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Nome: Stefanny da Silva Siqueira Matrícula: 20152104241

Disciplina: Brasil II

Tema: Transferência da Família Real para o Brasil: acaso ou projeto colonizador


Nº opção: Opção 2: uso de livros didáticos sobre o tema

Segundo o livro Conexões com a História, destinado para alunos do segundo ano
do ensino médio, Alexandre Alves e Letícia Fagundes de Oliveira com a ascensão
de Napoleão Bonaparte após a Revolução Francesa, iniciou-se a expansão de
domínio e influência da França pela Europa.

Na primeira década do século XIX, a França já era uma grande potência militar e
havia dominado quase todo o Mediterrâneo. Em novembro de 1806 foi decretado o
Bloqueio Continental, por esse decreto, a maioria dos países europeus estavam
obrigados a fechar seus portos ao comércio inglês. O objetivo de Napoleão era
impor uma derrota à Inglaterra por vias econômicas, uma vez que os franceses
sabiam que seria difícil vencer a poderosa marinha inglesa.

A França forçava a aderência dos países europeus ao Bloqueio Continental. A


Espanha tentava resistir ao domínio francês. O Bloqueio Continental deixou Portugal
em uma situação política delicada, além de antigos parceiros comerciais e aliados
dos ingleses, os portugueses acumulavam muitas dividas junto à Inglaterra, em
contra partida, eles não tinham a menor chance contra as tropas francesas e ambos
aumentaram as pressões sobre Portugal. A França assinou um tratado com a
Espanha prevendo a divisão do território português entre os dois países. Já a
Inglaterra mobilizou uma forte armada perto de Lisboa e exigiu que Portugal
tomasse uma decisão.

Na época, o reino português era governado pelo príncipe regente D. João [sua mãe,
D. Maria I, sofria de doença mental] e junto com seu gabinete, decidiu por não
atender às exigências de Napoleão e aliar-se à Inglaterra. A intenção era evitar que
a Coroa portuguesa fosse tomada por Napoleão, que em 1807, enviou tropas para
invadir Portugal. Foi decidido transferir a Corte com urgência para o Brasil, sob a
proteção de uma esquadra inglesa e que em troca dessa proteção, foi acordado que
apenas a Inglaterra ofertaria produtos industrializados.

Então, em 29 de novembro de 1807, a família real, a nobreza portuguesa, seus


criados, religiosos importantes, oficiais militares e suas respectivas famílias, num
total de 11 mil pessoas, embarcaram rumo ao Brasil, portando toda a riqueza que
puderam carregar, além de animais e mantimentos. As embarcações navegaram
carregadas e superlotadas, prejudicando o conforto e deteriorando as condições
sanitárias e de higiene.

Em 22 de janeiro de 1808, metade da frota se separou, devido a uma intensa


tempestade, D. João aportou na Bahia, onde permaneceu em meio à festas até o
início de março, quando foi para o Rio de Janeiro, que tornou-se sede do governo
português.

Neste cenário, uma das primeiras medidas tomadas pelo governo de D. João, após
sua chegada ao Brasil, assinado enquanto ainda estava em Salvador, foi a criação
do decreto de 28 de janeiro de 1808, que determinava a abertura dos portos do
Brasil com qualquer nação amiga. Com essa iniciativa, o Brasil passava a fazer
comércio como uma nação independente e o monopólio português deixava de
existir.

Além da abertura dos portos em 1808, D. João assinou os tratados de Comércio e


Navegação e de Aliança e Amizade em 1810, que por pressão da Inglaterra,
estabelecia tarifas preferenciais aos ingleses em 15%, contra 16% para os produtos
portugueses e 24% para os demais países. E também que os súditos de Portugal e
estrangeiros pudessem exportar para qualquer porto quaisquer mercadorias (menos
pau-brasil e diamante) pagando os devidos impostos.

Essas medidas impulsionaram o comércio e em 1815, o Brasil foi elevado a


categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves. O Brasil tornou-se, então, um reino,
um território de estatura política equivalente à de Portugal.

Conclui-se que, dentro do cenário político e econômico da época, a vinda ou fuga da


família real portuguesa para o Brasil, deu-se em um contexto de conflitos e
revoluções na Europa e que por esse motivo, é difícil se falar apenas em acasos ou
apenas em projetos. Esse acontecimento específico não foi casualidade, mas
também não foi iniciativa de D. João, tudo deu-se em detrimento de outros
acontecimentos. O príncipe regente e seu gabinete ponderaram o melhor para a
Coroa, visto que Napoleão invadiria Portugal. O Brasil se apresentou como uma
ótima saída para a corte, o que fez mudar todo o sistema que havia na colônia,
inclusive o mais importante deles, que era o monopólio do comercio que a
metrópole tinha sobre a colônia e que no final, tornou o Brasil mais importante que
Portugal.

ALVES, Alexandre. OLIVEIRA, Letícia Fagundes de. Conexões com a História. São
Paulo: Moderna, 2010.

VAINFAS, Ronaldo. FARIA, Sheila de Castro. FERREIRA, Jorge. SANTOS,


Georgina dos. História 2. São Paulo: Saraiva, 2013.

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