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O USO CORRETO DAS

TERMINOLOGIAS VISANDO
POTENCIALIZAR A INCLUSÃO
SOCIAL E EDUCACIONAL
em Design Instrucional para EaD Virtual: técnicas e
NEaD - Federal de

O USO CORRETO DAS TERMINOLOGIAS VISANDO POTENCIALIZAR


A INCLUSÃO SOCIAL E EDUCACIONAL

Profa.Msc.Paloma Alinne Alves Rodrigues


palomaraap@edu.unifei.br

Ao abordar o tema Educação, seja ela presencial ou a distância, é


fundamental refletir sobre estratégias inclusivas, pois no decorrer dos anos, e principalmente,
durante a última década observa-se uma maior participação e preocupação da sociedade e
dos setores educacionais ao abordar em seu cotidiano os direitos e igualdades das pessoas
com deficiência (PcD).
1
Esse fato está marcado pela Declaração de Salamanca (1994) que assegura a
pessoa com deficiência o acesso a Educação e afirma que “[...] as escolas devem acolher
todas as crianças, independente das suas condições física, intelectuais, sociais, emocionais,
linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas [...]”
(p.17 e 18).
Contudo, esse cenário nem sempre foi assim já que há muitos anos as pessoas com
deficiência viviam em ambientes restritos, asilos, manicômios e raramente em suas próprias
casas. Tal período é conhecido como

[...] uma fase de segregação, justificada pela crença de que a pessoa


diferente seria mais bem cuidada e protegida se confinada em
ambiente separado, também para proteger a sociedade dos „anormais‟
(MENDES, 2006).

Por isso, quando fala-se de inclusão é preciso entender que a inclusão escolar
implica na participação assídua do aluno com deficiência na realização das atividades
escolares, ressaltando a valorização das diferenças. Ao passo que a integração corresponde
apenas ao fato do aluno com deficiência estar fisicamente em sala de aula, sem estar
envolvido nas atividades educativas e, não podendo assim, desenvolver suas habilidades,
competências e potencialidades (MENDES, 2006).

1 Para saber mais sobre a Declaração de Salamanca, acesse o site:


http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
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No Brasil a cada 10 anos o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


realiza um levantamento sobre diversas questões relacionadas à moradia, saneamento
básico, escolaridade, entre outras coisas; e no ano 2010 foi realizado um levantamento e,
no item relacionado a pessoas com deficiência verificou-se que quase 45,6 milhões de
2
brasileiros diziam apresentar ao menos uma deficiência . Diante desse dado, nada mais
natural refletir sobre estratégias inclusivas para garantir a essas pessoas autonomia
para freqüentar supermercados, escolas, praças, parques, universidade e tantos outros
lugares.
O que garante a pessoa com deficiência liberdade para realizar suas tarefas diárias é

a acessibilidade, definida pela legislação brasileira3 como a possibilidade e condição de


alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e
equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de
comunicação por pessoa portadora de defici ência ou com mobilidade reduzida.
Ao trabalhar com uma perspectiva inclusiva é fundamental atentar-se para o uso
correto das terminologias. Sobre esse assunto Sassaki (2002) alerta que usar termos
incorretos ou obsoletos faz com que preconceitos e estereótipos sejam reforçados e
perpetuados; e que por isso é preciso ter cuidado!
No entanto, cabe destacar que o uso dos termos está relacionado com os valores e
conceitos de cada época e que por isso, ao longo do tempo eles tendem a ser substituídos.
Tendo em vista essa ressalva, Sassaki (2002, p.1) comenta que no Brasil, já há tentativas
“[...] de levar ao público a terminologia correta para uso na abordagem de assuntos de
deficiência a fim de que desencorajemos práticas discriminatórias e construamos uma
verdadeira sociedade inclusiva [...]”.
Desse modo, utilizando como embasamento teórico o texto “Terminologias na Era da
4
Inclusão” – autoria do professor Romeu Kazumi Sassaki - tem-se a seguir as principais
terminologias utilizadas em um contexto inclusivo. Para tanto, inicialmente será transcrito as
expressões incorretas; e em seguidas os termos corretos e algumas observações.

2 Informações disponíveis em: http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=890


no dia 10/01/2014.

3
Informação disponível na Lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000

4 Maiores informações disponível em: http://www.fiemg.com.br/ead/pne/terminologias.pdf


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1.1. Portador de deficiência


TERMO CORRETO: Pessoa com Deficiência.

1.2. Pessoa normal


TERMO CORRETO: pessoa sem deficiência; pessoa não-deficiente.

1.3. Necessidades Educativas Especiais


TERMO CORRETO: necessidades educacionais especiais. “A palavra educativo significa algo
que educa. Ora, necessidades não educam; elas são educacionais, ou seja, concernentes à
educação” (SASSAKI, 1999).

1.4. Pessoas ditas deficientes


TERMO CORRETO: pessoas com deficiência. A palavra ditas, neste caso, funciona como
eufemismo para negar ou suavizar a deficiência, o que é preconceituoso.

1.5. Escola normal


TERMOS CORRETOS: escola comum; escola regular.
Em breve não será mais necessário o uso do adjetivo, pois a expectativa é que de que
todas as escolas sejam inclusivas.

1.6. Classe normal


TERMOS CORRETOS: classe comum; classe regular.

1.7. Criança excepcional


TERMOS CORRETOS: criança com deficiência intelectual, criança com deficiência mental.

1.8. Mongolóide; mongol


TERMOS CORRETOS: pessoa com Síndrome de Down, criança com Down, uma criança
Down.

1.9. Ceguinho
TERMOS CORRETOS: cego; pessoa cega; pessoa com deficiência visual.
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1.10. Defeituoso físico


TERMO CORRETO: pessoa com deficiência física.

1.11. Deficiente mental (quando se referir a uma pessoa com transtorno mental)
TERMO CORRETO: pessoa com deficiência intelectual (esta deficiência ainda é conhecida
como deficiência mental).

1.12. Mudinho
TERMOS CORRETOS: surdo; pessoa surda; pessoa com deficiência auditiva. Há casos de
pessoas que ouvem (portanto, não são surdas), mas têm um distúrbio da fala (ou deficiência
da fala) e, em decorrência disso, não falam.

1.13. Pessoa surda -muda


TERMOS CORRETOS: pessoa surda ou, dependendo do caso, pessoa com deficiência auditiva.

Em toda a história da Educação Especial e Inclusiva observa-se que as pessoas com


deficiência sempre estiveram à margem da sociedade. A educação, por exemplo, é um
direito de todos desde a Constituição de 1988, todavia ainda hoje é possível encontrar
crianças com deficiência com dificuldades de acesso ao contexto escolar.
Mesmo com todos os avanços conquistados, entre eles a instituição do Plano
Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Decreto nº 7.612/2011 – Plano Viver
sem Limite, que visa potencializar o acesso à educação, acessibilidade, atenção em saúde e
inclusão social, ainda há muitos desafios para serem enfrentados e superados.
Como salienta Sassaki (2010): “A participação social das pessoas com deficiência se
dará na medida da capacidade de a sociedade contribuir na construção e no resgate
de suas condições de enfrentamento das barreiras naturais ou impostas pelo homem”.
Por isso, cabe a cada indivíduo refletir e colocar em prática estratégias que possam
contribuir para que a sociedade torne-se cada vez mais inclusiva e a partir disso assegurar a
pessoa com deficiência o uso das suas potencialidades com total liberdade.
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Referências

MENDES, E. G. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Revista


brasileira de educação. Rio de Janeiro, v.11, n.33, dec. 2006. Disponível em:
< http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v11n33/a02v1133.pdf > Acesso em: 10 jan. 2014.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. Revista


nacional de reabilitação, São Paulo, ano 5, n. 24, jan./fev. 2002, p. 6-9.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Deficiência psicossocial: a nova categoria de


deficiência. Fortaleza: Agenda 2011 do Portador de Eficiência, 2010.

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