Вы находитесь на странице: 1из 36

Aprender a ler:

Dos sons às letras

Fernanda Leopoldina P. Viana


Universidade do Minho
fviana@iec.uminho.pt
Leitura:

PÁ-TÓ (para PATO) PAU (para RUA)


RUA ( para RIO)
J: “Não gosto de ler, gosto mais de
escrever… ”

Escrita:
SAPATO ) eiap ANEL ) iea
J: Agora vou escrever BOTA…. é parecido
com sapato ) eip
J: E também sei escrever ÃO. É A, O, TIL…
) ÃO
Ex: E CÃO? Sabes escrever? Sei: ) aei
Fernanda Leopoldina Viana, 2007 2
Escrita:
Ex: E João? Sabes escrever João?
J: Também sei. É o meu nome. ) JOÃO

Ex: E seu tapar este pedacinho (JO) o que é


que fica?
J: As minhas pernas!
Ex: E se eu tapar este pedacinho (ÃO) o que
é que fica?
J: O meu corpo!

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 3


Escrita:

Ex: Que letras é que sabes escrever?


J: Sei muitas… Hoje aprendi o “fe…”
Ex: Eu chamo-me Fernanda… Achas que essa
letra entra no meu nome?
J: Não, porque esse nome é muito difícil de
escrever e muito grande….

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 4



J: Tens um Nokia como eu…
Ex: Pois tenho… Olha, na palavra Nokia
ouves algum i?
J: Não (depois de olhar para o telemóvel)
Ex: E em cadeira? Ouves algum i?
J: Não.
Ex: Sabes escrever a letra i?
J: Sei. É assim…. Com uma pintinha… i

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 5


O que é ler num sistema alfabético?

descodificar
LEITURA
compreender

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 6


Como funciona o sistema alfabético?
- representa a fala ao nível do fonema
- cada fonema é representado por um ou mais
grafemas
- a ordem temporal da fala é representada por
uma ordem espacial-sequencial ortográfica

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 7


Ler num sistema alfabético implica:

- conhecimentos sobre letras/grafemas e o


modo como representam os fonemas

- consciência fonémica

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 8


Consciência fonológica

Consciência fonémica

A primeira refere-se à capacidade de focar a


atenção em todas as unidades de som,
incluindo a consciência de palavra, da sílaba e
do fonema.
A consciência fonémica refere-se à capacidade
de focar a atenção nas unidades mínimas: os
fonemas. É, por isso, uma sub-habilidade da
consciência fonológica.
Fernanda Leopoldina Viana, 2007 9
O que nos tem mostrado a investigação
sobre leitura:

“A descoberta de uma forte relação


entre a consciência fonológica das
crianças e os seus progressos na
aprendizagem da leitura é um dos
grandes sucessos da psicologia
moderna”
(Goswami & Bryant, 1990)

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 10


O que nos tem mostrado a investigação
sobre leitura:

“..a especificação do papel do


processamento fonológico nas fases
iniciais da aprendizagem da leitura é
uma das mais notáveis histórias de
sucesso científico da década passada”.
(Stanovich, 1991)

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 11


O que nos tem mostrado a investigação
sobre leitura:

“...talvez a mais importante conclusão


sobre os défices em leitura é a de que
eles são tipicamente causados por uma
dificuldade em processar os aspectos
fonológicos da linguagem”.
(Torgesen, 1999)

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 12


Devido ao facto de a análise de fonemas
ocorrer abaixo do nível de atenção consciente,
as crianças devem ser ensinadas a prestar
atenção ao nível fonémico da fala para
aprender um sistema de escrita alfabético.

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 13


Correlações entre níveis de consciência
fonológica e aprendizagem da leitura

Programas de Treino da Consciência


fonológica antes do ensino formal da
leitura e da escrita.

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 14


Exemplos de actividades para o
desenvolvimento da consciência fonológica

- Dividir o nome próprio em pedacinhos


- Dar palavras em pedacinhos e pedir à criança
que a descubra
- Descobrir o primeiro pedacinho de uma
palavra
- Descobrir, de entre um conjunto de palavras,
as que começam como RRRosa
- Descobrir, de entre um conjunto de palavras,
a “intrusa” relativamente ao som inicial.

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 15


Programas de Treino
v
Sugestões de trabalho
(Martins & Niza,1998).
Melhor Falar para Melhor Ler
(Viana, 2000, 2002)
Vamos juntar letras e fazer palavras
(Pinto, 2002)
Desenvolvimento de Competências
Linguísticas em Jardim de Infância
(Lopes & col., 2006)

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 16


Programas de Treino

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 17


Fernanda Leopoldina Viana, 2007 18
Fernanda Leopoldina Viana, 2007 19
Fernanda Leopoldina Viana, 2007 20
Fernanda Leopoldina Viana, 2007 21
Principal risco dos programas de treino:

- Efeitos não generalizáveis à leitura se


não forem desenvolvidos em contexto
de leitura e e de escrita.

- Serem desenvolvidos de forma


“mecânica”, e confundindo plano gráfico
com plano fónico.

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 22


Programas de Treino
Descobrir palavras que começam pelo mesmo
som-letra que a palavra alvo, que se encontra
dentro do rectângulo.

Lopes & col., 2006

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 23


Apesar de muita coisa já ter mudado ao nível da
sensibilização dos Educadores de Infância para
o papel da Consciência fonológica, o que se
passa ao nível do ensino da leitura?

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 24


Como os fonemas são difíceis de ensinar,
porque são co-articulados e difíceis de separar….

….. Começa-se pelas letras.

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 25


Da letra para o som…. Porque…

O nome das letras contém o som que a letra


apresenta.

Os fonemas são abstractos e breves, enquanto


as letras são concretas e visíveis.

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 26


Todavia não é claro, nem está provado, que as
letras sejam mais concretas para as crianças do
que os sons da sua própria fala.

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 27


Da letra para o som?

Do som para a letra?

Serão grandes as diferenças?

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 28


Apesar das aparências, as diferenças são muitas
e substanciais.

A lógica da letra para o som (fónica visual)


bloqueia a compreensão “de onde vem esse
som”, a compreensão de que os sons são a base
do código.

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 29


Treiman & Tincoff (1997) defendem que aprender
o nome das letras (Dê, tê, cê….) foca a atenção
na sílaba e não no fonema, bloqueando a
compreensão conceptual do modo como o
alfabeto funciona.

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 30


Os resultados de “letra primeiro” são evidentes
no caso do João.

Sei escrever ão – é A, O, Til…

mas não é capaz de perceber que este som faz


parte do seu nome…

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 31


Fernanda Leopoldina Viana, 2007 32
Conclusões da investigação:

A prática em ouvir unidades de som do sistema de


escrita, aprender as correspondências entre essas
unidades e os signos gráficos que as representam,
e imaginar como as unidades de relacionam para
formar palavras são os elementos essenciais de
um ensino de leitura eficaz.
Quanto mais essas habilidades forem praticadas
pelos olhos, pelos ouvidos e pelas mãos, melhor.

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 33


1. De início nenhum nome de letra, ou nomes
inventados.
2. Orientação som-para-escrita. Fonemas, não
letras, são a base do código.
3. Ensinar as crianças a identificar e a
sequenciar sons em palavras reais por
segmentação e aglutinação, usando letras.
4. Nenhuma palavra inteira (excepto palavras de
alta frequência com soletrações raras).

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 34


5. Ensinar a criança a escrever cada letra,
integrando a escrita em cada lição
6. Vincular escrita, soletração e leitura para
garantir que as crianças aprendam que o
alfabeto é um código, e que o código funciona
em ambas as direcções:
codificação/descodificação
(Adaptado de MacGuiness, 2005)

Fernanda Leopoldina Viana, 2007 35


Fernanda Leopoldina Viana, 2007 36

Вам также может понравиться