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de Ginecologia e Obstetrícia
Manual de Orientação
Doenças Infectocontagiosas
2010
FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
Manual de Orientação
Doenças Infectocontagiosas
Doenças Infectocontagiosas
2010
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Doenças Infectocontagiosas
Manual de Orientação
DIRETORIA
TRIÊNIO 2009 - 2011
Presidente
Nilson Roberto de Melo
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Manual de Orientação
Doenças Infectocontagiosas
2010
Doenças Infectocontagiosas
Presidente: Paulo César Giraldo (SP)
Vice Presidente: Mauro Romero Leal Passos (RJ)
Secretário: José Eleutério Junior (CE)
MEMBROS
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Presidência
Rua Dr. Diogo de Faria, 1087 - cj. 1103/1105
Vila Clementino - São Paulo / SP - CEP: 04037-003
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Secretaria Executiva
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e-mail: secretaria.executiva@febrasgo.org.br
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Manual de Orientação
Doenças Infectocontagiosas
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO ____________________________________________________________________ 7
CONSIDERAÇÕES ___________________________________________________________________ 9
CERVICITES _______________________________________________________________________ 11
_Chlamydia trachomatis _______________________________________________________________ 11
Neisseria gonorrhoaea _________________________________________________________________ 17
Micoplasmose genital _________________________________________________________________ 20
ÚLCERAS GENITAIS________________________________________________________________ 39
Herpes genital_______________________________________________________________________
Sílis______________________________________________________________________________ 39
43
Cancro mole_________________________________________________________________________ 49
Linfogranuloma venéreo_______________________________________________________________ 53
Donovanose_________________________________________________________________________ 56
VULVOVAGINITES__________________________________________________________________ 57
Vaginose bacteriana___________________________________________________________________ 57
Candidíase vulvovaginal_______________________________________________________________ 61
Tricomoníase vaginal__________________________________________________________________ 67
RUBÉOLA__________________________________________________________________________ 73
CITOMEGALOVÍRUS_______________________________________________________________ 123
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Federação Brasileiraedas
de Ginecologia Associações
Obstetrícia
Doenças Infectocontagiosas
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APRESENTAÇÃO
Este guia foi idealizado para oferecer um material instrucional prático à todos os
ginecologistas brasileiros que enfrentam diculdades na condução de casos de doenças
infectocontagiosas em ginecologia e obstetrícia.
Para melhor manuseio a maioria dos capítulos, dentro da possibilidade de cada assunto,
aborda os tópicos:
• Conceito e Etiologia
• Características Clínicas
• Diagnóstico
• Tratamento
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Este manual procurou abordar as mais relevantes doenças neste contexto, uma vez
que são afecções frequentes nos consultórios e trazem muitas dúvidas de como seria
a melhor forma de identicá-las e combatê-las. Em muitos casos o ginecologista
deverá cercar-se do apoio de um infectologista para melhor conduzir alguns casos.
Infelizmente, as doenças infectocontagiosas não se manifestam de maneira clara e
clássica como estão descritas nos livros e, para poder elaborar um diagnóstico preciso,
o ginecologista necessariamente deverá ter conhecimentos que o habilite a captar todas
as nuances do problema, processar as informações e encaminhar seu raciocínio para
fazer o diagnóstico o mais cedo possível.
Todos estes problemas extrapolam os anseios e dúvidas dos indivíduos per si (paciente
e médico) sendo na verdade, uma séria doença da nossa saúde pública.
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CERVICITE
Chlamydia trachomatis
A infecção pela Chlamydia é bastante frequente na população feminina, com alto grau
de morbidade e sequelas pós-tratamento. Tanto as camadas socioeconômicas mais bai-
xas da população quanto aquelas de nível mais elevado são acometidas indiscriminada-
mente por estes micro-organismos, o que resulta grandes problemas de ordem médica,
social e econômica, como é o caso de trabalho de parto prematuro, endometrite puerpe-
ral, doença inamatória pélvica aguda, esterilidade conjugal e dor pélvica crônica.
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O recém-nascido de mãe com infecção por C. trachomatis na cérvix uterina tem 60%
a 70%
50% de risco de
deverão adquirir a conjuntivite
desenvolver infecção durante suaa 20%
e 10% passagem pelo canal
pneumonia. do parto:ocular
A infecção 25%
manifesta-se entre cinco e 12 dias após o nascimento e o quadro pulmonar, na maior
parte dos casos, antes da oitava semana de vida.
• Características clínicas
A infecção causada pela Chlamydia costuma ter evolução mais arrastada que aque-
las causadas por outros micro-organismos. Apesar da sintomatologia mais branda e
aparentemente com maior benignidade, a Chlamydia parece causar danos subclínicos
graves, em especial às trompas.
É comum haver a queixa de dor no ato sexual e à mobilização do colo uterino ao exame
ginecológico.
• Diagnóstico
- Imunouorescência Direta
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- PCR
- Captura Híbrida
ATENÇÃO: Bacterioscopia vaginal (a fresco ou corada) não serve para fazer o diag-
nóstico da infecção Chlamydiana. O exame de Papanicolau pode ajudar, mas tem
baixa sensibilidade.
A frequente escassez de sintomas da infecção Chlamydiana justica a importância
da sua busca ativa e a gravidade das sequelas exige tratamento precoce. Nos Estados
Unidos, o rastreio é recomendado para todas as mulheres sexualmente ativas com até
25 anos, pelo menos uma vez ao ano. Após os 25 anos, o teste de rastreio anual é
recomendado quando há fatores de risco identicáveis. Nos dias atuais, há diversos
exames disponíveis para o diagnóstico com resultados satisfatórios. Em mulheres, a
coleta deve ser realizada com swab endocervical e uretral. A cultura para Chlamydia
embora seja ainda considerado padrão ouro para detecção do micro-organismo, é
pouco usada pela diculdade técnica inerente ao método. A opção de métodos de
biologia molecular vem revolucionando a microbiologia, oferecendo oportunidade de
diagnósticos muito mais apurados, seja pela alta sensibilidade e especicidade, como
também pela(CT),
Trachomatis facilidade
acabadeemrealização
boa parte Este
com novo alento no
a diculdade dediagnóstico da Chlamydia
coleta (material de vagina
ou mesmo do orifício externo do canal cervical), de falsos positivos e de diculdades
técnicas de semeadura.
• Tratamento
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considerada.
Tratamento gestante:
- Eritromicina, 500mg via oral, 6x6 horas, por 7 dias ou, a cada 12 horas, por 14 dias.
- Amoxicilina, 500mg via oral, 8x8 horas, por 7dias (melhor tolerância gastrointestinal
se comparada à eritromicina).
Observações:
• Recomendações nais
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Aguardar
CT que a pacientesua
seria desconsiderar manifeste sinais
importância e sintomas que
e desconhecer suapossam sugerir aApresença
siopatogenia. da
busca ativa
da CT em grupos de pessoas mais propensas à contaminação pela bactéria é primordial
se quisermos interromper a cadeia de transmissão.
A CT, se bem diagnosticada, pode ser facilmente tratada. O tratamento deverá ser
instituído
Espera-se oquemais precocemente
o agente possível,
desapareça, apesarindependentemente
da possibilidade deda manutenção
sintomatologia.
dos
anticorpos séricos. Este fato faz com as pesquisas de anticorpos séricos tenham baixo
valor diagnóstico.
O tratamento da CT visa não apenas acabar com a infecção propriamente dita, mas
também prevenir sequelas, evitar complicações, e interromper a cadeia epidemiológica.
Existem muitos antibióticos ecazes no tratamento da Chlamydia trachomatis e sua
real atividade dependerá da fase em que se encontra a infecção, bem como dos fatores
complicadores associados (abscesso, diabetes, imunossupressão, presença de DIU,
uso de corticoterapia simultânea, etc.). Os antibióticos quando usados corretamente
durante ou fora da gravidez promoverão cura completa da infecção e evitarão as tão
temidas sequelas que levam muitos casos a esterilidade conjugal, dor pélvica crônica
e gravidez ectópica. Os principais antimicrobianos utilizados são os macrolídeos
(azitromicina, roxitromicina, claritromicina, eritromicina), tetraciclina, amoxacilina,
aminoglicosídeos, (ooxacina e ampicilina).
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Ectrópio Cervical
Neisseria gonorrhoeae
• Características clínicas
A maioria dos casos das cervicites é assintomática, sendo descobertos apenas durante
a investigação diagnóstica. Por isso, e em razão das elevadas taxas de complicações
severas, a realização destes procedimentos investigativos é muito importante especial-
mente naquelas mulheres que procuram assistência médica por outros motivos.
Quando acompanhada por quadro clínico exuberante, os dois importantes sinais que a
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caracterizam são:
2 -ou
te Sangramento endocervical
escovinha através facilmente
do orifício induzido pela passagem suave de um cotone-
endocervical.
Um ou ambos os sinais podem estar presentes. O colo ca edemaciado e aumenta seu
volume, cando com aspecto congesto.
• Diagnóstico
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vical, como em amostras de urina e a Captura Híbrida já faz parte do rol de exames da
tabela SUS. O diagnóstico do gonococo realizado mediante a cultura do gonococo em
meio seletivo (Thayer-Martin), a partir de amostras endocervicais é de relativo aces-
so nos laboratórios públicos, conveniados e privados. A coloração das amostras pelo
Gram, embora tenha sensibilidade técnica na mulher de apenas 50%, pode ser realizada
com muita facilidade em qualquer local que disponha de microscópio óptico.
• Tratamento
ou
A infecção gonocócica na gestante poderá estar associada com maior risco de prematu-
ridade, rotura prematura de membrana, perdas fetais, retardo de crescimento intrauteri-
no e febre puerperal. No recém-nascido, a principal manifestação clínica é a conjunti-
vite, podendo haver ainda septicemia, artrite, abscessos de couro cabeludo, pneumonia,
meningite, endocardite e estomatite. A frequência da infecção gonocócica no colo varia
em média de 2 a 6% das gestantes.
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• Recomendações nais
As cervicites são consideradas DST, por isso os parceiros devem receber Azitromicina,
2 comprimidos de 500mg, dose total de 1,0g, VO, dose única mais Oocaxina 400mg,
VO, dose única.
As pacientes com cervicite, infectadas pelo HIV devem receber o mesmo esquema de
tratamento que as que são HIV negativos. Lembrando que o tratamento da cervicite em
mulheres infectadas pelo HIV é fundamental para diminuir a sua transmissão.
Micoplasmose genital
• Conceito e agente etiológico
termos clínica:
prática microbiológicos sãoM.
M. hominis, identicados
genitalium,para ambos asM.fermentans,
M. penetrans, espécies mais U.
prevalentes na
urealyticum
e U. parvum. São bactérias pequenas, que não possuem parede celular, o que lhes
conferem algumas características:
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- Não são sensíveis a antibacterianos que atuam na parede celular das bactérias.
Os Mycoplasmaem
respectivamente hominis
até 8%e e o41%
Ureaplasma urealitycum
de mulheres podem
assintomáticas ser encontrados
sexualmente ativas.
Estão claramente relacionados à atividade sexual e aos hormônios sexuais.
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• Tratamento
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A doença inamatória
organismos pélvica
do trato genital (DIP)Aproximadamente
inferior. é processo agudo causado
90% dospela ascensão
casos de micro-
são relacionados
à Chlamydia trachomatis e à Neisseria gonorrhoeae. Os microrganismos que compõem
a ora vaginal, como os anaeróbios e outros aeróbios também são isolados com
frequência. O M. hominis, U. urealyticum e M. genitalium podem estar associados em
alguns casos. Outras causas, como inserção de DIU, biópsia de endométrio e curetagem
uterina respondem pelos 10% dos casos restantes.
Características clínicas
A síndrome clássica inclui dor pélvica aguda, dor à mobilização cervical, à palpação
dos anexos e febre.
Estágio III (Moderada com abscesso): salpingite com abcesso tubo ovariano.
Diagnóstico
Os critérios para o diagnóstico da DIP incluem:
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Critérios maiores:
Critérios menores:
-Temperatura axilar maior que 37,8OC
- Secreção vaginal ou cervical anormal
- Massa pélvica
- Mais de 5 leucócitos por campo de imersão em secreção de endocérvice
- Hemograma infeccioso (leucocitose)
- Proteína C reativa ou velocidade de hemossedimentação elevada
- Comprovação laboratorial de infecção cervical pela Chlamydia e/ou gonococo
Critérios elaborados:
Considerações adicionais:
Critérios maiores: a exigência dos três critérios maiores pode resultar em falta de
sensibilidade para o diagnóstico de DIP. Assim, em jovens e naquelas em situação de
risco para DST, com dor pélvica e um ou mais dos critérios maiores, sem outra causa
identicada, considerar o tratamento.
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Tratamento
O diagnóstico precoce seguido do tratamento imediato é fundamental para prevenir
sequelas. A DIP leve a moderada sem formação de abscesso pode ser tratada em regime
externo. Os critérios para internação hospitalar incluem os casos em que:
- As emergências cirúrgicas não podem ser excluídas (apendicite aguda, gravidez ectó-
pica, torção de tumor ovariano).
Tratamento hospitalar
ou
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Para pacientes com abscesso tubo-ovariano associar clindamicina (450 mg, quatro
vezes ao dia) ou metronidazol (500mg duas vezes ao dia), para cobertura mais efetiva
contra anaeróbios. Substituir a terapia endovenosa por oral, com doxiciclina (100 mg
duas vezes ao dia, até completar 14 dias), 24 horas após a melhora clínica. Em pacientes
com abscesso tubo-ovariano usar a clindamicina ao invés da doxicilina.
Tratamento ambulatorial
ou
ou
Cefoxitina 2 g intramuscular e Probenecid, 1 g oral, ambos em dose única,
ou
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*As quinolonas não devem ser empregadas se há história de viagem recente a áreas
com prevalência elevada de N. gonorrhoeae resistentes a estes antibióticos.
Considerações fnais
- A persistência da febre, da dor espontânea ou induzida pela mobilização cervical após
72 horas do início do tratamento aponta para a necessidade de reavaliação diagnósti-
ca.
- O teste para o HIV deve ser oferecido a todas as pacientes com diagnóstico de DIP.
- Mulheres portadoras do HIV apresentam probabilidade maior de desenvolver abscesso
tubo-ovariano, porém respondem bem ao tratamento padrão, oral ou parenteral.
- Os parceiros devem ser examinados e tratados, caso tenham tido contato sexual nos 60
dias que precederam o início dos sintomas de DIP. O tratamento contra C trachomatis e
a N gonorrhoeae deve ser instituído, independente do patógeno isolado na parceira.
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Condiloma acuminado
• Conceito e agente etiológico
• Características clínicas
- Verruga genital
- Papulose genital
• Diagnóstico
Figura 1 Verrugas HPV induzidas em criança.(Foto arquivo pessoal Prof. Paulo Giraldo)
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• Tratamento
Verrugas vulvares
- Remoção cirúrgica
- Laser
- Imiquimod 5%: Aplicação ao deitar 3 (três) vezes por semana por até 16 semanas.
A área em que foi aplicado deve ser lavada com água e sabão 6 a 10 horas após a
aplicação. Uso em grávidas não é recomendado.
- Podolox 0,5% solução ou gel: aplicação 2 (duas) vezes ao dia por 3 (três) dias, com
quatro dias de repouso. O ciclo pode ser repetido por até 4 (quatro) vezes, se necessário.
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Volume do medicamento < 0,5 ml e a área aplicada < 10 cm2. O especialista deve fazer
o tratamento inicial para orientar a paciente. Uso em grávidas não é recomendado.
- Remoção cirúrgica, por cirurgia de alta frequência e por laser apenas em situações
especiais e realizadas por mãos habilitadas.
Verrugas cervicais
Para os casos de verrugas cervicais, lesão intraepitelial escamosa de alto grau deve
ser excluída antes do tratamento. Opções terapêuticas: tratamento destrutivo (ver
lesões subclínicas), cirurgia de alta frequência e laser.
As pacientes imunodeprimidas tendem a ter mais persistência das lesões com respostas
terapêuticas mais pobres.
robustos demonstrando Uma nestes
ecácia boa opção é oexperiências
casos,
imiquimod, embora não haja estudos
pequenas têm demonstrado
boas respostas e pouco efeito colateral.
• Gestantes e Nutrizes
• Parceiros
Por ser uma doença sexualmente transmissível os parceiros devem ser encaminhados
para exames com especialistas para identicação de lesões genitais.
Atenção:
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- Pacientes com menos que 10 verrugas genitais, cobrindo uma área de 0,5 a 1 cm 2
respondem a maioria das modalidades de tratamento.
- A modalidade terapêutica deve ser mudada se não há melhora após três cursos de uma
Lesões subclínicas
• Conceito e agente etiológico
Lesões subclínicas são alterações epiteliais induzidos pelo HPV que não são vistas
a olho nu. Necessitam de magnicação óptica para sua identicação. A lesão genital
subclínica é quase sempre a expressão das alterações intraepiteliais escamosas. Podem
estar presentes mais frequentemente na vulva e periânus, vagina e colo uterino.
As lesões intraepiteliais são modicações do epitélio genital, podendo ser escamosas
ou glandulares. Limitam a membrana basal do epitélio. Especicamente as lesões
intraepiteliais escamosas podem ser baixo grau e de alto grau. As lesões intraepiteliais
escamosas de baixo grau compreendem aquelas condições que demonstram a citopatia
por Papillomavirus humano (HPV) e/ou atipias celulares que se restringem as camadas
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• Diagnóstico
Observações:
Colposcopia:
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Laboratório
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Atenção: Casos com diculdade diagnóstica poderão ser auxiliados por biologia
molecular (DNA-HPV) e imunohistoquímica (p16INK4a e Ki-67).
O diagnóstico denitivo deve ser dado por biópsia. A histopatologia das lesões vulvares
pode
2, VINser3)dee carcinoma.
condiloma, Na
neoplasia
vagina intraepitelial vulvar
os diagnósticos graus
podem ser1,condiloma,
2 e 3 (VINneoplasia
1, VIN
intraepitelial vaginal graus 1, 2, e 3 (VAIN 1, VAIN 2, VAIN 3) e carcinoma.
• Tratamento
Opções:
- Observação
- Excisão simples da lesão
- Laser de CO2
- Excisão ampla
- 5-uorouracil
- Vulvectomia
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- Excisão local
- 5-uorouracil
- Laser de CO2
- Criocirurgia
- Eletrocoagulação
- Procedimentos cirúrgicos (modalidades de vaginectomia)
Lesões cervicais
HPV / NIC 1
Técnicas destrutivas
- Criocirurgia
- Eletrocoagulação
- Vaporização a laser
- Ácido tricloroacético 80-90%
NIC 2/3
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• Critérios de Cura
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ÚLCERAS GENITAIS
Herpes genital
• Conceito e agente etiológico
• Características clínicas
As lesões do
tratamento, nos herpes genital
indivíduos costumam regredir
imunocompetentes. Nos espontaneamente,
imunodeprimidos, mesmo
incluindosem
os
infectados pelo HIV, porém, elas adquirem dimensões extraordinárias. O Centro de
Controle de Doenças Americano considera caso denidor de AIDS a presença de lesão
herpética em mucosas por mais de 30 dias.
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• Primo-infecção e recidivas:
A primeira infecção pode ser muito agressiva e longa, porque não houve tempo
ainda para resposta imunológica. Já as recidivas costumam ser menos graves, dada a
presença de anticorpos capazes de tornar a doença autolimitada, mas permanece o risco
de recidivas.
• Sintomas
Hiperemia aparece alguns dias após e depois evoluem para vesículas agrupadas, que,
depois, se rompem formando exulceração dolorosa seguida de cicatrização. O vírus
migra pela raiz nervosa até alojar-se num gânglio neural, onde permanece quiescente
até a recidiva seguinte.
• Diagnóstico
• Tratamento
Não existe ainda tratamento ecaz quanto a cura da doença. O tratamento tem por
objetivo diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises.
Inibem a síntese de DNA, possuem ação na fase aguda e não atuam na latente.
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As drogas antivirais mais comumente empregadas com suas respectivas posologias são
as relacionadas na tabela 1.
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Indicação Aciclovir
Parceiros: O tratamento do/a(s) parceiro/a(s) não se justica, a não ser que também
seja(m) sintomático/a(s), com o mesmo objetivo de reduzir a manifestação e aumentar
o intervalo entre as crises.
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Síflis
• Conceito
• Agente etiológico
Treponema pallidum, subespécie pallidum. É uma bactéria espiroqueta que não se cora
pela técnica de Gram e nem cresce em meios de cultivo articiais. Sensível ao calor,
detergentes e antissépticos comuns, além de frágil para sobreviver em ambientes secos.
É patógeno exclusivo do ser humano.
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• Clínica e epidemiologia
Estima-se que mais de 900 mil casos novos por ano ocorram no Brasil e no mundo
mais de 12 milhões por ano. Tem período de incubação de 21 a 30 dias, após contato
infectante. Porém, pode variar de 10 a 90 dias, dependendo do número e virulência de
bactérias infectantes e da resposta imunológica do hospedeiro.
• Manifestações clínicas
- cancro duro ou cancro de inoculação – lesão única (podendo ser múltipla em raros
casos), com bordas endurecidas pelo processo inamatório linfoplasmocitario. É mais
comum ser visível no homem, no sulco balanoprepucial, que na mulher. O cancro duro,
se não for tratado, pode persistir por 30 a 90 dias, involuindo espontaneamente. Na
mulher muito raramente se observa lesão em vulva. Tempo: 21 a 30 dias:
Sílis latente:
Ocorre entre 1 a 2 anos após o contágio. É conhecida como fase de “silêncio clínico”
permitindo o diagnóstico apenas através dos exames sorológicos.
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Sílis tardia:
Pode ter início já no nal da fase latente ou estender-se por vários anos. Suas
manifestações clínicas são divididas em:
terciário;
b) extrategumentares – oculares, ósseas, cardiovasculares e sistema nervoso.
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Sifílides e outras
Sífilis Recente
Latente Precoce
Latente Tardia
Sífilis Tardia
• Diagnóstico laboratorial
O VDRL pode dar falso positivo em títulos baixos devido a reações cruzadas e falsos
negativos, principalmente na fase primária e na latente tardia. O mesmo pode ocorrer
com exames treponêmicos, porém, com menor frequência.
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• Complicações
Sílis congênita recente e tardia: Sílis congênita é uma doença-sentinela para o sistema
de saúde. Quando ocorre reete erros grosseiros neste sistema, além de avaliar a qua-
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lidade do pré-natal.
Observações: A OMS estabelece que não devam existir mais de um caso para cada mil
nascidos vivos. No Brasil, de acordo com o Programa Nacional de DST e AIDS (PN-
DST/AIDS), a média nacional em maternidades públicas é de dezesseis casos em cada
mil nascidos vivos.
Sabe-se que pelo menos 40% dos conceptos de mães com sílis não tratada durante a
gestação terão graves problemas ou serão levados a óbito. Portanto, uma gestante com
sílis ou com suspeita de sílis deve ser encarada como uma urgência médica.
A norma técnica que caracteriza um caso de sílis congênita pode ser recuperada em
http://www.uff.br/dst/revista 17-1-2005/ resumos de teses - informe-carta.pdf (Jornal
Brasileiro de DST. 2005;17(1):79-80).
-penicilina;
Tratamento incompleto ou não adequado para a fase clínica, mesmo que feito com
O parceiro sexual da mãe não deve ser esquecido. Neste, exame clínico e sorológico
além de tratamento adequado é imperioso.
• Diagnóstico diferencial
Herpes simples, cancro mole, cancro misto de Rollet (cancro duro + cancro
mole), donovanose, farmacodermias, viroses exantemáticas, ssuras e ulcerações
traumáticas.
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Observações:
- A gestante deve efetuar pelo menos dois testes sorológicos, um na primeira visita e
outro na 34ª-36ª semana. Ocorrendo lesão genital deve-se investigar rapidamente.
- A sorologia pode permanecer reatora em títulos baixos (1:4) por toda a vida, mesmo
após tratamento correto.
-treponemicida.
A reação de Se Jarish-Herxheimer pode ocorrerdasapós a primeira
cutâneas,dose
de cefaléia
qualquere
expressa como exacerbação lesões febre,
artralgias. Ocorre mais na fase exantemática. Cede com analgésicos e antitérmicos. Há
quem indique 12 mg de betametasona IM e ácido acetil-salicílico 500 mg VO, antes da
primeira dose de antibiótico.
- Embora a azitromicina possa ser usada na mulher grávida deve-se ter em mente que
esta droga não atravessa a barreira placentária. Portanto, ao nascer a criança deverá
ser obrigatoriamente avaliada e tratada. Assim, a penicilina continua sendo a primeira
opção. Sua substituição deve ser analisada com extremo cuidado.
Cancro mole
• Conceito e agente etiológico
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concomitantemente.
e formandobipolar
coloração cadeias, eventualmente
dá impressão, associadosótica,
à microscopia aos micro-organismos piógenos. Sua
de um vacúolo central.
• Características clínicas
50
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herpes genital.
bubões Na ausência
frequentemente de tratamento
supuram, deixandoecaz a punção
fístulas prolática
ou úlceras com agulha
secundárias os
no local
da drenagem. Foi descrita uma forma variante de úlcera conhecida como mouvolant
(cancro transitório), que evolui espontaneamente após 4-6 dias, mas pode ser seguida
por adenopatia inguinal que se torna um enigma diagnóstico.
Diagnóstico diferencial
Úlceras genitais estão presentes em DST como sílis, cancro, herpes genital,
donovanose, linfogranuloma venéreo e outras doenças não DST como a síndrome de
Behçet, pêngo, doença de Crohn e, líquen erosivo plano.
• Diagnóstico
A avaliação do paciente com úlcera genital inclui a sorologia para sílis e exame
em campo escuro ou a imunouorescência direta para o T. pallidum, cultura ou teste
antigênico para HSV e ainda, a cultura para H. ducreyi.
Biópsia de úlcera genital poderá ser útil no diagnóstico diferencial ou em casos não
responsivos a terapia empregada.
A testagem para HIV deverá ser feita rotineiramente em pacientes com úlcera genital.
O exame bacterioscópico deve ser feito após limpeza da lesão com soro siológico,
coletando-se, com alça de platina ou espátula, exsudato purulento do fundo da lesão,
preferencialmente sob as bordas. A positividade ocorre em 50% dos casos. É sempre boa
norma a pesquisa de T. Pallidum. Quando o bubão estiver presente, pode-se puncioná-
lo e proceder ao esfregaço. Observam-se, mais intensamente nas extremidades,
bacilos Gram-negativos intracelulares, geralmente aparecendo em cadeias paralelas,
acompanhados de cocos Gram positivos (fenômeno de satelitismo).
51
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• Tratamento
52
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- Doxiciclina 100 mg, VO, de12/12 horas, por 10 dias ou até a cura clínica (contra-
indicado para gestantes, nutrizes); ou
- Ciprooxacina 500mg, VO, 12/12 horas por 3 dias (contra-indicado para gestantes,
nutrizes e menores de 18 anos); ou
Homens que não são circuncisados e pacientes com infecção por HIV podem não
responder bem ao
negativos. Todos tratamento
os pacientes em comparação
deverão aos HIV
ser testados para homens circuncisados
no momento e HIV
do diagnóstico
do cancro mole. Caso os testes iniciais sejam negativos, estes pacientes deverão ser
retestados para HIV e sílis, 3 meses após o diagnóstico.
Linfogranuloma venéreo
• Conceito e agente etiológico
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Chlamydia
oé atrato L1, L2, ee L3.
genital feminino A Chlamydia
masculino, é uma áreas.
entre outras bactéria intracelular,
Difere do vírusque
poracomete
possuir
tanto DNA quanto RNA, parede celular com estrutura análoga à das bactérias Gram-
negativas e por ser sensível aos antibióticos, por outro lado não conseguem produzir
sua própria energia.
• Características clínicas
• Diagnóstico
Além do quadro clínico que muitas vezes apresenta-se de forma incaracterística, existem
alguns exames complementares que poderão ajudar na propedêutica diagnóstica.
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- Cultura com células de McCoy: é a mais utilizada, tornando-se positiva em três dias.
apresentando
atividade alta sensibilidade e baixa especicidade. Positividade não implica
da doença.
• Tratamento
Os linfonodos apresentando utuação devem ser aspirados com agulha grossa, e nunca
drenados ou excisados, pois, além de retardarem a cicatrização, estes dois últimos
procedimentos podem disseminar a doença e propiciar o aparecimento de elefantíase.
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Donovanose
• Conceito e agente etiológico
• Características clínicas
• Diagnóstico
• Tratamento
1 - Doxiciclina 100 mg, via oral, de 12 em 12 horas, por pelo menos 3 semanas e até
que as lesões tenham curado completamente.
2 - Alternativas:
A - Azitromicina 1g, via oral, uma vez por semana, por pelo menos 3 semanas
e até que as lesões tenham curado completamente.
C - Eritromicina base 500 mg, via oral, de 6 em 6 horas, por pelo menos 3
semanas e até que as lesões tenham curado completamente.
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VULVOVAGINITES
Vaginose bacteriana
• Conceito e agente etiológico
• Características clínicas
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• Diagnóstico
- Presença de “Clue Cells” (células epiteliais recobertas por cocobacilos Gram lábeis)
ao exame bacterioscópico.
Critérios de Nugent
Escore: Normal: 0 a 3
Flora indenida: 4 a 6
Vaginose Bacteriana: 7 a 10
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1 +++ + + ou + +
2 ++ ++ + + + ou + + + +
3 + +++
4 neg ++++
• Exame bacterioscópico
• Observações
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• Tratamento
- Clindamicina 300 mg via oral, 2x/d por 7 dias ou vaginal (creme 2%), uma vez à
noite, por 7 dias.
- Tianfenicol - 2,5g dose única (pó granulado) via oral. Repetir após uma semana.
Obs: Casos recorrentes de VB- considerar o uso de acidicantes vaginais por tempos
prolongados como adjuvantes ao tratamento clássico.
• Gestantes
• Nutrizes
- Metronidazol Gel a 0,75%, 1 aplicador vaginal (5g), 1 vez ao dia, por 7 dias;
ou
60
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• Parceiros
VB Recorrente e/ou Corrimento: branco - Clindamicina 300 mg via oral 2x/d por
com Mobiluncus acinzentado 7 d ou vaginal (creme 2%), uma vez à
Flora vaginal tipo 3, pH 4,5.
noite, durante 7d
Teste de Whiff : +
- Tianfenicol – 2,5 g, via oral dose
Clue cells: +
única. Repetir em 1 semana
Candidíase vulvovaginal
Candidíase vulvovaginal corresponde a uma das mais frequentes afecções do trato re-
produtivo. Estima-se que 75% das mulheres terão pelo menos um episódio de infecção
sintomática do trato genital inferior por espécies de Candida sp, 40-50% destas desen-
volverão um segundo episódio e 5% apresentarão recorrências (denidas como 4 ou
mais episódios conrmados clinica e laboratorialmente no período de 12 meses).
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Candida albicans está presente em aproximadamente 80-90% dos casos, Candida gla-
brata em 5-10%, Candida tropicalis em 5%. Espécies como Candida krusei, Candida
parapsilosis, Candida guilleimondii tem sido raramente identicadas. A predominân-
cia da Candida albicans provavelmente se deve a sua capacidade dimórca, ou seja,
capacidade de variar da forma de esporos para hifas (mais invasivas), o que não ocorre
com as outras espécies.
• Características clínicas
Ao exame ginecológico podem ser encontrados: eritema e/ou edema e/ou ssuras na
vulva, dependo da intensidade do quadro. Ao exame especular caracteristicamente
observa-se a presença de conteúdo vaginal aumentado, em placas aderidas às paredes
vaginais e ao colo uterino (aspecto de “leite coalhado”). Embora este seja o achado
mais comum, pode observar-se ainda presença de conteúdo esbranquiçado uido. A
medida do pH vaginal, de fácil realização, em geral encontra-se abaixo de 4.5.
62
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existência
de dos fatoresalergias,
imunossupressão, predisponentes
etc. acima mencionados, como por exemplo, estados
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• Diagnóstico
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• Tratamento
- Clotrimazol - óvulos de 100 mg - uma aplicação vaginal duas vezes ao dia durante 3
dias ou uma aplicação ao deitar durante 7 dias.
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Tricomoníase vaginal
• Conceito e agente etiológico
• Características Clínicas
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• Diagnóstico
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O CDC propõe:
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• Tratamento da gestante
Por outro lado, o tratamento das gestantes assintomáticas não evidenciou redução
destas complicações.
- Metronizadol 2g VO DU
• Parceiros
• Observações
Para alívio dos sintomas, pode-se associar o tratamento tópico com Metronidazol Gel
a 0,75%, 1 aplicador vaginal (5g), 1 vez ao dia, por 7 dias.
70
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O tratamento tópico é indicado nos casos de intolerância aos medicamentos via oral, e
nos casos de alcoolatria.
A tricomoníase vaginal pode alterar a classe da citologia oncótica. Por isso, nos casos
em que houver alterações morfológicas celulares, estas podem estar associadas à
tricomoníase. Nestes casos deve-se realizar o tratamento e repetir a citologia após 2 a 3
• Portadora do HIV
Pacientes infectadas pelo HIV devem ser tratadas com os esquemas acima referidos.
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RUBÉOLA
Conceito e epidemiologia
Doença desencadeada por um RNA vírus da família togavírus. Foi a primeira doença
na qual se identicou a transmissão congênita. O único reservatório da doença é o
homem, o que possibilita a erradicação.
Antes da introdução dos programas de vacinação, ela era endêmica em todo o mundo,
com epidemias ocorrendo a cada 4 ou 7 anos. Em países com programas de vacinação
ecientes, ela tem se tornado muito rara, tendo sido recentemente erradicada nos
Estados Unidos e na Escandinávia.
Artrite e artralgia são complicações comuns e podem ocorrer em mais de 70% das
mulheres jovens. Outras complicações severas podem ser a encefalopatia pós-
infecciosa (1/6000 casos) e distúrbios de coagulação pela trombocitopenia (1 em cada
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3000 casos).
• Infecção congênita
de reinfecção é extremamente
comprometimento do concepto,rara. A infecção
aborto espontâneo,materna pode infecção
natimorto, resultar em nenhum
da placenta
sem acometimento fetal, infecção da placenta e feto e embriopatia grave.
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<11 10 90 9 100 90
11-12 6 67 4 50 33
13-14 18 67 12 17 11
15-16 36 47 14 50 24
17-18 33 39 10
19-22 59 34 53
23-26 32 25
27-30 31 35
31-36 25 60
>36 8 100
• Resumo de risco
< 11 semanas 90
11 – 12 33
13 – 14 11
15 – 16 24
1º trimestre 69
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Diagnóstico
O diagnóstico clínico da rubéola é pouco provável, já que a maiorias das mulheres
apresentarão doença subclínica. Assim sendo, a sorologia é o método de escolha para
conrmar a doença. Entretanto, a detecção de IgM pode ser problemática, já que pode
persistir por mais de 1 ano após a infecção natural, a vacinação ou uma reinfecção.
Além
viroses,disso,
comoa opresença de IgM
vírus Epstein pode
Barr ou ser
comfalsa devido
o fator à reaçãoAcruzada
reumatoide. com outras
técnica de avidez
de anticorpos de classe IgG pode auxiliar a diferenciação entre infecção recente e
antiga; entretanto, a baixa avidez de IgG, considerada pela maioria dos autores como
inferior a 0,3, mapearia uma infecção a menos de 30 dias, o que nem sempre será útil
em suspeitas de infecção recente apenas pela identicação de um IgM positivo.
Sugere-se que, frente a um IgM positivo em uma gestante, seja colhida uma nova amostra
e enviada a um laboratório de referência com mais experiência, a m de se realizar
uma técnica de IgM com mais especicidade e a testagem de avidez de anticorpos de
classe IgG. Outra técnica possível é a utilização da detecção da glicoproteína E2, que
está ausente nas infecções recentes. Assim, a conrmação de uma infecção recente por
rubéola identicaria uma IgM mais especíca positiva, uma baixa avidez de anticorpos
de classe IgG (inferior a 0,3) e a ausência da glicoproteína E2. Mesmo com a utilização
dessas técnicas associadas, em mais de 10% dos casos não se conseguirá determinar se
houve uma infecção recente ou não.
Frente a uma gestante com detecção de sorologia com IgM positivo, devermos
realizar aconselhamento dos riscos a depender da possível idade gestacional e, se
desejo da família, realizar investigação da infecção fetal. Como menos de 30% dos
fetos acometidos produzirão IgM especíca no ambiente intrauterino, o teste mais
aconselhado para conrmação da infecção fetal é a realização do PCR (polimerase
chain reaction) especíco para rubéola, que apresenta 100% de sensibilidade, podendo
ser realizado
intervalo de 6emsemanas
amostras de sangue
após fetalinfecção
a possível ou de líquido amniótico.
materna Parece ser
para detecção de ideal
PCR um
ea
detecção de IgM parece apresentar melhores resultados se executada após a 22ª semana
de gestação.
76
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Tratamento
Não existe tratamento possível para a infecção materna e nenhuma droga antiviral reduz
o risco da transmissão vertical. A utilização de imunoglobulina hiperimune logo após
a exposição de risco poderia reduzir a viremia e os danos subsequentes. Entretanto, a
infecção fetal parece não ser reduzida por essa medida.
As primeiras vacinas começaram a ser produzidas em 1965 após uma grande epidemia
nos EUA e Europa em 1960. São vacinas produzidas a partir de vírus vivo atenuado.
No Brasil existe uma diferença muito grande entre regiões, existindo diculdade para
se avaliar os esquemas de vacinação, pois não existem dados prévios (série histórica).
Os dados ainda são elevados, pois a disponibilidade pública da vacina e as campanhas
são recentes. As epidemias geralmente ocorrem pelo acúmulo de indivíduos suscetíveis
pela falhae vacinal
7,12/ano mais migração.
14,7 gestantes/ano com Os dados de
a doença. 1999 são
Também de 521
se tem casos/ ano,
observado SRC de
um desloca-
mento para faixas etárias maiores, pois a obrigatoriedade é de vacinação no primeiro
ano de vida.
Em 2001, no Estado de São Paulo, foi realizada uma grande campanha de imunização
para mulheres em idade reprodutiva, imunizando quase 4.500.000 indivíduos, entre as
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FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
quais quase 6500 gestantes. Destas gestantes em mais de 500 foi conrmada rubéola
vacinal e suas crianças foram seguidas até 2 anos de vida. Não houve registro de
síndrome da rubéola congênita e a ocorrência de abortos foi similar a da população
geral, conrmando que a exposição inadvertida à vacina durante a gravidez não parece
trazer as mesmas consequências que a infecção selvagem.
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FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
Diagnóstico
- ELISA
- conrmatórios
- testes rápidos
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FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
período de “janela
responsável. imunológica”;
O período de janela eimunológica
a obtenção de consentimento
(tempo necessáriodopara
paciente ou de seu
a produção de
anticorpos após o contágio) é de em média 29 dias com os testes atuais de rastreamento.
O MS recomenda que o teste anti-HIV seja realizado 60 dias após uma possível
infecção.
80
FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
81
FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
(CV) Linfócitos
próximo aT-CD4350 em pacientes
contagens assintomáticos
de linfócitos T- CD4 entre com
350
células/ mm3 e 200 células/mm3
Citopatológico Repetir em 6
de colo de meses Se normal,
útero repetição anual
Anti-HCV Repetir
anualmente em
pessoas com
Exposição
VDRL Repetir
anualmente em
pessoas
sexualmente
ativas
Imunizações
A mulher portadora do HIV pode receber todas as vacinas do calendário nacional,
desde que não apresentem deciência imunológica importante. Sempre que possível,
adiar a administração de vacinas em pacientes sintomáticos ou com imunodeciência
grave (contagem de linfócitos T-CD4+ inferior a 200 células/mm3), até que um grau
satisfatório de reconstituição imune seja obtido com o uso de terapia antirretroviral
(melhor resposta vacinal e menos complicações pós-vacinais).
82
FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
Indicação:
acentuada pacientes
(linfócitoscom doença sintomática avançada e aqueles com imunodeciência
T-CD4<200/mm3).
83
FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
É frequente que o diagnóstico da infecção pelo HIV em mulheres seja feito durante
a gestação, em função dos exames solicitados durante o pré-natal. É importante
incentivar a gestante a compartilhar com seu o parceiro seu estado sorológico para
o HIV, e encorajá-lo a realizar o teste anti-HIV, além de outras sorologias (ex: sílis,
hepatites B e C).
- Administrar vacinas para hepatite B, para o pneumococo e para o tétano (ou os seus
reforços quando indicados).
-vacinas,
Recomendar quedaa frequente
em razão mulher não engravide
elevação até três
da carga viralmeses
após aapós a administração de
vacinação.
- Informar a mulher sobre o risco de transmissão vertical do HIV e das medidas adotadas
para preveni-la. Se estiver utilizando antirretrovirais, sua carga viral deve estar estável
e em níveis indetectáveis antes da gestação.
- Os casais soro concordantes e soro discordantes que desejem ter lhos devem ser
acompanhados por prossionais experientes em uma equipe multiprossional e, após
84
FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
- É importante que o prossional tenha em mente que a decisão sobre gestar ou não,
cabe à paciente.
prepará-la É papel do
para enfrentar ginecologista
a gestação orientá-la
nas melhores e, juntamente
condições clínicascom o infectologista,
possíveis. Opiniões
pessoais do prossional devem ser postas de lado, evitando assim que a mulher, ao se
sentir julgada e não apoiada, abandone o tratamento.
• Anticoncepcionais Hormonais:
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FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
devendo-se pesquisar
contraceptivos a presença
hormonais. de fatores
Para mulheres de risco que
em tratamento para contraindiquem o uso de
tuberculose, a rifampicina
pode reduzir a ecácia da contracepção hormonal, não sendo recomendado o uso de
contraceptivos hormonais de baixa dosagem para essas mulheres, sendo preferível o
uso do acetato de medroxiprogesterona injetável ou, alternativamente, um método não
hormonal. O acetato de medroxiprogesterona injetável ou via oral pode também ser
considerado como auxílio adicional no controle de anemia, frequente nestas pacientes,
com a redução ou suspensão do uxo menstrual decorrente do método.
• DIU
Podem ser indicados para aqueles que desejam um método denitivo, utilizando-
se os mesmos critérios empregados para os indivíduos soronegativos para o HIV.
Pacientes com imunossupressão devem ter procedimentos contraceptivos cirúrgicos
postergados.
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FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
No caso do parceiro com situação sorológica desconhecida para a infecção pelo HIV,
aproveitar a oportunidade para aconselhamento e testagem do mesmo.
Gestação e HIV
O Programa Nacional de DST e Aids em 2006, estimou a prevalência da infecção
pelo HIV em gestantes em 0,41%. Embora a pesquisa do HIV seja recomendada de
rotina no pré-natal, a cobertura deste teste ainda não é a ideal, sendo fatores limitantes
para que as taxas nacionais de transmissão vertical do HIV sejam ainda mais baixas
o diagnóstico tardio da infecção pelo HIV na gestação, a baixa adesão dos serviços a
testagem durante o pré-natal e a qualidade da assistência, principalmente nas regiões
com menor cobertura de serviços e menor acesso à rede de saúde.
Abordagem diagnóstica da infecção pelo HIV na gestação
• Aconselhamento em DST/AIDS e a prevenção da transmissão vertical
A solicitação de exame Elisa para HIV deve ocorrer na primeira consulta pré-natal,
para todas as gestantes. A mulher deve ser esclarecida sobre a importância da testagem
para HIV e sílis na gestação, podendo, assim, decidir informada e livremente sobre a
realização dos testes.
aconselhamento
logo e a oferta
após terem sido feitas do teste anti-HIV. O prossional de saúde deverá assinar,
as anotações.
• Aconselhamento pós-teste
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FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
nas 4 semanas que antecederam a realização do teste, indicando retorno para nova
testagem após 30 dias, ressaltando a necessidade de adotar as medidas de prevenção,
especialmente naquelas pacientes em que situações de maior risco.
do resultado,
infecção as possibilidades
de seus de tratamento
bebês, encaminhamentos para elas e discussão
necessários a possibilidade
sobre de evitardea
adoção
medidas de prevenção, conforme a condição emocional e a capacidade de compreensão
de cada mulher. É importante estimular a adesão, ressaltando a importância do
acompanhamento médico e psicossocial para o controle da infecção e para a promoção
da saúde, durante e após a gestação e informar a importância da testagem dos parceiros
sexuais, oferecendo apoio, caso sejam identicadas diculdades nesse sentido.
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FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
Primeira consulta:
- identicar alguma condição que exija intervenção imediata, como sinais e sintomas
sugestivos de manifestações oportunistas;
- explicar o signicado da infecção pelo HIV e sua evolução, esclarecendo sobre o risco
de transmissão vertical e enfatizando a elevada ecácia das medidas de prevenção da
transmissão vertical;
89
FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
- Disponibilizar preservativos;
-cordocentese)
A realizaçãoestá
de contraindicada
procedimentos pelo
invasivos durante
aumento a gestação
do risco de TV; (ex: amniocentese e
- Contagem de Linfócitos T-CD4 (Na primeira consulta e repetir pelo menos entre 4-6
semanas após início de TARV e a partir da 34ª semana);
- Carga Viral (CV) (Na primeira consulta e repetir após 4-6 semanas de início da TARV
e a partir da 34ª semana- caso CV detectável, repetir o exame e reforçar a adesão). A
repetição da CV a partir da 34ª semana, auxilia na denição da via de parto. OBS: a CV
é o fator mais fortemente associado ao risco de transmissão vertical do HIV e auxilia
na denição da via de parto, com taxas de transmissão são inferiores a 1% em gestantes
em uso de ARV com CV <1.000 cópias/ml;
90
FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
- Sorologia para Toxoplasmose (IgM,IgG) (trimestral caso o exame inicial for negativo;
- PPD
de (Reação ativa
tuberculose de Mantoux)
e se for -negativa,
Resultado reatoraforte
indicar (> 5 mm):
prolaxia realizar a investigação
com isoniazida associado à
piridoxina;
Imunizações
- HBsAg negativo: encaminhar para imunização contra Hepatite B (esquema vacinal
distinto do usual);
Idealmente esta gestante deve estar sempre sendo vista também por infectologista ou
clínico experiente no manejo de pessoas HIV+. Todas as gestantes infectadas pelo HIV
devem receber TARV com associação de três antirretrovirais independente da situação
virológica, clínica ou imunológica.
91
FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
A indicação
vertical de TARVdanainfecção
ou tratamento gestaçãodopode
HIV.ter dois objetivos: prolaxia da transmissão
O esquema deve ser iniciado imediatamente quando na presença de qualquer fator que
leve a disfunção placentária e maior risco de TV (ex: sílis; uso de drogas; infecção
aguda por citomegalovírus e/ou toxoplasmose).
A prolaxia deve ser suspensa após o parto.
- gestantes sintomáticas, ou
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FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
No caso de gestantes assintomáticas com contagem de LT-CD4+ entre 200 e 350 células/
mm3 o tratamento poderá ser postergado na dependência da idade gestacional e da
contagem de CD4+. Quanto mais próxima de 200 células/mm3 estiver a contagem
de LT-CD4+ +, maior será a necessidade de início precoce da terapia , devido ao
maior risco de progressão da doença.
Quandoser
poderá a contagem
postergadodepara
LT-CD4+
após a estiver mais de
14ª semana próxima a 350
gestação, células/mm3,
considerando o início
a relação
risco-benefício.
Lembrar que nestas mulheres o tratamento deve ser mantido após o parto.
• Esquema antirretroviral
Deve ser utilizado esquema ARV composto por três antirretrovirais de duas classes
diferentes, seja com indicação de prolaxia ou de tratamento.
Observações:
- Recomenda-se evitar o uso de AZT em casos de anemia (Hb < 8,0 g/dl) e/ou
neutropenia (neutrólos < 1000 células/ mm3), com monitoramento mais frequente
caso a hemoglobina seja inferior a 10 g/dl;
93
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Gestantes com esquemas ecazes e seguros devem ter seu regime mantido durante a
gestação.
b) Gestante em uso de TARV com carga viral detectável ou que possuam qualquer
critério de falha terapêutica;
Durante o seguimento da gestante infectada pelo HIV, devem ser realizados pelo
menos três exames de CV: na primeira consulta do pré-natal para medir a viremia; 4-8
semanas após a introdução do ARV para avaliar a resposta ao tratamento; a partir da
34ª semana, para indicação da via de parto. Caso a CV não tenha sido reduzida em pelo
menos 1 log (ou 90%) em 4-8 semanas após o início da terapia ou for maior que 10.000
cópias, vericar a adesão e o uso correto das medicações e considerar a realização de
genotipagem, o que pode indicar troca do esquema.
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- A infusão de AZT deve iniciar 3 horas antes da cirurgia e mantida até a hora
do nascimento;
- CV <1.000 cópias/ml – discutir com a gestante que o tipo de parto não altera
o risco de TV do, desde que o parto seja manejado adequadamente.
oral (a menos
sedação do TPque sejam alérgicas
pré-termo ao medicamento);
devem receber as gestantes
o AZT EV, enquanto que internam
estiverem para
apresentando
contrações uterinas. As pacientes que internam para cesárea eletiva devem receber AZT
EV iniciando pelo menos 3 horas antes da cesárea;
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FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
venosa da zidovudina (AZT). A única droga que deve ser suspensa até 12 horas antes
do início do AZT intravenoso é o d4T (Estavudina);
4. Evitar procedimentos
amniocentese, invasivos
amniotomia, uso dedurante
fórcepsavácuo
gestação, TP e parto, como: cordocentese,
extrator;
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semana).
compressas
contato ou campos
posterior secundários com
do recém-nascido antessangue
de se realizar
materno.a histerotomia, minimizando o
• No parto vaginal
2. Evitar que as parturientes permaneçam com bolsa rota por tempo prolongado, visto
que a taxa de TV aumenta progressivamente após 4 horas de bolsa rota. O uso de
fármacos que aumentam a atividade uterina não está contraindicado, mas deve ser
utilizado, segundo os padrões de segurança já conhecidos.
5. Parto instrumentalizado deve ser evitado, mas quando indicado, o fórceps deve ser
preferido ao do vácuo extrator.
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- Gestante não testada e/ou sem resultado do segundo teste, no último trimestre
de gestação;
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- Idade gestacional >34 semanas – iniciar AZT EV e decidir via de parto conforme
parâmetros obstétricos (colo uterino, presença de contrações) e da CV. Se colo
desfavorável e ausência de contrações uterinas - considerar parto por cesárea, evitando
induções prolongadas; se colo favorável e CV<1.000 cópias/ml, a via de parto pode ser
vaginal. Pode-se utilizar ocitocina para acelerar o TP.
Hemorragia pós-parto
Evitar uso de derivados ergotamínicos, caso as parturientes façam uso de inibidores
da protease (ex: lopinavir/r), pois o uso concomitante destas medicações tem-se
associado a respostas vasoconstritoras exageradas. Se possível, preferir ocitocina ou
misoprostol.
Polihidrâmnio
Havendo necessidade imperativa de amniocentese (isoimunização Rh, drenagem de
polihidrâmnio), a utilização de 2 mg/kg de peso materno de AZT endovenoso três horas
antes da punção pode reduzir o risco de TV do HIV.
100
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HEPATITE B (HB)
A
çãoHepatite
é um DNAB é uma
vírusdoença infecciosa
da família de etiologia designado
dos Hepadnavírus viral. O vírus
pelacausador desta infec-
letra B (HBV).
Prevalência
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2004), a Hepatite B é um problema
de saúde pública em todo o mundo. Estima-se que 30% da população mundial já tive-
ram contato com o HBV, pois apresentam evidência sorológica desta infecção e que 5%
sejam portadores crônicos deste vírus. O conhecimento destes dados é muito importan-
te, pois esta infecção pode evoluir para hepatite crônica, cirrose ou hepatocarcinoma.
101
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• Não parenteral: representada por transmissão via oral, vertical, sexual, con-
tacto com portadores HBsAg, aparelhos médicos
Destaca-se que a faixa etária de exposição é um fator crucial para eliminação do vírus
e resolução da infecção:
Características clínicas
Os sinais e sintomas da HB não diferem das manifestações clínicas das outras hepatites
virais. No caso de sintomatologia sugestiva da infecção aguda deve-se solicitar a
sorologia para as outras hepatites virais.
Hepatite B aguda: Pode-se observar desde pacientes assintomáticas até, mais
raramente, hepatite fulminante. Apenas 30% apresentam a forma ictérica da infecção.
O período de incubação do HBV varia de 45 a 180 dias e são observadas as três fases
descritas a seguir:
102
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• Ativa: caracterizada por necrose hepática, que pode evoluir para cirrose hepá-
tica ou para câncer.
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Diagnóstico laboratorial
a) Antígenos:
b) Anticorpos:
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Tratamento
Basicamente o tratamento consiste em manter repouso domiciliar relativo, até que a
sensação de bem-estar retorne e os níveis das aminotransferases (transaminases) vol-
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tem aos valores normais. Em média, este período dura quatro semanas. Não há res-
trição de alimentos no período de doença. É aconselhável abster-se da ingestão de
bebidas alcoólicas.
Os pacientes com hepatite causada pelo HBV poderão evoluir para estado crônico e
deverão ser acompanhados com pesquisa de marcadores sorológicos (HBsAg e Anti-
Não existe tratamento especíco para a maioria das hepatites virais agudas, mas existe
tratamento para as hepatites virais crônicas. O tratamento da hepatite B crônica visa
suprimir a replicação viral e reduzir a lesão hepática, prevenindo a evolução para
cirrose e hepatocarcinoma. Os objetivos do tratamento são:
• interferon-alfa-1b;
• lamivudina;
•
adefovir dipivoxil;
• interferon peguilado, entecavir, telbivudina e outros deverão ser dispensados
pelo Ministério da Saúde do Brasil a partir de 2010.
Para ns de tratamento, valores acima de 100.000 cópias/ml são indicativos de repli-
cação, enquanto que indivíduos com valores abaixo desse são portadores inativos do
107
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HBV.
Durante a gestação:
e) Consulta pré-natal: após a alta a paciente deve ser seguida com intervalos
condizentes com a idade gestacional e evolução da infecção. Recomenda-se uso de
preservativo até conhecimento do estado sorológico do parceiro.
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Durante a gestação
As gestantes portadoras do HBV serão diagnosticadas pelo rastreio sorológico
recomendado durante o pré-natal. O ideal é realizar a triagem sorológica na 1ª consulta
e repeti-la no 3º trimestre gestacional. Caso esta triagem seja realizada apenas uma vez
no pré-natal a idade gestacional recomendada é em torno da 30ª semana.
a) Dieta: não há restrição alimentar com exceção do álcool que está proibido
durante a gestação.
c) Exames virais
sorológicos laboratoriais:
realiza-seConcomitante
a avaliação docom a solicitação dos
comprometimento marcadores
do parênquima
hepático da gestante solicitando-se: transaminases, gama-GT, bilirrubinas e
fosfatase alcalina. A função hepática deve ser avaliada solicitando-se fatores de
coagulação, atividade da protrombina e albumina sérica.
• Não há necessidade de isolar a parturiente, mas toda a equipe deve estar atenta
a utilização correta dos equipamentos de proteção individualizada (EPI) em
qualquer procedimento que envolva sangue e/ou excreções.
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amniocentese.
Durante o parto
A via de não
momento partohásegue os critérios
indicação obstétricos
de cesárea da assistência
para as parturientes ao parto,
com HB aguda isto
para é, até o
redução
da transmissão vertical. A equipe deve estar atenta a utilização correta dos equipamentos
de proteção individualizada (EPI) em qualquer procedimento que envolva sangue e/ou
excreções.
Amamentação: como regra geral a puérpera poderá amamentar seu lho sem aumentar
o risco de TV. A amamentação deve ser iniciada após o RN receber a imunoglobulina
e a 1ª dose de vacina.
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FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
e a vacina regular para HBV, que deve ser completada com as demais doses conforme
as recomendações padrão. Essa abordagem tem ecácia em reduzir o risco de trans-
missão perinatal do vírus B em aproximadamente 95% dos casos, mas é menos ecaz
entre as mães que possuem HBeAg positivo ou que apresentam cargas virais elevadas.
Um nível sérico de carga viral materna superior a 10 7 IU/mL está associado a um fra-
casso na imunoprolaxia que pode variar de 5 a 10%. A redução da viremia durante o
último
ser umamês de gestação
medida ecaz e em mulheres
segura com HBsAg
para reduzir o riscopositivo e carga
de fracasso viral elevada pode
da imunoprolaxia no
recém-nascido.
Existem duas estratégias distintas para reduzir a carga viral nessas grávidas:
A terapia prolática é controversa, complexa e ainda não foi bem estudada. Xu e cola-
boradores, em um ensaio clínico prospectivo e controlado, administraram placebo ou
três doses de 200 unidades de HBIG por via intravenosa a cada 4 semanas, a partir da
28ª semana
nicativa nade gestação, em
positividade domulheres
DNA-HBV com HBsAG
e do HBeAg positivo. Houve uma diferença
nos recém-nascidos sig-
entre os dois
grupos (taxa de positividade: 25% entre os lhos de gestantes que receberam HBIG
versus 83% entre as crianças nascidas das mães tratadas com placebo). Além disso, a
carga viral era inferior a das mães tratadas e signicativamente inferior a dos controles
que não receberam tratamento.
A lamivudina foi o único antiviral estudado para terapia especíca. Quando ela foi
administrada nas últimas 4 semanas de gestação se mostrou capaz de reduzir uma vi -
remia acentuada. Van Zonneveld e colaboradores trataram oito gestantes com viremia
elevada (>1,2 x 109 IU/mL) com 150 mg de lamivudina por dia durante o último mês de
gestação. O grupo controle era composto por 24 crianças nascidas de outras mães com
HBsAg positivo e carga viral semelhante. Todas as crianças receberam imunização
ativa e passiva ao nascimento (com vacina para HBV e imunoglobulina, respectiva-
mente) e foram acompanhadas por um período de 12 meses. Sete das oito mães tratadas
com lamivudina apresentaram uma redução de sua carga viral. Em apenas uma das
oito crianças (12,5%) nascidas das mães que receberam esta medicação, o HBsAg e o
DNA-HBV permaneceu positivo aos 12 meses de idade; as demais crianças apresenta-
ram soroconversão para anti-HBs. Entre o grupo controle que não recebeu tratamento,
a transmissão perinatal ocorreu em 7 das 25 crianças (28%).
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grupo controle, composto por 52 gestantes, não recebeu nenhuma forma de tratamen-
to.
A taxa de infecção neonatal pelo vírus B da hepatite foi signicativamente menor entre
os recém-nascidos de mães que recebiam HBIG (16%) ou lamivudina (16%) do que
entre aqueles cujas mães pertenciam ao grupo controle (33%; P < 0,05). Não houve
diferença signicativa entre os grupos que recebiam HBIG ou medicação antiviral (P >
0,05). Não foi constatado nenhum efeito colateral entre as gestantes ou seus lhos.
A terapia com lamivudina pode não prevenir a transmissão perinatal da HBV em todos
os recém-nascidos. Kazim e colaboradores relataram a ocorrência de hepatite B crô-
nica em um recém-nascido, apesar da redução da carga viral materna a um nível não
detectável obtida através de terapêutica prolongada com lamivudina. O recém-nascido
recebeu a vacinaepara
zimas hepáticas vírus B epersistente
positividade HBIG, masdos
ainda assim
testes apresentava
de DNA aumento
para HBV. das en-
O DNA-HBV
apresentava semelhanças no sequenciamento e foi constatada a presença da mesma
mutação pré-core, o que indicou a transmissão vertical.
O uso de terapia antiviral durante a gravidez para reduzir a carga viral e o risco de
transmissão do HBV ao recém-nascido é uma estratégia razoável. Contudo, esta medi-
da terapêutica deve ser avaliada em um grande ensaio clínico controlado que compare
a ecácia dos agentes antivirais e HBIG em reduzir a transmissão da infecção pelo
vírus B.
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sobre o que deve ser feito, devendo-se analisar as possibilidades caso a caso.
Prevenção da HB
Uma das principais medidas de prevenção da infecção é a vacinação para hepatite B
pré-exposição.
Imunogenicidade e efcácia
Após três doses intramusculares da vacina contra hepatite B, mais de 90% dos adultos
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Quando não há resposta vacinal adequada após a primeira série de vacinação, grande
parte dos prossionais (até 60%) responderá a uma dose de vacina.
Caso persista a falta de resposta, não é recomendada uma revacinação. Nesta situação
a conduta a ser indicada é 2 doses de gamaglobulina hiperimune para hepatite B com
intervalo de 1 mês entre as doses (HBIG 2x) a cada exposição ocupacional. Para um
prossional de saúde ser considerado não respondedor, o resultado da pesquisa anti-
HBsAg deve ser negativo dentro de 6 meses após a 3 a dose da vacina.
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Prossionais que tenham interrompido o esquema vacinal após a 1ª dose, deverão re-
alizar a 2ª dose logo que possível e a 3ª dose deverá ser indicada com um intervalo de
pelo menos 2 meses da dose anterior. Prossionais de saúde que tenham interrompido
o esquema vacinal após a 2ª dose deverão realizar a 3ª dose da vacina tão logo seja pos-
sível. Para prossionais de saúde com esquema vacinal incompleto, está recomendada
a realização de teste sorológico (anti-HBs) após a vacinação (1 a 6 meses após última
dose) para conrmação da presença de anticorpos protetores.
No que se refere à prevenção da infecção de prossionais de saúde lidando com pa-
cientes infectados pelo HBV, recomenda-se estar vacinado contra o vírus da Hepatite
B, bem como seguir rigorosamente as precauções universais quando em contato com
sangue e líquidos corporais, sejam estes de fonte sabidamente contaminada ou não.
Gamaglobulina hiperimune
A gamaglobulina hiperimune deve também ser aplicada por via intramuscular.
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Paciente fonte
Profissional HBsAgpositivo HbsAg HbsAg desconhecido ou
exposto negativo
Não testado *
Não Vacinado HBIG e Iniciar vacinação Iniciar vacinação
Iniciar vacinação
Previamente Nenhuma medida específica Nenhuma Nenhuma medida específica
vacinado com medida
resposta vacinal específica
conhecida e
1
adequada
Previamente HBIG e Nenhuma Se fonte de alto risco , tratar
vacinado sem medida como se fonte HBsAg positivo
resposta vacinal 1 dose da vacina contra hepatite específica
2 3
B ou HBIG (2x)
Resposta vacinal Testar o profissional de saúde: Nenhuma Testar o profissional de saúde:
desconhecida Se resposta vacinal adequada: medida Se resposta vacinal adequada:
nenhuma medida específica específica nenhuma medida específica
Se resposta vacinal inadequada: Se resposta vacinal inadequada:
HBIG e 1 dose da vacina contra aplicar 1 dose da vacina contra
2 3 2 3
hepatite B ou HBIG (2x) hepatite B ou HBIG (2x)
Acompanhamento sorológico
A solicitação de testes sorológicos para o prossional de saúde acidentado deve ser
realizada no momento do acidente:
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A coleta
ou deve
a critério ser realizada
médico. obrigatoriamente
Para coleta entre
de material em a 35ªéenecessário
grávida, a 37ª semanas de gestação
não tomar banho
ou evacuar até o momento da coleta. Se tiver tomado banho ou evacuado pela manhã,
é possível coletar o material no nal da tarde. Fazer inicialmente um swab no introito
vaginal sem utilização de especulo. A amostra deverá ser colhida da vagina inferior,
introduzindo o swab por cerca de 2 cm, fazendo movimentos giratórios por toda a
circunferência da parede vaginal.
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FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas
3 dias.
Uma cultura positiva signica que a gestante é portadora de GBS - e não que ela ou seu
concepto carão doentes. Não devem ser dados antibióticos orais antes do parto para
as mães colonizadas porque, neste momento, antibióticos não são capazes de previnir
a doença por GBS no recém-nascido. Uma exceção é quando GBS é detectado na
urina. Neste caso, a mãe deve ser tratada no momento do diagnóstico. Conhecer as
portadoras de GBS na vagina ou no reto é importante no momento do parto - quando
os antibióticos são efetivos na prevenção da transmissão.
Antibioticoproflaxia:
120
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realizada,
Recomenda-se ainda antibioticoprolaxia quando existir algum dos fatores de
risco abaixo:
A antibioticoproflaxia intraparto
Como alternativa pode ser usada a ampicilina na dose de 2,0 gramas endovenoso
como dose de ataque seguida de 1,0 grama endovenoso a cada 4 horas. No caso de
pacientes alérgicas a penicilina deve-se usar eritromicina ou clindamicina, dependendo
da sensibilidade do EGB na cultura, pois existem relatos de resistência desta bactéria
a estes antimicrobianos. O uso de vancomicina está reservado as pacientes alérgicas à
penicilina e cuja cultura mostrou resistência a eritromicina e a clindamicina.
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CITOMEGALOVÍRUS
Conceito e etiologia
O citomegalovírus (CMV) é o maior vírus da família herpesviridae e apresenta a
capacidade de estabelecer infecções persistentes, latência e reativação. O homem e os
primatas são os reservatórios naturais.
- saliva
- urina
- leite materno
- sangue
- secreções vaginais
- sêmen
Também pode ocorrer através do contato indireto com materiais inertes contaminados
(brinquedos, etc) ou ainda por transfusão de sangue ou transplantes.
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Vários fatores estão associados à presença da infecção por CMV; entre eles: baixo nível
socioeconômico, raça não branca, idade inferior a 30 anos, menor nível educacional e
contato próximo com crianças.
Fisiopatogenia
Após o contato com o vírus, indivíduos suscetíveis apresentarão replicação viral epitelial
na área de inoculação e, após alcançar a circulação sistêmica, ele pode se replicar e ser
excretado em diversos uidos corporais. A maioria dos indivíduos imunocompetentes
não irá manifestar quadro clínico associado à infecção pelo CMV. Mais frequentemente,
a infecção primária pelo CMV que resulta em quadros sintomáticos ocorrerá em
imunodeprimidos.
INFECÇÃO MATERNA
O risco de20
primeiras infecção fetaldeé gestação.
semanas maior na “primo infecção”a materna
Aparentemente infecçãoe materna
se essa ocorrer nas
recorrente
apresenta menor severidade para o feto com pequeno risco de sequelas.
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INFECÇÃO CONGÊNITA
de mães
grupo com infecção
nascido de mãesprimária serão sintomáticas
com recorrência. ao nascimento
Após seguimento contracerca
de 5 anos, nenhuma do
de 25%
dos recém nascidos de infecção primária e 8% das recorrentes apresentarão doença
sintomática.
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Diagnóstico laboratorial
- Fixação de complemento
- ImunouorescênciA
- ELISA
- Immunoblot
- Cultura em broblasto
Outra opção para se tentar conrmar uma infecção recente é a utilização de técnicas
de biologia molecular, o PCR (polymerase chain reaction). Como o vírus se replica
largamente
desse nosurina
teste em túbulos renais maternos
e sangue e alcança auxiliará
elevada disseminação
a denição desanguínea,
existênciaade
realização
viremia
ou virúria, conrmando uma infecção recente.
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Além viral
carga da realização
no líquido do PCR
pode qualitativo
auxiliar no líquido
a predição amniótico,
de infecção a quanticação
fetal sintomática: quandodaa
Carga viral for superior a 100.000 cópias, há uma forte correlação com doença fetal
sintomática.
Tratamento
O CMV é relativamente insensível ao aciclovir e aparentemente sensível ao
ganciclovir. Entretanto a instituição de tratamento em gestantes imunocompetentes
não muda o curso da doença fetal.
O uso de imunoglobulinas é também uma opção de abordagem para fetos com alterações
ecográcas e infecção pelo CMV, por via venosa ou intra-amniótica. Entretanto o custo
da sua utilização é elevado e serão necessários maiores estudos para avaliação de sua
real ecácia.
• Rastreamento no pré-natal
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