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ISSN 1646-6977
Documento publicado em 18.06.2017

ESTUDO QUALITATIVO SOBRE A DEPRESSÃO


E A ANSIEDADE SOCIAL NA ADOLESCÊNCIA:
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2017

Raquel de Souza Viana


Psicóloga clínica, graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Membro do Núcleo de Estudos em Violência e Ansiedade Social – NEVAS – UFJF
rakell_viana@ymail.com

Lélio Moura Lourenço


Doutor em Psicologia Social pela PUC/SP.
Professor associado ao Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Coordenador do Núcleo de Estudos em Violência e Ansiedade Social – NEVAS – UFJF
leliomlourenco@gmail.com

RESUMO

A adolescência é um período importante da vida humana, um período de vulnerabilidade


para o desenvolvimento de sintomas não-adaptativos, tais como depressão e ansiedade. E entre os
diversos transtornos de ansiedade, a ansiedade social é uma das mais frequentes na adolescência,
sendo assim uma etapa crucial para o estudo da etiologia da depressão e da ansiedade social. Foi
realizada uma busca eletrônica dos artigos indexados nas bases Pubmed e Web of Science,
norteada pela associação dos descritores “Depression” e “Adolescent” com as expressões “Social
Anxiety” e “Social Phobia” e foram encontrados 11 artigos, publicados em diferentes países. Nos
artigos encontrados foram identificados a associação da depressão e ansiedade social em
adolescentes a outras variáveis. Através desta revisão foi possível perceber um número reduzido
de estudos com adolescentes, pelo que se destaca a necessidade de maiores estudos sobre a
depressão e a ansiedade social na adolescência.

Palavras-chave: depressão, ansiedade social, fobia social, adolescência.

Copyright © 2017.
This work is licensed under the Creative Commons Attribution International License 4.0.
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/

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1. INTRODUÇÃO

Adolescência é um período importante da vida humana, comumente associada à


puberdade, onde ocorre um conjunto de transformações fisiológicas ligadas à maturação sexual,
que traduzem a passagem progressiva da infância à adolescência. Esta perspectiva prioriza o
aspecto fisiológico, o qual não é suficiente para se pensar o que seja a adolescência (Frota,
2007).

Essa fase é um período de vulnerabilidade para o desenvolvimento de sintomas não-


adaptativos, tais como depressão e ansiedade. Entre os diversos transtornos de ansiedade, a
ansiedade social é um dos mais frequentes na adolescência, sendo assim uma etapa crucial para
o estudo da etiologia da depressão e da ansiedade social (Orue, Calvete & Padilha, 2014).
Podemos observar que apesar dos sintomas comuns à todas as faixas etárias, é possível perceber
um diagnóstico diferencial no período da adolescência.

No que diz respeito ao período da adolescência, a Organização Mundial de Saúde (OMS)


a define como um período que começa aos 10 anos e termina aos 19 anos completos, assim, é
dividida entre pré-adolescência, dos 10 aos 14 anos, e adolescência, dos 15 aos 19 anos. Já no
Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) considera a faixa etária dos 12 até os 18
anos de idade completos (WHO, 2016). Contudo, no presente artigo será adotada a idade
definida pela OMS, para que se possa ampliar os estudos, buscando identificar em outros
países investigações sobre os transtornos de depressão e de ansiedade social diagnosticados
nesse período.

Diante disso observa-se a necessidade de esclarecer a relação entre depressão, ansiedade


social e adolescência. O presente artigo tem como objetivo analisar a produção de artigos sobre
os transtornos de depressão e de ansiedade social em adolescentes, a partir da busca realizada nas
bases Pubmed e Web of Science.

1.1. Adolescência e suas definições:


A UNICEF (2011) traz em sua cartilha sobre o adolescente, que por diversas razões, há
uma grande dificuldade em defini-la em termos precisos. Em primeiro lugar, é amplamente
reconhecido que cada indivíduo vivencia esse período de modo diferente, dependendo de sua
maturidade física, emocional e cognitiva. Já o segundo fator que complica essa elucidação é a
ampla variação nas leis nacionais que estabelecem limites mínimos de idade para participação
em atividades consideradas exclusivas de adultos. Assim como a terceira dificuldade, que

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envolve a definição da adolescência, independentemente de limites legais que a separam da


infância e da vida adulta, é grande o número de jovens em todo o mundo envolvidos em
atividades como trabalho, casamento, cuidados primários e conflitos como as guerras. Na
verdade, ao assumir esses papéis, esses indivíduos perdem sua infância e sua adolescência
(UNICEF, 2011).
Mesmo com todas as dificuldades em definir a adolescência, vários autores buscaram
conceituar essa fase. Na década de 1970, Erickson (1976) demonstrou, que a
institucionalização da adolescência pode ser caracterizada como uma fase especial no processo
do desenvolvimento, na qual a confusão de papéis, as dificuldades para estabelecer uma
identidade própria a marcava como “...um modo de vida entre a infância e a vida adulta”. Já
para Calligaris (2000), a adolescência se torna mítica quando compreendida como um dado
natural, prescrevendo normas de funcionamento e regras de expressão (Frota, 2007).

Em uma perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como um período


atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua subjetividade. Marcada
por várias características, dentre elas, a maior capacidade de reconhecer alternativas nas escolhas
e encontrar soluções através deste reconhecimento (Frota, 2007). Nessa fase observa-se:
aquisição de independência dos pais e familiar; desenvolvimento do sistema de valores e
obtenção de identidade própria; estabelecimento de relações afetivas com outros indivíduos da
mesma idade, tendência de egocentrismo nos interesses e metas, além da preparação para a
carreira profissional (Bapttista, Bapttista & Dias, 2001).

1.2 Depressão:
Segundo a OMS a depressão é o transtorno mais comum no mundo, atingindo mais de 350
milhões de pessoas. Estudos mostram que é um dos transtornos mais prevalentes na população
em geral, afetando diferentes faixas etárias e meios sociais, sendo que 12% das pessoas
afastadas de sua vida produtiva (trabalhos e estudos) se encontram deprimidos, o que apresenta
forte impacto econômico (Baptista, 2004).
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) traz os critérios para
a identificação da depressão, que pode ser caracterizada pela presença de cinco ou mais
sintomas: humor deprimido (em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável); acentuada
diminuição do interesse ou prazer; perda ou ganho significativo de peso (em crianças,
considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado); insônia ou hipersonia; agitação ou
retardo psicomotor; fadiga ou perda de energia; sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva
ou inapropriada; capacidade diminuída para pensar ou se concentrar; pensamentos recorrentes
de morte, ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou

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plano específico para cometer suicídio. Os sintomas causam sofrimento clinicamente


significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes
da vida do indivíduo. (APA, 2013).
O reconhecimento oficial da depressão em adolescentes é recente, consequentemente, os
estudos científicos a esse respeito são ainda carentes de avanços. A partir de 1975 o National
Institute of Mental Health of the US (NIMH) reconheceu a existência da depressão em crianças
e adolescentes, como uma doença debilitante e recorrente, envolvendo um alto grau de
morbidade e mortalidade (Barros, Coutinho, Araújo & Castanha, 2006).

No que diz respeito a sintomatologia, entre os adolescentes é observado a sensação de


infelicidade e desesperança, humor irritado, perda de energia, apatia e desinteresse, retardo
psicomotor, isolamento, dificuldades de concentração, mudanças de peso e hipersonia, com
maior frequência de ideação suicida. Nessa fase a relação depressão-suicídio é significativa,
sendo que grande parte dos suicidas apresentam a depressão como problema psiquiátrico
(Baptista, 2004; Barros, Coutinho, Araújo & Castanha, 2006).

A prática clínica tem observado que a probabilidade de manifestação dos sintomas


depressivos aumenta com a idade. Por volta dos 10 aos 14 anos, esse percentual chega a
triplicar, sendo sua preponderância atualmente uma das mais altas, entre essas faixas etárias
comparadas a do jovem adulto. Com isso, a importância de se estudar a depressão em
adolescentes é fundamental devido à possibilidade de evitar o desenvolvimento de maiores
problemas ou transtornos futuros em fases posteriores, incluindo até mesmo o suicídio
(Ribeiro, Coutinho & Nascimento, 2010; Baptista, 2004).
Vários são os fatores de risco para a depressão no adolescente, é preciso levar em
consideração, sua história pessoal e familiar como: depressão, transtorno bipolar,
comportamentos suicidas, abuso de drogas, outras doenças psiquiátricas, transtornos de níveis
sociais como crises familiares, negligências, abuso físico ou sexual ou outras circunstâncias
traumáticas. O risco de comportamento suicida aumenta com as comorbidades relacionadas à
abuso de drogas, impulsividade e agressão, exposição a acontecimentos violentos, acesso a
armas letais e outros transtornos psiquiátricos (Brito, 2011).

1.3. Ansiedade social:


O Transtorno de Ansiedade Social (TAS), também chamado de Fobia Social, tem sido
caracterizado por um medo ou ansiedade excessiva perante as situações sociais e de desempenho
social, causando graves prejuízos na vida dos indivíduos, tanto no trabalho como nas atividades
sociais. Pode ser definido por um medo ou ansiedade acentuada diante de uma ou mais situações
sociais que podem ser de interação social, de observação e aquelas nas quais o indivíduo é

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exposto a avaliação dos outros. A ideação cognitiva predominante é a de ser avaliado


negativamente por outros, ou seja, o ansioso social acha que pode ser constrangido, humilhado
ou rejeitado, ou ser ofendido pelas pessoas (APA, 2013). O TAS é o resultado de uma inter-
relação entre fatores psicológicos, biológicos e também das experiências de vida (Gomes, 2014).

A duração do transtorno é, geralmente, de pelo menos seis meses. Esse limiar de duração
ajuda a diferenciar o transtorno dos medos sociais transitórios comuns, particularmente entre
crianças e na população em geral. O medo, a ansiedade e a esquiva devem interferir
significativamente na rotina normal do indivíduo, no funcionamento profissional ou acadêmico,
em atividades sociais, causando um sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social. Os adolescentes apresentam um padrão mais amplo de medo e esquiva se
comparados com crianças menores, como nas interações sociais (APA, 2013).
Alguns estudos relatam que o TAS, tipicamente, inicia-se em uma fase intermediária da
adolescência, no entanto, não há um consenso sobre a idade de início. Para Bados (2009), o
aparecimento do transtorno ocorre, em média, aos 15 anos de idade, já para Abumusse (2009)
a média do início do TAS é entre 11 e 15 anos, aparecendo sem comorbidades. No que diz
respeito às causas para o surgimento do transtorno, são bastante discutidas por pesquisadores.
Segundo Hudson e Rapee (2000) a origem pode estar relacionada aos fatores genéticos,
familiares, ambientais, e fatores do desenvolvimento. Para Knijnik (2008) o surgimento possui
causas múltiplas, um resultado das interações dos fatores genéticos, biológicos, psicológicos,
cognitivos, comportamentais e psicodinâmicos (Pereira & Lourenço, 2012).

Segundo o National Comorbity Survey (NCS) a prevalência do transtorno de ansiedade


social ao longo da vida é de 12,1%; no período de 12 meses é de 6,8%, sendo que 68,7% dos
casos foram considerados entre moderados e graves. Nos países ocidentais tem-se estimado a
prevalência de 7 a 13%. Nos adolescentes, é sugerido que o TAS possui uma maior prevalência
(Pereira & Lourenço, 2012); já no ano de 1999, Essau, Conradt e Peterman (1999), encontraram
uma prevalência de 0,5% entre 12 e 13 anos e de 2% entre 14 e 15 anos. Enquanto isso, outras
prevalências encontradas sugerem uma porcentagem de 4% entre 14 e 17 anos e 8,7% entre 18
e 24 anos (Isolan, Pheula & Manfro, 2006).
No que diz respeitos as situações ansiogênicas, estudos de Beidel, Turner e Morris (1999)
apontaram que para pré-adolescentes, situações como: a leitura em sala de aula; escrever no
quadro negro; apresentações artísticas ou esportivas; e conversar com pessoas da mesma idade
e com adultos foram apontados como situações difíceis a serem enfrentadas pelo grupo. Já,
Hofmann et al. (1999) identificaram interações informais com pessoas da mesma idade como a
pior situação social a ser enfrentada entre adolescentes. Aqueles que apresentam o TAS além de
interpretarem o ambiente como ameaçador, tendem a desenvolver pensamentos negativos sobre
si mesmos e sobre suas capacidades para lidarem com situações sociais (Vianna, Campos &

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Fernandes, 2009).
Este quadro clínico tem, habitualmente, o seu início no meio da adolescência, por vezes
emergindo de uma história de inibição social e timidez. Sua maior incidência pode acontecer
por volta de 14 ou 15 anos de idade, porém, o diagnóstico pode se dar em qualquer idade, sendo
relativamente comum em crianças com sete e 12 anos de idade. Há evidências de que o início
precoce aumenta a probabilidade do quadro de se tornar grave e crônico, havendo uma
abrangência maior de situações sociais temidas e um prognóstico menos promissor
(Nascimento & Salvador, 2014; Vianna, Campos & Fernandes, 2009).

Assim, o TAS é um transtorno psiquiátrico comum na adolescência, com algumas


características peculiares nessa faixa etária, e tem sido associado com importantes prejuízos
sociais, ocupacionais e familiares, além de predispor ao uso de drogas e ao desenvolvimento de
depressão e de outros transtornos de ansiedade. No que se refere a quadros comórbidos,
verifica-se uma elevada associação com outras perturbações de ansiedade, perturbações de
humor e abuso de substâncias. (Nascimento & Salvador, 2014).

1.4. A comorbidade entre a depressão e a ansiedade social:


O termo comorbidade se refere à ocorrência conjunta de dois ou mais transtornos mentais
entre si e/ou condições médicas. Alguns estudos diagnósticos, em populações clínicas e na
população em geral, têm mostrado que a comorbidade entre pacientes com quadros psiquiátricos
é alta. No que diz respeito às crianças e aos adolescentes, aqueles que apresentam um humor
deprimido costumam apresentar altas taxas de comorbidade com outros transtornos
psiquiátricos, comparados aos adultos. Os transtornos comórbidos mais comuns encontrados são
os transtornos de ansiedade (Bahls, 2002; Araújo, Ronzani & Lourenço, 2010).
Sobre a comorbidade na adolescência, há indícios de que o transtorno de ansiedade social
preceda a depressão e que, na maioria dos casos, pacientes com o transtorno crônico
apresentam maior probabilidade de comorbidade com o TAS. No que diz respeito ao
diagnóstico, há uma dificuldade em se diferenciar, pois, é possível encontrar sintomas em
comum tanto na depressão quanto na ansiedade social, o que seria também o motivo para a
comorbidade entre eles (Blaya, Isolan & Manfro, 2014). Segundo Agudelo, Buela-Casal e
Spielberger (2007) existe um fator cognitivo compartilhado entre essas duas condições
psíquicas patológicas, no qual se concentra os sintomas que são comuns a ambas. Esse fator é
chamado de “afeto negativo” e está relacionado ao Modelo Tripartido da Ansiedade e
Depressão de Clark e Watson (1991) (Badaró, 2015).

O Modelo Tripartido da Ansiedade e Depressão explica as características que se


sobrepõem e as que se diferenciam nos transtornos de depressão e de ansiedade social, através

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de três tipos de estados de sensações, o primeiro, o afeto negativo, vai agrupar características
pertencentes à ansiedade e à depressão ao mesmo tempo. Esse estado está relacionado a
sintomas como mal-estar, angústia, enjoo, medo, tristeza, preocupação, visões negativas sobre
si mesmo entre outros. Outro, que também faz parte do Modelo, é o afeto positivo, e está
relacionado a altos níveis de energia, entusiasmo com a vida, relação agradável com o
ambiente, segurança em si mesmo e bem-estar. Por último ocorre a ativação fisiológica,
definida por manifestações somáticas, como a respiração ofegante (Apóstolo, Ventura, Caetano
& Costa, 2008; Clark & Watson, 1991; Badaró, 2015).

As características desse modelo levam a identificar um alto índice dessa comorbidade,


que é notada quando os indivíduos afetados pela depressão constituem parte substancial da
população de fóbicos. Os pacientes deprimidos podem restringir suas atividades sociais pela
perda de interesse, prazer, disposição ou devido aos sintomas ansiosos ou fóbicos. Essa
associação leva à piora do impacto psicossocial de ambas as doenças, maior gravidade e pior
prognóstico (Araújo, Ronzani & Lourenço, 2010). E assim como pacientes deprimidos,
pacientes com ansiedade social estão mais severamente incapacitados em termos de
funcionamento pessoal no dia-a-dia, por isso provavelmente estejam em maior risco para
desenvolverem quadros depressivos (D’El Rey & Freedner, 2006).
Trabalhos como de Moser, Huppert, Foa e Simons (2012) têm chamado a atenção para os
estudos e tratamentos da ansiedade social em comorbidade com a depressão e sobre a influência
de uma patologia sobre a outra. Os resultados de seus estudos mostram que ansiosos sociais e
deprimidos tendem a ter uma interpretação mais negativa de situações neutras, do que aqueles
que possuem apenas um dos transtornos citados, ressaltando a importância de tratamentos
diferenciados nessa área (Badaró, 2015).
Quando sintomas depressivos aparecem em indivíduo com TAS, os sintomas do transtorno
de ansiedade social são, em geral, mais graves e de pior prognóstico. A correta identificação de
quadros depressivos em fóbicos sociais tem implicações importantes para o sucesso dos
tratamentos. Por isso, é necessário que se façam mais estudos para se estabelecer novas relações
entre esses dois transtornos (Araújo, Ronzani & Lourenço, 2010).

2. METODOLOGIA

A presente revisão bibliográfica buscou identificar os artigos indexados nas bases Pubmed,
Web of Science, PsicInfo, Redalyc, Dialnet, Scielo e Pepsic, utilizando a associação entre os
descritores “Depression” e “Adolescent” com as expressões “Social Anxiety” e “Social Phobia”.
Também foi utilizado o operador “AND” para encontrar tais artigos, limitando a pesquisa. No

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entanto, foram encontrados artigos apenas nas bases Pubmed e Web of Science com a
associação de palavras citadas e que preenchiam os critérios de inclusão.

Foi feita a leitura prévia dos artigos encontrados utilizando os seguintes critérios de
inclusão: artigos disponíveis na íntegra; estudos publicados em português, inglês e espanhol;
pesquisas que incluem os participantes com idades entre 10 e 19 anos (faixa etária definida pela
OMS como o período da adolescência); referências pertinentes ao tema, tendo como enfoque a
depressão e a ansiedade social em adolescentes; estudos teóricos/revisões, estudos
empíricos/pesquisas e relato de experiência/estudo de caso.

Foram encontrados 37 artigos, porém, aplicando os critérios de inclusão, 11 artigos


passaram a compor essa amostra.

3. RESULTADOS

Os artigos que compõem a amostra foram publicados em diferentes países, entre eles,
China, Taiwan, Espanha, Holanda, EUA, Finlândia, Islândia, Austrália e Holanda. E em relação
ao ano de publicação, foram encontrados artigos nos períodos de 2001 a 2015.

No que diz respeito ao tema abordado, a associação entre depressão e ansiedade social
esteve ligada também a outras variáveis, tais como: o uso internet, a baixo autoestima, esquemas
desadaptativos, o baixo apoio social como fator de risco, a diferença entre os gêneros, as
relações interpessoais e o copping.

Foi feita uma análise qualitativa dos dados através da leitura na íntegra dos artigos e o
exame dos mesmos pela técnica de análise de conteúdo (AC), uma forma sistematizada e de
rigor metodológico de análise de textos e entrevistas (Bardin, 2010). Com a AC puderam ser
ressaltadas as principais características dos estudos sobre a associação entre depressão,
ansiedade social e adolescente.
Dos artigos encontrados, os autores Smári, Pétursdóttir e Porsteinsdóttir, (2001)
investigaram a relação da ansiedade social e da depressão com a baixa competência social e se
a avaliação de eventos negativos está relacionada com esses transtornos. A amostra foi
composta por 184 adolescentes, com as idades de 14 e 15 anos. Os resultados mostraram que a
ansiedade social foi fortemente relacionada com a competência social, e, também com as
avaliações tanto de custo social, quanto de verossimilhança; enquanto que a depressão foi
relacionada com a percepção de competência e com a avaliação de eventos negativos.
La Greca e Harrison (2005) examinaram os níveis de funcionamento interpessoal dos
adolescentes, entre eles a qualidade das amizades e dos relacionamentos românticos. Esses

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fatores foram considerados preditores de sintomas de depressão e ansiedade social. A amostra


foi de 471 adolescentes com idades entre 14 e 19 anos. Os resultados indicaram que vários
aspectos das relações sociais dos adolescentes contribuem de forma única para sentimentos de
angústia interna.

Analisando também as relações interpessoais dos adolescentes, Starr e Davila (2008),


propõem examinar os sintomas depressivos e de ansiedade social precoce na adolescência,
controlando os sintomas da comorbidade. A amostra foi constituída por 173 adolescentes do
sexo feminino. Ao final da pesquisa, resultados sugeriram que os sintomas depressivos e de
ansiedade social não apresentam os mesmos componentes interpessoais nos adolescentes,
ansiedade social mostrou evidência de uma associação com variáveis entre os
relacionamentos, incluindo competência social reduzida, diminuição da confiança e
comunicação nas amizades.

Väänänen et al. (2011) tiveram como primeiro objetivo trabalhar e relatar sobre a
prevalência da fobia social, depressão e a comorbidade entre esses dois transtornos em uma
amostra de 3278 adolescentes, com idades entre 15 e 17 anos, especialmente as diferenças
entre os sexos, e as mudanças ao longo do período. Os resultados mostraram que a relação
entre ansiedade social e depressão na adolescência aparece de forma diferente para meninos e
meninas.

Já os autores Orue, Calvete e Padilha (2014), estudaram os aspectos de integração de dois


modelos: o modelo de Terapia do Esquema de Young e a Response Style Theory. A amostra foi
composta por 1170 alunos do ensino médio de oito escolas da Espanha. Os principais resultados
mostram que os esquemas desadaptativos são diferencialmente relacionados com sintomas de
depressão e ansiedade social, o domínio de desconexão e esquema de rejeição previu
diretamente os sintomas de depressão, enquanto o outro domínio de direcionamento previu
sintomas de ansiedade social, tanto diretamente como através do componente pensamentos de
ruminação.

Também investigando os esquemas desadaptativos, Calvete, Orue e Hankin (2014),


analisam se o início desses esquemas, sozinhos e moderados por estressores, podem prever
o aumento de sintomas depressivos e de ansiedade social em adolescentes, a amostra foi
composta por 1281 adolescentes. Os resultados indicaram que a desconexão entre domínios
de rejeição, autonomia prejudicada, e outros de direcionamento estão associados a níveis de
sintomas depressivos e de ansiedade social e prevê uma maior estabilidade de sintomas
depressivos ao longo do tempo.

Van Tuijl et al. (2014) tiveram como objetivo testar a associação entre autoestima e
sintomas de depressão em adolescentes e transtorno de ansiedade social implícita e explícita. Os
participantes foram 1641 alunos de ensino médio na Holanda do primeiro e segundo ano. Nos

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resultados é possível observar que houve um apoio parcial para o modelo de vulnerabilidade em
que a baixa explícita (mas não implícita) autoestima foi preditiva alta de sintomatologia
depressão e ansiedade social, mesmo quando controlada.
Väänänen, Marttunen, Helminen e Kaltiala-Heino (2014) propuseram examinar se o baixo
apoio social é um fator de risco para os transtornos de ansiedade social e depressão entre os
adolescentes. Utilizaram uma amostra de 2070 adolescentes com uma média de idade de 15
anos. Os autores concluíram que o baixo apoio social percebido foi um fator de risco para a
depressão, mas não um fator de risco compartilhado para a depressão e para a fobia social. As
intervenções, que reforcem o apoio social, deve ser um problema importante no tratamento da
depressão.

O estudo de Ko et al. (2014) teve como objetivo avaliar a mudança de depressão,


hostilidade e ansiedade social no curso da dependência da internet ou de remeter a partir dele e
explorar a diferença entre os sexos na incidência ou dispensa do efeito do vício da internet sobre
a progressão da depressão, hostilidade e ansiedade social. A amostra foi constituída por 2293
adolescentes. Os autores concluíram que a depressão e a hostilidade podem piorar no processo
de dependência da internet entre os adolescentes. Intervenções no vício da internet devem ser
fornecidas para evitar o seu efeito negativo sobre a saúde mental. As consequências negativas
podem ser revertidas se o vício em internet for retido dentro de uma curta duração.

No ano de 2015, continuando os estudos sobre internet, Lai et al. (2015), analisaram as
associações da dependência da internet com ansiedade social, depressão e bem-estar psicossocial
dos adolescentes asiáticos. Com uma amostra de 5366 adolescentes com idade entre 12-18 anos
de seis países asiáticos (China, Hong Kong, Japão, Coreia do Sul, Malásia e Filipinas).
Concluíram que a depressão e ansiedade social mutuamente influenciados, enquanto que a
depressão associada a uma pior bem-estar psicossocial direta e indiretamente através vício da
internet em todos os seis países. O vício da internet mediada a associação entre ansiedade social
e um bem-estar psicossocial pobre na China, Hong Kong e Malásia.

Zimmer-Gembeck e Skinner (2015) avaliaram os problemas de adaptação como riscos


para os padrões de emoções, avaliações e lidar com a rejeição, com isso, pesquisaram se esses
processos poderiam ser responsáveis pelas diferenças de enfrentamento entre meninos e
meninas. A amostra contou com 669 adolescentes, com idades entre 11 e 13 anos. Os autores
encontraram relatos de adolescentes com sintomas depressivos que anteciparam um
comportamento menos adaptativo, enquanto isso, adolescentes agressivos responderam com
mais raiva, lidando com oposição. Em relação as diferenças sexuais no enfrentamento, sintomas,
emoções e avaliações foram encontradas apenas algumas diferenças.

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4. DISCUSSÕES

O presente artigo buscou fazer uma análise sobre a associação entre os transtornos de
depressão e de ansiedade social na adolescência. Feita através de uma breve revisão, na tentativa
de verificar as características das pesquisas existentes, assim como as possibilidades de
pesquisas futuras sobre a comorbidade entre esses transtornos. Através da revisão, foi possível
evidenciar um déficit nas publicações sobre o tema proposto, assim como identificar grandes
intervalos nas publicações entre os anos 2001 e 2015 que preenchiam os critérios de inclusão.
Dos autores encontrados na revisão, Juha-Matti Väänänen (2011), destacou, junto com
seus colaboradores, que a maioria dos estudos sobre a relação entre os transtornos têm se
usado adultos ou populações adolescentes e adultos, evidenciando que para uma melhor
compreensão do desenvolvimento da comorbidade entre os transtornos é necessário um estudo
populacional baseado apenas em adolescentes (Väänänen et al., 2011). Já nas publicações
nacionais não foi possível encontrar artigos que contemplem o estudo da comorbidade entre a
depressão e a ansiedade social entre os adolescentes, encontrado apenas artigos, que trazem o
estudo em populações específicas, como de universitários, contudo, analisando apenas um dos
transtornos.

Autores, como La Greca e Harrison (2005), Starr e Davila (2008), Van Tuijl et. al.
(2014), Zimmer-Gembeck e Skinner (2015), identificados na revisão, buscaram associar
fatores como o baixo apoio social, as relações interpessoais, cooping, autoestima etc., com
depressão e a ansiedade social na fase da adolescência, todos destacaram a grande importância
que relações sociais e avaliações interpessoais têm para os adolescentes. Pois, vimos que os
indivíduos com o transtorno depressivo podem se preocupar em serem avaliados
negativamente por outras pessoas, algumas vezes, chegando a conclusões de que são maus ou,
até mesmo, que não merecem o afeto. Em contraste, aqueles com transtorno de ansiedade
social preocupam-se em serem avaliados negativamente devido a certos comportamentos
sociais ou sintomas físicos. Assim, o início precoce desses transtornos, pode afetar os
processos de desenvolvimento social e pessoal dos adolescentes. Proporcionando, enquanto
adultos, não apenas uma saúde mental e física pobre, mas, também relações sociais precárias e
insatisfação com seu desempenho no trabalho e, especialmente, com a sua vida familiar (APA,
2013; Cabrera & Lopez, 2013).
Sobre outros fatores, Ko et. al. (2014) e Lai et al. (2015) propuseram investigar a
associação entre o vício da internet, a depressão e a ansiedade social em adolescentes. O
resultado dos estudos, que utilizaram uma grande amostra evidenciou uma influência entre o

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vício e os transtornos. O vício da internet pode trazer efeitos negativos no bem-estar


psicossocial dos adolescentes, causando um prejuízo significativo, propiciando o aumento dos
sintomas da depressão e da ansiedade social. Nos dias de hoje, tem-se utilizado a internet
como meio para diversas atividades, tanto escolar quanto social. Os artigos que buscaram
investigar as relações entre os transtornos nos adolescentes e o uso da internet, pontuam a
necessidade de diminuir e policiar o tempo de exposição dos jovens, pois ela tem representado
um novo fator de risco para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos nessa faixa etária.

5. CONCLUSÃO

Através desta revisão, não foi possível encontrar nenhum estudo que evidenciava a
temática, publicados no Brasil. Pois, mesmo com um número reduzido de artigos, publicados
em diferentes países, foi possível encontrar evidências sobre a comorbidade entre esses
transtornos e a sua prevalência na população de adolescentes. Sabemos que tal fase é
fundamental na construção de identidade, com isso, os estudos são de grande importância para
ampliar o conhecimento sobre o curso e as características dos transtornos nessa fase da vida,
possibilitando o diagnóstico precoce, assim como uma eficácia nas intervenções. A maioria
dos artigos encontrados destacou a necessidade de maiores estudos sobre a depressão e a
ansiedade social em adolescentes, já que essa comorbidade apresenta um curso crônico na fase
adulta.

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