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Os Segredos Harmônicos do

NIRVANA
Uma das maiores referências do rock nos anos 1990 sem dúvida foi o Nirvana. Com muita originalidade, Kurt Cobain, Krist
Novoselic e Dave Grohl alcançaram o topo das paradas com uma música cheia de energia que foi o som de uma geração.
Mesclando acordes simples, riffs marcantes, belas melodias, gritaria, mudanças constantes e bruscas de dinâmica, linhas de
baixo destacadas e uma bateria pesada tocada com intensidade e fúria. Cobain se considerava um compositor e não um
guitarrista, fato que foi expresso em entrevistas na qual afirma que não gostava de estudar teoria musical, considerava uma
perda de tempo e desnecessário para sua música: ‘’teoria é um desperdício de tempo. Escalas de blues são para garotos
tecnicamente frescos com valores deturpados... faça o seu lance, se você copiar muito, vai acabar no limbo das bandas covers de
salão de festa.‘’ Odiava ser elogiado por sua performance no instrumento como afirma Cross, 2002: ‘’após receber um elogio de
uma amiga nos bastidores, após a gravação do Unplugged Mtv, Kurt se resignou e pediu a ela que jamais repetisse aquilo
novamente.‘’ Kurt ganhou sua primeira guitarra como presente de aniversário dada por um tio ao completar 14 anos de idade e
fez aulas por apenas um mês. Entretanto criou certas fórmulas harmônicas para construir sua música que subverteu as regras
da harmonia tradicional com acordes que não ‘’ combinavam ‘’ entre si trazendo uma identidade pessoal ao seu som. Kurt não
era um virtuoso da guitarra como Jimi Hendrix, Angus Young, Eric Clapton e Jimmy Page mas despertou o desejo de tocar
guitarra numa legião de adolescentes através de suas músicas, qual era a fórmula?
Algumas dessas fórmulas estão presentes nesse ebook, sendo analisadas harmonicamente com exemplos aleatórios e
canções da banda para servir como guia para compositores que queira adotá-los ou para fãs de Cobain entender sob um ponto de
vista teórico-musical, como foram construídas algumas das canções mais icônicas da banda. A principal ferramenta para o
desenvolvimento desse trabalho foi o ebook ‘’ The Nirvana Formulas ‘’criado por Friedemann Findensen. A seguir, mergulhe
nessa análise inédita em português sobre OS SEGREDOS HARMÔNICOS DO NIRVANA.

Boa leitura, Thiago Souza


Duas observações cruciais:
1. Kurt usa quase exclusivamente power chords. Ocasionalmente ele utiliza essa formação: (T+ 5ªJ + 8ª + 5ªJ) no
lugar de power chord simples com quinta ou do power chord com quinta e oitava, quando ele está tocando com a
guitarra drop D.
2. Embora os power chords não sejam nem maiores ou menores, a maioria das progressões de acordes do Nirvana tem
uma sonoridade maior (a maioria das músicas não tem mais de um acorde menor) Kurt abusa de acordes de
empréstimo modal em suas harmonias.
Exemplo: Lithium
D F# Bm G Bb C A C
Obs: Os acordes Bb e C vêm do VI e VII grau do modo homônimo menor

Fórmula I: Para escrever um trecho simples com dois acordes: (XM/3ªm/b)


Uma progressão clássica da banda, encontrada em About a Girl, Come as You Are, In Bloom e Something in The Way.
About a Girl (Intro): E G5
Come as You Are (Chorus): B5 D5
In Bloom (Chorus): Bb5 G5
T 3ªb
Something in The Way: F#m D
T 3ªb
Ex: C-D#

Na harmonia tradicional, isso seria subir em direção cromática.

C-Ab

Na harmonia tradicional, isso seria descer em direção cromática.


Fórmula II: (XM±4ªJ+3ªm+6ªm)
Ex: Comece em qualquer power chord suba ou desça dois tons e meio (4ªJ) acrescente uma terça menor em relação ao
primeiro acorde, por fim, termine a progressão com uma sexta menor.
Ex: Smells Like Teen Spirit (Intro): F5 Bb5 Ab5 Db5

Algumas progressões nesta fórmula:

C F Eb Ab G C Bb Eb F# B A D Bb Eb Db Gb

Fórmula III: (XM±3ªb/5ªJ+3ªm)


Basta escolher um acorde inicial subir ou descer uma terça maior ou menor em seguida, use a quinta justa em relação a tônica e
suba uma terça menor.
Ex: In Bloom (Intro): Bb5 G5 F5 Ab5
Ex. C Ab G Bb
T -3ºb 5ªJ 3ªm
Fórmula IV: (X/?/Y/?)
Muitas das progressões do Nirvana são construídas no sequenciamento do movimento dos acordes. Em outras palavras, você
começa numa tônica (X) move esse acorde em alguma direção lembrando-se de quantos tons existem em relação a tônica (?)
então vá para qualquer outro acorde (Y) e faça o mesmo movimento (?). Isso é mais fácil de visualizar na guitarra pois as
formas dos acordes nos fornecem uma pista visual.
Ex. Você começa em C e aleatoriamente muda para F, isso representa dois tons e meio. Então X= C e ?= +2,5. Agora tudo o
que você tem que fazer é escolher outro acorde aleatório (Y) imaginemos que seja o Eb isso vai fazer o último acorde ser igual a:
Eb+2,5 = Ab. Então a progressão final será: C F Eb e Ab
Ex: Drain You (Verse): B5 D#5 G#5 C#5

Rape me: A5 C5 E5 G5

Veja mais exemplos de acordes utilizando intervalos diferentes e acordes aleatórios em Y:


C G Eb Bb – Uma quinta entre o primeiro e segundo e o terceiro e quarto acorde.
C Ab B G – Uma terça bemol entre C e Ab e B e G.
C Gb Eb A – Um trítono bemol entre C e Gb e Eb e A

TERMINOLOGIA
X, Y: Todos os acordes diferentes uns dos outros (todos em formatos de power chords)
M: Acordes com a sensação maior embora tocados com power chords.
R: A nota de baixo desse power chord vem do modo homônimo menor/maior, é um acorde de empréstimo modal.
b3, 3, 4: Move uma terça menor, maior, bemol ou uma quarta justa para alcançar o acorde proposto.
±: Subir ou descer na escala.
J: Intervalo justo.
Bibliografia:
CROSS, C, Heavier than heaven. EUA: Globo, 2002
FINDENSEN, Friedemann, The Nirvana Formula

Sobre o autor:
Thiago Souza é músico, multinstrumentista, compositor e professor de música. Administra o grupo Amo Tocar
Violão no Facebook e está cursando Licenciatura em música pela Unimes – SP

Redes Sociais:
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E-mail:
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Site:
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