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POLÍTICA DE PREVENÇÃO A LAVAGEM DE DINHEIRO E

FINANCIAMENTO AO TERRORISMO

PATRIMONO GESTÃO DE RECURSOS LTDA.

Aprovada em 05/07/2017

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1) INTRODUÇÃO – OBJETIVO E ABRANGÊNCIA

A Política de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao


Terrorismo (“Política”) tem como principais objetivos:

 Estabelecer orientações, definições e procedimentos, para prevenir e


detectar operações ou transações que apresentem características atípicas,
para combater os crimes de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens,
direitos e valores, bem como identificar e acompanhar as operações
realizadas com pessoas politicamente expostas, visando sempre a integridade
da Patrimono Gestão de Recursos Ltda. (“Patrimono” ou “Gestora”);

 Determinar a estrutura organizacional reforçando o compromisso da


Gestora em cumprir as leis e regulamentos no Combate à Lavagem de
Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo, identificar produtos, serviços e áreas
que podem ser vulneráveis à atividade de lavagem de dinheiro, definir
atividades e países sensíveis à lavagem de dinheiro, bem como identificar
movimentações atípicas que possam caracterizar o indício deste crime;

 Enfatizar a importância de conhecer os clientes e Colaboradores, bem


como a notificação de atividades suspeitas;

 Determinar atividades de monitoramento de operações e


procedimentos de comunicação ao COAF; e

 Definir Programa de Treinamento dos Colaboradores.

A Política dispõe sobre as normas e procedimentos a serem observados no


Programa de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e Ocultação de
Bens, Direitos e Valores, e de Prevenção do Sistema Financeiro e
financiamento do terrorismo para os ilícitos de que trata a Lei nº 9.613/1998 e
demais normativos sobre o tema.

A implementação da presente Política ocorre por meio da aprovação da


Diretoria e as regras nela previstas são aplicáveis a todos os Colaboradores.

Entende-se por Colaboradores, todos os funcionários, gerentes, diretores e


estagiários que tenham vínculos empregatícios ou estatutários, diretos ou
indiretos, com a Patrimono.

Quando do desenvolvimento de novos produtos e serviços, o Comitê deverá


contemplar as questões abordadas nesta Política.

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A Patrimono visa a cooperar plenamente com os órgãos governamentais no
sentido de detectar, prevenir e combater as atividades relacionadas à
Lavagem de Dinheiro, a fim de não ser utilizada inadvertidamente, na
qualidade de instituição financeira, como intermediária em algum processo
tendente à Lavagem de Dinheiro.

2) DEFINIÇÕES

2.1) Siglas

PLDFT – Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo


KYC – Know your Cliente ou Conheça seu Cliente
KYP – Know your Partner ou Conheça seu Parceiro
KYE – Know your Employee ou Conheça seu Funcionário
COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras
ICVM – Instrução da Comissão de Valores Mobiliários
BACEN – Banco Central do Brasil
PME – Pessoa de Monitoramento Especial
PEP – Politically Exposed Person ou Pessoa Politicamente Exposta

2.2) Termos Técnicos

Onboarding – conjunto de processos e procedimentos adotados que visam a


mitigação do risco da Gestora ser meio de lavagem de dinheiro.

Suitability – o dever de verificação da adequação dos produtos, serviços e


operações ao perfil do cliente.

3) CONCEITO

Lavagem de Dinheiro é o processo pelo qual recursos originados de


atividades ilegais são transformados em ativos de origem aparentemente
legal. Essa prática geralmente envolve múltiplas transações, usadas para
ocultar a origem dos recursos financeiros e permitir que eles sejam utilizados
de forma a aparentar ter origem lícita.

Os responsáveis por esta operação fazem com que os valores obtidos por meio
das atividades ilícitas e criminosas (como o tráfico de drogas, corrupção,
comércio de armas, prostituição, crimes de colarinho branco, terrorismo,
extorsão, fraude fiscal, entre outros) sejam dissimulados ou escondidos,
aparecendo como resultado de operações comerciais legais e que possam

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ser absorvidas pelo sistema financeiro, naturalmente.

O processo de Lavagem de Dinheiro é composto por três fases:

(i) Colocação: ingresso no sistema financeiro de recursos provenientes de


atividade ilícitas, por meio de depósitos, compra de instrumentos financeiros ou
compra de bens. Nesta fase, é comum a utilização de instituições financeiras
para a introdução de recursos obtidos ilicitamente;

(ii) Ocultação: execução de múltiplas operações financeiras com os recursos


já ingressados no sistema financeiro, visando a ocultação dos recursos
ilegais, por meio de transações complexas e em grande número para
dificultar o rastreamento, monitoramento e identificação da fonte ilegal do
dinheiro;

(iii) Integração: incorporação formal do dinheiro no sistema econômico, por


meio de investimento no mercado de capitais, imobiliário, obras de arte, entre
outros.

Financiamento ao Terrorismo pode ser definido como a reunião de fundos ou


de capital para a realização de atividades terroristas. Esses fundos podem ter
origem legal - como doações, ganho de atividades econômicas lícitas
diversas - ou ilegal - como as procedentes de atividades criminais (crime
organizado, fraudes, contrabando, extorsões, sequestros, etc.).

4) REGULAMENTAÇÃO

O arcabouço normativo brasileiro do Programa de Prevenção à Lavagem


de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo (“PLDFT”) está em consonância
com a legislação internacional, sendo o Brasil signatário dos principais
compromissos internacionais com relação ao tema.

A principal norma disciplinadora do mercado financeiro no que tange ao


assunto é a Lei nº 9.613/98, que dispõe sobre os crimes de lavagem ou
ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema
financeiro no cometimento de tais práticas e que instituiu o COAF – Conselho
de Controle de Atividades Financeiras. O referido normativo sofreu recente
alteração pela Lei 12.683/12 que trouxe importantes avanços ao combate as
práticas de prevenção dos crimes previstos.

Outra grande disposição norteadora das sociedades gestoras de recursos


é a ICVM 301/9, e posteriores alterações, que dispõe sobre a

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identificação, cadastro, registro, operações, comunicação, limites e
responsabilidade administrativa referente aos crimes de lavagem ou
ocultação de bens, direitos e valores.

Além dos normativos acima destacados, a Patrimono baseia seu


programa de PLDFT, nas seguintes regulamentações:

 BACEN Carta-Circular nº 2826/98 - Divulga relação de operações e


situações que podem configurar indício de ocorrência do crime de lavagem de
dinheiro, e estabelece procedimentos para sua comunicação ao Banco Central
do Brasil;

 BACEN Circular nº 3461/09- Dispõe sobre os procedimentos a


serem adotados na prevenção e combate às atividades relacionadas com
os crimes previstos na Lei nº 9.613/98;

 BACEN Carta-Circular nº 3430/10- Esclarece aspectos relacionados


à prevenção e combate às atividades relacionadas com os crimes previstos
na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, tratados na Circular nº 3.461, de 24 de
julho de 2009;

 BACEN Carta Circular 3542/12 – Divulga relação de operações e


situações que podem configurar indícios de ocorrência dos crimes previstos na
Lei nº 9613/98;

 BACEN Carta Circular 3342/08 - Dispõe sobre a comunicação de


movimentações financeiras ligadas ao terrorismo e ao seu financiamento; e

 Normas emitidas pelo COAF – Conselho de Controle de Atividades


Financeiras.

5) RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES

Todos os Colaboradores notadamente dentro de suas correspondentes


atividades têm funções e responsabilidade relacionadas ao Programa de
PLDFT.

As posições adiante apontadas são identificadas como tendo funções e


responsabilidade diretas pelo Programa de PLDFT.

5.1) Diretoria (Diretor Geral / Diretor de Compliance e Controles


Internos / Diretor ICVM 301)

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A direção da política de PLDFT será conduzida pelo Diretor responsável
pelo Compliance da Patrimono (“Diretor PLDFT”).

A Patrimono será responsável por assegurar que o programa receba


suporte adequado. A responsabilidade efetiva pelo cumprimento das
disposições desta Política cabe ao responsável da correspondente área.

Cabe, ainda, ao referido Diretor P L D F T determinar as diretrizes


institucionais com base em valores e princípios estabelecidos na presente
Política, nas normas de controles internos da Gestora, nas normas
emanadas dos órgãos e entidades de regulação e autorregulação,
ademais das melhores práticas aplicáveis.

5.2) Equipe de Análise PLDFT.

O Diretor de PLDFT designará Colaboradores, integrantes da área de


Compliance da Gestora, para auxiliar no monitoramento e avaliação de
casos de indícios de lavagem de dinheiro que poderão ser objeto de
comunicação ao COAF e realizar a ratificação das ocorrências
comunicadas.

O Comitê deverá ainda deliberar sobre os procedimentos de PLDFT em


andamento e recomendar ações mitigatórias de risco que assegurem a
correta realização das atividades da Gestora.

5.3) Competências específicas relacionadas à PLDFT:

5.3.1) Diretor PLDFT

 Responsável por gerir e controlar os procedimentos desta Política;


 Supervisionar o cumprimento das normas referentes ao Plano
de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo;
 Observar os padrões éticos na condução dos negócios, no
estabelecimento e na manutenção de relacionamento com os Clientes;
 Atualizar as informações contidas neste manual, com fundamento
na legislação e normas aplicáveis, e quando solicitado pelo Comitê de
PLDFT;
 Revisar, no mínimo, anualmente a Política ou sempre que ocorrerem
fatos relevantes apontados pela auditoria interna e externa;
 Monitorar diariamente ocorrências sobre operações atípicas /
suspeitas comunicadas à Gestão;

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 Disponibilizar o acesso deste material a todos os Colaboradores da
Patrimono;
 Realizar verificações internas anualmente, a fim de garantir o
cumprimento das políticas;
 Efetuar as comunicações ao COAF - Conselho de Controle de
Atividades Financeiras;
 Incluir nas atas de reuniões do Comitê de PLDFT o relatório de
operações atípicas / suspeitas (se houver);
 Analisar novos produtos e serviços, a fim de identificar
vulnerabilidades sob a ótica de prevenção à lavagem de dinheiro;
 Criar programas de treinamento que abordem os requisitos do
Programa de PLDFT;

5.3.2) Rotinas de monitoramento de PLDFT

O principal objetivo é identificar e analisar operações que possam ser


classificadas como atípicas ou que possam representar fortes indícios de
lavagem de dinheiro, em atendimento às disposições previstas pelo Banco
Central e Comissão de Valores Mobiliários, em especial o art. 6º da ICVM
301/99.

Dentre os parâmetros analisados, estão:

1. Cliente com Investimento incompatível a capacidade financeira;


2. Cliente com Investimentos incompatíveis ao patrimônio;
3. Cliente sem fonte de renda e patrimônio declarado;
4. Cliente, titular ou procurador com endereço em cidade de fronteira;
5. Cliente, titular ou procurador residente em pais identificado na lista
restritiva;
6. Mudança atípica de titulares;
7. Operação com produto financeiro atípico para perfil do cliente;
8. Operação com produto não existente no histórico de operação do cliente;
9. Operação realizada incompatível com a idade do cliente;
10. Oscilação significativa no valor de operações realizadas;
11. Pessoa ou empresa identificada em lista restritiva;
12. Pessoa ou empresa identificada na lista de PEPs;
13. Quantidade atípica de múltiplas entradas, seguidas de saída no mesmo
dia;
14. Quantidade atípica de ordens entre as mesmas partes;
15. Volume de transações incompatível com perfil de cliente;
16. Volume financeiro movimentado incompatível com perfil do cliente; e
17. Volume financeiro movimento no mês incompatível com perfil de cliente.

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Adicionalmente, a Equipe de PLDFT ficará incumbida das seguintes
responsabilidades:

 Encarregar-se de comunicar aos Colaboradores eventos e tendências


referentes à prevenção e combate à lavagem de dinheiro, contemplando,
inclusive, mudanças nas políticas e procedimentos;
 Realizar testes de conformidade, identificando os pontos de
inconsistências e recomendando respectivos planos de ação;
 Processar e acompanhar os relatórios de acompanhamento de
transações suspeitas;
 Preparar e manter registro dos relatórios de transações tidas como
suspeitas.
 Informar ao Gestor de Compliance sobre atividades atípicas;
 Efetuar testes periódicos, por amostragem, de cadastros;
 Certificar-se de que todos os Colaboradores receberam treinamentos
adequados quanto Programa de PLDFT;
 Manter registro e controle das comunicações feitas aos órgãos
reguladores e entidades autorreguladoras.

5.4) Área de Cadastro

Responsável por realizar a análise dos documentos cadastrais, verificando a


adequação e regularidade da documentação dos clientes, bem como pela
manutenção da atualização dos dados e documentos cadastrais.

5.5) Demais Colaboradores

Devem reportar, de imediato, ao Compliance, toda e qualquer proposta,


situação ou operação considerada atípica ou suspeita e guardar sigilo sobre o
reporte efetuado, cuidando para que não seja dado conhecimento ao Cliente
ou ao envolvido sobre a ocorrência ou situação a ele relacionada.

5.6) Recursos Humanos

Responsável por adotar os controles quanto ao conhecimento dos


Colaboradores no início de suas atividades na Gestora, bem como certificar-se
de que todos os Colaboradores fizeram o treinamento anual do Programa de
PLDFT.

5.7) Tecnologia da Informação

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Responsável por garantir que os sistemas da Gestora estejam
adequadamente em funcionamento, garantindo a resolução de eventuais
falhas no menor tempo de resposta possível.

6) AÇÕES DE PREVENÇÃO

Todo o procedimento de identificação e monitoramento de atividades ligadas à


prevenção de lavagem de dinheiro tem início no cadastro de clientes.
Portanto, para garantir o cumprimento das práticas sólidas de administração
de risco, as atividades do cliente devem ser revisadas periodicamente com a
atualização das informações cadastrais em conformidade com as normas
emanadas dos órgãos reguladores e autorreguladores.

Dentre as medidas adotadas para combater e prevenir o fluxo de eventuais


transações ilícitas, destacam-se:

 Procedimentos de “Conheça Seu Cliente”, “Conheça Seu


Funcionário” e “Conheça Seu Parceiro”, listados nesta Política;
 Investimentos em Treinamento de Pessoal;
 Investimentos em ferramentas de controle e monitoramento de
PLDFT, que permitem a detecção de operações atípicas; e
 Procedimentos de consulta prévia à área de PLDFT, por parte
dos Gerentes Comerciais, sobre clientes novos e/ou operações novas.

A comunicação entre a área de PLDFT e a Diretoria e/ou Comitê de


Compliance /PLDFT da Patrimono é feita de forma dinâmica, no sentido de
acelerar processos decisórios, principalmente se houver em pauta, situações
mencionadas nos dois últimos tópicos acima.

Conforme estabelecido nesta Política, a Patrimono não desenvolve


relacionamento com “Bancos de Fachada”, nem com clientes que não
possuam um endereço permanente ou realizem atividades em um país sob
sanções econômicas ou outras sanções relevantes por organismos nacionais
ou internacionais reconhecidos.

Com o objetivo de garantir a eficácia e a aplicação da seguinte política, fica


estabelecido, desde já, que qualquer tipo de contato com agentes públicos,
seja por correspondência eletrônica, conferências telefônicas ou reuniões
presenciais, dependerá de prévia autorização do Diretor de Compliance. Para
isso, deverão ser reunidos todos os principais assuntos que serão tratados
entre as partes e a identificação das mesmas. Não obstante, nenhuma reunião
poderá ocorrer sem a presença de, pelo menos, 2 (dois) Colaboradores da
Patrimono.

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A Gestora também não estabelece negócios com pessoas físicas e/ou
jurídicas que tenham comprovado envolvimento em fraudes e crimes
financeiros, nem com pessoas físicas ou jurídicas cuja identificação não
possa ser confirmada, ou que forneçam informações incompletas, falsas ou
inconsistentes.

As ferramentas de monitoramento oferecem à Patrimono pleno controle de


suas atividades, permitindo que quaisquer operações suspeitas possam ser
prontamente analisadas para a devida comunicação aos órgãos competentes
e atendimento da legislação em vigor.

6.1) Know Your Client (KYC) – Conheça seu Cliente

Trata-se de recomendação do Comitê de Basiléia em que as instituições


financeiras devem estabelecer um conjunto de regras e procedimentos
internos com o objetivo de conhecer seu cliente, buscando identificar e
conhecer a origem e a constituição do patrimônio e dos recursos
financeiros dos clientes.

Como forma de atender a essa recomendação a Patrimono estabelece, no


processo de aceitação do Cliente, não manter vínculo com pessoas que
apresentem qualquer indício de relacionamento com atividades de natureza
criminosa, especialmente aquelas supostamente vinculadas ao narcotráfico,
terrorismo ou crime organizado, que tenham negócios cuja natureza
impossibilite a verificação da legitimidade das atividades ou da procedência
dos recursos movimentados ou recusam-se a fornecer informações ou
documentos solicitados.

Conhecer o próprio cliente é um elemento critico na administração de riscos e


a adequação de uma Política a respeito auxilia a proteger a reputação e a
integridade das instituições e do mercado financeiro, sendo essencial que os
Colaboradores da Patrimono obtenham conhecimento suficiente sobre os
clientes, de forma a garantir a negociação transparente com pessoas físicas,
jurídicas e quaisquer outras instituições de caráter idôneo, financeiras ou não
financeiras.

Em conformidade com as boas práticas de mercado, e em atendimento aos


regulamentos internos do mercado financeiro, a Gestora realiza diversos
procedimentos relacionados ao processo de KYC, que contempla
procedimentos e políticas internas relacionadas à aceitação e cadastramento
de clientes que são praticados por todas as áreas geradoras de riscos da
Patrimono.

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6.1.1) Cadastro – “Onboarding”

Antes de iniciar suas operações com a Patrimono, o Cliente deverá fornecer


todas as informações cadastrais solicitadas, mediante o preenchimento,
assinatura e a entrega de documentos como: a) Ficha Cadastral e Contrato
de Intermediação; b) contratos aplicáveis de acordo com produtos, e/ou
serviços contratados; e c) cópias de documentos cadastrais comprobatórios,
tais quais, mas não se limitando a: identidade, CPF e comprovante de
residência e demais documentos pertinentes, a critério da Gestora.

As fichas cadastrais dos Clientes ativos devem ser atualizadas em períodos


não superiores a 24 (vinte e quatro) meses, e dependem de formalização
escrita ou eletrônica por parte do Cliente.

Todos os clientes são sobmetidos à listas restritivas a fim de identificar seu


envolvimento com quaisquer tipos de crimes de lavagem de dinheiro.

A lista restritiva é atualizada mensalmente. A cada atualização da lista,


toda a base de clientes é verificada automaticamente com base na nova lista.
Caso algum nome retorne com identificação positiva, o sistema de
monitoramento gerará ocorrência para análise do Compliance.

6.1.2) Formalização do KYC

Os procedimentos de KYC exigem a identificação adequada de cada


Cliente prevendo a verificação da origem de recursos e do patrimônio do
Cliente;

No início do relacionamento, toda a documentação cadastral deverá ser


adequadamente formalizada e analisada pela área de Cadastro.

Os Clientes que ingressam na Gestora por meio do site da Patrimono


adicionalmente aos procedimentos de Onboarding, são contatados por
meio telefônico pela área de Atendimento para confirmação de seu
Cadastro, diretamente ou através de seu assessor autorizado, devendo
fornecer a s informações relevantes de seu relacionamento para envio
posterior à área de Cadastro.

Na impossibilidade de realização desses procedimentos, o cadastro do


Cliente não será finalizado, sendo impedido seu ingresso na Gestora.

Qualquer situação de atipicidade no comportamento operacional do cliente

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quando identificado pelo assessor responsável deverá ser comunicada
imediatamente à área de Compliance.

6.2) Know Your Partner (KYP) – Conheça seu Parceiro

A seleção de clientes da Patrimono será sempre organizada de forma


imparcial e transparente, através de critérios técnicos, profissionais e éticos
que impossibilitem contratações pautadas na defesa de interesses pessoais.

Em uma avaliação prévia dos clientes, o Diretor de Compliance promoverá


checagens reputacionais sobre as empresas, bem como serão checadas
informações desabonadoras que possam constar em listas restritivas
disponibilizadas nos sistemas de prevenção à lavagem de dinheiro. Para este
efeito, o Diretor de Compliance adotará políticas próprias de checagens e
verificações com relação a tais parceiros.

A Patrimono tem como princípio sempre que realizar contratações,


operações diretas, negociar ativos ilíquidos ou realizar transações em
mercados ilíquidos identificar a contraparte, com o intuito de prevenir
que esta utilize a instituição gestora e/ou os fundos de investimento ou
carteiras geridas para atividades ilegais ou impróprias.

Faz-se importante saber que mesmo operações com ativos e valores


mobiliários admitidos a negociação em mercados regulamentados de
bolsa ou de balcão, a exemplo das mencionadas abaixo, deverão ser
objeto de monitoramento de contrapartes pela Patrimono, na forma da
presente Política:

 Ofertas públicas iniciais e secundárias de valores mobiliários,


registradas de acordo com as normas emitidas pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM);
 Ofertas públicas de esforços restritos, dispensadas de registro de
acordo com as normas emitidas pela CVM;
 Ativos e valores mobiliários admitidos à negociação em bolsas de
valores, de mercadorias e futuros, ou registrados em sistema de
registro, custódia ou de liquidação financeira, devidamente
autorizados em seus países de origem e supervisionados por
autoridade local reconhecida; e
 Ativos e valores mobiliários de mesma natureza econômica
daqueles acima listados, quando negociados no exterior, e cuja
aquisição por parte das carteiras administradas pela Patrimono
seja admitida na forma da regulação aplicável.
:
o

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O processo de análise de contrapartes da Patrimono está inserido
dentro do âmbito das obrigações da gestora, devendo ser averiguada
as seguintes questões:

 Estabelecer a identidade de cada contraparte;


 Conhecer a atividade da contraparte;
 Conhecer a origem do patrimônio da contraparte; e
 Averiguar a origem e destino dos recursos movimentados pela
contraparte.

A Patrimono entende que para prevenir de maneira eficaz a lavagem


de dinheiro é necessária a avaliação do risco oferecido por suas
contrapartes, antes da efetiva transação do negócio. No auxilio a essa
averiguação, a Patrimono poderá se utilizar de um Questionário de
Due Diligence próprio, ou até mesmo efetuar visitas de diligência, de
forma a assegurar que os parceiros comerciais possuam práticas
adequadas de prevenção à lavagem de dinheiro.

Neste sentido, todo relacionamento da Patrimono com qualquer cliente será


precedido de contrato por escrito, nos termos e condições previamente
aprovados pelos Departamentos Jurídicos e pelo Diretor de Compliance da
Patrimono. Também, todo tipo de remuneração adequada, comissão ou
honorário, será efetuada exclusivamente pela Tesouraria da Patrimono em
observância a este contrato.

Uma vez formalizado o vínculo entre a Patrimono e seu cliente, caberá ao


Diretor de Compliance analisá-lo periodicamente com o fim de garantir que o
cliente se mantém apto e autorizado a atuar anexo à Patrimono.

6.3) Know Your Employee (KYE) – Conheça Seu Funcionário

A Patrimono adota uma postura rígida na contratação de seus


Colaboradores.

Antes do ingresso na empresa os candidatos serão entrevistados pela


Diretoria. Requisitos ligados à reputação no mercado e perfil serão
avaliados, bem como os antecedentes profissionais do candidato.

7) CONTROLE E MONITORAMENTO DAS OPERAÇÕES

7.1) Processo de Diligência Reforçada – Pessoas com


Monitoramento Especial (PME)

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Os Colaboradores devem efetuar análise especial em relação aos clientes
identificados como de alta sensibilidade, sendo estes classificados:

(i) Pessoas Politicamente Expostas;

(ii) Pessoas citadas em veículos de comunicação ou outras mídias por


envolvimentos em atividades criminais;

(iii) Lotéricas, bingos e outras empresas ligadas a jogos;

(iv) Empresas de fomento mercantil, agências de turismo, igrejas,


templos ou outras entidades religiosas, ONGs;

(v) Clientes que residam ou estejam sediados no exterior, em municípios


brasileiros de fronteira e na tríplice fronteira de Foz do Iguaçu;

(vi) Pessoas provenientes de paraísos fiscais e países sensíveis, devido


à fragilidade do ambiente regulatório, do nível de corrupção e dos controles na
prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro;

(vii) Clientes que residam, estejam sediados ou mantenham relacionamentos


com países de tributação favorecida (paraísos fiscais).

7.1.1) Pessoas Politicamente Expostas (ICVM 301/99)

São consideradas pessoas politicamente expostas [PEPs] aquelas pessoas


que desempenham ou tenham desempenhado, nos últimos 5 (cinco) anos,
cargos, empregos ou funções públicas relevantes, no Brasil ou em outros
países, territórios e dependências estrangeiros, assim como seus
representantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento próximo.

O cliente, no inicio do relacionamento com a Patrimono, deve autodeclarar


sua situação como pessoa politicamente exposta. Adicionalmente, a
Patrimono dispõe de lista de PEPs, elaborada por empresa privada. A
consulta é realizada automaticamente na entrada do Cliente na Gestora e no
mínimo anualmente para os demais Clientes. Dessa maneira, mesmo que o
cliente não declare ser PEP no cadastro, será inserido no monitoramento
especial.

7.1.2) Jurisdições que merecem especial atenção

De acordo com GAFI e os órgãos reguladores internos, há países que

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merecem especial atenção por não possuírem arcabouço legislativo e
regulatório adequados no tocante à prevenção e ao combate à lavagem de
dinheiro, o que torna tais locais mais propensos à prática de lavagem de
dinheiro.

O objetivo da Gestora não é inibir negócios legítimos nas jurisdições


identificadas, e, tampouco, encerrar de forma injustificada o relacionamento,
mas avaliar o risco inerente à relação com clientes que tenham origem em
ditas localidades. Com efeito, as operações e/ou negociações realizadas por
tais clientes terão especial atenção quanto ao monitoramento pela área de
Compliance.

7.1.3) Paraísos Fiscais

São considerados paraísos fiscais os países com tributação favorecida ou que


oponham sigilo relativo à composição societária de pessoas jurídicas. As
operações e/ou negociações realizadas por tais clientes terão especial
atenção quanto ao monitoramento pela área de Compliance.

8) TRATAMENTO DAS OCORRÊNCIAS E COMUNICAÇÃO AOS


ORGÃOS COMPETENTES

Para o gerenciamento das ocorrências e tratamento dos indícios de


lavagem de dinheiro, a Patrimono adotará sistemas e ferramentas de
prevenção à lavagem de dinheiro disponíveis no mercado e/ou fornecidas
pelo Administrador Fiduciário contratado, capaz de detectar e gerar
ocorrências relacionadas às operações dos clientes com base nas
situações previstas na Instrução CVM 301/99 e alterações posteriores e
Carta-Circular 3.542/12 do Banco Central do Brasil.

Adicionalmente, a Gestora promoverá acompanhamento de alguns


procedimentos específicos, onde a área de Risco realizará controles
adicionais por meio de planilhas automatizadas em Excel.

Uma vez gerada a ocorrência, caberá ao Compliance analisar o cadastro,


as operações e transações do cliente. Verificada a necessidade, o
Compliance poderá solicitar diversas providências tais como, a atualização
cadastral e o pedido de esclarecimento ao assessor do cliente, ou
diretamente a este.

Somente após decorrido todos os prazos para regularização de eventual


situação em não conformidade ou se, após todas as análises, o indício de

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ocorrência de crimes de PLDFT se confirmar, deverá ser reportado
relatório sobre o caso ao Diretor de Compliance, que deliberará pela
comunicação ou não ao COAF.

9) TREINAMENTO

Em que pese a Gestora conduzir seus negócios em conformidade com os


mais elevados padrões éticos, com observância da legislação, normas e
regulamentos relativos às instituições financeiras no que tange à prevenção e
combate à lavagem de dinheiro, não se pode negar a possibilidade
compreensível de que nem sempre é possível determinar se uma transação
se origina ou faz parte de uma atividade criminosa. Com efeito, de forma a
mitigar tal ocorrência, a Gestora confere, dentro do Programa de PLDFT,
especial atenção ao treinamento de seus Colaboradores de forma a que
exerçam suas atividades de acordo com os princípios elementares adiante
destacados.

A Patrimono dispõe de programa de treinamento de Prevenção à


Lavagem de Dinheiro, com a finalidade de estabelecer canal informativo aos
Colaboradores sobre o tema e sobre a Política de PLDFT, que deverá ser
conferido aos Colaboradores e membros da Diretoria anualmente e a sua
realização é mandatória por parte de toda a Gestora.

Para o grupo de pessoas identificadas como tendo funções e


responsabilidade diretas pelo Programa de PLDFT é conferido treinamento
in-loco por profissionais devidamente qualificados, desenvolvido em
conformidade com as melhores práticas de mercado. Ao final do curso, são
aplicadas provas presenciais para avaliação do aprendizado e emitidos
certificados quando atingida a nota mínima exigida.

Deverá ser mantido registro de todos os Colaboradores e Diretores que


receberam treinamento do Programa de PLDFT.

10) DISPOSIÇÕES GERAIS

A presente Política de PLDFT trata-se de documento de uso interno, podendo


em determinados casos ser disponibilizado a terceiros mediante a aprovação
do Compliance, devendo o envio se dar, exclusivamente, por meio físico ou
por meio digital em formato “PDF” devidamente protegido.

10.1) Manutenção de Informações e Registros

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Os documentos relativos às operações, incluindo as gravações e
documentos cadastrais devem ser arquivados pelo período mínimo de 5
(cinco) anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da última
transação realizada pelo cliente.

As informações relacionadas a registro de transferência de recursos deverão


ser arquivadas pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos.

10.2) Ciência dos Colaboradores

Os Colaboradores declaram-se cientes de que a Gestora pode monitorar


quaisquer atividades por eles desenvolvidas com o intuito de identificar casos
suspeitos ou em desconformidade com a presente Política e demais
documentos e normas aplicáveis.

10.3) Denúncias

Todo Colaborador deverá informar ao Diretor de Compliance sempre que


perceber ou suspeitar de medidas corruptas ou qualquer atividade ilegal que
esteja sendo gerida no âmbito corporativo. Para tal, será disponibilizado canal
de denúncias via internet para que seja garantido anonimato. A partir daí, o
Diretor encarregado dessas demandas tomará as devidas medidas
especulatórias a fim de alcançar a veracidade das informações.

10.4) Atualização da Política de PLDFT

A atualização da presente Política é realizada anualmente e de


responsabilidade do Compliance, devendo prever a conformidade com as
mudanças e inovações legais e institucionais.

Periodicamente, a Patrimono poderá publicar políticas e normas adicionais,


complementares e/ou atualizações, devendo ser conferida a necessária
divulgação aos Colaboradores.

10.5) Infrações

A infração da presente Política de PLDFT e demais normas dará ensejo à


ação disciplinar, devendo a penalidade a ser aplicada observar a
gravidade da infração, a hipótese de reincidência, podendo culminar em
rescisão por justa causa do contrato de trabalho ou motivada em caso de
contrato de outra natureza.

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Os Colaboradores não receberão ação disciplinar em face de esforços
razoáveis e adequados em reportar comportamentos impróprios. Entretanto,
aquele que relatar própria atitude indevida, ou ainda omitir comportamento
alheio, não será eximido de responsabilidade.

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