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Livros Poéticos

Ezinaldo Ubirajara Pereira, Mestre em Teologia pela


Universidad Peruana Unión (UPeU – Lima – Perú).
Cronograma da Disciplina
I. Introdução à matéria. V. Eclesiastes.
1. Poesia e sabedoria. 1. Introdução ao livro.
2. A poesia bíblica. 2. Estrutura.
II. Jó. 3. Teologia e exegese.
1. Introdução ao livro. VI. Cântico dos Cânticos.
2. Estrutura. 1. Introdução ao livro.
3. Teologia e exegese. 2. Estrutura.
III. Salmos. 3. Teologia e exegese.
1. Introdução ao livro. VI. Lamentações de Jeremias.
2. Estrutura. 1. Introdução ao livro.
3. Teologia e exegese. 2. Estrutura.
IV. Provérbios. 3. Teologia e exegese.
1. Introdução ao livro.
2. Estrutura.
3. Teologia e exegese.
Avaliações da Disciplina
 2 avaliações por escrito:
 1ª avaliação (19/09): Intr. à matéria – Salmos. 25%
 2ª avaliação (28/11): Provérbios à Cantares e Lm de
Jeremias. 25%
 Relatórios de leitura:
 1º relatório (19/09): 150 pgs. 12,5%
 2º relatório (28/11): 150 pgs. 12,5%
 Trabalho acadêmico em grupo:
 Escrita e entrega impressa de um artigo exegético sobre
algum texto da seção poética. . 25%
I - Introdução à matéria
1. Poesia e Sabedoria.
 Definição de poesia:
 “Poesia é um gênero literário
caracterizado pela composição
em versos estruturados de
forma harmoniosa. É uma
manifestação de beleza e
estética retratada pelo poeta em
forma de palavras.”
https://www.significados.com.br/poesia/
 Dicionário.
 arte de compor ou escrever
versos. Compondo com
associações harmoniosas de
palavras, ritmos e imagens.
Poesia e Sabedoria.
A cultura poética no
Antigo Oriente Médio -
nações e impérios do
mediterrâneo.
A poesia no Antigo
Egito.
A poesia no Antigo Egito.
A escrita
hieroglífica,
hierática e demótica,
foi empregada por
mais de quatro mil
anos e deixou um
legado cultural.
Com esta escrita, os
egípcios fizeram
poesia.
A poesia no Antigo Egito
 A poesia egípcia fazia parte do
cotidiano da nação.
 Poesia na religião:
• Rei Akhenaton, da VIII
dinastia - governou c. 1350
a.C., compôs um "Hino ao
Sol" que é um poema
religioso.
• "Que sua luz sagrada
resplandeça das alturas do
céu, / Oh, Aton vivo, / Fonte
de toda vida! Oh, Deus único,
/ Sem semelhante!".
Faraó Akhenaton – poeta ao deus sol
A poesia na religião egípcia
A poesia no Antigo Egito
 A poesia egípcia fazia
Deir el-Medina
parte do cotidiano da
nação. Vila operária do Egito
 Poesia entre o povo
comum – os
trabalhadores:
• Os arqueólogos
encontraram poesia
em Deir el-Medina,
Um poema encontrado - "Eu
uma vila de
descerei à água contigo, / E
construtores de tumbas
retornarei carregando para ti
do Egito.
um peixe vermelho, / Aqui
entre meus dedos".
Poesia e Sabedoria.
 A cultura poética no
Antigo Oriente Médio -
nações e impérios do
mediterrâneo.
 A cultura poética era
comum entre todas as
civilizações antigas do
Mediterrâneo (assírios,
fenícios, sumerianos,
acadianos, filisteus,
cananeus, babilônicos,
etc).
Poesia e Sabedoria.
 Poesia Bíblica Hebraica –
Israelita.
 Cerca de 1/3 do Antigo
Testamento é poesia.
 A poesia bíblica não se
encontra apenas nos livros que
compõem a seção poética, mas
também em outras seções, por
exemplo:
a) Na forma de breves extratos
poéticos – Gn 4:23-24; Êx
15:21; Nm 6:24-26; 21:17-18;
I Sm 18:7.
Poesia e Sabedoria.
b) Na forma de composições
mais longas como cânticos,
hinos e oráculos: Gn 49:2-
27; Êx 15:1-18; Dt 32:1-43;
Jz 5:1-31.
c) Dominando a maior parte
dos livros de Jó (3:1-41:34)
e Eclesiastes.
d) Livros bíblicos inteiramente
poéticos: Salmos,
Provérbios, Cantares e
Lamentações.
Poesia e Sabedoria
Identificação dos Livros
Livros Seção Poética e Sapiencial
Poéticos/Sapienciais: Poética – textos de poesia
1. Salmos. (Ct 4:1).
2. Cantares.
Sapiencial – textos que
3. Lamentações
apresentam conhecimento,
Sapienciais/Poéticos: sabedoria (Ec 5:1-2)
1. Jó. Estes elementos podem se
2. Provérbios. misturar nos textos, fazendo
3. Eclesiastes.
com que o livro seja
Poético/Sapiencial.
Poesia e Sabedoria
Ketubim (Escritos) Posição dos livros nos cânones
1. Salmos. 1. No Cânon Hebraico.
2. Provérbios.
3. Jó. Cânon dividido em 3 seções:
4. Cantares. • Torah (Lei): Gn – Dt.
5. Rute. • Neebihim (Profetas): Js – Ml.
6. Lamentações.
7. Eclesiastes. • Ketubim (Escritos): Sl – Cr.
8. Ester. Os poéticos/sapienciais estão
9. Daniel. na seção Ketubim.
10. Esdras.
11. Neemias.
12. Crônicas
Poesia e Sabedoria
Seção “Poesia e Posição dos livros nos cânones
Sabedoria” na LXX 1. No Cânon Helenístico
1. Jó. (LXX):
2. Salmos.
3. Provérbios. Os livros estão na divisão
4. Eclesiastes. chamada “Poesia e Sabedoria”
5. Cantares. entre as seções dos
 Incluíram Lm na “Históricos” e “Proféticos”.
seção profética,
junto com o livro
de Jeremias, pois
sendo de sua
mesma autoria.
Poesia e Sabedoria
Seção “Livros Posição dos livros nos
Sapienciais” cânones
1. Jó.
1. No Cânon Católico
2. Salmos.
3. Provérbios. Romano.
4. Eclesiastes. Os livros estão na
5. Cantares. divisão chamada
6. Sabedoria. “Livros Sapienciais”.
7. Eclesiástico
 Os 2 últimos são
apócrifos e Lm se
encontra com um
acréscimo a Jeremias.
Poesia e Sabedoria
Seção “Livros Posição dos livros nos
Sapienciais” cânones
1. Jó.
1. No Cânon Protestante.
2. Salmos.
3. Provérbios. Os livros se encontram
4. Eclesiastes. entre as seções dos
5. Cantares. “Históricos” e
 Incluíram Lm na “Proféticos”.
seção profética, junto
com o livro de
Jeremias, pois sendo
de sua mesma
autoria.
A poesia e a sabedoria no Antigo
Oriente Médio e no Antigo Testamento
 Dois tipos de sabedoria
se desenvolveram no
AOM (Antigo Oriente
Médio):
1. Sabedoria proverbial.
2. Sabedoria
contemplativa ou
especulativa.
 Apresenta-se de duas formas: Sabedoria proverbial
a) Ditados curtos e diretos ao
ponto que tratavam de
conselhos e regras para a
felicidade e bem estar social;
 “Melhor é viver no deserto do
que com uma mulher briguenta e
amargurada”. Pv 21:19.
b) Ditados curtos e diretos que
resumiam a sabedoria
adquirida pela experiência
fazendo observações acerca da
vida.
 “Grave mal vi debaixo do sol: as
riquezas que seus donos guardam
para o próprio dano”. Ecl 5:13.
 Apresenta-se de três formas:
(1) monólogos; (2) diálogos,
Sabedoria contemplativa
e; (3) ensaios.
 Exploram os problemas
básicos da existência
humana, tais como o sentido
da vida e o problema do
sofrimento.
1) Monólogos – Ecl 4:1-6;
7:23-29.
2) Diálogos – Jó caps 3:1 –
42:1.
Sabedoria contemplativa
Diálogos – Jó caps 3:1 – 42:1.
 Os diálogos seguem de acordo com a sequência que o
livro apresenta de Jó e seus 3 amigos (2:11), concluindo
com Deus e Jó (38:1-42:6), e com a mesma menção de Jó
e os amigos (42:7-9), assim como no início (2:11).
Jó, Elifaz,
Bildade e Zofar 4º ciclo de
– 2:11. 2º ciclo de 3º ciclo de
diálogos diálogos diálogos
1º ciclo de
12:1 – Jó. 21:1 – Jó. 38:1 – Deus.
diálogos
15:1 – Elifaz. 22:1 – Elifaz. 40:3 – Jó.
3:2 – Jó.
16:1 – Jó. 23:1 – Jó. 40:6 – Deus.
4:1 – Elifaz.
18:1 – Bildade. 25:1 – Bildade. 42:1 – Jó.
6:1 – Jó. Elifaz, Bildade,
8:1 – Bildade. 19:1 – Jó. 26:1 – Jó.
Zofar e Jó – 42:7-
9:1 – Jó. 20:1 - Zofar 32:6 – Eliú. 9.
11:1 - Zofar
 Apresenta-se de três formas: (1)
monólogos; (2) diálogos, e; (3)
Sabedoria contemplativa
ensaios.
 Exploram os problemas básicos
da existência humana, tais
como o sentido da vida e o
problema do sofrimento.
1) Monólogos – Ecl 4:1-6; 7:23-
29.
2) Diálogos – Jó caps 3:1 – 42:1.
3) Ensaios - é um texto literário
breve, situado entre o poético e
o didático, expondo ideias,
críticas e reflexões éticas e
filosóficas a respeito de certo
tema – Lm de Jeremias.
A poesia e a sabedoria no Antigo
Oriente Médio e no Antigo Testamento
Esta sabedoria era
essencialmente:
1. Prática.
2. Ética.
3. Religiosa.
Sabedoria prática
 Trata da vida prática e do bem estar do ser humano. O raciocínio é
concreto, com pouca abstração e teoria. A maneira de apresentar um
ponto é direta, usando imagens concretas envolvendo objetos,
criaturas e experiências. Ex.:
 Pensamento ocidental: “a união faz a força”.
 Pensamento árabe (Oriente Médio): “dois cães matam um leão”.
 Pensamento ocidental: “para o entendido, meia palavra basta”.
 Pensamento bíblico (Oriente Médio): “Mais fundo entra uma
repreensão no prudente, do que cem açoites no insensato”. Pv
17:10.
 Outros exemplos em Pv.:
 “O irmão ofendido resiste mais que uma fortaleza; suas contendas
são ferrolhos de um castelo”. Pv. 18:19.
 “Qual ave que vagueia longe do seu ninho, tal é o homem que anda
vagueando longe do seu lar”. Pv. 27:8.
Sabedoria ética
 Está concentrada nas questões
éticas da vida: o que se deve
fazer? E por quê? O foco está
no comportamento do ser
humano, na sua vida, no seu
dia a dia e nos seus
relacionamentos. Ex.:
 “O que adultera com uma
mulher está fora de si; só
mesmo quem quer arruinar-se é
que pratica tal coisa.” Pv. 6:32.
 “Em todo o tempo ama o
amigo, e na angústia se faz o
irmão.” Pv 17:17.
Sabedoria religiosa
 Na literatura sapiencial, o texto
remete ao relacionamento da
pessoa com Deus e no seu
destino final.
 “O temos do SENHOR é o
princípio do saber”. Pv. 1:7.
 “De tudo o que se tem ouvido,
a suma é: Teme a Deus e
guarda os Seus mandamentos;
porque isto é o dever de todo
homem. Porque Deus há de
trazer a juízo todas as obras,
até as que estão escondidas,
quer sejam boas, quer sejam
más.” Ec12:13-14.
A literatura de sabedoria e a figura do
sábio no Antigo Oriente Médio e no A. T.
1. A literatura de sabedoria.
A temática da sabedoria era o
tema predominante na literatura
do Antigo Oriente.
The Ancient Near East apresenta
traduções de textos egípcios de
sabedoria.
The Ancient Near East:
An Anthology of Texts and Pictures.
Edited by James B. Pritchard
Pricenton University Press
A literatura de sabedoria e a figura do
sábio no Antigo Oriente Médio e no A. T.
1. A literatura de
sabedoria.
O termo hebraico para
o substantivo
“sabedoria” ‫ָח ְכמָה‬
(hokmah).
O adjetivo “sábio” ‫ָחכָם‬
(ḥāḵām).
O verbo “ser sábio”
‫( ְחכַּם‬ḥkam).
A literatura de sabedoria e a figura do
sábio no Antigo Oriente Médio e no A. T.
 A raiz ‫( חכם‬hkm) ocorre
em Jó, Provérbios e
Eclesiastes 189 vezes
das 346 ocorrências em
‫חכם‬
todo o AT (54,6%).
Livros Livros
 Isto faz com que estes Sapienciais Poéticos
três livros sejam 1. Jó. 1. Salmos.
classificados como livros 2. Provérbios. 2. Cantares.
sapienciais, e os outros 3. Eclesiastes. 3. Lam. de
Jeremias.
(Salmos, Cantares e
Embora ambas características
Lamentações) como
(sapienciais e poéticos) sejam
livros poéticos. compartilhadas por ambas seções.
A literatura de sabedoria e a figura do
sábio no Antigo Oriente Médio e no A. T.
 Sinônimos de “sabedoria” ‫( ָח ְכמָה‬hokmah) no AT.
a. ‫( בִּינָה‬binah) – “entendimento” – Jó 12:3.
b. ‫( תְ בּונָה‬təḇūnāh) – “entendimento” – Jó 12:12.
c. ‫( נָבֹון‬nāḇōwn) - “discernimento” – Pv. 10:13.
d. ‫( דַּ עַּת‬da‘aṯ) – “conhecimento” – Pv. 1:22.
A literatura de sabedoria e a figura do
sábio no Antigo Oriente Médio e no A. T.
 Como foi a revelação e inspiração nos Livros Sapienciais.
Enquanto nos Livros Proféticos
e em outras seções o método de
revelação e inspiração foi por
teofania, sonhos/visões e
outros. Nos poéticos, os sábios
escreveram por observações
da Natureza, reflexões sobre a
vida, sobre o comportamento
humano e expressões de
sentimentos.
A literatura de sabedoria e a figura do
sábio no Antigo Oriente Médio e no A. T.
 Como foi a revelação e inspiração nos Livros Sapienciais.
 O poeta expressa seu anelo  O poeta observa o homem
por Deus (Sl 42), ou preguiçoso e recebe a
saudade pelo Templo (Sl “instrução” (Pv. 24:30-34).
84).  O poeta de Eclesiastes
 O poeta expressa seu recebeu iluminação e
lamento por algo que inspiração para escrever
ocorreu (Lm). quando ele se “aplicou” a
 O poeta realça nobres entender as coisas – Ec
sentimentos e instituições 1:13, 17; 7:25; 8:9, 16; 9:1.
(casamento), cuja origem
está em Deus ( Cantares).
A literatura de sabedoria e a figura do
sábio no Antigo Oriente Médio e no A. T.
2. A figura do sábio.
 O sábio e a sua importância já
aparecem bem cedo no AT.
 José é apresentado como “um
homem ajuizado e sábio” a Faraó
– Gn 41:33.
 Faraó usou dois termos a José:
“ninguém há tão ajuizado e sábio
como tu” (Gn 41:39) – ARA.
 ARC – “entendido e sábio”.
 NVI – “criterioso e sábio”.

 BHS – ‫נָבֹון ְו ָחכָם‬


A literatura de sabedoria e a figura do
sábio no Antigo Oriente Médio e no A. T.
Dois grupos de sábios no AT
1. Os sábios da coorte real - Grupo que fazia parte da coorte
do rei para aconselhá-lo e ajudá-lo na condução do
reinado – posição de grande influência na coorte. Ex.:
 José – Gn 41:39-44.
 Aitofel e Husai – II
Sm 15:31, 34; 16:23.
 Daniel – 2:12-14, 48.
 Nos dias de Jeremias,
os sábios estavam
desviando o povo –
Jr 8:9; 18:18.
A literatura de sabedoria e a figura do
sábio no Antigo Oriente Médio e no A. T.
Dois grupos de sábios no AT
2. Os sábios no meio popular – ocupavam importantes
funções na sociedade.
 Pessoas com habilidades em
algum ramo de profissão, ex.:
• Bezalel e Aoliabe – Êx 31:1-
6; 35:30-36:2.
• Pilotos e construtores de
navios – Ez 27:8-9.
• Jr 9:17-18 “carpideiras” –
“mulheres hábeis” ‫חכָמֹות‬ֲ ‫ַּה‬
– mulheres habilidosas na
arte de chorar.
A literatura de sabedoria e a figura do
sábio no Antigo Oriente Médio e no A. T.
Dois grupos de sábios no AT
2. Os sábios no meio popular – ocupavam importantes
funções na sociedade.
 Pessoas que se destacavam em
sabedoria e inteligência para
aconselhar, orientar e ensinar o
povo em geral.
• Anciãos – Jó 12:12; 32:7.
• Os pais – Dt 32:7; Pv 1:8.
• Juízes e líderes das cidades – Dt
16:18-20.
• Sábios em geral para aconselhar
– II Sm 14:1-20; 20:17-22.
A literatura de sabedoria e a figura do
sábio no Antigo Oriente Médio e no A. T.
 O rei Salomão representa o ápice da sabedoria no AT – I
Rs 4:29-34; I Rs 10:1-9.
 Entre os autores sapienciais,
Salomão foi o que mais se
destacou.
 Escreveu 3 dos 6 livros
sapienciais (Pv, Ct e Ecl) e
também dois Salmos são de
sua autoria (72 e 127).
 Exímio escritor: “Compôs três
mil provérbios, e foram os seus
cânticos mil e cinco”. I Rs
4:32.
A literatura de sabedoria e a figura do
sábio no Antigo Oriente Médio e no A. T.
O sábio e sabedoria fora de Israel, nas nações do Antigo
Oriente Médio
 Sábios do Egito – Gn 41:8; Êx
7:11.
 Sábios do Oriente e do Egito –
I Rs 4:30.
 Etã, de Ezrom; Hemã, Carcol
e Darda – I Rs. 4:31.
 Hirão de Tiro – I Rs 7:13-14.
 Sábios da Babilônia – Dn
2:12-14, 18, 24 e 48; 4:6, 18;
5:7, 8 e 15.
 Sábios de Edom – Ob 8.
A sabedoria, o sábio e a poesia
Elementos comuns do cotidiano do Antigo Oriente Médio
A Poesia Hebraica
Diferença entre poesia e prosa.
Poesia Prosa
• A poesia é o gênero que trata de • A prosa é um texto corrido e
questões emocionais, internas; contínuo, e a poesia é feita em
são abordados temas como versos e com rima.
aflições, paixões, conflitos • A prosa foca mais em questões
internos, depressão, perda, etc. lógicas e racionais, trata de
• A linguagem não precisa ser questões sociais, emoções de
narrativa nem descritiva. Possui outras pessoas ou
ênfase na conotação, ou seja, as simplesmente retrata objetos.
palavras estão no sentido • É predominante na prosa o uso
figurado. Pode-se usar e abusar das linguagens narrativa e
das figuras de linguagem. O descritiva, e fixa em aspectos
texto em poesia se enquadra visíveis. Há ênfase na
melhor em versos e forma denotação, ou seja, as palavras
descontínua. possuem sentido literal.
A Poesia Hebraica
Diferença entre poesia e prosa.
Poesia Prosa
• Ausência de partículas que • As partículas de prosa:
são características da prosa.  Marcador do objeto direto:
‫‘ אֵת‬et.
 O pronombre relativo:
‫‘ ֲאשֶׁר‬asher.
• que, o que, o que, de que;
quando, onde e como;
porque, a fim de que, etc
 O artigo: ‫ ַּה‬- a, o, as, os.
A Poesia Hebraica
Características da Poesia Hebraica
1. Percepção de Deus – a
poesia do AT é
caracterizada por uma
forte consciência da
realidade de Deus. Na
poesia hebraica, Deus
está presente em toda
parte. Mesmo em textos
bíblicos onde não se
menciona o nome de
Deus, mas o contexto
imediato assim o faz.
A Poesia Hebraica
Características da Poesia Hebraica
2. Amor pela Natureza –
na PH há uma forte
ênfase na Natureza, não
com um fim em si
mesma, mas como um
meio de se conhecer o
Criador e apontar para
Ele – ex.: Jó 39:19-25; Sl
19:1-6; 148:7-13;
104:19-24; Ct 2:11-13;
A Poesia Hebraica
Características da Poesia Hebraica
3. O vocabulário hebraico para a poesia:
 Cinco palavras principais da poesia hebraica.
1. ‫ ִּמזְמֹור‬- mizmor (musical) poesia cantada com
instrumento de corda.
2. ‫ שִּיר‬- šîr (canto) – sem acompanhamento de
instrumentos.
3. ‫תהילים‬- tehilim (louvores) – hino de louvor.
4. ‫ – ָמשָל‬māšāl – (parábola) – palavra usada para
comparação.
5. ‫ כיניה‬- quînâ (lamento) – palavra usada em cântico
fúnebre, expresando dor por causa da morte.
A Poesia Hebraica
Características da Poesia Hebraica
4. A rima na PH - Uma palavra rimando com a outra quando há
identidade sonora. Não é muito frequente na PHB. Êx 15:12-13.

‫ָארץ׃‬
ֶׁ ‫נָטִּיתָ יְמִּינְָך תִּ ְב ָלעֵמ ֹו‬
’āreṣ tiḇlā‘êmōw yəmînəḵā nāṭîṯā
Tu estendeste Tua mão direita, engoliu-os a terra.

ָ‫נָחִּיתָ ְב ַּחסְדְ ָך עַּם־זּו גָָאלְת‬


gā’ālətā ‘am-zū ḇəḥasdəḵā nāḥîṯā
Tu conduziste na Tua misericórdia, povo que Tu resgataste

‫נֵ ַּהלְתָ ְב ָעזְָך אֶׁל־נְוֵה קָדְ שֶָׁך׃‬


qāḏšeḵā ’el- nəwêh ḇə‘āzzəḵā nêhaltā
Tu escoltaste na Tua força para a morada da Tua santidade
‫ית י ִּ ְִ֣מינ ְָָ֔ך תִּ ְבל ֵ ֵָ֖עמ ֹו אָ ֶָֽׁרץ׃‬
ִָ֙ ‫נָ ִ֙ ִּט‬
’āreṣ tiḇlā‘êmōw yəmînəḵā nāṭîṯā
Tu estendeste Tua mão direita, engoliu-os a terra.
ָ‫נ ִָּחִ֥יתָ ְב ַּחסְדְ ָךֵ֖ עַּם־זִּ֣ו ג ָ ָָ֑אלְת‬
gā’ālətā ‘am-zū ḇəḥasdəḵā nāḥîṯā
Tu conduziste na Tua misericórdia, povo que Tu resgataste
‫נֵהַּ ִ֥ לְתָ ְב ָעז ְָךֵ֖ אֶׁל־נְוֵ ִ֥ה ָקדְ ֶׁשָָֽך׃‬
qāḏšeḵā ’el- nəwêh ḇə‘āzzəḵā nêhaltā
Tu escoltaste na Tua força para a morada da Tua santidade
A rima ocorre em:
‫( י ִּ ְִ֣מינ ְָָ֔ך‬yəmînəḵā) - Tua mão direita.
‫( ְב ַּחסְדְ ך‬ḇəḥasdəḵā) - Tua
ָ‫( נָ ִִּ֙טית‬nāṭîṯā) - Tu estendeste.
misericórdia.
ָ‫( נ ִָּחִ֥ית‬nāḥîṯā) - Tu conduziste.
ָ‫( ג ָ ָָ֑אלְת‬gā’ālətā) - Tu resgataste.
ָ‫( נֵהַּ ִ֥ לְת‬nêhaltā) - Tu escoltaste.
ֵ֖‫( ְב ָעזְָך‬ḇə‘āzzəḵā) - Tua força.
‫( קָדְ ֶׁשָֽך‬qāḏšeḵā) - Tua santidade
Para isto é importante saber ler a BHS
 Para ler a BHS é preciso ter um
conhecimento:
1. Da língua hebraica (consoantes,
vogais e acentos/sinais).
2. Das notas explicativas nas
margens.
3. Do aparato crítico.
4. Os manuscritos citados.
5. As traduções citadas.
6. As abreviações explicativas
usadas.
Sabendo ler a BHS
 Ferramentas que ajudam a usar a BHS:
Sabendo ler a BHS - Notas explicativas
 Aparato Crítico.
 Espaço marginal na BHS
que traz notas explicativas
sobre como palavras ou
frases estão traduzidas nos
manuscritos (mss) bíblicos
encontrados.
 Espaço reservado à Crítica
Textual. Para entender o
aparato, é preciso conhecer
e saber ler os símbolos e
códigos que nele aparecem.
Aparato crítico
Sabendo ler a BHS - Notas explicativas
 Massorá Menor e Massorá Maior.
Massorá parva
 Estas massorás constituem
notas marginais
explicativas do texto
criadas pelos massoretas e
colocadas na margem
lateral (massorá
parva/menor) e na margem
inferior (massorá
magna/maior), são também
chamadas de masora
marginalis. Massorá magna
Sabendo ler a BHS - Notas explicativas

Numeração na massorá parva que indica à massorá magna


na nota de roda pé da página.
Sabendo ler a BHS - Notas explicativas
 Há também as massoras finalis que aparecem no final de
algum livro com dados estatísticos – ex.: no final de
cada livro da Torah.
Lv - “O número total de versículos
deste livro chega a 859”.
Dt – O livro tem 955 versículos.
A 1ª metade do livro termina em

‫ עַּל־פִּי‬em 17:10.
Em Dt há: 31 sedarins.
Há na Torah: 5845 vs; 167 sedarins;
79.856 palavras e 400.945 letras.
Sabendo ler a BHS
Notas explicativas
 Massorá Menor e Massorá Maior – objetivos:
 Impedir que surgissem formas
de escritas irregulares.
 Evitar erros que facilmente
poderiam ocorrer por
desatenção.
 Transmitir dados exatos de
palavras ou expressões. Por ex.:
quantas vezes as palavras ou
expressões são citadas na
Tanak; palavras sem pontuação;
palavras abreviadas; etc.
Sabendo ler a BHS
3. Parashás e Sedarins.
 Sistema de pontuação que os massoretas
inventaram para dividir a Torah em seções de
leituras semanais.
 Há dois sistemas distintos:
 Parashá - ‫( פ ָָרשַּת‬porção) – na literatura judaica
é chamada de ‫ע‬ ַּ ‫( פ ָָרשַּת ַּהשָבּו‬porção da semana)
– divisão baseada no Códex Babilônico, a qual
divide o texto da Torah em 54 seções. Um seção
para cada semana.
 Na BHS aparece a sigla ‫ פרש‬indicando que ali
começa uma parashá.
Parashás - códice babilônico
Livro Parashah Porção
Bereshit Bere’shit, ‫בראשית‬ Gen. 1:1-6:8
No princípio Noach, ‫נח‬ 6:9-11:32
Lech Lecha, ‫לך לך‬ 12:1-17:27
Vayeira, ‫וירא‬ 18:1-22:24
Chayei Sarah, ‫חיי שרה‬ 23:1-25:18
Toledot, ‫תולדות‬ 25:19-28:9
Vayetze, ‫ויצא‬ 28:10-32:3
Vayishlach, ‫וישלח‬ 32:4-36:43
Vayeshev, ‫וישב‬ 37:1-40:23
Miketz, ‫מקץ‬ 41:1-44:17
Vayigash, ‫ויגש‬ 44:18-47:27
Vayechi, ‫ויחי‬ 47:28-50:26
Parashás - códice babilônico
Livro Parashah Porção
Shemot - os nomes Shemot, ‫שמות‬ Ex. 1:1-6:1
Va’eira, ‫וארא‬ 6:2-9:35
Bo, ‫בא‬ 10:1-13:16
Beshalach, ‫בשלח‬ 13:17-17:16
Yitro, ‫יתרו‬ 18:1-20:23
Mishpatim, ‫משפטים‬ 21:1-24:18
Terumah, ‫תרומה‬ 25:1-27:19
Tetzaveh, ‫תצווה‬ 27:20-30:10
Ki Tisa’, ‫כי תשא‬ 30:11-34:35
Vayakhel, ‫ויקהל‬ 35:1-38:20
Pekudey, ‫פקודי‬ 38:21-40:38
Parashás - códice babilônico
Livro Parashah Porção
Vayikrá – chamou Vayikra’, ‫ויקרא‬ Lev. 1:1-5:26
Tzav, ‫צו‬ 6:1-8:36
Shemini, ‫שמיני‬ 9:1-11:47
Tazria, ‫תזריע‬ 12:1-13:59
Metzora, ‫מצורע‬ 14:1-15:33
Acharei, ‫אחרי מות‬ 16:1-18:30
Kedoshim, ‫קדושים‬ 19:1-20:27
Emor, ‫אמור‬ 21:1-24:23
Behar, ‫בהר‬ 25:1-26:2
Bechukotai, ‫בחוקותי‬ 26:3-27:34
Parashás - códice babilônico
Livro Parashah Porção
Bamidbar – no
Bamidbar, ‫במדבר‬ Num. 1:1-4:20
deserto
Naso, ‫נשא‬ 4:21-7:89
Behaalotecha,
8:1-12:16
‫בהעלותך‬
Shlach, ‫שלח לך‬ 13:1-15:41
Korach, ‫קרח‬ 16:1-18:32
Chukat, ‫חקת‬ 19:1-22:1
Balak, ‫בלק‬ 22:2-25:9
Pinchas, ‫פנחס‬ 25:10-30:1
Matot, ‫מטות‬ 30:2-32:42
Masei, ‫מסעי‬ 33:1-36:13
Parashás - códice babilônico
Livro Parashah Porção
Devarim - palavras Devarim, ‫דברים‬ Deut. 1:1-3:22
Va’etchanan, ‫ואתחנן‬ 3:23-7:11
‘Ekev, ‫עקב‬ 7:12-11:25
11/08 – 17/08/2018 Re’eh, ‫ראה‬ 11:26-16:17
Shoftim, ‫שופטים‬ 16:18-21:9
Ki Tetze’, ‫כי תצא‬ 21:10-25:19
Ki Tavo’, ‫כי תבוא‬ 26:1-29:8
Nitzavim, ‫ניצבים‬ 29:9-30:20
Vayelech, ‫וילך‬ 31:1-31:30
Ha’azinu, ‫האזינו‬ 32:1-32:52
VeZo’t HaBrachah,
33:1-34:12
‫וזאת הברכה‬
Sabendo ler a BHS
3. Parashás e Sedarins.
 Sistema de pontuação que os massoretas
inventaram para dividir a Torah em seções de
leituras semanais.
 Há dois sistemas distintos:
 Sedarins – vem da palavra seder ‫סדר‬
(ordem/sequência) - segue o ciclo de leitura
palestino, que dividiu a leitura da Torah em três
anos, em 154 ou 167 sequências/sedarins.
Na BHS, a sequência sedarin é marcada pela
sigla ‫ ס‬seguindo a sequência das consoantes
hebraicas para cada leitura.
Sedarins na BHS

Sedarin seguido de álef


O próximo vai se encontrar em Gn 4:4 –
sedarin seguido de vet.
E assim sucessivamente e seguindo a
sequência do alfabeto.
Divisão das unidades - Petuchá (‫ )פ‬e Setumá (‫)ס‬.
Jó 1:5

‫ֲשה א ִֵּ֖י ֹוב כָל־ ַּהי ָמִּ ָֽים׃ פ‬


ִ֥ ֶׁ ‫כָ ָּ֛ כָה יַּע‬
Petuchá ‫ – פ‬und. de pensamento maior – mantém-se aberta (petuchá).
Perícope 1:1 – 5 – petuchá fecha a und, mas não o pensamento.

Setumá ‫ – ס‬und. de pensamento menor – mantém-se fechada (setumá).


Perícope 15:1 – 35. – setumá fecha a und. e o pensamento.

‫ּוּ֝ ִּב ְט ָָ֗נם תָ ִּ ִ֥כין מ ְִּרמָ ָֽה׃ ס‬


Jó 15:35.
Sabendo ler a BHS
5. Sinais e acentos.
Sinal sof pasuq (‫)׃‬, sinal que marca o fim
do verso, divisor de versículos, ex.:

‫ֱֹלהים ו ָ ְִ֥סר מ ָ ֵָֽרע׃‬


ֵ֖ ִּ ‫ִּירא א‬
ִ֥ ֵ ‫ו‬
E sempre depois do sof pasuq (‫)׃‬, há um espaço considerável
para o começo do próximo verso.

Sinal sof pasuq (‫ – )׃‬marca o final do verso, como


se fosse o ponto final (.) no português.
Sabendo ler a BHS
5. Sinais e acentos.
O acento:
 O sistema acentual é o mais usado no texto hebraico.
Através deste sistema, se consegue contar o nº de sílabas
de uma linha e verificar o seu ritmo.
 Os acentos possuem quatro funções:
1. Servem de sinais de canto para a declamação ou
recitação do texto no culto da sinagoga.
2. Revelam a sílaba tônica das palavras.
3. Indicam a localização lógica das frases, ajudando na
divisão em unidades da linha.
4. Organizam o texto, permitindo uma indicação exata de
todas as partes do versículo.
Sabendo ler a BHS
5. Sinais e acentos.
O acento:
 Os acentos são divididos em dois grupos:
a. Disjuntivos – se encarregam da organização textual.
São os que demarcam o início e o fim do texto.
Ajudam na divisão dos versículos (amplitude maior
– o texto).
b. Conjuntivos – indicam a relação sintática
(combinação) das palavras, que contribui na
compreensão do texto (amplitude menor – as
palavras do texto).
Acentos disjuntivos: divididos em 4 grupos
Grupo 1
1. Acento Sillûq – sempre na última palavra do verso e
antes do sof pasuq ‫׃‬
Jó 1:5.

‫ץ־עּוץ א ִִּ֣י ֹוב‬


ֵ֖ ‫ִּ ָּ֛איש ָה ָיִ֥ה בְאֶׁ ֶָֽׁר‬
‫ש ְָ֑מ ֹו ְו ָה ָיִ֣ה ׀ ה ִּ ִָ֣איש ה ַָּ֗הּוא ָ ָּ֧תם‬
‫ֱֹלהים ו ָ ְִ֥סר מ ָ ֵָֽרע׃‬
ֵ֖ ִּ ‫ִּירא א‬
ִ֥ ֵ ‫ְוי ָ ָָּ֛שר ו‬
Acento sillûq – na última palavra do verso.
Antes do sof pasuq ‫׃‬
Acentos disjuntivos: divididos em 4 grupos
Grupo 1
2. Acento Atnach – este é o assento que divide o
verso ao meio.

‫ץ־עּוץ א ִִּ֣י ֹוב‬


ֵ֖ ‫ִּ ָּ֛איש ָה ָיִ֥ה בְאֶׁ ֶָֽׁר‬
‫ש ְָ֑מ ֹו ְו ָה ָיִ֣ה ׀ ה ִּ ִָ֣איש ה ַָּ֗הּוא ָ ָּ֧תם‬
‫ֱֹלהים ו ָ ְִ֥סר מ ָ ֵָֽרע׃‬
ֵ֖ ִּ ‫ִּירא א‬
ִ֥ ֵ ‫ְוי ָ ָָּ֛שר ו‬
Acento atnach – divide o verso ao meio.
Acentos disjuntivos: divididos em 4 grupos
Grupo 1
Como fica o verso? Jó 1:5.
Linha
A ‫ץ־עּוץ א ִִּ֣י ֹוב ש ְָ֑מ ֹו‬
ֵ֖ ‫ִּ ָּ֛איש ָה ָיִ֥ה בְאֶׁ ֶָֽׁר‬
‫ִּירא‬
ִ֥ ֵ ‫ְו ָה ָיִ֣ה ׀ ה ִּ ִָ֣איש ה ַָּ֗הּוא ָ ָּ֧תם ְוי ָ ָָּ֛שר ו‬
Linha
B
‫ֱֹלהים ו ָ ְִ֥סר מ ָ ֵָֽרע׃‬
ֵ֖ ִּ ‫א‬
Atnach – divide o verso ao meio.
Sof pasuq sinalizando o
Os acentos estruturam o verso final do verso.
em linhas:
1ª linha – linha A. Sillûq - responsável pela
2ª linha – linha B. última divisão
Grupo 2
3. Acento zaqep qaton – subdivisão entre as duas
metades do verso: (a) entre o início do verso e o
atnach; (b) entre o início da 2ª metade e o sillûq‫׃‬
‫ְו ָהל ְ֤כּו ָבנָי ִ֙ו ְוע ִָ֣שּו ִּמשְתֶָׁ֔ ה ֵ ֵ֖בית ִּ ִ֣איש י ָֹ֑ומ ֹו‬
‫של ְָ֗חּו ְוק ְָרא ִּ֙ו ִּלש ְִֹ֣לשֶׁת ֶׁלא ֱִ֥כ ֹל ְו ִּלש ְֵ֖ת ֹות‬ָ ‫ְו‬
‫ִּעמָהֶׁ ָֽם׃‬
Zaqep qaton – subdivisão da 1ª
metade do verso.

Atnach – dividindo Sof pasuq – Sillûq – separa


o verso ao meio. ponto final a última divisão
Grupo 2
3. Acento zaqep gadol tem o mesmo valor que o
zaqep qaton, mas diferencia no valor musical.

ִ֙‫ַּויִּק ְָָ֨רא הָ ָָֽאדָָ֜ ם ש ֵָ֗מ ֹות ְלכָל־ ַּה ְב ֵהמָה‬


‫ש ַָּ֔מי ִּם ּול ְֵ֖כ ֹל ַּח ַּיִ֣ת ַּהש ֶׁ ָָ֑דה‬
ָ ‫ּול ְִ֣ע ֹוף ַּה‬
‫ּולְָאדָָ֕ ם ֹלָֽא־מָצָ ִ֥ א ֵ ֵ֖עזֶׁר ְכנֶׁג ְָֽד ֹו׃‬

Zaqep gadol – subdivisão da 2ª


metade do verso.
Como fica o verso?

Linha A ‫ְו ָהל ְ֤כּו ָבנָי ִ֙ו ְוע ִָ֣שּו ִּמשְתֶָׁ֔ ה‬


Linha B ‫ֵ ֵ֖בית ִּ ִ֣איש י ָֹ֑ומ ֹו‬
‫של ְָ֗חּו ְוק ְָרא ִּ֙ו ִּלש ְִֹ֣לשֶׁת ֶׁלא ֱִ֥כ ֹל ְו ִּלש ְֵ֖ת ֹות‬ ָ ‫ְו‬
Linha C ‫עמָהֶׁ ָֽם׃‬ ִּ
Sillûq - responsável pela última
divisão
Atnach – divide o verso ao meio.
Zaqep qaton – subdivisão da 1ª
metade do verso.
Ver os outros
exemplos de
disjuntivos e
conjuntivos no
material explicativo
A Poesia Hebraica
Características da Poesia Hebraica
5. Divisão das unidades - Petuchá (‫ )פ‬e Setumá (‫)ס‬.
 Petuchá (‫( פְתּו ָָ֔חה – )פ‬pəṯūḥāh – “aberta”) – sempre
quando aparecer este sinal ‫ פ‬, significa que a linha anterior
ficou aberta e prossegue até fechá-la com o próximo sinal
chamado setumá – “fechado” (‫ )ס‬. Ex.: Lm 1:22.
‫ָֽי־ר ִ֥ב ֹות‬
ַּ ִּ‫ֲשר ע ֹולַּ ָּ֛לְתָ ִּ ֵ֖לי ַּ ִ֣על כָל־ ְפש ָ ָָ֑עי כ‬ ִ֥ ֶׁ ‫ָל־רע ָ ָ֤תם ְל ָפנִֶׁ֙י ִָ֙ך וְע ֵֹולִ֣ל ָָ֔למ ֹו ַּכא‬ ָ ‫תָ ָ֨ב ֹא כ‬
‫ַאנְח ַּ ֵֹ֖תי ְול ִּ ִִּ֥בי דַּ ּוָ ָֽי׃ פ‬
 Setumá (‫ )ס‬- como o sinal no fim da linha 1:22 foi petuchá
(‫)פ‬, a unidade deste texto prossegue até Lm 2:1, que
termina com setumá (‫)ס‬. Este sinal fecha a unidade.
‫ש ִַּ֙מי ִּםִ֙ ֶָׁ֔א ֶׁרץ תִּ פ ֶׁ ְֵ֖א ֶׁרת יִּש ְָר ֵ ָ֑אל‬
ָ ‫ש ִּל֤יְך ִּמ‬
ְ ‫אֵיכָה֩ י ָ ִָּ֨עיב ְב ַּא ֤פ ֹו ׀ ֲאדֹנָ ִ֙י ֶׁאת־בַּת־צ ִָּ֔י ֹון ִּה‬
‫ֹם־רג ָ ְֵ֖ליו ב ְִ֥י ֹום ַּאפָֹֽו׃ ס‬ ַּ ‫וְֹלא־ז ָכַּ ִ֥ ר הֲד‬
A Poesia Hebraica
Características da Poesia Hebraica
6. Divisão dos versículos – sof pasuq (‫)׃‬, sinal que marca
o fim do verso, ex.: Lm 1:22.
‫ֹם־רג ָ ְֵ֖ליו ב ְִ֥י ֹום ַּאפָֹֽו׃‬
ַּ ‫הֲד‬
A Poesia Hebraica
Características da Poesia Hebraica
7. O acento:
 O sistema acentual é o mais usado na PHB. Através deste
sistema, se consegue contar o nº de sílabas de uma linha
e verificar o seu ritmo. É usado em todo o texto hebreu.
 Os acentos possuem quatro funções:
1. Servem de sinais de canto para a declamação ou
recitação do texto no culto da sinagoga.
2. Revelam a sílaba tônica das palavras.
3. Indicam a localização lógica das frases, ajudando na
divisão em unidades da linha.
4. Organizar o texto, permitindo uma indicação exata de
todas as partes do versículo.
A Poesia Hebraica
Características da Poesia Hebraica
 Conhecendo os acentos:
 Os acentos são divididos em dois grupos:
a. Disjuntivos – se encarregam da organização textual.
São os que demarcam o início e o fim do texto. Ajudam
na divisão dos versículos (amplitude maior – o texto).
b. Conjuntivos – indicam a relação sintática (combinação)
das palavras, que contribui na compreensão do texto
(amplitude menor – as palavras do texto).
Conhecendo os acentos: Na linha, o sinal atnach ָֽ֑
sempre vem antes que o
Acentos disjuntivos
sillûq ָֽֽ
Sinal Nome(s) Ex.: Este dois sinais ajudam na
ָֽֽ sillûq delimitação final do verso e
‫י ָָשָֽב‬ na divisão da linha em
 sempre no final do verso. Marca a duas partes antes do seu
interrupção principal no fim da final. Com esta marcação
linha. de sinais se consegue
ָֽ֑ atnach verificar o paralelismo
poético no verso. (Sl 1:1).
‫ע ָ ָָ֑מד‬ (a) ‫ּוב ֶׁ ְִ֣ד ֶׁרְך ַ֭ ַּח ָטאִּים ֹלִ֥ א ע ָ ָָ֑מד‬
 Divide o versículo em duas
“no caminho dos pecadores
metades: a + b. Por exemplo: Sl 1:1
não se detém,
 Divisor das sílabas mais curtas.
(b) ‫ֹושב ּ֝ ֵל ִָּ֗צים ֹלִ֣ א י ָָשָֽב׃‬
ִ֥ ַּ ‫ּובְמ‬
na roda dos escarnecedores
‫ֹושב ּ֝ ֵל ִָּ֗צים ֹלִ֣ א י ָָשָֽב׃‬
ִ֥ ַּ ‫ּוב ֶׁ ְִ֣ד ֶׁרְך ַ֭ ַּח ָטאִּים ֹלִ֥ א ע ָ ָָ֑מד ּובְמ‬ não se assenta.”
“no caminho dos pecadores não se
Conhecendo os acentos: Os acentos estão agrupados
em hierarquia:
Acentos disjuntivos
 1º - Imperadores:
Sinal Nome(s) Ex.: ָֽֽ sillûq – marca a
֥ ֥ ‘ôleh-wǝyôrēḏ interrupção principal no
fim da linha.
‫ש ִּ ִ֥עים‬
ָ ָׁ֫ ‫ְר‬
ִֽ֥ ָֽׁ֫ ‘ôleh-wǝyôrēḏ -
 Acento duplo e aparece sempre na acento duplo, pois divide o
sílaba acentuada e é o divisor das versículo em duas partes,
sílabas mais longas. divisor das sílabas mais
 Ao dividir a sílaba mais longa, é longas.
seguido pelo atnach ָֽ֑ que divide a ָֽ֑ atnach – acento
sílaba mais curta. duplo, pois subdivide a
 Ver as cópias sobre os acentos metade do verso que já foi
distribuídas em sala de aula. dividida pelo ‘ôleh-
wǝyôrēḏ, divide a sílaba
mais curta.
A Poesia Hebraica
Características da Poesia Hebraica
8. A linha.
a. A linha.
 A unidade básica da poesia é a linha, também chamada
de cólon.
 A linha pode ser estruturada de 4 maneiras:
1) Monocólon – linha isolada e semi-independente.
2) Bicólon – linha em pares (mais frequente).
3) Tricólon – linha trípade.
4) Tetracólon – linha em quatro partes.
A Poesia Hebraica
Características da Poesia Hebraica
1) Monocólon – Ex.: Ct 1:1.

“Cântico dos cânticos de Salomão”.

‫ֲשר ִּלשְֹלמָֹֽה׃‬
ִ֥ ֶׁ ‫ִּירים א‬
ֵ֖ ִּ ‫ִּ ִ֥שיר ַּהש‬
A Poesia Hebraica
Características da Poesia Hebraica
1) Monocólon – Ex.: Jó 6:1.

“Então, Jó respondeu”.

‫ַּו ַּיִ֥עַּן א ִָּ֗י ֹוב וַּי ֹאמַּ ָֽר׃‬


Outros exemplos (ver no texto da BHS):
Monocólon: Jó 9:1; 12:1; 34:1.
A Poesia Hebraica
2) Bicólon - linha em pares - – Lm 3:6 (ARA).

‫ג־כעַּש‬
ָ֑ ָ ‫ָֽי־לֶׁ ָֽ ֱאוִּיל יַּה ֲָר‬
ַ֭ ִּ‫כ‬
(a) “Porque a ira do louco o destrói,

‫ּוּ֝ פ ֹתֶָׁ֗ ה תָ ִּ ִ֥מית ִּקנְאָ ָֽה׃‬


(b) E o zelo do tolo o mata”.

Outros exemplos (ver no texto da BHS):


Bicólon: Pv 11:2; 16:1; Lm 3:13, 54.
A Poesia Hebraica
3) Tricólon – linha tríade - Sl 91:2.

‫א ֹ ַָּ֗מר ַ֭לַּ ָֽיהוָה‬


(a) “Diz ao SENHOR

‫ַּמח ִּ ְִ֣סי ּומְצּודָ ִּ ָ֑תי‬


(b) Meu refúgio e meu baluarte

‫ּ֝ ֱאֹל ַָּ֗הי ֶׁא ְבטַּח־בָֹֽו׃‬


(c) Deus meu em quem confio”.
A Poesia Hebraica
3) Tricólon – linha tríade - Sl 91:3.

‫ִּ ֤כי ִ֣הּוא ַ֭ י ַּצִּ ָֽילְָך‬


Outros exemplos (ver (a) “Pois Ele te livrará
no texto da BHS):
Tricólon: Sl 93:3;
‫מִּפַּ ִ֥ ח י ָָ֗קּוש‬
(b) do laço do passarinheiro
122:5; 130:6.
‫מִּדֶׁ ִ֥ בֶׁר ַּהּוָֹֽות׃‬
(c) da peste perniciosa”.
A Poesia Hebraica
4) Tetracólon – linha em 4 partes - Sl 79:6.

֮‫ש ְ֤פ ְֹך ֲחמָתְ ָָ֨ך אֶׁ ָֽל־הַּג ֹוי ִּם‬


“Derrama o Teu furor sobre as nações

Outros exemplos (ver no


‫ֲשר ֹלא־י ְדָָׁ֫ ִ֥עּוָך‬
ֶׁ֪ ֶׁ ‫א‬
que Te não conhecem
texto da BHS):
Tetracólon: Sl 101:2, 5. ‫ו ַּ ְִ֥על ַּמ ְמל ָָ֑כ ֹות‬
e sobre os reinos

‫שמ ְָָ֗ך ִֹ֣לא ק ָ ָָֽראּו׃‬


ִּ ‫ֲשר ּ֝ ְב‬
ִ֥ ֶׁ ‫א‬
que não invocam o Teu nome
Características da Poesia Hebraica
9. A estrofe. Exemplo de uma estrofe: Sl 94:1-7
 Estrofe é o conjunto de v.1 ‫ְהוָ֑ה ֵ ֵ֖אל נְק ִָ֣מ ֹות ה ֹופִּ ָֽי ַּע׃‬ ָ ‫אֵל־נְק ִָ֥מ ֹות י‬
dois ou mais versos que v.2 ‫ָשב ּ֝ ְג ָ֗מּול עַּל־גֵאִּ ָֽים׃‬ ִ֥ ֵ ‫ַ֭ ִּהנָשֵא ש ֵֹפִ֣ט ה ָ ָָ֑א ֶׁרץ ה‬
organizam a estrutura v. 3 ‫ש ִּעִ֥ים י ַּ ֲעֹלָֽזּו׃‬
ָ ‫ְהוָ֑ה עַּד־ ּ֝ ָמתַָּ֗ י ְר‬ ָ ‫ש ִּעִ֥ים ׀ י‬ ָ ‫עַּד־מ ַּ ֵָ֖תי ְר‬
composicional de textos
v. 4 ‫ָל־פ ֹ ֲעלֵי אָ ָֽוֶׁן׃‬ִ֥ ‫י ִּ ִַּ֣ביעּו י ְדַּ ב ְִ֣רּו ע ָ ָָ֑תק ּ֝ ִּי ָֽתְ ַּא ְמ ָ֗רּו כ‬
poéticos.
v. 5 ‫ְהוִ֣ה י ְדַּ כ ְָ֑אּו וְ ָֽנַּ ֲחלָתְ ָךִ֥ י ְ ַּענָּֽו׃‬
ָ ‫עַּמְָךִ֣ י‬
 As estrofes são definidas
como sendo cada uma v. 6 ‫ַ֭אַּ ְל ָמנָה ו ְֵגִ֣ר יַּה ֲָ֑ר ֹגּו וִּ ָֽית ִּ ִֹ֣ומים י ְַּרצֵ ָֽחּו׃‬
das seções que v. 7 ‫ַ֭ ַּויִֹ֣א ְמרּו ֹלִ֣ א י ְִּראֶׁה־ ָיָּ֑ה וְֹלא־ ּ֝י ָ ִָּ֗בין אֱֹלהֵ ִ֥י יַּעֲקָֹֽב׃‬
constituem um poema.
Cada seção é composta
pelo agrupamento de
versos, rimados ou não,
com unidade de sentido e
ritmo.
‫‪Exemplo de estrofes: Sl 94 – ver a tradução na ARA‬‬
‫‪Estrofe nº 3‬‬ ‫‪Estrofe nº 1‬‬
‫ַּאש ֵ ְ֤רי ׀ ה ֶׁ ִַּ֣גבֶׁר ֲאשֶׁר־תְ יַּס ֶׁ ְִ֣רנּו ָיָּ֑ה ָּֽומִּת ָֹורתְ ָךִ֥ ‪v. 12‬‬ ‫ְהוָ֑ה ֵ ֵ֖אל נְק ִָ֣מ ֹות ה ֹופִּ ָֽי ַּע׃ ‪v.1‬‬ ‫אֵל־נְק ִָ֥מ ֹות י ָ‬
‫תְ ַּלמ ְֶׁדָֽנּו׃‬ ‫ָשב ּ֝ ְג ָ֗מּול עַּל־גֵאִּ ָֽים׃ ‪v.2‬‬ ‫ַ֭ ִּהנָשֵא ש ֵֹפִ֣ט ה ָ ָָ֑א ֶׁרץ ה ֵ ִ֥‬
‫שחַּת׃ ‪v. 13‬‬ ‫ְהוָ֑ה עַּד־ ּ֝ ָמתַָּ֗ י ְרש ִָּעִ֥ים י ַּ ֲעֹלָֽזּו׃ ‪ְ v. 3‬ל ַּהש ִּ ְִ֣קיט ֹלֵ֖ ו ִּ ִ֣מימֵי ָ ָ֑רע ַּ ֤עד יִּכ ֶׁ ֵָ֖רה ל ָָר ָ ִ֣שע ָ ָֽ‬ ‫עַּד־מ ַּ ֵָ֖תי ְרש ִָּעִ֥ים ׀ י ָ‬
‫ְהוִ֣ה ע ַָּ֑מ ֹו ְּ֝ונַּ ֲחל ָָ֗ת ֹו ֹלִ֣ א יַּעֲז ָֹֽב׃ ‪v. 14‬‬
‫ִּכ֤י ׀ ֹלא־י ִִּ֣ט ֹש י ָ‬ ‫ָל־פ ֹ ֲעלֵי אָ ָֽוֶׁן׃ ‪v. 4‬‬‫י ִּ ִַּ֣ביעּו י ְדַּ ב ְִ֣רּו ע ָ ָָ֑תק ּ֝ ִּי ָֽתְ ַּאמ ְָ֗רּו כ ִ֥‬
‫כִּ ָֽי־עַּד־ ַ֭ ֶׁצדֶׁ ק י ִָ֣שּוב ִּמש ָ ְָ֑פט ְּ֝וַאח ֲָָ֗ריו כָל־יִּש ְֵרי־לֵ ָֽב׃ ‪v. 15‬‬ ‫ְהוִ֣ה י ְדַּ כ ְָ֑אּו וְ ָֽנַּ ֲחלָתְ ָךִ֥ י ְ ַּענָּֽו׃ ‪v. 5‬‬
‫ַּעמְָךִ֣ י ָ‬
‫ִּם־פ ֹ ֲעלֵי ‪v. 16‬‬
‫מִּ ָֽי־י ִָ֣קּום ַ֭ ִּלי עִּם־מ ְֵר ִּ ָ֑עים מִּ ָֽי־י ִּתְ י ַּצֵ ִ֥ב ּ֝ ִּלי ע ִ֥‬ ‫ַ֭ ַּא ְל ָמנָה ו ְֵגִ֣ר יַּה ֲָ֑ר ֹגּו וִּ ָֽית ִּ ִֹ֣ומים י ְַּרצֵ ָֽחּו׃ ‪v. 6‬‬
‫אָ ָֽוֶׁן׃‬ ‫ַ֭ ַּויִֹ֣אמְרּו ֹלִ֣ א י ְִּראֶׁה־ ָיָּ֑ה וְֹלא־ ּ֝י ָ ִָּ֗בין אֱֹלהֵ ִ֥י יַּעֲקָֹֽב׃ ‪v. 7‬‬
‫‪Estrofe nº 4‬‬ ‫‪Estrofe nº 2‬‬
‫דּומה נַּפ ְִּשָֽי׃ ‪v. 17‬‬‫שכ ְָנֵ֖ה ָ ִ֣‬ ‫לּולִ֣י ַ֭ י ְהוָה ֶׁעז ָ ְִ֣רתָ ה ִּלָ֑י ִּכ ְמ ַַּ֓עט ׀ ָ ָֽ‬ ‫ֵ‬ ‫ַ֭ ִּבינּו בֹע ִּ ֲִ֣רים ב ָ ָָ֑עם ּוּ֝ ְכסִּי ִָּ֗לים מ ַּ ִָ֥תי תַּ שְכִּ ָֽילּו׃ ‪v. 8‬‬
‫ה ֲִ֣נ ֹ ַּטָֽע ֵ֖א ֹזֶׁן הֲֹלִ֣ א יִּש ָ ְָ֑מע אִּ ָֽם־יִֹ֥צֵ ָֽר ּ֝ ָ֗ ַּעי ִּן הֲֹלִ֣ א י ַּבִּ ָֽיט׃ ‪ v. 9‬אִּם־ ַ֭ ָאמ ְַּרתִּ י ָ ִ֣מטָה ַּרג ְִּלָ֑י ַּחסְדְ ָךִ֥ ּ֝י ְה ָ֗ ָוה י ִּ ְסע ֵ ָָֽדנִּי׃ ‪v. 18‬‬
‫ש ַּעשְעִ֥ ּו נַּפ ְִּשָֽי׃ ‪v. 19‬‬ ‫ב ְִ֣ר ֹב ש ְַּרע ַַּּפִ֣י ְבק ְִּר ִּ ָ֑בי ּ֝תַּ נְחּו ֶָׁ֗מיָך ְי ָֽ ַּ‬ ‫ָאדם דָ ָֽעַּת׃ ‪v. 10‬‬ ‫הֲי ֵ ִֹ֣סר ַ֭ג ֹוי ִּם הֲֹלִ֣ א י ִּ ָֹ֑וכי ַּח הַּ ָֽ ְמל ֵ ֵַּ֖מד ָ ִ֣‬
‫ַ֭הַּ ָֽי ְ ָחב ְְרָך כ ֵ ִִּ֣סא ַּה ָּ֑וֹות י ֵ ֵֹ֖צר ע ָ ִָ֣מל ֲעלֵי־חָֹֽק׃ ‪v. 20‬‬ ‫ָאדם כִּי־הֵ ִ֥ מָה הָ ָֽבֶׁל׃ ‪v. 11‬‬ ‫ְי ָֽה ָ֗ ָוה ַ֭י ֹדֵ ַּע ַּמ ְחש ְִ֣ב ֹות ָ ָ֑‬
‫ַּל־נפֶׁש צ ִּ ַָּ֑דיק ו ָ ְֵ֖דם נ ִּ ִָ֣קי י ְַּר ִּשָֽיעּו׃ ‪v. 21‬‬ ‫ַ֭ י ָג ֹודּו ע ֶׁ ִ֣‬
‫ְהוִ֣ה ִּלִ֣י ְל ִּמש ְָגָ֑ב ֵּ֝ואֹל ַָּ֗הי לְצִ֣ ּור ַּמחְסִּ ָֽי׃ ‪v. 22‬‬ ‫ַּוי ְ ִִּ֬הי י ָ‬
‫ִּיתם ‪v. 23‬‬ ‫ַּו ָי֤שֶׁב ֲעלֵי ֶָׁ֨הם ׀ אֶׁת־א ֹו ָָ֗נם ּוב ְָרע ָ ִָ֥תם י ַּ ְצמ ֵ ָ֑‬
‫ּ֝י ַּ ְצמִּיתֵָ֗ ם י ְהוָ ִ֥ה אֱֹלהֵ ָֽינּו׃‬
Características da Poesia Hebraica
10. O estribilho – refrão/coro - Verso ou versos repetidos no final
de cada estrofe de uma poesia/canção. Ex: Sl 42-43.
Vs. 1 – 4 - 1ª estrofe.
V. 5 - Estribilho/coro - “Por que estás abatida, ó minha alma? Por
que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda O
louvarei, a Ele, meu auxílio e Deus meu.”
Vs. 6-10 - 2ª estrofe.
V. 11 - Estribilho/coro - “Por que estás abatida, ó minha alma? Por
que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda O
louvarei, a Ele, meu auxílio e Deus meu.”
43:1-4 – 3ª estrofe.
V. 5 – Estribilho/coro - “Por que estás abatida, ó minha alma? Por
que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda O
louvarei, a Ele, meu auxílio e Deus meu.”
Outro exemplo: Sl 136.
A Poesia Hebraica
Características da Poesia Hebraica
11. O paralelismo.
 A principal característica da
poesia hebraica.
 Marca característica do
verso hebraico e o
diferencial entre prosa e
poesia.
 Na poesia bíblica, ideias e
expressões são postas em
paralelo, uma com as outras
dos mais diferentes modos.
Tipos de paralelismo:
1. Paralelismo sinônimo – a 2ª linha do verso repete ou reforça o
que foi dito na linha anterior.
“Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é
coberto.” Sl 32:1.
Outros exemplos de
sinônimo: Sl 2:4; 3:1; 24:1. ‫ַּאש ֵ ְִ֥רי ְנ ָֽשּוי־ ֶָׁ֗פשַּע כ ְִ֣סּוי ֲחטָאָ ָֽה׃‬
Paralelismo e divisão em linhas de acordo com os acentos, rima
e sinônimo gramatical: Rebia
Linhas intercaladas pelo Linha A - ‫ַּאש ֵ ְִ֥רי ְנ ָֽשּוי־ ֶָׁ֗פשַּע‬
sinônimo gramatical e
peša (subs.) ‘nəśui’ (verbo) ašrê (subs.)
som
A - ašrê (subs.). transgressão [a] perdoada [é] bem-aventurado
B - ‘nəśui’ (verbo) som
A - peša (subs.) som Silluq Linha B - ‫כ ְִ֣סּוי ֲחטָאָ ָֽה׃‬
B - kəsui (verbo) som ḥăṭā’āh (subs.) kəsui (verbo)
A - ḥăṭā’āh (subs.) som pecado [aquele é] coberto.
Tipos de paralelismo:
2. Paralelismo antitético - A linha seguinte contrasta o pensamento
da anterior.
“Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos
gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus. Eles se encurvam e
caem; nós, porém, nos levantamos e nos mantemos de pé.” Sl 20:7-8.

A - “Uns confiam em carros, outros, em cavalos;


B - nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus.

A - Eles se encurvam e caem;


B - nós, porém, nos levantamos e nos mantemos de pé.”
Tipos de paralelismo:
3. Paralelismo sintético – a linha seguinte acrescenta informações à
linha anterior sobre o tema ou o assunto.
“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não
se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos
escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua
lei medita de dia e de noite.” Sl 1:1-2.
A - “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios,
A’ - não se detém no caminho dos pecadores,
A’’ - nem se assenta na roda dos escarnecedores.
A’’’ - Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR,
A’’’’ - e na sua lei medita de dia e de noite.”
Tipos de paralelismo:
4. Paralelismo ascendente – semelhante a degraus de uma escada,
cada linha subsequente vai subindo em direção a um clímax.
“Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as
estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o
filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco,
menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.” Sl 8:3-5.
A - “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos,
A’ - e a lua e as estrelas que estabeleceste,
A’’ - que é o homem, que dele te lembres?
A’’’ - E o filho do homem, que o visites?
A’’’’ - Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus
A’’’’’ - e de glória e de honra o coroaste.”
Outros ex.: Sl 29 e 150.
Tipos de paralelismo:
5. Paralelismo quiástico –
paralelismo no qual as
linhas, ou o pensamento,
diametralmente opostos,
estão relacionados entre si.
Uma sequência de repetição
em ordem invertida.
 A repetição pode ocorrer em
nível fonético, léxico,
gramatical e semântico.
 A ocorrência do quiasmo é
mais frequente em linhas que
se dividem em duas ou quatro
partes.
Tipos de paralelismo:
 Quiasmo em linhas de três partes:
 Sl 7:16 - “A sua malícia lhe recai sobre a cabeça, e sobre a
própria mioleira desce a sua violência”. ARA.
 “Sua iniquidade se volta contra ele; sua violência recai
sobre a sua cabeça” – NVI.
 “Assim eles são castigados pela sua própria maldade, são
feridos pela sua própria violência” – NTLH.

BHS ‫י ֵ ֵָֽרד׃‬ ‫ֹאש ֹו ו ַּ ְִ֥על ּ֝ ָקדְ ק ֳָ֗ד ֹו ֲחמ ִָ֥ס ֹו‬


ָ֑ ‫י ִָ֣שּוב ֲעמ ִָֹ֣לו בְר‬
Identificando o paralelismo:
‫ֹאש ֹו ו ַּ ְִ֥על ּ֝ ָקדְ ק ֳָ֗ד ֹו ֲחמ ִָ֥ס ֹו י ֵ ֵָֽרד׃‬
ָ֑ ‫י ִָ֣שּוב ֲעמ ִָֹ֣לו בְר‬
1º - Identificando as linhas (cólons) – separadas por acentos.
wərōšōw ‘ămālōw yāšūḇ
cabeça própria sua sobre maldade sua retornará
(a) linha separada pelo atnah - ‫ֹאש ֹו‬
ָ֑ ‫י ִָ֣שּוב ֲעמ ִָֹ֣לו בְר‬
crânio próprio seu sobre e - qāḏəqoḏōw wə‘al
(b) linha separada pelo rebia - ‫ו ַּ ְִ֥על ּ֝ ָקדְ ק ֳָ֗ד ֹו‬
descerá violência sua - yêrêḏ ḥămāsōw

(c) linha separada pelo silluq ‫חֲֽ מ ִָ֥ס ֹו י ֵ ֵָֽרד׃‬


Identificando o paralelismo:
‫ֹאש ֹו‬
ָ֑ ‫י ִָ֣שּוב ֲעמ ִָֹ֣לו בְר‬
Linha A - retornará sua maldade sobre sua própria cabeça
‫ו ַּ ְִ֥על ּ֝ ָקדְ ק ֳָ֗ד ֹו‬
Linha B - e sobre seu próprio crânio
‫ֲחמ ִָ֥ס ֹו י ֵ ֵָֽרד׃‬
Linha C - sua violência descerá
Identificando o paralelismo: gramática do texto
‫ֹאש ֹו ו ַּ ְִ֥על ּ֝ ָקדְ ק ֳָ֗ד ֹו ֲחמ ִָ֥ס ֹו י ֵ ֵָֽרד׃‬
ָ֑ ‫י ִָ֣שּוב ֲעמ ִָֹ֣לו בְר‬
verbo – “retornará” - ‫י ִָ֣שּוב‬
substantivo – “sua maldade” - ‫עמ ִָֹ֣לו‬ ֲ
substantivo – “sobre sua própria cabeça” - ‫ֹאש ֹו‬ ָ֑ ‫בְר‬
preposição – “e sobre” - ‫ְעל‬ ִ֥ ַּ ‫ו‬
substantivo – “seu próprio crânio” - ‫קדְ ק ֳָ֗ד ֹו‬ ָ ּ֝
substantivo – “sua violência” - ‫חמ ִָ֥ס ֹו‬ ֲ
verbo – “descerá” - ‫י ֵ ֵָֽרד׃‬
2 verbos 1 preposição 2 pares de substantivos
Identificando o quiasmo pelos acentos
‫ֹאש ֹו ו ַּ ְִ֥על ּ֝ ָקדְ ק ֳָ֗ד ֹו ֲחמ ִָ֥ס ֹו י ֵ ֵָֽרד׃‬
ָ֑ ‫י ִָ֣שּוב ֲעמ ִָֹ֣לו בְר‬
verbo – “retornará” - ‫י ִָ֣שּוב‬
substantivo – “sua maldade” - ‫עמ ִָֹ֣לו‬ ֲ
substantivo – “sobre sua própria cabeça” - ‫ֹאש ֹו‬ ָ֑ ‫בְר‬
pp/sub – “e sobre seu próprio crânio”- ‫קדְ ק ֳָ֗ד ֹו‬ ָ ּ֝ ‫ו ַּ ְִ֥על‬
substantivo – “sua violência” - ‫חמ ִָ֥ס ֹו‬ ֲ
verbo – “descerá” - ‫י ֵ ֵָֽרד׃‬
 A preposição é unida ao substantivo devido aos acentos sinnôrît,
fazendo com que as duas palavras estejam juntas.
 Assim, o centro do quiasmo é o 2º par de subst., os quais carregam a
palavra “sobre”.
Identificando o quiasmo: sintaxe gramatical
‫ֹאש ֹו ו ַּ ְִ֥על ּ֝ ָקדְ ק ֳָ֗ד ֹו ֲחמ ִָ֥ס ֹו י ֵ ֵָֽרד׃‬
ָ֑ ‫י ִָ֣שּוב ֲעמ ִָֹ֣לו בְר‬
verbo – “retornará” - ‫י ִָ֣שּוב‬
substantivo – “sua maldade” - ‫עמ ִָֹ֣לו‬ ֲ
substantivo – “sobre sua própria cabeça” - ‫ֹאש ֹו‬ ָ֑ ‫בְר‬
pp/sub – “e sobre seu próprio crânio”- ‫קדְ ק ֳָ֗ד ֹו‬ ָ ּ֝ ‫ו ַּ ְִ֥על‬
substantivo – “sua violência” - ‫חמ ִָ֥ס ֹו‬ ֲ
verbo – “descerá” - ‫י ֵ ֵָֽרד׃‬
 A 1ª palavra da 1ª linha é um verbo que está no Qal imperfeito, na 3ª
pessoa do masc. sing. - “retornará” – ‫ שּוב‬- shub
 A última palavra da última linha é também um verbo que está no Qal
imperfeito, na 3ª pessoa do masc. sing. - “descerá” – ‫י ַָּרד‬ - yarad
Identificando o quiasmo: sintaxe gramatical
‫ֹאש ֹו ו ַּ ְִ֥על ּ֝ ָקדְ ק ֳָ֗ד ֹו ֲחמ ִָ֥ס ֹו י ֵ ֵָֽרד׃‬
ָ֑ ‫י ִָ֣שּוב ֲעמ ִָֹ֣לו בְר‬
verbo – “retornará” - ‫י ִָ֣שּוב‬
substantivo – “sua maldade” - ‫עמ ִָֹ֣לו‬ ֲ
substantivo – “sobre sua própria cabeça” - ‫ֹאש ֹו‬ ָ֑ ‫בְר‬
pp/sub – “e sobre seu próprio crânio”- ‫קדְ ק ֳָ֗ד ֹו‬ ָ ּ֝ ‫ו ַּ ְִ֥על‬
substantivo – “sua violência” - ‫חמ ִָ֥ס ֹו‬ ֲ
verbo – “descerá” - ‫י ֵ ֵָֽרד׃‬

 Na 1ª linha, o verbo (‫ )י ִָ֣שּוב‬é seguido pelo substantivo (‫) ֲעמ ִָֹ֣לו‬.


 Na última linha ocorre o inverso, o substantivo (‫ ) ֲח ָמ ִ֥ס ֹו‬é
seguido pelo verbo (‫)י ֵ ֵָֽרד‬.
Identificando o quiasmo: sintaxe gramatical
‫ֹאש ֹו ו ַּ ְִ֥על ּ֝ ָקדְ ק ֳָ֗ד ֹו ֲחמ ִָ֥ס ֹו י ֵ ֵָֽרד׃‬
ָ֑ ‫י ִָ֣שּוב ֲעמ ִָֹ֣לו בְר‬
verbo – “retornará” - ‫י ִָ֣שּוב‬
substantivo – “sua maldade” - ‫עמ ִָֹ֣לו‬ ֲ
substantivo – “sobre sua própria cabeça” - ‫ֹאש ֹו‬ ָ֑ ‫בְר‬
pp/sub – “e sobre seu próprio crânio”- ‫קדְ ק ֳָ֗ד ֹו‬ ָ ּ֝ ‫ו ַּ ְִ֥על‬
substantivo – “sua violência” - ‫חמ ִָ֥ס ֹו‬ ֲ
verbo – “descerá” - ‫י ֵ ֵָֽרד׃‬

 O centro do quiasmo está entre a última palavra da 1ª linha


(‫ֹאש ֹו‬
ָ֑ ‫ )ְֽ ר‬e as duas primeiras palavras da 2ª linha (‫)ו ַּ ְִ֥על ּ֝ ָקדְ ק ֳָ֗ד ֹו‬.
Identificando o quiasmo: dois caminhos
‫ֹאש ֹו ו ַּ ְִ֥על ּ֝ ָקדְ ק ֳָ֗ד ֹו ֲחמ ִָ֥ס ֹו י ֵ ֵָֽרד׃‬
ָ֑ ‫י ִָ֣שּוב ֲעמ ִָֹ֣לו בְר‬
verbo - A – “retornará” - ‫י ִָ֣שּוב‬
substantivo - B – “sua maldade” - ‫עמ ִָֹ֣לו‬ ֲ
sub - C – “sobre sua própria cabeça” - ‫ֹאש ֹו‬ ָ֑ ‫בְר‬
sub - C’ – “e sobre seu próprio crânio”- ‫קדְ ק ֳָ֗ד ֹו‬ ָ ּ֝ ‫ו ַּ ְִ֥על‬
substantivo - B’ – “sua violência” - ‫חמ ִָ֥ס ֹו‬ ֲ
verbo - A’ – “descerá” - ‫י ֵ ֵָֽרד׃‬
2. Pela sintaxe gramatical formam 6 linhas e 3 pares.
Linha A e A’
Linha C e C’ – identificação do centro do quiasmo – linhas C’s.
Linha B e B’
A função principal do quiasmo
 Estabelecer o ponto central
do poema.
 O ponto central pode
representar duas coisas:
1. O clímax do poema.
2. O seu ponto de mudança.
Há dois tipos de quiasmo
1. Simétrico: com centro duplo, representado pela estrutura
abc//c’b’a’. Exemplo: Is 22:22.
‫ּופָתַּ חִ֙ ו ֵ ְִ֣אין ס ֹ ֵָ֔גר ְוס ַּ ֵָ֖גר וְאֵ ִ֥ ין פ ֵ ָֹֽתחַּ׃‬
a - E ele abrirá - verbo - ִ֙‫ּופָתַּ ח‬
b - e ninguém - particípio - ‫ְאין‬ ִ֣ ֵ ‫ו‬
c - fechará - verbo - ‫ס ֹ ֵָ֔גר‬
c’ - e [ele] fechará - verbo - ‫ָגר‬ ֵ֖ ַּ ‫ְוס‬
b’ - e ninguém - particípio - ‫וְאֵ ִ֥ ין‬
a’ - abrirá - verbo - ‫ח‬ ַּ ‫פ ֵ ָֹֽת‬
Há dois tipos de quiasmo
2. Assimétrico: com centro único, representado pela
estrutura a-b-c-b’-a’. Exemplo: Jz 3:7-16:31.

a – Otniel e sua boa esposa (3:7-11).


b – Eúde e as vitórias nos vaus do Jordão (3:12-31).
c – Débora: o crânio inimigo esmagado pela mulher
(4:1-5:31).
d – Gideão: ponto de mudança (6:1-8:32).
c’ – Abimeleque: crânio de juiz esmagado pela mulher
(8:33-10:5).
b’ – Jefté e a guerra civil nos vaus do Jordão (10:6-12:15).
a’ Sansão e suas más esposas (13:1-16:31).

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