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Didático
1a edição
Lavras/MG – 2015
Ficha Catalográfica preparada pela Divisão de Processos Técnicos
da Biblioteca Central da UFLA
REVISÃO TÉCNICA
André Luiz Zambalde
DESIGNER INSTRUCIONAL
Kátia Cilene Amaral Uchôa
Este documento foi produzido em LATEX, a partir de classe desenvolvida pela equipe do curso,
utilizando-se fontes Bookman no texto e Avant Garde nos títulos. Os títulos dos capítulos foram
produzidos com a fonte CBGreek. As caixas foram produzidas com o auxílio do pacote tcolorbox,
sendo que as imagens utilizadas nessas caixas (Atividade, Saiba Mais, Para Discussão, etc.) foram
adaptadas de imagens disponibilizadas gratuitamente na Openclipart. Para referências conforme
normas da ABNT, foi utilizado o pacote ABNTEX2. O arquivo pdf gerado foi produzido para possibi-
litar impressão frente-e-verso, portanto, é natural existirem páginas pares em branco.
Dedico este trabalho aos meus amores, Cassia e Fernanda.
Apresentação do Guia de Estudos
Caro cursista, em primeiro lugar, parabéns por chegar até aqui, nesta última dis-
ciplina do curso de especialização em Produção de Material Didático Utilizando o
Linux Educacional. Com um pouco mais de esforço e perseverança você vai conse-
guir finalizar esta disciplina, que explora e desenvolve o tema Validação de Material
Didático. E finalizar o seu curso de especialização com sucesso.
A partir da leitura e estudo da primeira unidade deste guia você vai aprender
como planejar o uso ou aplicação de um dado material didático em sala de aula.
Serão apresentadas técnicas, métodos e estratégias estudadas anteriormente, em
outras disciplinas e guias de estudos, mas, com foco no planejamento de uso ou
aplicação de matérias didáticos digitais à processos de ensino em sala de aula.
Na segunda unidade será apresentado um método que pode ser utilizado
para validação de material didático: antes, durante ou após a aplicação deste ma-
terial em sala de aula. Para uma melhor contextualização serão utilizados ao longo
deste guia exemplos de matérias didáticos digitais. Em especial, serão apresenta-
das aplicações de materiais didáticos do Software Linux Educacional, que também
foi apresentado em disciplinas e guias de estudos anteriores, ao logo deste curso
de especialização.
Por fim, na Unidade 3, será apresentado uma aplicação didática do mé-
todo apresentado na Unidade 2 para exemplificar a validação de material didático.
Sendo assim, caro discente, organize-se, fique atendo e seja curioso, participe com
entusiasmo das atividades propostas no AVA. E, sempre que possível, pesquise em
materiais complementares os temas relacionados a Validação de Material Didático
para ampliar seu conhecimento a respeito. Dessa forma, você estará assumindo
uma postura proativa e criará o seu aprendizado. Bons estudos!
Sumário
A Apêndice 61
A.1 Classificação de Software Educacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
A.2 Formulário de Inspeção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Lista de Figuras
Os ícones a seguir foram utilizados para melhor direcioná-lo no estudo deste guia.
Atividade
Aponta uma atividade que você deve realizar. Quando este ícone
aparecer, fique atento: ele indica que é a sua vez de fazer, de cumprir
alguma atividade, inclusive no ambiente virtual do curso.
Para Discussão
Apresenta uma ideia formulada para ser posteriormente discutida
com os demais participantes do curso.
Exemplo
Disponibiliza um ou mais exemplos para melhor esclarecer o con-
teúdo.
Importante!
Aponta uma observação importante, orientando o leitor a prestar
mais atenção à informação destacada.
Pesquise
Indica a necessidade de fazer pesquisas, buscando informações adi-
cionais sobre o tema abordado
Para Refletir
Orienta a necessidade de fazer uma pausa e pensar sobre o assunto
abordado para responder a algum questionamento.
Saiba Mais
Indicação de material ou leituras adicionais para aprofundamento
teórico ou prático
Síntese
Apresenta um resumo dos principais assuntos abordados no tópico
ou unidade.
Sobre o Autor
Objetivos da Unidade:
Nesta unidade são abordados os principais funda-
mentos sobre planejamento e gestão de projetos di-
recionados para a aplicação material didático digi-
tal em sala de aula.
Conteúdos Abordados:
• Planejamento de projetos;
• Gestão de projetos;
Importante!
Essas etapas são genéricas e podem ser adaptadas e aplicadas para
diversos tipos de planejamento, como, por exemplo, no planejamento
de aplicação de um dado material didático digital em sala de aula.
Contudo, a maior parte delas é extremamente útil para a maioria
das situações.
Saiba Mais
GCompris a é uma suite de aplicações educacionais que compreende
numerosas atividades para crianças de idade entre 2 e 10 anos. Al-
gumas das atividades são de orientação lúdica, mas sempre com um
caráter educacional. Abaixo você encontra uma lista de categorias,
com algumas das atividades disponíveis em cada uma delas.
Exemplo
Suponha uma situação em que o professor observe que os alunos
estão apresentando dificuldades na aprendizagem dos conceitos de
soma e valor com dinheiro, quando estes conceitos estão sendo apli-
cados por meio de materiais didáticos tradicionais. Uma alternativa
seria o ensino destes conceitos com o GCompris, que possibilitaria
ao professor desenvolver as habilidades e conhecimentos desejados
com uma abordagem diferente, utilizando um recurso de tecnologia
da informação, que pode atrair a atenção dos alunos e auxiliar no
processo de aprendizagem.
Exemplo
O GCompris, por exemplo, é perfeitamente aplicável ao ensino dos
conceitos matemáticos de soma e valor com dinheiro para crianças
de 2 a 10 anos e é importante estabelecer quais conteúdos podem
ser abordados indiretamente nesta aplicação, com a finalidade de
guiar o processo de utilização deste material didático. Podem ser
adotados conteúdos complementares para treinamento e ambienta-
ção dos alunos com o Linux Educacional e o GCompris, por meio da
utilização de manuais. Pode ser observado que este tipo de conteúdo
é fundamental para o sucesso da aplicação das atividades de ensino
via GCompris.
Exemplo
No caso da aplicação do GCompris para ensino dos conceitos de
soma e valor com dinheiro, o professor pode criar um roteiro para
ter uma ideia inicial de como será o resultado desta aplicação. Neste
roteiro, pode ser registrado o que precisa ser feito antes da aplicação,
durante e após. Dessa forma, o professor terá uma boa visão de to-
dos os acontecimentos previamente à aplicação do material didático,
além de um guia para se orientar no processo de aplicação. Tam-
bém pode ser criado um cronograma em que constem as principais
atividades ou tarefas, os responsáveis por executar as atividades e
as datas para execução destas atividades, a fim de controlar, princi-
palmente, os prazos envolvidos na aplicação do GCompris.
1.2. Planejamento para Aplicação de Material Didático 7
Exemplo
Para o exemplo de aplicação do GCompris, deve ser verificado se há
um laboratório de informática disponível e se é possível instalar este
software nos computadores deste laboratório. Além disso, é interes-
santes observar se será necessário a presença de monitores durante
a aplicação das atividades no GCompris. Estes monitores podem au-
xiliar os professores, esclarecendo dúvidas de alunos. É importante,
também, prover um treinamento ao aluno antes da aplicação, caso
ele não esteja ambientado com o Linux Educacional e o GCompris.
Exemplo
Utilizando o exemplo de aplicação do GCompris, o professor deve es-
tar atento para a diversidade de estratégias de aplicação deste ma-
terial didático. Como visto, o GCompris possui mais de 100 tipos
de atividades, que podem ser aplicadas em momentos diferentes do
processo de ensino. Além disso, há a recomendação para que es-
tas atividades sejam aplicadas de maneira organizada, sequencial e
paulatinamente. Dessa forma, as habilidades e conhecimentos dos
alunos serão pouco a pouco despertados. Observa-se, nesta etapa,
uma série de cuidados que precisam ser observados para garantir o
sucesso na execução do projeto de aplicação de um dado material
didático em sala de aula. Cabe ressaltar, aqui, que estes cuidados
podem variar para os diferentes tipos de projeto.
Exemplo
Estabelecer a forma de como será a aplicação do GCompris em sala
de aula irá permitir refletir sobre quais os recursos que deverão estar
disponíveis nessa aplicação, bem como suas principais característi-
cas. Por outro lado, é importante planejar uma forma de avaliar
o resultado após uso desta aplicação, permitindo corrigir eventu-
ais desvios do processo na próxima oportunidade em que uma nova
aplicação do GCompris for ser utilizada em sala de aula.
Exemplo
No caso da aplicação do GCompris para ensino de conceitos ma-
temáticos de soma e valor com dinheiro, por exemplo, a criação
detalhada de um roteiro pode ser essencial para o bom desenvol-
vimento desta aplicação, além da criação de um cronograma para
controlar os prazos deste projeto e garantir sua realização dentro do
tempo planejado. Deve ser percebido que o planejamento do pro-
cesso de aplicação de um determinado material didático em sala de
aula, como o GCompris, tem, como principal objetivo, evitar con-
tratempos durante o desenvolvimento e aplicação desse recurso de
Tecnologia da Informação. Esta situação é aplicável a qualquer ou-
tro tipo de projeto. Além disso, o planejamento incorpora um grau
de profissionalismo ao projeto, sendo que, quanto maior o profissi-
onalismo que se pretenda ter na aplicação do material didático em
sala de aula, maior deve ser a atenção dada ao planejamento desse
processo.
Atividade 1
Selecione algum material didático digital do Linux Educacional e in-
forme como poderia ser realizado o planejamento da aplicação deste
material em sala de aula.
Para Refletir
• O que é um projeto segundo o PMBOK?
Para Discussão
Avalie, com seus colegas, no fórum da disciplina, como as áreas de
conhecimento do PMBOK podem ser utilizadas para um projeto de
aplicação de material didático do Linux Educacional em sala de aula.
Os outros três produtos apresentados são aplicativos desktop, isto é, rodam di-
retamente na máquina onde forem instalados. Cabe ressaltar que o OpenProj e o
GanttProject são aplicativos Java que rodam em qualquer sistema operacional que
possua a máquina virtual instalada. Com isso, é possível rodar esses aplicativos
no Linux Educacional, Windows e MacOSX, entre outros sistemas. O Planner, por
outro lado é uma aplicação nativa do Linux, mas que possui versão também para
Windows. Por fim, é importante ressaltar que as aplicações citadas possuem bom
suporte para o português em seus menus e diálogos.
Há ainda as ferramentas Internet para apoio ao planejamento e gestão de
projetos, dentre as quais pode-se citar as ferramentas de groupware do Google,
que podem ser utilizadas para apoio a processos de comunicação e formalização
de documentos (textos, desenhos e planilhas) de um projeto. Além do Gqueues,
Creately, Gantter, Trello, entre outras. Entretanto, não serão aprofundados os
conhecimentos sobre as ferramentas citadas até aqui, pois se trata de um tema
que foge ao escopo deste guia de estudos.
Atividade 2
Elabore um cronograma simplificado para um projeto de aplicação
do material didático digital do Linux Educacional, selecionado na
Atividade 1. Utilize o arquivo disponibilizado no ambiente virtual
chamado cronograma.odt
Objetivos da Unidade:
Nesta unidade são abordados os principais funda-
mentos sobre análise e avaliação da aplicação de
material didático digital em sala de aula.
Conteúdos Abordados:
• Após aplicação, a fim de verificar o grau de satisfação e/ou eficácia, bem como
o impacto que o material provocou.
nal (GAMEZ, 1998), que, segundo (ARAÚJO; FERREIRA; MELCHIORI, 2014), pode
ser utilizado para avaliação antes, durante e após o uso de um material didático
digital. Para uma melhor contextualização, o método TICESE será apresentado
utilizando-se, também, o exemplo de aplicação do Software GCompris, aplicativo
do Linux Educacional que pode ser utilizado para o ensino dos conceitos matemá-
ticos de soma e valor.
Importante!
O método TICESE pode ser utilizado para avaliação antes, durante
e após o uso de um material didático digital. Este guia utiliza este
método, mas existem vários outros métodos e critérios para realizar
esta avaliação e que já foram apresentados em outros modulos deste
curso. a
Nesta fase, é importante que a equipe de avaliadores faça uma leitura prévia do
método TICESE, o que implica em:
Figura 2.1: Exemplo de checklist com questões, respostas e pesos – Fonte: (GAMEZ, 1998)
A partir dos resultados alcançados até aqui, há ainda outros cálculos a se-
rem realizados para se chegar aos resultados da avaliação do critério ‘Condução’
de um dado software. Segundo (GAMEZ, 1998), para o exemplo do checklist da
Figura 2.1, chegou-se a um resultado em que a média final para o critério ‘Condu-
ção’ foi de 57%. Entretanto, não serão aprofundados os conhecimentos sobre como
2.2. Método TICESE para Avaliação de Material Didático Digital 25
Síntese
Para aplicar o método TICESE, a equipe de avaliadores precisa:
Importante!
• Os questionários para aplicação do método TICESE estão no
Formulário de Inspeção, Anexo A.2 deste documento.
– Exercício e Prática;
– Simuladores;
– Tutorial;
– Tutorial Inteligente;
– Jogos educativos;
– Hipertexto/Hipermídia e Informativos.
Cada uma destas classes de software tem características próprias, que po-
dem ser observadas no Apêndice A.1. Estas características diferenciam uma
classe de outra e, em razão disso, o software precisa ser classificado e ava-
liado levando em consideração as características de sua classe. O Apêndice
28 Validação de Material Didático
Para Discussão
Considerando as características do software GCompris estudadas
na Unidade 1, discuta no ambiente virtual qual a classificação mais
adequada para o GCompris a
• Exercício e Prática;
• Simuladores;
• Tutorial;
• Tutorial Inteligente;
• Jogos educativos;
• Hipertexto/Hipermídia e Informativos.
a Veja o Apêndice A.1 desta unidade.
Todas estas características precisam ser apresentadas sob uma interface que
possibilite ao usuário interagir amigavelmente com o software. Dessa forma, o
usuário consegue concentrar sua atenção somente nos objetivos pedagógicos
que precisam ser alcançados.
A estrutura do módulo de avaliação do método TICESE, apresentada na Fi-
gura 2.3, subdivide-se, inicialmente, nos critérios “Avaliação da Documen-
tação” e “Avaliação do Produto”. A próxima seção aborda a Avaliação da
Documentação, que contempla os seguintes critérios: Dados de Identifica-
ção, Presteza, Consistência, Qualidade da Informação Impressa, Legibilidade
e Significado dos Códigos e Denominações. E, a seção seguinte, aborda a
avaliação do Produto de software.
• Dados de Identificação
Definição: Este critério refere-se ao grau de completude dos dados de
identificação do software. Por exemplo, ao avaliar o GCompris, deve ser ques-
tionado se é possível identificar os pré-requisitos técnicos e pedagógicos, bem
como os objetivos pedagógicos deste software, tanto na documentação im-
pressa quanto naquela sugerida para acesso através da Internet. As questões
relacionadas a este critério estão no Apêndice A.2 (Formulário de Inspeção - II
- Módulo de Avaliação), nas tabelas ‘Identificação do Produto’, ‘Identificação
dos Pré-Requisitos Técnicos’, ‘Identificação dos Pré-Requisitos Pedagógicos’
e ‘Identificação dos Objetivos Pedagógicos’. No caso do GCompris, algumas
questões a serem avaliadas são: O produto apresenta assistência técnica?; A
documentação e a versão online do produto trazem a descrição dos objetivos
gerais e específicos a que se destinam o software?
2.2. Método TICESE para Avaliação de Material Didático Digital 31
• Presteza
• Legibilidade
• Agrupamento de Itens
objetos (imagens, textos, comandos, etc.) que são apresentados nesta inter-
face. Os usuários do software poderão perceber os diferentes itens ou grupos
de itens e aprender suas relações mais facilmente se, por um lado, eles forem
apresentados de uma maneira organizada, como, por exemplo, por ordem
alfabética, segundo a frequência de uso, etc. O agrupamento de itens relaci-
onados leva a uma melhor condução do software por parte dos usuários.
• Densidade Informacional
Definição: Este critério diz respeito à carga de trabalho do usuário de um
ponto de vista perceptivo e cognitivo, em função do conjunto total de itens de
informação que lhe é apresentada em um software como o GCompris. Então,
a qualidade dos manuais de orientação pedagógica, dos manuais do usuário,
das informações contidas nas embalagens e fichas de descrição do software
deve ser inspecionada, tendo como principal ponto de referência a sua capaci-
dade em orientar o usuário no tratamento das informações apresentadas. As
questões relacionadas a este critério estão estão no Apêndice A.2 (Formulário
de Inspeção - II - Módulo de Avaliação), na tabela ‘Documentação - Densi-
dade Informacional’. No caso do GCompris, uma questão a ser avaliada, é se
as informações estão bem distribuídas na documentação e evitam poluição
visual.
Justificativa: A informação apresentada deve permitir ao usuário ler e
compreender facilmente os conteúdos e orientar adequadamente a busca de
informações ou a resolução de problemas. A tarefa de leitura de informações
é dificultada quando a densidade de informação é muito alta. Nestes casos, a
elevada carga de memorização dos elementos pode induzir a erros por parte
do usuário durante a interação com o software.
• Consistência
Definição: Este critério refere-se à consistência e homogeneidade na es-
trutura de apresentação das informações, como, por exemplo, aspectos re-
lacionados com a apresentação gráfica das informações no GCompris. As
questões relacionadas a este critério estão no Apêndice A.2 (Formulário de
Inspeção - II - Módulo de Avaliação), na tabela ‘Consistência’. No caso do
GCompris, uma questão a ser avaliada, é se há consistência na numeração
das páginas apresentadas no sumário.
Justificativa: Os títulos, numeração de página e o grau de completude
da informação devem obedecer a um dado padrão e serem homogêneos, au-
xiliando assim na consulta das informações desejadas.
34 Validação de Material Didático
• Condução
Definição: A condução refere-se aos meios disponíveis para aconselhar,
orientar, informar e conduzir o usuário na interação com o computador (men-
sagens, alarmes, rótulos, etc.). Quatro subcritérios são referentes ao subcri-
tério de condução: a presteza, o agrupamento/distinção entre itens, o feed-
back imediato e a legibilidade.
Justificativa: Uma boa condução facilita o aprendizado e a utilização do
sistema permitindo ao usuário:
• Presteza
2.2. Método TICESE para Avaliação de Material Didático Digital 35
Definição: Este critério engloba os meios utilizados para fazer com que o
usuário realize determinadas ações como, por exemplo, a entrada de dados,
os mecanismos ou meios que permitem ao usuário conhecer as alternativas,
em termos de ações, do estado ou contexto nos quais ele se encontra, bem
como a apresentação das ferramentas de ajuda e seu modo de acesso. Do
ponto de vista educacional, a presteza refere-se à capacidade do software em
orientar o usuário na obtenção de um determinado objetivo pedagógico, for-
necendo ferramentas e meios que o permitam atingir o objetivo pedagógico.
As questões relacionadas a este critério estão no Apêndice A.2 (Formulário
de Inspeção - II - Módulo de Avaliação), na tabela “Condução online - Pres-
teza”. No caso do GCompris, dentre as várias perguntas a serem avaliadas,
deverá ser respondido, por exemplo, se o software utiliza recursos do tipo hi-
pertexto, providenciando links apropriados que facilitem a compreensão dos
conteúdos.
Justificativa: Uma boa presteza guia o usuário e poupa-lhe, por exem-
plo, o aprendizado de uma série de comandos. Ela permite, também, que se
saiba exatamente em que modo ou em que estado ele está, em que ponto se
encontra no diálogo e o que fez para se encontrar nessa situação. Uma boa
presteza facilita a navegação no aplicativo e diminui a ocorrência de erros,
consequentemente, facilitando o processo de ensino e aprendizagem.
• Legibilidade
36 Validação de Material Didático
• Feedback imediato
Definição: Feedback Imediato diz respeito às respostas do sistema às
ações do usuário. Estas ações podem ser simples ações de pressionar uma
tecla, ou mesmo uma seleção dentro de uma lista de comandos. Em qualquer
um dos casos, as respostas do computador devem ser fornecidas, de forma
rápida, no momento apropriado e de forma consistente com cada tipo de
2.2. Método TICESE para Avaliação de Material Didático Digital 37
pertencem ou não a uma dada classe ou, ainda, para indicar diferenças entre
as classes. Este critério também diz respeito ao posicionamento relativo dos
itens dentro de uma classe. Alguns softwares educacionais apresentam uma
distinção clara entre os módulos de informação teórica e os módulos práticos
e de resolução de exercícios. Já outros tipos de software não utilizam esta
divisão de modo tão explícito e testam os conhecimentos adquiridos à medida
que o aluno vai evoluindo na sequência de apresentação do programa. Este
critério permite avaliar se a integração entre a teoria e a prática no software
é feita de maneira eficaz. As questões relacionadas a este critério estão no
Apêndice A.2 (Formulário de Inspeção - II - Módulo de Avaliação), na tabela
“Condução – Agrupamento e Distinção por Localização”. No caso do GCom-
pris, algumas questões a serem avaliadas são:
• Adaptabilidade
• Flexibilidade
• Controle Explícito
• Controle do Usuário
Definição: O critério Controle do Usuário refere-se ao fato de que os usuá-
rios deveriam ter sempre o controle sobre o processamento do sistema (in-
terromper, cancelar, suspender e continuar, avançar, retroceder, ou parar a
apresentação). Cada ação possível deve ser antecipada e devem ser ofere-
cidas opções apropriadas. As questões relacionadas a este critério estão no
Apêndice A.2 (Formulário de Inspeção - II - Módulo de Avaliação), na tabela
“Controle do Utilizador”. No exemplo do GCompris, uma questão que deve ser
avaliada é se o usuário consegue controlar a sequência de conteúdos.
Justificativa: O controle sobre as interações favorece a aprendizagem e
diminui a probabilidade de erros. Como consequência, o computador torna-
se mais previsível. Quando os usuários têm controle sobre o sistema, podem
adequar melhor a sequência da apresentação ao seu ritmo de aprendizagem,
bem como o nível de complexidade dos exercícios e conteúdos propostos pe-
rante as suas dificuldades.
• Gestão de Erros
• Correção de Erros
Definição: O critério correção dos erros diz respeito aos meios colocados
à disposição do usuário com o objetivo de permitir a correção dos seus erros.
As questões relacionadas a este critério estão no Apêndice A.2 (Formulário
de Inspeção - II - Módulo de Avaliação), na tabela “Correcção de Erros”. No
2.2. Método TICESE para Avaliação de Material Didático Digital 43
• Avaliação do Aprendizado
44 Validação de Material Didático
• Carga de Trabalho
Definição: O critério Carga de Trabalho diz respeito a todos os elementos
da interface que têm um papel importante na redução da carga cognitiva e
perceptiva do usuário e no aumento da eficiência do diálogo. O critério Carga
de Trabalho está subdividido em três subcritérios: Brevidade (o qual inclui
Concisão e Ações Mínimas), Carga Mental e Densidade Informacional.
Justificativa: Quanto maior for a carga de trabalho, maior será a pro-
babilidade de cometer erros e mais longo se torna o aprendizado. Quanto
2.2. Método TICESE para Avaliação de Material Didático Digital 45
menos o usuário for distraído por informação desnecessária, mais ele será
capaz de desempenhar as suas tarefas eficientemente e atingir os objetivos
educacionais propostos. Quanto menos ações forem necessárias, mais rá-
pidas serão as interações e mais rapidamente o aluno consolidará os seus
conhecimentos.
• Carga Informacional
• Brevidade
• Concisão
• Ações Mínimas
Definição: O critério Ações Mínimas diz respeito à carga de trabalho em
relação ao número de ações necessárias à realização de uma tarefa. O que te-
mos aqui é uma questão de limitar tanto quanto possível o número de passos
pelos quais o usuário deve passar. As questões relacionadas a este critério
estão no Apêndice A.2 (Formulário de Inspeção - II - Módulo de Avaliação), na
tabela “Acções Mínimas”. No exemplo do GCompris, uma questão que deve
ser avaliada, é se somente informações necessárias e úteis são apresentadas.
Justificativa: Quanto mais numerosas e complexas forem as ações ne-
cessárias para se chegar a uma meta, a carga de trabalho aumentará e com
ela a probabilidade da ocorrência de erros.
• Densidade informacional
Definição: O critério Densidade Informacional diz respeito à carga de
trabalho do usuário de um ponto de vista perceptivo e cognitivo, em relação
ao conjunto total de itens de informação apresentados ao usuário e não a
cada elemento ou item individual. As questões relacionadas a este critério
estão no Apêndice A.2 (Formulário de Inspeção - II - Módulo de Avaliação), na
tabela “Densidade informacional”. No exemplo do GCompris, uma questão
que deve ser avaliada, é se as informações estão bem distribuídas na tela do
dispositivo e se é evitado poluição visual.
Justificativa: Na maioria das tarefas, o desempenho dos usuários piora
quando a densidade de informação é muito alta ou muito baixa. Nestes casos,
é mais provável a ocorrência de erros. Itens que não estão relacionados com
a tarefa devem ser removidos. A carga de memorização do usuário deve ser
minimizada. O software deve facilitar os meios para que o usuário possa se
concentrar diretamente na aprendizagem e memorização dos conceitos peda-
gógicos e não na memorização de listas de dados ou procedimentos complica-
dos. O usuário não deve executar tarefas cognitivas complexas quando estas
não estão relacionadas com a tarefa em questão. Esta deve ser orientada para
2.2. Método TICESE para Avaliação de Material Didático Digital 47
• Homogeneidade
Definição: O critério homogeneidade refere-se ao modo como as escolhas
na concepção da interface (códigos, denominações, formatos, procedimentos,
etc.) são conservadas idênticas em contextos idênticos e diferentes em con-
textos diferentes, de uma tela para outra. As questões relacionadas a este
critério estão no Apêndice A.2 (Formulário de Inspeção - II - Módulo de Ava-
liação), na tabela “Homogeneidade”. No exemplo do GCompris, uma questão
que deve ser avaliada, é se os procedimentos de acesso às opções dos menus
são homogêneos.
Justificativa: Os procedimentos, rótulos, comandos, etc., são melhor re-
conhecidos, localizados e utilizados, quando o seu formato, localização, ou
sintaxe são estáveis de uma tela para outra, de uma seção para outra. Nestas
condições, o sistema é mais previsível, a aprendizagem mais generalizável e os
erros são reduzidos. É necessário escolher opções similares de códigos, proce-
dimentos, denominações para contextos idênticos e utilizar os mesmos meios
para obter os mesmos resultados. É conveniente padronizar tanto quanto
48 Validação de Material Didático
• Compatibilidade
• Adequabilidade
Atividade
Você deverá realizar uma avaliação simples do software GCompris
utilizando o método TICESE, e com base nas informações fornecidas.
Para esta atividade, use o arquivo avaliacaoGComprisTICESE.odt,
disponibilizado no ambiente virtual.
50 Validação de Material Didático
Objetivos da Unidade:
Nesta unidade serão apresentados exemplos fictí-
cios sobre a utilização do método TICESE para va-
lidação de uso de Material Didático.
Conteúdos Abordados:
Importante!
Lembre-se que, na Figura 3.1, retirada do método TICESE, temos
que:
• S indica SIM;
• P indica Parcialmente;
• N indica NÃO; e
Para Discussão
Discuta com seus colegas de curso, no fórum do ambiente virtual, se
você concorda com a avaliação feita pela equipe da instituição, que
foi favorável à aquisição do software X. Justifique sua opinião.
54 Validação de Material Didático
Figura 3.1: Resultado da aplicação do Módulo de Avaliação Contextual do método TICESE (avali-
ação fictícia do software X - III - Módulo de Avaliação Contextual) - Fonte: próprio autor
3.3. Módulo de Avaliação do Aprendizado 55
Após a avaliação feita na Figura 3.2, a equipe realizou uma análise com base
nos dados obtidos por meio do software X e obteve os seguintes resultados:
Para Discussão
Discuta com seus colegas de curso, no fórum do ambiente virtual, se
você concorda com a avaliação feita pela equipe da instituição, que
foi favorável à continuidade de utilização do software X. Justifique
sua opinião.
Atividade
Redija um breve texto expressando sua opinião sobre a utilização de
um método como o TICESE para avaliar a utilização de um material
didático digital em sala de aula, de acordo com o que estudamos
neste guia de estudos. Informe, também, se você já teve alguma
experiência com utilização de material didático digital em sala de
aula e se o resultado alcançado foi positivo.
FORMULÁRIO DE INSPECÇÃO
I- MÓDULO DE CLASSIFICAÇÃO
Simulador
Tutorial
Exercício e prática
Apresentação
Hipermedia
Jogos Pedagógicos
Ambiente de descoberta e aprendizagem
Outros
R: _____________________________________________________________________
3. Complexidade Cognitiva
3) Assinale a (s) alternativa (s) que mais se assemelha (m) ao tipo de software em análise.
4) Assinale a (s) alternativa (s) que mais se assemelha(m) ao tipo de software em análise.
II MÓDULO DE AVALIAÇÃO
Identificação do Produto S P N NA
Na documentação e/ou na versão on line do produto, estão identificados:
1) O nome do produto?
2) A versão do produto?
3) O nome do produtor?
4) A data de fabricação?
5) Assistência técnica?
Documentação: Presteza S P N NA
Os manuais que acompanham a documentação do software, possuem:
2) Sumário completo?
3) Índice Remissivo?
4) Glossário?
6) Guia de instalação?
7) Código de erros?
Documentação - Legibilidade S N P NA
1) O tamanho das letras é legível nas descrições textuais?
4) A utilização de cores é feita de maneira adequada que não provoca poluição visual?
Consistência S P N NA
1) Há consistência na numeração das páginas apresentadas no sumário?
3) Os títulos das páginas são explicativos, reflectindo a natureza da escolha a ser feita?
Condução - Legibilidade S P N NA
1) Os conteúdos apresentados estão livres de equívocos conceituais?
12) A cor do fundo em relação à cor da letra permite uma boa leitura?
13) O texto apresentado nas caixas de opções de menu, apresentam boa legibilidade, ou
seja, estão adequadamente posicionados e separados das bordas neste tipo de caixa?
14) Os ícones são legíveis e representativos de suas funções?
Carga Informacional S P N NA
1) A carga informacional apresentada é equilibrada e está bem distribuída em unidades
de informação?
1. Os conteúdos teóricos apresentados são objectivos?
Concisão S P N NA
1) A interface do software apresenta nomes concisos nas opções de menu, nas janelas,
caixas de diálogo para serem relembrados facilmente??
2) No caso em que é requerido do utilizador a utilização de senhas, que o mesmo deve
memorizar, estas são sempre menores do que 4 ou 5 caracteres?
3) O sistema oferece valores "default" para acelerar a entrada de dados?
Acções Mínimas S P N NA
1) Somente as informações necessárias e utilizáveis são apresentadas?
Densidade informacional S P N NA
1) As informações estão bem distribuídas na ecrã e evitam a poluição visual?
Flexibilidade S P N NA
1) O Software permite a introdução de novos elementos, personalizando-o de modo a
acomodar diferenças individuais?
2) O software contém a opção de selecção de entrada para níveis intermédios de
dificuldade?
3) O sistema fornece meios para que o utilizador tenha total controle sobre a sequência
de apresentação das informações?
4) O sistema propõem formas variadas de apresentação das mesmas informações à
diferentes tipos de utilizador?
5) O sistema fornecer a possibilidade de desactivar temporariamente a apresentação de
certas janelas?
6) Os utilizadores têm a possibilidade de modificar ou eliminar itens irrelevantes das
janelas?
7) O sistema permite que se defina, mude ou suprima os valores definidos por default,
alterando-os e personalizando-os?
8) O utilizador tem a possibilidade de modificar a ordem e a sequência de entrada de
dados, adaptando-a segundo sua ordem de preferência?
9) Quando o formato de um texto não poder ser previsto com antecedência, o sistema
proporciona meios para definir e salvar os formatos que ele venha a precisar?
10) É permitido ao utilizador definir os nomes dos campos de dados que ele(a) venha
criar?
11) Ao utilizador é permitido personalizar o diálogo, através da definição de macros?
3) O software permite que o aluno possa retornar novamente no exacto nível em que
atingiu no seu último acesso?
4) O sistema possibilita efectuar alterações em suas estruturas de modo a contemplar a
experiência do utilizador?
5) O software permite flexibilidade na resolução dos problemas propostos, não
requerendo do aluno que o mesmo complete tarefas básicas antes que lhe seja
permitido continuar no programa
6) O sistema prevê a escolha de entradas simples ou múltiplas conforme a experiência
do utilizador?
7) O sistema fornece um tutorial passo a passo para os novatos e a entrada de
comandos mais complexos por mais experientes?
8) O sistema permite que utilizadores experientes contornem uma série de selecções
por menu através da especificação de comandos ou e atalhos de teclado?
9) É fornecida a possibilidade de escolher o nível de detalhe das mensagens de erro em
função do nível de conhecimento?
10) O sistema oferece a facilidade para que utilizadores de níveis de familiaridade
diferentes possam facilmente adequarem-se ao sistema? (através da disponibilização de
teclas de atalho/aceleração).
A.2. Formulário de Inspeção 75
Controle do Utilizador S P N NA
1) O utilizador possui controle sobre os botões de comando?
Correcção de Erros S P N NA
1) A correcção de erros durante a execução de exercícios é optimizada, ou seja,
permite que o utilizador faça a correcção sem ter que refazer vários passos anteriores?
2) Na ocorrência de erros na resolução dos exercícios propostos, o software orienta e
oferece ao aluno a possibilidade de tentar refazer o exercício?
3) Persistindo no erro durante a resolução dos exercícios, o software conduz o
utilizador fornecendo lhe sequências explicativas para a correcção das respostas
inadequadas?
4) O software fornece a resolução dos exercícios após longa persistência no mesmo
erro?
5) O software permite a mudança automática de exercício, se o aluno persiste no erro,
conduzindo-o a outro tipo de exercício, com um menor grau de dificuldade?
6) O software possui algum registro das dificuldades enfrentadas pelo aluno na
resolução dos exercícios?
7) Caso o utilizador tenha a necessidade de recorrer a teoria para a resolução dos
exercícios, este acesso lhe é facilitado por meio de um atalho?
8) É disponibilizada a opção de menu “gravar”?
10) Através da opção REFAZER, a regressão do diálogo também pode ser desfeita?
Avaliação do Aprendizado S P N NA
1) No caso em que questões são apresentas para a verificação de um determinado
conceito, estas são formuladas de maneira clara e objectiva, evitando que o
utilizador faça uma interpretação errónea da questão?
2) O software dispõe de algum recurso que permita avaliar o grau de compreensão dos
alunos na resolução de problemas?
3) Durante a sequência de apresentação o software propõe questões para verificar a
compreensão dos conteúdos, simulando uma relação entre professor e aluno?
4) O software possui bom grau de coerência no conteúdo das questões apresentadas
em função dos objectivos a que se propôs?
5) O software armazena informações relativas à interacção dos alunos tais como
pontuações, tempo de resposta, nível atingido?
6) O software permite gravar automaticamente os registros do desempenho dos alunos
mesmo que estes abandonem o programa?
7) O programa permite o registro seguro dos resultados obtidos pelos alunos, sem que
se corra o risco dos mesmos serem facilmente alterados por outrem?
A.2. Formulário de Inspeção 78
Homogeneidade S P N NA
1) Os ícones são distintos uns dos outros e possuem sempre o mesmo significado de
um ecrã ao outro?
2) Os formatos de apresentação dos dados são mantidos homogéneos de um ecrã ao
outro?
3) A organização em termos da localização das várias características das janelas é
mantida homogénea de um ecrã ao outro?
4) Os significados dos códigos de cores são seguidos de maneira homogénea?
Compatibilidade S P N NA
1) Os procedimentos de diálogo são compatíveis com os definidos pelos padrões do
ambiente em que roda o software?
2) O sistema segue as convenções dos utilizadores para dados padronizados?
Adequabilidade S P N NA
1) O resultado do módulo de avaliação indica conformidade aos padrões
ergonómico/pedagógicos ?
2) O software adapta-se ao programa curricular proposto?