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(Merleau-Ponty)
Pressupostos iniciais...
O termo “fenômeno” era usada pelo filósofo alemão Immanuel Kant
(1724-1804) como a realidade que se mostra para a nossa consciência. Ele
fazia uma distinção entre o fenômeno e a coisa em si.
A maneira como uma situação aparece para cada pessoa, o modo como é
vivenciado por cada indivíduo, que agrega suas próprias significações e
avaliações é fenômeno.
Fenômeno não é o mesmo que fato, por exemplo, um carro bate num ônibus
(fato), o significado deste evento para cada pessoa é um fenômeno, de modo
que terá um significado para as pessoas que estavam dentro do carro, outro
para as pessoas que estavam no ônibus, e outro para as pessoas que
passavam na rua.
O que é Consciência?
Para a fenomenologia, a consciência é intencional, pois toda consciência é
consciência de algo, ou seja, um ato que visa um objeto, um fato, uma ideia.
Por visar algo ou um objeto específico, com a consciência não temos apenas
as coisas e os objetos materiais que aparecem, mas todas as vivências que
envolvem as coisas que aparecem à consciência. A consciência não se torna
as coisas, mas dá significação a elas, permanecendo diferente delas.
Quando olhamos para uma mesa, temos a consciência dela enquanto mesa
percebida, não há duas vivências isoladas (a ideia de mesa e a percepção
dela). As percepções acontecem na relação entre o ser e a coisa percebida, a
consciência e a coisa não são duas entidades separadas, mas acontecem em
correlação.
(Wilhelm Dilthey)
Franz Brentano (1838-1917)
Filósofo alemão.
Franz Brentano
Franz Brentano foi um dos principais teóricos da psicologia no início da
psicologia científica. Ele acreditava que há profundas diferenças entre os
eventos físicos e os fenômenos psíquicos. Segundo ele, há intencionalidade
nos fenômenos psíquicos, um modo de percepção original e imediato.
Seu interesse não era buscar os ideais de coisas ou suposições sobre elas,
mas perceber como se mostra, colocando em parênteses os julgamentos e
concepções prévias sobre o que era observado. Segundo ele, não nos
encontramos primeiramente com os dados para depois perceber as coisas,
mas nos encontramos com os fenômenos, tal como eles se apresentam a nós.
Sua análise sobre a existência recebe o nome de Dasein, que significa “ser aí”,
no alemão. Neste sentido, o ser não é algo que possui uma consciência
isolada do mundo, mas um ser que está no mundo que estabelece valores e
significados por meio de sua relação com o mundo que habita.
Neste sentido, sua intenção não é partir das coisas objetivas como procede a
ciência, mas deixar de lado qualquer teoria anterior sobre as coisas, para que
se possa permitir ver as coisas como nos aparecem em seu pleno sentido.
Tudo o que vemos, é visto com um estado de ânimo, e eles abrem para nós
significados existenciais e não meramente lógicos das coisas e situações. As
emoções falam de coisas diferentes e, às vezes, até contraditórias em
relação àquelas que pensamos, elas revelam o nosso efetivo envolvimento e
de nossa situação no mundo. As emoções não atrapalham nossa informação
a respeito do mundo, pelo contrário, as coisas são o que são para nós por
meio das emoções que nos envolvemos a elas.
Deste modo, não se busca impor à existência uma estrutura teórica alheia,
mas deixar que ela mesma se manifeste, se faça fenômeno. Por essa ótica, o
que se mostra não são problemas ou disfunções, mas modos de ser de
acordo como cada existência se estrutura. Não se privilegia um modo (sano)
sobre outro (enfermo), mas se consideram os modos específicos de ser.
“
“A filosofia busca tornar a
existência transparente a ela
mesma.”
(Karl Jaspers)
por Bruno Carrasco
Psicoterapeuta existencial, que valoriza cada pessoa em seu modo de ser
singular, promovendo o autoconhecimento e autonomia para lidar com as
dificuldades que atravessa, ampliando suas possibilidades de ser e de
escolher sua própria vida.
Mais informações:
sereconviver.com
fb.com/sereconviverpg
Referências Bibliográficas
“Para uma História das Psicologias e Psicoterapias Fenomenológico
Existenciais”, Afonso Fonseca.