O relato de viagem é um subgénero da literatura de viagens que mistura o
jornalismo e a literatura, a objetividade e a subjetividade.
2. Qual o seu objetivo?
Nos relatos de viagem, é importante que a seleção das informações e
dos acontecimentos mais marcantes possibilitem ao leitor imaginar os locais e as situações vivenciadas por quem as escreve (através da sua caracterização e descrição), o que permite ao narratário formar uma imagem conceptual dos espaços visitados pelo viajante. Ficha informativa n.o 3
Estes relatos não pretendem apenas narrar objetivamente o que foi
observado; ao invés disso procuram transmitir ao leitor a experiência vivida, ou seja, centram-se na explicação, orientação e opinião, sempre com base na realidade. Em geral, nos relatos de viagem, o autor regista as suas impressões pessoais sobre lugares, pessoas e/ou situações com os quais se depara ao longo da viagem, procurando caracterizá-los. Este género também tem sido frequentemente produzido e publicado com o objetivo de informar ou entreter o leitor, ao retratar lugares e situações incomuns. Ficha informativa n.o 3
3. Que características tem?
Além das informações presentes no texto, nos relatos de viagem é
comum serem utilizadas as imagens, para que o leitor possa compreender melhor o que está a ser relatado. As imagens auxiliam na caracterização dos espaços e podem trazer novas informações. Nos relatos de viagem, são usados conectores com valor de tempo, que organizam as informações do texto, o que possibilita saber quando e em que sequência os factos ocorreram.
Da mesma forma, a objetividade e a precisão das indicações de
espaço possibilitam ao leitor acompanhar a viagem, associando as informações do texto aos locais visitados. Nos relatos de viagem, os sentimentos de quem escreve podem surgir como recursos para emocionar o leitor. Ficha informativa n.o 3
Além dos aspetos já referidos no relato de viagem encontramos:
• variedade de temas (comparação de culturas; reflexão sobre a sua própria
cultura…);
• encadeamento lógico dos assuntos abordados;
• discurso pessoal (prevalência da 1.ª pessoa – narrador autodiegético);
• dimensões narrativa (predominância de nomes) e descritiva (predominância de
adjetivos);
• multimodalidade (diversidade de formatos – diários, cartas, documentários…; e