência de uma
imagem da superfície curva da esfera terrestre para um plano da carta, o que sempre vai acarretar deformações.
Os sistemas de projeções constituem-se de uma fórmula matemática que transforma as coordenadas geográficas, a partir
de uma superfície esférica (elipsoidal), em coordenadas planas, mantendo correspondência entre elas. O uso deste artifício
geométrico das projeções consegue reduzir as deformações, mas nunca eliminá-las.
Os tipos de propriedades geométricas que caracterizam as projeções cartográficas, em suas relações entre a esfera (Terra)
e um plano, que é o mapa, são:
a) Conformes – os ângulos são mantidos idênticos (na esfera e no plano) e as áreas são deformadas.
b) Equivalentes – quando as áreas apresentam-se idênticas e os ângulos deformados.
c) Afiláticas – quando as áreas e os ângulos apresentam-se deformados.
Prof. Marcos Bohrer 4
Geografia
CLASSIFICAÇÃO DOS MAPAS
3.1. Quanto à superfície de projeção:
Projeção Cilíndrica
Projeção Cônica
Projeção azimutal
ESCALA
Escala é a relação entre dois pontos quaisquer do mapa com a correspondente distância na superfície da Terra, ou seja, é a
razão entre a dimensão representada no mapa e sua correspondente no terreno. Traduzida, geralmente por uma fração, significa
que esta fração representa a relação entre as distâncias lineares da carta e as mesmas distâncias da natureza, ou melhor: é a fração
em que o numerador representa uma distância no mapa, e o denominador a distância correspondente no terreno, tantas vezes
maior, na realidade quanto indica o valor representado no denominador.
Cálculo da Escala
Informações Marginais
Legenda
A legenda é parte integrante de qualquer mapa. Ela é constituída de um conjunto de informações que, exibida em uma
das margens do mapa, auxiliará o usuário a ler, compreender, interpretar e julgar um determinado documento cartográfico.
Uma legenda constitui-se da apresentação de todas as convenções aplicadas no mapa e das informações complementares
para que essa leitura seja realizada, tais como:
tado ou Município.
Fragmentos das imagens que deram origem ao mapa podem também ser utilizados na legenda de alguns tipos de documentos
cartográficos, para mostrar como os elementos do terreno são representados nesses mapas.
Leitura de Mapas
A leitura de um documento cartográfico não é uma tarefa difícil embora exija do usuário atenção, principalmente quando
ele deseja extrair informações que não estão explicitadas por símbolos ou convenções.
Os documentos cartográficos em escala pequena, apresentando aspectos físicos do terreno, são os mapas mais simples de
serem lidos.
Mas todos os mapas tornam-se documentos de simples leitura desde que acompanhados de uma legenda, na qual esteja
explicitados todos os símbolos, cores e convenções empregadas para definir os elementos do terreno ou fenômenos mapeados.
A imagem de satélite e a fotografia aérea não possui esta facilidade, o que exige do usuário conhecimentos para sua
interpretação.
Outras convenções cartográficas, tais como símbolos, cores e figuras são encontradas na legenda dos mapas, sinalizando
temas de caráter geral ou específicos, de forma que o cartográfico possa ser lido e interpretado
CURVAS DE NÍVEL
Denominadas de isoípsas, são linhas que unem pontos de mesma altitude do relevo. O relevo submarino também é
representado de forma análoga, porém o processo de levantamento é o sonar (ultra-som) e as curvas de nível são denominadas
batimétricas.
A curva de nível constitui uma linha imaginária do terreno, em que todos os pontos de referida linha têm a mesma
altitude, acima ou abaixo de uma determinada superfície da referência, geralmente o nível médio do mar. Com a finalidade de ter
a leitura facilitada, adota-se o sistema de apresentar dentro de um mesmo intervalo altimétrico, determinadas curvas, mediante um
traço mais grosso. Tais curvas são chamadas "mestras", assim como as outras, denominam-se "intermediárias". Existem ainda as
curvas "auxiliares".
GEOGRAFIA HUMANA I
AGRICULTURA
“Cerca de 800 milhões de pessoas passam fome no mundo, a maioria na África e na Ásia. O problema continuará existindo
enquanto a tecnologia, o capital e as elevadas produções de alimentos estiverem concentrados em países ricos e bem alimentados.
Muito pouco sobrará para a multidão de famintos, excluídos das técnicas, das melhores formas de cultivo, e conseqüentemente, do
alimento que os salvará da miséria.”
Jacques Diouf - Relatório sobre a fome no mundo 2002 – FAO / ONU
Minifúndio: Corresponde a toda propriedade inferior ao módulo fixado para a região em que se localiza e para o tipo de exploração
que nela ocorre. Os minifúndios possuem quase sempre menos de 50 hectares de extensão, embora sua média seja de 20 hectares. Eles
correspondem atualmente a cerca de 72% do total dos imóveis rurais do país, embora ocupem apenas cerca de 12% da área total
desses imóveis.
Latifúndio por dimensão: São todas as propriedades agrárias com área superior a 600 vezes o módulo rural. Os latifúndios por
dimensão correspondem, nas estatísticas oficiais, a menos de 0,1% do número total de imóveis rurais, abrangendo uma área
equivalente a cerca de 5% da superfície total ocupada pelas propriedades fundiárias. Sua área média situa-se um pouco acima de 100
mil hectares. Esses dados estatísticos, porém, talvez não sejam exatamente corretos, já que um proprietário pode dividir sua terra
demasiadamente grande em vários imóveis, deixando, assim, de ser classificado como latifúndio por dimensão.
Latifúndio por exploração: Corresponde aos imóveis de até 600 módulos rurais, onde a terra é mantida inexplorada, com fins
especulativos, ou então é explorada de forma deficiente e inadequada. Sua área média é de 350 hectares, abrange cerca de 23% do
número total de imóveis e equivale a aproximadamente 73% da área total das propriedades agrárias do país.
Empresa rural: São os imóveis explorados de forma econômica e racional, com uma área que, no máximo, chega a 600 módulos
rurais. Essas empresas abrangem cerca de 5% do número total de imóveis e uma área equivalente a quase 10% da superfície total
ocupada pelas propriedades agrárias no Brasil. A área média dessas empresas rurais é de 221 hectares.
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Geografia
Arrendatários: São aqueles que arrendam ou “alugam” a terra e pagam ao proprietário em dinheiro. Quando
são pequenos arrendatários – a maioria –, pouco diferem da situação dos parceiros: recebem uma baixa remuneração e trabalham com
a família. Quando são grandes arrendatários, muitas vezes possuem empregados e um padrão de vida mais elevado.
Assalariados Permanentes: São os empregados que recebem salários e normalmente trabalham para grandes proprietários de terras.
Eles representavam, em 1985, menos de 2 milhões de pessoas, o que equivalia a 10% da mão-de-obra rural do país. Como se vê, a
relação de trabalho tipicamente capitalista é ainda minoritária no meio rural do Brasil..
Assalariados Temporários: São empregados pelas grandes fazendas apenas em épocas de maior necessidade de mão-de-obra,
principalmente na colheita. Eles somavam mais de 4 milhões de pessoas em 1985 – o equivalente a quase 25% da mão-de-obra
empregada na agropecuária –, mas seu número cresce a cada dia. Podem ser divididos em duas categorias: os pequenos proprietários,
posseiros ou parceiros, que se empregam fora de suas terras em alguns meses durante o ano por não conseguirem garantir seu sustento
apenas com o minifúndio; e os volantes ou bóias-frias, que são trabalhadores rurais que vivem migrando de uma região para outra em
busca de serviço. Estes últimos vêm adquirindo a cada ano maior importância na força de trabalho agrária do país.
Industrialização
É a atividade econômica do setor secundário que transforma matéria prima em bens ou mercadorias.
Tipos de Indústrias:
Extrativa: retira os recursos da natureza. Ex.: extração de minérios.
Beneficiamento: processa/modifica/beneficia um produto primário para que possa ser utilizado ou consumido. Ex.:
Petroquímica
Construção: utiliza diferentes matérias-primas/produtos para criar novos produtos.
Transformação: engloba todas as atividades de reelaboração de uma matéria-prima qualquer, empregado sistemas com
diferentes graus de sofisticação. Ou seja, ela elabora produtos para satisfazer tanto as indústrias quanto as pessoas,
consumidores finais. Ela pode ser:
*Bens de Produção: fabrica para outras indústrias e ainda pode ser classificada de mais duas maneiras:
- Base: produzem matérias-primas para outras indústrias. Ex.: cimento
- Bens de Capital: produzem equipamentos para as outras indústrias, tais como motores, máquinas e etc.
*Bens de Consumo: fabrica para o consumidor final (população). Os bens de consumo podem ser duráveis ou não-
duráveis.
-Bens Duráveis: são bens que não se esgotam no ato da utilização. Ex.: automóveis, eletrodomésticos.
-Bens Não-Duráveis: são bens que se esgotam no ato da utilização. Ex.: Alimentos, bebidas.
Fatores Responsáveis pela Localização Industrial
1. Mão-de-Obra barata ou qualificada;
2. Flexibilidade das leis trabalhistas;
3. Mercado consumidor;
4. Disponibilidade de matérias-primas, energia, transporte, comunicação e abastecimento de água;
5. Isenção ou vantagens fiscais.
Globalização
Podemos definir a globalização como um processo de integração de economias e mercados nacionais que ainda está em curso. Ela implica a
interdependência não só de um fluxo monetário e de mercadorias como também a interdependência de pessoas, além da uniformização de
padrões que está ocorrendo em todo mundo também na esfera social e cultural.
Através do processo colonialista, a humanidade acelerou os contatos de troca de informações, de técnicas, culturas e,
principalmente, de expansão do capitalismo e da integração de mercados mundiais. Assim, esta multiplicação dos espaços de lucro (domínio
de mercados locais de investimentos e fontes de matérias-primas) conduziu o mundo à globalização.
Apesar de ser um progresso relativamente antigo, apenas na década de 1990 ele se impôs como um fenômeno de dimensão
realmente “planetária”, através dos Estados Unidos e da Inglaterra.
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Geografia
O papel do desenvolvimento das técnicas da globalização
A partir da substituição da manufatura pela maquinofatura na Primeira Revolução Industrial, muitos outros avanços
tecnológicos trouxeram transformações ao mundo, iniciando a fase da Terceira Revolução Industrial ou Informacional (segunda metade do
século XX).
Os avanços técnico-científicos dessa Terceira Revolução Industrial (informática, cabos de fibra óptica, telecomunicações,
robótica e outros) e a difusão da rede de informação reforçaram o processo de globalização. Eles reduziram os espaços de tempo, não só na
esfera econômica (mercados) como também na rede de comunicações, nos hábitos, nos padrões culturais e nos padrões de consumo.
O papel do capital na economia globalizada
Com a ampliação da rede financeira pelo mundo, o capital adquiriu uma maior mobilidade.
Até a década de 70, a maior parte do capital de circulação era o chamado capital produtivo, ou seja, investimentos de longo
prazo aplicados na instalação de unidades produtivas (construção de fábricas, vias de circulação, usinas hidrelétricas).
Nos dias de hoje, cada vez mais se torna mais visível o capital especulativo, denominado também de capital volátil. Ele é
destinado à obtenção de lucros a partir da compra e venda de ações e de moedas conforme variam seus valores.
As transnacionais
As transnacionais são as empresas que expandiram suas atividades muito além das fronteiras de seu país de origem, tornando-
se assim as unidades econômicas típicas do processo de globalização.
Através da dominação da tecnologia moderna e com filiais em diversos países, passaram a controlar a economia mundial.
Essas empresas ultrapassam cada vez mais a esfera dos países nos quais se instalam, exercendo um poder político sobre eles e
acelerando a internacionalização da economia.
Pensamento Liberal
Na Europa do século XVII surgiu a doutrina conhecida como liberalismo econômico, defendendo que o Estado deveria garantir
a propriedade privada e a livre concorrência.
Com a globalização surgiu o neoliberalismo, teoria que propõe limitar a intervenção do Estado e discutir a vida econômica do
país com políticas de desregulamentação dos mercados, privatizações e equilíbrio fiscal.
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