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CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA
Fortaleza, Ceará
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA
Multímetro Analógico
Fortaleza, Ceará
2018
SUMÁRIO
1. OBJETIVO ................................................................................................ 1
4. PROCEDIMENTOS .................................................................................. 6
5. QUESTIONÁRIO .................................................................................... 10
6. CONCLUSÃO ......................................................................................... 13
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA
Nesta prática será abordado o estudo e o uso de um aparelho eletrônico que
por muito tempo foi o principal instrumento de medição de tensão, corrente e
resistência que se tinha a disposição dos cientistas e dos pesquisadores que
trabalhavam com a eletricidade, tal aparelho é o Multímetro Analógico, como já
foi abordado em prática anteriores o multímetro digital, não é difícil entender
quais funções o analógico pode exercer, pois elas são as mesmas para os dois
aparelhos com, o ohmímetro, o voltímetro e o amperímetro, mas com duas
diferenças principais, a primeira é que o multímetro analógico não tem a
capacidade de medir correntes alternadas, sendo essa a principal evolução para
o digital, pois nele são possíveis todas as medições para essas três funções e a
segunda diferença é na sua funcionalidade, junto com a forma de compreender
a medição, pelo fato de ser analógico se torna necessário uma grande atenção
do observador que faz a medida, para evitar a paralaxe do olhar e ocasionar
eventuais erros nos dados.
Para funcionar, o multímetro analógico tem um componente principal
conhecido como galvanômetro d’ Arsonval, esse instrumento tem o princípio de
operação com inúmeras aplicações em aparelhos elétricos, como exemplo os
motores, que trabalham com rotação gerada pelas forças que atuam em espiras
colocadas em um campo magnético, dessa maneira, os galvanômetros
trabalham, indicando a corrente elétrica gerada nesse processo e se for
devidamente regulado podendo fazer a medição dessa corrente. Seu
funcionamento no multímetro analógico se baseia em um condutor que é
percorrido por uma corrente elétrica, agindo sobre esse condutor existe uma
força magnética, pois ele está em um campo magnético, que é gerado por um
imã que entre seus polos existe uma bobina que gira em torno de um eixo
perpendicular a esse campo. Ligada a bobina tem um ponteiro no qual sua
extremidade inferior é fixa em uma mola, assim, quando uma corrente elétrica
percorre a bobina, as forças magnéticas passam atuar, gerando uma
perturbação nesse sistema, até que ele entre em um equilíbrio mutuo da força
magnética e da força elástica da mola, no qual esse ponto fixo que o ponteiro
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atingiu é de acordo com a medida a ser verificada no visor da superfície externa
do multímetro, como também com a escala que foi escolhida para realizar a
medição.
Para cada uma das três funções o multímetro analógico tem uma forma
especifica de operar, assim, para a primeira delas, se tem o ohmímetro, a sua
principal função é medir as resistências ele é composto de acordo com a figura
1, por um galvanômetro d’Arsonval (identificado pela resistência RG), uma
resistência fixa R ligada ao terminal negativo, uma resistência de ajuste manual
r (que pode ser variada) e uma fonte de tensão E (fonte fornecida em laboratório)
ligada ao terminal positivo.
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Sempre que for feita uma medição de resistência, deve ser escolhida a
escala necessária no multímetro analógico, após isso, ele deve ser curto-
circuitado, ou seja, ligar as duas entradas de um cabo, nos terminais positivos e
negativos do multímetro respectivamente e se for preciso mudar a escala, deve
ser feito esse procedimento outra vez. A função do resistor variável r é para o
experimentador ajustar manualmente o ponteiro para o ponto 0, junto com o R e
o Rg são resistências internas. Portanto, quando acorre esse curto-circuito o Rx
vai para 0, se tem essa nova equação:
𝐸
𝐼 = 𝐼𝑔 = (3)
𝑅𝑖𝑛𝑡
3
A função do voltímetro é mais prática que a do ohmímetro, pois não
necessita refazer o curto no sistema para fazer uma nova medição, como
também se apresenta um circuito mais simples, pois é composto por um
galvanômetro d’Arsonval em série com um resistor que é chamado de Rm, que
tem a função principal de limitar a corrente que vai passar nesse circuito, dessa
forma, ao escolher uma escala V, que gera a maior tensão possível nessa escala
regulada, se tem um corrente máxima passando por esse circuito, então
podemos expressar matematicamente, essa corrente conhecida como a de
consumo do galvanômetro que passa pelo voltímetro:
𝑉
𝐼𝑔 = (6)
𝑅𝑚+𝑅𝑔
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eixos, no qual o mais alto vai do 0 ao 10, o do meio vai do 0 ao 50, tendo para
esses dois a coloração preta e o inferior vai do 0 ao 250, esse já se diferencia,
pois tem a cor vermelha, como também é só por meio dele que os valores de
corrente alternada são medidos, já os valores para a continua podem ser
qualquer um dos três, dessa forma, o que vai distinguir em qual desses eixos
deve ser feita a leitura, será a escala usada para a medição da sua determinada
tensão. Quando não se conhece o valor a ser medido, deve usar a maior escala,
depois ir diminuindo gradativamente, para não danificar o aparelho e ao fazer a
medida olhar sempre frontalmente para o visor do multímetro, a fim de evitar a
paralaxe e consequentemente a perda de dados.
O amperímetro do multímetro analógico tem a função principal de indicar
a passagem da corrente elétrica, como as outras duas funções também é
baseado no galvanômetro d’Arsonval, dessa forma, se for devidamente
graduado ele pode medir a intensidade de corrente continua, não só indica-la. A
menor escala de corrente do amperímetro é a de 50 µA, sendo a ela a corrente
que passa diretamente pela bobina do galvanômetro sendo chamada de I g e
tendo resistência Rg, porém, com o uso somente do galvanômetro essa é a
escala máxima em que é possível fazer a medição, sendo um valor muito baixo,
a partir disso, ligando em paralelo um novo resistor chamado shunt, se faz
possível adquirir novas escalas, pois ele absorve uma parte da corrente e não
sobrecarrega o galvanômetro e pode ser expresso por essa equação:
𝐼𝑔 𝑥 𝑅𝑔
𝑅𝑠 = (8)
(𝐼−𝐼𝑔)
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3. MATERIAIS UTILIZADOS
• Fonte de Tensão continua (regulável de 0 ... 12 V);
• Resistores (placa com 7 resistores, resistores em base de madeira: R1 =
330 kΩ, R2 = 1 kΩ e R3 = 3,3 kΩ);
• Placa com circuito divisor de tensão;
• Tábua com 5 resistores iguais em série;
• Multímetro Analógico;
• Cabos;
4. PROCEDIMENTOS
PROCEDIMENTO 1: Medidas de Resistência.
Após as explicações dadas pelo professor sobre como trabalhar com o
multímetro analógico, quais as melhores formas de se fazer as medições e uma
revisão de como utilizar os aparelhos eletrônicos que usaríamos na prática,
começamos no primeiro procedimento a usar o multímetro e ver na prática seu
funcionamento. Fizemos as conexões necessárias, escolhemos as escalas
apropriadas, pois tínhamos a noção pelo Rnominal encontrado por meio do código
de cores e fizemos o curto-circuito necessário para zerar o ponteiro, fazendo
após isso o ajuste manual, a fim de fazer as medições dos 7 resistores
enfileirados na placa. Primeiro, observamos e anotamos as escalas para o
ohmímetro fornecido e preenchemos em tabela os dados obtidos.
Tínhamos que pegar as medições da parte que fornecia os dados para o
Ohmímetro: X1, X10, X100, X1k e X10k. Fatores que multiplicarão os valores
marcados pelo ponteiro.
Tabela 1. Valores medidos de resistência e determinação de erro.
R Rnominal Rmedido Escala Erro (%)
1 3,3 KΩ, 5% 3,1 KΩ X100 6,06%
2 8,2 Ω, 5% 10 Ω X1 18,00%
3 470 Ω, 5% 440 Ω X100 6,81%
4 820 Ω, 5% 800 Ω X100 2,50%
5 1 KΩ, 5% 0,9 KΩ X100 10,00%
6 180 Ω, 5% 170 Ω X10 5,55%
7 46 KΩ, 5% 36 KΩ X1000 21,73%
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PROCEDIMENTO 2: Medidas de Tensão
Pelas instruções para se fazer a medição, tínhamos que tomar cuidado
com as escalas que estavam sendo utilizadas para verificar o valor correto de
tensão, fazendo a diferenciação de que a parte dos valores em preto eram pra
tensão continua e a parte em vermelho para tensão alternada. Primeiro,
observamos e anotamos as escalas de Tensão Continua (DC) para o voltímetro
fornecido.
Tínhamos que pegar as medições da parte que fornecia os dados para o voltímetro:
0.1 V, 0.5 V, 2.5 V, 10 V, 50 V, 250 V e 1000V.
(6), essa equação vale para uma senóide, assim VP é o valor mais alto de tensão
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que faz a curva dessa senóide, no qual é chamado de pico, assim quando
associamos a tensão eficaz (VEF) em um mesmo resistor que essa tensão da
senóide, devemos encontrar dissipações de potencias iguais. Medimos as
tensões alternadas (parte em vermelho no visor) que foram necessárias em
tabela (saídas AC da fonte e tomadas de mesa), indicando o valor eficaz, o valor
de pico e a escala usada. Portanto, para e completar a tabela, ou seja, para
calcular o valor de pico é bem simples, pois pela equação mostrada, podemos
perceber que o valor que não temos é o VP, portanto se isolarmos ele, podemos
aplicar os valores encontrados para VEF e por fim achar o valor de pico, assim,
temos:
VEF = VP √2 ⇒ VP = √2 x VEF = √2 x 225 = 318,20 V (7)
VEF = VP √2 ⇒ VP = √2 x VEF = √2 x 120 = 169,71 V
VEF = VP √2 ⇒ VP = √2 x VEF = √2 x 7 = 9,90 V
VEF = VP √2 ⇒ VP = √2 x VEF = √2 x 13 = 18,38 V
Tabela 3. Medidas de tensão alternada.
Vnominal (V) Escala (V) VEF MEDIDO (V) VPICO (V)
TOMADA DE MESA (1) 220 V 250 V 225 V 318,20 V
TOMADA DE MESA (2) 110 V 250 V 120 V 169,71 V
SAÍDA DA FONTE (1) 6V 50 V 7V 9,90 V
SAÍDA DA FONTE (2) 12 V 50 V 13 V 18,38 V
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Com a fonte em 10 V, montamos o circuito, a fim de medir as correntes de R 1,
R2 e R3, anotando em tabela os resultados e fazendo o esquema de ligações.
Tabela 4. Medidas de corrente elétrica.
Esquema de ligação do amperímetro ao circuito I (µA)
29 µA
16 µA
5 µA
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5. QUESTIONÁRIO
1) Abaixo temos ilustrado o mostrador de um multímetro analógico típico.
Faça a leitura indicada pela posição do ponteiro considerando cada uma
das escolhas possíveis da chave seletora indicada na tabela.
Figura 2. Visor do multímetro analógico que deverá ser medido. DIAS, Nildo Loiola –
Eletricidade e Magnetismo I - Roteiro de Práticas. P 47.
Posição da chave seletora Leitura e unidade
Ohmímetro X1 30 Ω
Ohmímetro X10 300 Ω
Ohmímetro X100 3000 Ω
Ohmímetro X1k 30 KΩ
Ohmímetro X10k 300 KΩ
Voltímetro (DCV) 0.1 0,04 V
Voltímetro (DCV) 0.5 0,2 V
Voltímetro (DCV) 2.5 1V
Voltímetro (DCV) 10 4V
Voltímetro (DCV) 50 20 V
Voltímetro (DCV) 250 100 V
Voltímetro (DCV) 1000 400 V
Amperímetro (DCmA) 50 µA 0,00002 A
Amperímetro (DCmA) 2.5 0,001 A
Amperímetro (DCmA) 25 0,01 A
Amperímetro (DCmA) 250 0,1 A
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2) Dispondo de um galvanômetro de 0 a 100 𝝁A e 5 KΩ de resistência, como
o mesmo pode ser convertido em um amperímetro para leituras do
intervalo de 0 a 500 mA?
Pelos dados que a questão forneceu, percebemos que o galvanômetro só
suporta uma corrente de 100 µA, dessa forma, para converte-lo a medir essa
nova corrente é necessário que uma nova resistência seja colocada no
galvanômetro, assim, pela lei de ohm:
RB(500mA - 100 𝜇A) = 5000 x 10-6
Isolando a resistência que queremos achar:
0.5
RB = = 1.0 Ω
0.4999
Portanto, percebemos que é preciso colocar uma resistência de 1.0 Ω, no
galvanômetro para que ele possa ser convertido a fazer leituras no intervalo de
100 µA para o de 500 mA. Sendo notada a coerência, pois ele passará para uma
intensidade maior de corrente, dessa forma, a resistência que ele deve ter será
menor.
3) Considere que no circuito apresentado na apostila, E = 10 V, R1 = 22 Ω,
R2 = 82 Ω e R3 = 33 KΩ. Determine a corrente em cada resistência.
Os dados que temos no circuito são:
V = 10 V, R1 = 22 Ω, R2 = 82 Ω, R3 = 33 KΩ
Precisamos achar a resistência equivalente do sistema, assim:
Req = R1 + (R2 × R3) / (R2 + R3)
Req = 22 + (82 × 33000) / (82+ 33000) = 103,8 Ω
Agora devemos saber quanto tem de corrente passando no circuito, temos:
U = R x i, isolando o i = U / R, para a intensidade de corrente elétrica.
i = 10 / 103,8 = 0,096 A ou 96 mA
Portanto, analisando a imagem, podemos perceber que o resistor R1 vai receber
a mesma corrente que passa por todo o circuito: 0,096 A.
Para o R2: i2 = U / R2
I2 = 10 / 82 = 0,12
Para o R3: i3 = U / R3
I3 = 10 / 330000 = 303 𝜇A
Notamos que a corrente passando pelo resistor R3 é muito pequena, por conta
da sua enorme resistência. Se aproximarmos os valores, temos: i2 + i3 = i1.
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4) Construa um gráfico de I versus R com os dados obtidos na Tabela 5.
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6. CONCLUSÃO
Pelas práticas anteriores com o uso do multímetro digital, já davam uma
base enorme para trabalhar com o multímetro analógico, pois as funções que
ele realizava eram as mesmas, o que diferenciava era seu modo de uso e
como ele se comportava internamente para a determinada função escolhida,
tudo isso graças ao galvanômetro d’Arsonval um aparelho eletrônico que tem
a função de gerar um campo magnético dentro do circuito e tem a capacidade
de mover uma bobina por conta de uma corrente elétrica que circula um
condutor dentro do multímetro, fazendo assim, que o ponteiro marcador dos
valores se mova, até que entre em equilíbrio, marcando a medida de acordo
com a função usada e a escala escolhida.
Para a realização dos três procedimentos foi necessário mais tempo de
explicações pelo professor e de leitura para entender como funcionava cada
função e quais as determinações especificas para suas leituras. Na primeira
função para ohmímetro, o circuito dentro do multímetro era bem complexo,
mas possível de se entender, para fazer as medidas devia se saber
previamente o valor, pois a escala deveria ser escolhida de acordo com ele,
após isso, ligar o mesmo cabo, um lado no terminal positivo e outro no
negativo, a fim de dar um curto-circuito para deixar o ponteiro no zero e pronto
para medir, sendo preciso fazer ajustes manuais para zerar se for necessário,
como também repetir esse processo para usar outra escala. Após todo esse
preparo, as medidas foram feitas na serie de resistores disponíveis, primeiro
por meio do código de cores, com intuito de saber qual o valor estimado para
a resistência e poder escolher a melhor escala, assim, ao medir com o
ohmímetro, foram encontrados valores não tão distantes, mas com alguns
erros consideráveis, que podem ser explicados por um pouco de perda das
medidas, por conta do ponteiro ficar no meio de dois valores numerados, e
não se sabia qual valor estava marcando, um pouco de paralaxe de visão
quando feita a leitura e até uma possível confusão na cor do código de cores.
Para o voltímetro e o amperímetro os valores no medidor eram os
mesmos, dessa forma, o que diferenciava era a função e a escala escolhida,
os resultados das medidas de tensão foram bem coerentes tanto para a
continua como a alternada, da mesma forma, a corrente continua, pois foram
pequenos os erros e graficamente foi possível analisar o seu comportamento.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Sears, Francis W.; Zemansky, Mark W.; Young, Hugh D.; Freedman, Roger A.
Física 3- 12ª edição - 2008. Pearson Addison Wesley. São Paulo.
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