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REPORTAGEM:

O QUE A MARCHA DA MACONHA TEM A NOS ENSINAR

Maurilio Mardegan Mendes


Estudante do curso de Jornalismo
Faculdade Maringá – Cespar

Orientador: Profª Silvia Regina Emiliano

Resumo: O avanço das novas tecnologias tem alterado a forma de


comunicação e o próprio modo de fazer jornalismo. Com tantas opções de fonte para
o mesmo tipo de informação, é fundamental que a informação seja relevante, pois só
as mais interessantes serão capazes de manter a atenção do público. Diante disso,
como comunicar um assunto de modo a instigar esse leitor? É neste contexto de
grande concorrência entre as mídias que surge o storytelling, a atividade de
contar/narrar uma história. Nessa forma de narrativa, o jornalista deve ser capaz de
contar uma história que seja intrigante para o leitor. O modo como a história será
apresentada é decisivo para engajar e sensibilizar o leitor. A reportagem é
transformada em um texto instigante, porque sua narrativa reveste o texto de um
caráter de veracidade e vivacidade, criando uma proximidade com o leitor de modo a
deixá-lo imerso na história, o que propicia ao veículo de mídia a audiência e
credibilidade. A partir do estudo das narrativas comunicacionais na disciplina de
Técnicas de Escrita em Comunicação II é que se produziu a reportagem aqui
apresentada.

Palavras-chave: Legalização das drogas. Marcha. Maconha. Maringá. Antiproibicionista.


Segurança pública.

Introdução
Para entender sobre o assunto e buscando maiores informações para a produção da
reportagem, estive na Marcha da Maconha, onde conversei com Matheus Gomes, idealizador
e integrante da coordenação da marcha. A entrevista rendeu tanto que, posteriormente,
procurei-o novamente para ser o personagem da reportagem sobre a legalização da
maconha, e para que pudesse contar a sua história, desde o primeiro contato com a
substancia até se tornar um defensor do uso da mesma.
Conteúdo
A Semana Antiproibicionista, trouxe à população maringaense, vários debates acerca
das substâncias ainda consideradas ilícitas. O jornalista, Matheus Gomes, levou o debate
sobre o assunto: “Racismo e Seletividade Midiática” ao evento, além de tomar frente à
realização da Primeira Marcha da Maconha de Maringá. Um dos assuntos mais comentados
na Primeira Semana Antiproibicionista realizada em Maringá no mês de agosto, foi a
realização da marcha, no sábado (25). O objetivo do ato, era chamar a atenção da sociedade
para os problemas sociais gerados pela atual lei de drogas no Brasil.
Na entrevista, Matheus conta a sua história com a maconha, quando foi o primeiro
contato e qual foi as suas primeiras impressões a respeito da substância. O jornalista fala
também sobre os problemas relacionados à segurança pública e a política de drogas no país,
que segundo ele, aplicam-se as penalidades apenas ao menos favorecidos. Diante desse
cenário, surgiu então seu interesse pelo estudo na área das ciências sociais até a idealização
da marcha.

Conclusão
Entender que a atual lei de drogas do país é um problema que causa entre outros a
insegurança pública, é uma tarefa bem difícil, exige muito estudo, busca por informação e
vivencia social. Ficou claro o entendimento de que, a ideia dos debates e da marcha não é
incentivar o consumo de drogas, mas sim abrir o olho da população quanto a revisão da lei e
desmistificar os pensamentos estereotipados sobre a maconha.

Referências:
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, Legislação e Políticas Públicas sobre Drogas no Brasil
Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – BRASÍLIA, 2011

PÁGINA OFICIAL DO EVENTO, Marcha da Maconha Maringá.


Disponível em: <https://www.facebook.com/marchadamaconhamaringa/>
Acesso em: 28 de setembro de 2018
O QUE A MARCHA DA MACONHA TEM A NOS ENSINAR
O pensamento estereotipado de que a maconha mata e é a porta de entrada para outras drogas.

Maurilio Mardegan – Estudante de Jornalismo (Cespar) [Setembro, 2018]

Durante a Primeira Semana Antiproibicionista de Maringá, realizada no mês de agosto, foram


debatidos vários temas acerca dos aspectos relacionados às substâncias que ainda hoje são
consideradas ilícitas. Matheus Gomes, Jornalista formado na Faculdade Maringá (Cespar), é
idealizador e integrante da coordenação da Primeira Marcha da Maconha de Maringá. Na terça-
feira (21), segundo dia de debates, com o tema “Drogas e Encarceramento Negro e Feminino”,
Matheus levou a discussão sobre “Racismo e Seletividade Midiática” em ações policiais
relacionadas as drogas no Brasil. Seu objetivo também era demonstrar que há uma diferenciação
no tratamento dado pela mídia entre, negros e brancos, pobres e ricos, quando são apreendidos
com as mesmas substâncias (drogas).

Matheus Gomes - debate sobre Racismo e Seletividade Midiática | Foto por: Don't Blink

“Eu tive contato a primeira vez com a maconha com aproximadamente 16 anos, no bairro onde eu
morava antes. Desde o primeiro momento eu percebi que a maconha, apesar de ser ilegal, não
causa todo esse mau como muitas pessoas pensam, que é a porta de entrada para outras drogas
ou que pode ser comparada a todo tipo de substância, que ao fazer o uso, ela vai te fazer mau” -
avalia o jornalista de 23 anos. “Minha expectativa sobre a maconha, sempre foi que era algo muito
brando”.
A segurança pública é um tema bem complexo dentro da sociedade. A sensação de insegurança
e o medo, estão presentes no cotidiano da maioria dos brasileiros. O direito de ir e vir, e a
segurança, são fundamentais e previsto pela Constituição federal de 1988, o Estado tem o dever
de assegurá-lo. Matheus explica que, “Pelo interesse de alguns anos em levar na prática a área
das ciências sociais (antropologia, sociologia e ciência política), comecei a me aprofundar nessa
questão relacionada à segurança pública, que acredito ser o principal problema do Brasil.
Atualmente o país enfrenta problemas na educação, saúde, moradia, e em vários outros setores,
mas eu acho que a área da segurança pública é o nosso pior problema. É o setor em que a gente
encontra mais descaso e mais desinformação. E pra poder resolver ou amenizar os diversos
problemas que encontramos na segurança pública do país, a política de drogas é fundamental para
a sua compreensão. Por conta disso, o tema relacionado a legalização das drogas e o movimento
social da marcha da maconha, chamaram a minha atenção”.

Legalização das drogas: Estudar para entender

De acordo com a Legislação brasileira sobre drogas, atualizada pelo Congresso Nacional e
sancionada pelo Presidente em 23 de agosto de 2006, a lei n°11.343/06 institui do Sistema
Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas com a finalidade de articular, integrar, organizar e
coordenar as atividades de prevenção, tratamento e reinserção social de usuários e dependentes
de drogas, bem como as de repressão ao tráfico estando em perfeito alinhamento com a Política
Nacional sobre Drogas e com os compromissos internacionais do país. O jornalista destaca que,
“A polícia é totalmente alienada por conta da desinformação relacionada a política pública de
drogas no Brasil, os policiais são enviados apenas para as áreas mais fragmentadas dentro da
sociedade, em localidades mais vulneráveis no ponto de vista socioeconômico. E ao mesmo tempo
que o consumo de drogas só aumenta, essa venda no mercado paralelo gera lucro para essas
pessoas que vendem a droga ilegal. Então, essa distorção da realidade, já que o objetivo da lei é
um, mas na prática há essa contradição, foi o que despertou o meu interesse de estudar mais sobre
a política e a legalização das drogas, especialmente a maconha, que é a droga ilegal mais
consumida no Brasil e no mundo. Diante disso comecei a perceber na prática, a partir das minhas
leituras, do que eu vi, que realmente a legalização é o caminho”.

Segundo Matheus, organizador da Primeira Marcha da Maconha de Maringá, o objetivo do ato é


trazer a população informações relativas aos problemas sociais gerados pela atual lei de drogas
em nosso país, como o encarceramento em massa e as mortes geradas pelo enfrentamento do
governo ao tráfico, principalmente dos pobres e dos negros das periferias das cidades. Ele diz que,
“Hoje, vários anos depois de começar as leituras e a caminhada nessa área, nós conseguimos
colocar a marcha da maconha na rua com um grupo bem forte aqui em Maringá. Pelo fato de ter
tido uma boa adesão logo no primeiro ato, acredito que nos próximos anos, até a legalização, que
espero que venha muito em breve, mais pessoas participarão, não somente em Maringá, mas em
outras cidades do Brasil, e que levem a população a ter mais conhecimento. O senso comum pensa
que se a maconha for legalizada, todo mundo vai fumar e a nação vai virar um caos, mas a verdade
é que a proibição é que gera o caos no país. A proibição causa mais danos a sociedade, inclusive
para o indivíduo, do que a própria substância em si”.

Matheus evidencia o principal ponto que relaciona a questão da história das drogas, com
essa área do conhecimento, e a sua vida, “Porque a partir do momento que você identifica e
observa essa contradição, o objetivo da lei e o resultado na prática, você passa a se tornar um
defensor da legalização das drogas. Você não está defendendo que as pessoas consumam drogas,
mas que a lei seja revista como forma de conseguir reverter esse quadro de extrema insegurança
pública no Brasil”.

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