Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
A doutrina dos Apóstolos é a instrução habitual dada aos novos convertidos. Não é o
anúncio do Evangelho aos não cristãos, mas uma catequese cada vez mais ordenada
e sistemática, em que se explica aos discípulos o sentido cristão da Sagrada Escritura
e as verdades fundamentais da Fé — núcleo dos futuros credos da Igreja — que
deviam ser cridas e praticadas para a salvação.
O alimento eucarístico, recebido com coração puro e consciência limpa, permite aos
discípulos do Senhor viver a vida nova do Evangelho e estar no mundo sem ser do
mundo. Esta conexão entre Eucaristia e vida do cristão era vigorosamente recordada
por João Paulo II, em Dublim, com as seguintes palavras: “É da Eucaristia que
recebemos todos graça e força para a vida diária, para viver a autêntica vida cristã,
com a alegria de saber que Deus nos ama, que Cristo morreu por nós, e que o Espírito
Santo vive em nós. A nossa participação plena na Eucaristia é a fonte verdadeira do
espirito cristão que desejamos ver na nossa vida pessoal e em todas as facetas da
sociedade. Quer prestemos serviço na política, ou nos campos econômico, cultural,
social ou científico - qualquer que seja a nossa ocupação a Eucaristia é uma exigência
da nossa vida diária. A nossa união com Cristo na Eucaristia deve manifestar-se na
nossa existência quotidiana: ações, comportamento, estilo de vida, e nas relações
com os outros. Para cada um de nós, a Eucaristia é chamamento ao esforço crescente
para chegarmos a ser autênticos seguidores de Jesus: verdadeiros nas palavras,
generosos nas obras, com interesse e respeito pela dignidade e direitos de todas as
pessoas, qualquer que seja a sua categoria ou das suas posses, sacrificados,
honrados e justos, amáveis, considerados, misericordiosos (...). A verdade da nossa
união com Jesus Cristo na Eucaristia fica patente, se amamos ou não amamos de
verdade os nossos companheiros (...), se tratamos ou não de estarmos reconciliados
com os nossos inimigos, se perdoamos àqueles que nos ferem ou ofendem”.
Nem é desprendido o pródigo que esbanja os seus bens nem é egoísta quem os
conserva para os usar com generosidade no momento oportuno. “A verdadeira
pobreza não consiste em não ter, mas em estar desprendido, em renunciar
voluntariamente ao domínio sobre as coisas. Por isso há pobres que realmente são
ricos. E vice-versa,” afirma São Josemaria Escrivá.
Que Deus nos dê a graça e a sabedoria para sempre aumentarmos nossa sede de
conhecimento dele para anuncia-lo com maior propriedade, mas sobretudo para amá-
Lo como Ele merece, pois como ensina Santo Agostinho, poder-se-á amar bem a
quem não se conhece bem? E assim, amando a Deus, conhecendo-O com a nossa
mente e o nosso coração, conseguiremos nos desprender das coisas materiais e
ajudar a todos que precisarem.