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23/10/2018 Tratado Sikorski­Mayski – Wikipédia, a enciclopédia livre

Tratado Sikorski­Mayski
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Tratado Sikorski­Mayski foi um acordo firmado entre a Polônia e a União Soviética, assinado em Londres em 30 de
julho de 1941. Seu nome vem de seus dois mais notáveis signatários: o primeiro­ministro polonês no exílio Władysław
Sikorski e o embaixador soviético no Reino Unido Ivan Maisky. [1]

Após  assinar  o  Pacto  de  Não  Agressão  Germânico­Soviético  em  1939,  a  União  Soviética  participou  da  invasão  da
Polônia e de seu subsequente desmembramento. [2] As autoridades soviéticas declararam a Polônia como um Estado
não­existente  e  todos  os  poloneses  da  área  anexada  pela  URSS  passaram  a  ser  tratados  como  cidadãos  soviéticos.
Cerca  de  2  milhões  de  cidadãos  poloneses  forma  presos,  incluindo  250  mil  prisioneiros  de  guerra  e  1,5  milhão  de
deportados pela NKVD e outros órgãos do governo soviético. [3]

Quando a situação mudou completamente, com a invasão da União Soviética pela Alemanha Nazista  em  junho  de


1941,  Josef  Stalin  começou  a  procurar  ajuda  de  outros  países  contra  os  alemães.  Encorajado  pelo  ministro  das
Relações  Exteriores  britânico  Anthony  Eden,  Sikorski,  o  primeiro  ministro  do  governo  polonês  deposto  em  1939  e
então exilado em Londres, abriu negociações com o embaixador soviético, Ivan Maisky, para o reestabelecimento das
relações  diplomáticas  entre  os  dois  países.  Sikorski  foi  o  arquiteto  do  tratado  acordado  entre  os  dois  governos,
assinado em 30 de julho de 1941. [4] Uma aliança militar subsequente foi assinada em Moscou em 14 de agosto. No fim
do ano, Sikorski foi a Moscou com uma missão diplomática. [5]

Stalin  concordou  em  declarar  nulo  todos  os  pactos  anteriores  assinados  com  Adolf  Hitler,  invalidando  o  Pacto
Molotov­Ribbentrop de 1939 e em libertar dezenas de milhares de prisioneiros poloneses dos campos de concentração
além de uma anistia a outros, [6] dos quais 40 mil deles formariam um exército polonês no leste da Rússia, o Exército
de Anders, mais tarde II Corpo Polonês, sob o comando do tenente­general Władysław Anders. [7]

O  destino  de  milhares  de  soldados  poloneses,  executados  pelos  soviéticos  no  Massacre de Katyn,  em  1940,  porém,
continuaria desconhecido ainda por mais dois anos, o que iria ter um enorme peso nas subsequentes relações entre a
Polônia e a União Soviética.

Referências
1. GULAG A History by Anne Applebaum ISBN 0­14­028310­2 Pages 406­407
2. Steven J Zaloga Poland 1939, Osprey 2003 Page 79 ISBN 1­84176­408­6
3. Stanislaw Mikolajczyk The Pattern of Soviet Domination, Sampson Low, Marston & Co 1948, Page 17
4. Jozef Garlinski Poland in the Second World War, ISBN 0­333­39258­2 Page 117
5. Stanislaw Mikolajczyk The Pattern of Soviet Domination, Sampson Low, Marston & Co 1948, Page 23
6. The Fate of Poles in the USSR 1939~1989 by Tomasz Piesakowski ISBN 0­901342­24­6 Page 77
7. Sarner, Harvey (2006). Generał Anders i żołnierze II Korpusu Polskiego. Poznań: Zysk i S­ka. 37 páginas. ISBN 83­
7506­003­8

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