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Escola Básica 2,3 / S Michel Giacometti

Ano Lectivo 2017/118 Outubro 2017


10º Ano BIOLOGIA/GEOLOGIA
Aluno : ______________________________ Turma: ___ Nº ___

Texto de Apoio
A Geologia, os geólogos e os seus métodos
QUAIS SÃO AS CAUSAS DA EXTINÇÃO DAS ESPÉCIES?
A evolução da Vida é um dos capítulos mais interessantes da História da Terra, que pode ser decifrado pelo
estudo das rochas. O aparecimento dos primeiros seres vivos, a explosão de Vida no mar, a colonização da
superfície sólida da Terra, a evolução dos diferentes organismos, a extinção maciça de espécies, o
aparecimento do Homem, etc. são acontecimentos que, ao longo dos tempos, têm cativado a atenção e o
interesse das diferentes gerações de geólogos.
Um dos problemas mais apaixonantes da História da Vida na Terra, até por ser bastante polémico, é o da
extinção das espécies. Desde o aparecimento das primeiras formas de vida até à actualidade, muitas
espécies de organismos já desapareceram do nosso planeta.
Conceitos
Espécie - Conjunto de organismos que têm em comum várias características morfológicas, fisiológicas,
bioquímicas, comportamentais, podendo cruzar-se entre si e originar descendentes férteis.
População - Grupo de indivíduos de uma espécie duma determinada área e da mesma época.
Extinção - O desaparecimento de uma espécie, ou um grupo de organismos, de uma parte ou de todo o
seu limite geográfico – extinção da população. A extinção é considerada total se a espécie deixar de
existir na Terra - extinção da espécie.
Em muitos casos, encontrar a causa para essas extinções é uma tarefa relativamente fácil. De facto, a
actividade, muitas vezes desenfreada, do Homem tem sido responsável pelo desaparecimento de muitas
espécies nos últimos dois séculos, e em particular nas últimas décadas. No entanto, as extinções que têm
preocupado os geólogos, e os paleontólogos em particular, são aquelas que ocorreram quando a espécie
humana ainda não existia. Assim, ao longo dos tempos geológicos, houve desaparecimento gradual de
algumas espécies, mas momentos houve em que ecossistemas inteiros desapareceram, fazendo com que a
diversidade do mundo vivo, nos momentos subsequentes, diminuísse de forma drástica, tanto nos mares
como nos continentes. (Consultar a página 53 do manual da disciplina e situar o aparecimento do homem
da história temporal do planeta).
Um acontecimento geológico que pode ser uma das causas das extinções é a actividade vulcânica. Em
certas alturas, a actividade vulcânica foi de tal forma intensa, lançando para a atmosfera grandes
quantidades de gases (sobretudo dióxido de carbono) e poeiras, que conseguem criar desequilíbrios muito
acentuados nos ecossistemas, entre os quais uma intensificação do efeito de estufa, com um consequente
aumento da temperatura.
As causas cosmológicas, embora bastante sedutoras e imaginativas, por vezes, não resistem a uma análise
mais fundamentada. Entre estas, as mais comuns são as que relacionam as extinções com a passagem do
Sistema Solar por zonas poeirentas do espaço, a explosão de uma supernova próximo da nossa galáxia ou o
impacto da Terra com corpos vindos do Espaço, como cometas ou asteróides.
Entre a opinião pública mais esclarecida existem suposições, mais ou menos consistentes, sobre as causas
que influenciam e influenciaram as permanentes variações do clima, como a actividade solar, os
parâmetros orbitais, o vulcanismo e o efeito de estufa provocado pelo Homem. As variações da actividade
solar e as modificações dos parâmetros orbitais são causas internas susceptíveis de modificar a intensidade
da radiação emitida em direcção à Terra. Esta é uma das explicações para a existência de períodos de baixa
temperatura que ocorreram no planeta, designados por glaciações, as quais provocam profundas alterações
climatéricas. Há 600 milhões de anos a Terra terá passado por um período glaciar tão extremo que o
planeta gelou completamente e ficou totalmente coberto por glaciares. Este período glaciar terá durado
cerca de 10 milhões de anos e poderá ter ocorrido não apenas uma, mas 4 vezes. A vida na Terra sofreu
uma extinção maciça e ficou confinada às zonas de águas termais.
Entre aproximadamente 80 mil e 12 mil anos atrás a Terra foi afectada por um período mais frio que o
actual, a Última Glaciação, conhecida nos Alpes como Wurm e Wisconsinian na América do Norte. Então,
grande parte da América do Norte encontrava-se coberta por uma grande massa de gelo, denominada calote
laurentina. O mesmo aconteceu na Escandinávia e Norte da Europa, onde se formou a calote escandinava.
Estas calotes de gelo chegaram a ter em alguns pontos 3 km de espessura (à semelhança do que acontece
hoje na Antárctida).
Muitas das montanhas da Terra, devido a esse arrefecimento generalizado, ficaram também cobertas por
glaciares. Estes eram mais extensos que os actuais, nas montanhas onde ainda existem (como os Alpes,
Himalaias, Andes ou as Rochosas). Noutras, onde actualmente não existem glaciares, se as condições foram
favoráveis, o arrefecimento geral causou a sua formação. Sabe-se que esses períodos mais frios,
denominados glaciações ocorreram por diversas vezes durante os últimos 2 milhões de anos. Umas vezes
originado glaciares maiores, e outras, menores.
Algumas montanhas portuguesas como as serras da Estrela, Peneda e Gerês, mostram efeitos das glaciações
(erosão glaciária e também sedimentos depositados pelos glaciares). Por se tratarem de altitudes e latitudes
relativamente baixas, as condições para a formação e manutenção dos glaciares não devem ter prevalecido
durante tanto tempo, nem tão frequentemente como nas montanhas mais altas e latitudes mais elevadas.
Pensa-se, por exemplo, que os vestígios de glaciares na serra da Estrela estão relacionado com o Máximo da
Última Glaciação, datado de há cerca de 18 a 20 mil anos. Portanto, Portugal apesar de hoje ser um país
relativamente quente, teve também glaciares.
As glaciações estiveram na origem, ao longo da história do nosso planeta, de diversos episódios de subida
e descida do nível médio do mar, o que fez com que, em certas épocas, zonas que hoje conhecemos como
ilhas não fossem mais do que prolongamentos das áreas continentais. Estas variações ficaram registadas,
por exemplo, em rochas sedimentares encontradas na ilha Berlenga que são conglomerados que se
encontram numa zona a cerca de 25 metros acima do actual nível do mar, que corresponde às praias de há
300 000 anos. Num período que decorreu aproximadamente entre 118000 e 20000 anos atrás, o nível do
mar esteve 100 metros abaixo do nível actual. As próprias ilhas britânicas, nessa altura, ficaram ligadas ao
continente. O mesmo aconteceu com a ilha da Berlenga. Muito provavelmente foi nessa altura que os
animais terrestres a alcançaram. Quando os gelos da última glaciação começaram a derreter, o nível do mar
voltou a subir. A Berlenga ficou então isolada do continente, tal como hoje a conhecemos.
As transgressões marinhas, em que o mar avança em direcção aos continentes, constituem um
acontecimento geológico favorável à diversificação dos seres vivos. Pelo contrário, as regressões, em que o
mar se afasta dos continentes, funcionarão em sentido contrário; sendo assim os períodos de regressão
marinha podem ter coincidido com momentos em que terão ocorrido extinções em massa.
• Porque razão as glaciações causam alterações climatéricas e desequilíbrio no Planeta Terra?

• Como sabemos que ocorreram fenómenos como as glaciações ao longo da História do Planeta?

• Será possível saber em que período do tempo geológico aconteceram as principais glaciações?

• Poderá o estudo das glaciações fornecer-nos dados sobre as mudanças que ocorrem no Planeta?

Bibliografia:
- Biologia e Geologia – 10º ano – Areal Editores, Porto
- http://mitos-climaticos.blogspot.com, consultado no dia 12-09-2005 às 23.45 h
- http://www.geopor.pt/gne/geocabula/faqs/glaciar.html, consultado no dia 12-09-2005 às 23.15 h
- http://redeciencia.educ.fc.ul.pt/berlenga/, consultado no dia 12-09-2005 às 23.00 h

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