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Roney Araújo

6
Armadilhas na Jornada da
Maestria

O Guia Prático da

Maestria Pessoal
A Jornada Extraordinária
Roney Araújo

6
Armadilhas na Jornada da
Maestria

O Guia Prático da

Maestria Pessoal
A Jornada Extraordinária
Sumário

Introdução..........................................................................................................3

1 - Não Conhecer-se..........................................................................................7

2 - Não Desenvolver Suas Inteligências........................................................12

Inteligência Emocional ......................................................................................12

Inteligência Financeira ......................................................................................14

Impulsos Emocionais de Compra .....................................................................16

Saindo da Corrida dos Ratos ............................................................................17

Planejamento Financeiro ..................................................................................17

Direcionar Dinheiro para Cada Área .................................................................18

Inteligência Cognitiva ........................................................................................20

Inteligência Interpessoal....................................................................................22

3 - O Maior Inimigo do Aprendizado..............................................................25

4 - Ingratidão....................................................................................................27

5 - Não conhecer os Seus Porquês................................................................30

As Perguntas de Ouro ......................................................................................32

6 – Não Utilizar Corretamente os seus Recursos.........................................34

Seus Maiores Recursos ....................................................................................35

Energia ..............................................................................................................35

O Recurso Mais Valioso....................................................................................37

7- Conclusão e Agradecimentos....................................................................40

Referências e Recomendações .....................................................................43

Sobre o Autor...................................................................................................44
INTRODUÇÃO

Para que eu possa introduzir o leitor aos motivos que me fize-


ram escrever esta obra, vou apresentar o significado de Maes-
tria. Segundo o dicionário, Maestria é: Perícia; perfeição e ex-
cesso de cuidado na realização de alguma coisa; Grande co-
nhecimento acerca de algo, de um pensamento, de uma matéria,
de uma arte etc.

Definitivamente, Maestria é um termo abrangente. Alguns


dizem que significa pura genialidade, outros dizem que é alguém
perito em alguma habilidade. Há também a teoria que Maestria é
o resultado de alguém ter realizado algo grandioso. A seguir,
apresento ao leitor, o real significado de Maestria na minha con-
cepção e na de muitos também.

Maestria é uma jornada eterna de autodesenvolvimento, apri-


moramento e crescimento pessoal. É quando estamos nos co-
nhecendo a cada dia, procurando sempre melhorar cada detalhe
de nossa vida, de nosso ser. Este contexto se encaixa em todos
os quatro pilares de nossa vida, segundo Stephen Covey: físico,
mental, espiritual e social/emocional. É importante ressaltar que
Maestria não é um resultado, e sim uma jornada. Alguns podem
dizer que Maestria não é para qualquer um. E com convicção eu
digo: Maestria é para mim, para você, para qualquer pessoa. Já
temos todos os recursos que precisamos para entrar e prosperar
nesta jornada. Se você não está familiarizado com o mindset da
Maestria, pode estar se perguntando:

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Para quê fazer desta jornada um estilo de vida? Maestria con-
some tempo e energia! Este questionamento está correto, a
compreensão da resposta a seguir exige muita atenção e refle-
xão:

Utilizando a metáfora de Paulo Vieira, imagine que existem


dois rios. A distância que os separa é apenas uma ponte. Um
dos rios se chama escassez e o outro é chamado de abundân-
cia. O rio da escassez significa uma vida repleta de ressentimen-
tos, falta de autocontrole, sérios problemas em todos os pilares
da vida, sonhos mortos e em algum momento, surgirá o senti-
mento mais doloroso de todos: o arrependimento. Pelo outro
lado, o rio da abundância significa uma vida com um extremo
autocontrole, repleta de possibilidades e equilíbrio constante em
todos os pilares da vida. Este lado do rio representa um senti-
mento pleno de realização. Cada acontecimento ruim, curva e
cada obstáculo servirão literalmente como fortalecimento para
quem está do lado da abundância. Este lado é a Jornada da
Maestria. Talvez o mais impressionante seja saber que a maioria
das pessoas não sabe que este rio existe. Essas pessoas estão
“presas” na escassez e acreditam que abundância não passa de
uma utopia.

A pergunta é simples, porém poderosa. Analise o mundo de


uma forma geral. Você acredita que ele é mais escasso ou mais
abundante? Responda sinceramente, você enxerga que existem
recursos suficientes para todos terem uma vida abundante, ou
não? Se sua resposta sincera é que o mundo é escasso, qual é
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a profundidade dessa escassez? Esta profundidade definirá o
quão mergulhado você está no rio da escassez.

Se você acredita que o mundo é um lugar abundante e cheio


de possibilidades para todos, eu lhe digo parabéns. Consciente
ou inconscientemente você já está na Jornada da Maestria, ou
está a caminho dela. Agora se você está no rio da escassez, eu
te convido para entrar na Jornada Extraordinária. Como eu abor-
do com mais detalhes nas armadilhas deste livro, não enxerga-
mos a realidade como ela realmente é. Se você acredita que o
mundo é escasso ou abundante, que você é ou não capaz, em
ambos os casos você está correto. Esta é uma lei da física quân-
tica.

“O modo como observamos o mundo que nos cerca é a escolha


da realidade na qual desejamos estar inseridos, mesmo que isso
por vezes seja de difícil compreensão”.

Agora que expliquei ao leitor o que é a Jornada da Maestria,


tenho o prazer de introduzi-lo a este livro. Na Jornada Extraordi-
nária da Maestria, existem diversas armadilhas que nos impede
de avançar. Algumas delas são sutis e quase imperceptíveis,
porém muito traiçoeiras. Meu objetivo é deixá-lo consciente de
seis Armadilhas na Jornada da Maestria e o que fazer para evitá-
las ou eliminá-las.

Faço questão também de citar grandes Mestres com quem


aprendi o que compartilho neste livro. Ficam as minhas reco-
mendações para que o leitor acompanhe os livros destes Mes-
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tres. Por fim, peço que leia com afinco os detalhes desta obra.
Existem minucias que acabam passando despercebidas para
muitos. Detalhes estes são sutis, mas podem fazer uma diferen-
ça extrema. Desejo uma excelente leitura!

"O primeiro passo para a realização pessoal é dado quando vo-


cê toma a decisão de agir e não aceita nada menos do que a
vida tem para te oferecer".

Edson Oliveira.

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1 – NÃO CONHECER-SE

Vejo como a primeira grande armadilha não possuir conheci-


mento de si mesmo. Quando cito autoconhecimento, me refiro a
cada pessoa conhecer seus próprios desejos, rotinas, personali-
dade, hábitos, emoções e valores. Para ilustrar o impacto desta
armadilha em nossas vidas, vou citar uma história recente de um
amigo, vamos chamá-lo de Marcelo:

Marcelo, um jovem de 20 anos, estudante e cheio de sonhos.


Um dia ocorreu a seguinte situação em sua vida: seu relaciona-
mento de quase um ano com uma jovem havia chegado ao fim.
Marcelo ficara arrasado. Seu mundo caiu, seu sentido de viver
parecia ter acabado. O jovem pensou em suicídio.

Até que ele “escolheu” não pensar na situação e focar em


outras coisas em sua vida: games, estudos da faculdade e seus
amigos. Mas algo parecia estar errado, especificamente por dois
motivos: Aquele prazer imediato que aquelas coisas o proporcio-
navam não estava preenchendo a vida de Marcelo. Ele havia
adquirido um sério problema social: não conseguia falar com
estranhos olhando nos olhos, tinha vergonha de sair para qual-
quer lugar, acreditando que todos em sua volta sempre o estari-
am julgando. Ele ia ao supermercado no domingo assim que o
estabelecimento abria, para que o menor número de pessoas
possíveis o visse e o “julgassem”. Marcelo tinha apenas uma
convicção: havia algo errado. E ele precisava descobrir urgen-
temente, pois não conseguia mais viver nesta situação.

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Até que um dia Marcelo decidiu pesquisar sobre o assunto. O
jovem estava convencido que acharia a origem do problema e o
trataria. Fez diversas pesquisas no Google e Youtube, até que
se identificou com um canal de um famoso coach de inteligência
emocional e social. Durante as três horas seguintes, Marcelo
assistiu vídeos e mais vídeos. Muito focado, anotou diversas
informações em seu caderno, até que de repente surgiu um po-
deroso insight em sua mente, explicando o que estava lhe acon-
tecendo. Seu problema com as pessoas estava intrinsecamente
ligado com o fim de seu relacionamento. Marcelo percebeu que
tinha uma identidade quando estava com sua ex-namorada, e
após o término ele não sabia quem era mais. Não tinha consci-
ência de seus valores, do homem que desejava ser, do controle
de seus pensamentos e emoções. A sensação de ser uma pes-
soa vazia o atormentava todos os dias em forma de sonhos e
ansiedade. Sua autoestima estava muito baixa, o jovem não ti-
nha confiança em si mesmo. O começo de depressão havia se
tornado realidade.

Neste mesmo dia antes de dormir, Marcelo decidiu que iria a


fundo para descobrir mais sobre si mesmo e como fazer para
tratar esta dor. Recorreu novamente ao canal do coach que ha-
via encontrado. Marcelo decidiu realizar uma imersão nos estu-
dos que envolvia psicologia, neurociência, PNL, inteligência
emocional e social. Após algumas semanas, outros insights bro-
taram em sua cognição fornecendo-lhe as respostas definitivas
de seu problema.

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Sua identidade estava sendo moldada pelos diversos ambien-
tes que frequentava. Quando ele estava com seus pais era uma
pessoa introspectiva e calada. Tinha respeito, mas não havia
nenhuma intimidade. Com seus amigos sua identidade era opos-
ta: sorridente, adorava contar piadas e falar sobre os mais diver-
sos assuntos. No seu ambiente de trabalho, sentava-se na
mesma sala de seu chefe, era simplesmente calado e só falava
coisas direcionadas ao trabalho. Mas quando seu chefe não es-
tava na sala, Marcelo se transformava naquele jovem com a
identidade dos amigos. Com as mulheres, mais uma vez, outra
identidade se mostrava ativa: o jovem “tentava” demonstrar ser
um homem atraente, integro, mas também fazia de tudo para
impressionar as mulheres. Com presentes caros que não tinha
condições de pagar, o carro emprestado de seu amigo que fala-
va ser seu. Marcelo falava sobre seu trabalho como se fosse o
dono e o pior: fazia de tudo para demonstrar que era superior a
todos os outros jovens de sua idade. Certamente o efeito se tor-
nou contrário. Marcelo afastou potencias amizades femininas
que poderiam ter surgindo um relacionamento sério. Mas o ponto
que quero chamar atenção é: de todas essas identidades, qual
era a verdadeira? De fato, quem era o Marcelo? Com aqueles
conhecimentos avançados, o jovem questionou - se e chegou a
um consenso: independente do que ocorreu no passado, o que
ele poderia fazer naquele momento era aprender com seus er-
ros, procurar conhecimento, transformá-lo em sabedoria e fazer
o melhor possível no presente momento, para que assim possa
colher os frutos que plantaria.

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Marcelo então definiu o homem que iria se tornar. Primeiro
treinou o controle de suas emoções e pensamentos, depois en-
controu seus valores de vida e suas metas profissionais e pes-
soais. Ele moldou sua verdadeira identidade para uma pessoa:
honesta, íntegra sincera, que ama a si mesmo e o seu próximo.
Uma pessoa que descobriu uma fonte de combustível inesgotá-
vel assim que definiu os seus propósitos e os seus porquês.
Marcelo decidiu que seria feliz e teria prazer em servir as pesso-
as e ao mundo. E definiu o mais importante: teria essa identida-
de independente do lugar, pessoas e contexto. O jovem decidiu
que seria o protagonista de sua própria história. Em poucos me-
ses, a vida de Marcelo parecia ter mudado: uma pessoa cheia de
confiança, otimismo e personalidade. O jovem havia se tornado
um homem mais resiliente. Seu emocional parecia quase inaba-
lável. Todos em sua volta diziam que ele era outra pessoa, e
definitivamente estavam certos. Seu otimismo em enxergar
sempre o melhor era contagiante. Marcelo estava vivendo em
uma vida escassa e descobriu do outro lado do rio algo que ja-
mais imaginou existir: o rio da abundância, e gosto de chamar de
Jornada da Maestria. A mudança de Marcelo contemplou outros
fatores, mas o primeiro e talvez o mais importante houvesse sido
o autoconhecimento.

Podemos extrair da história do jovem diversas lições. Eu que-


ro deixar o leitor consciente da armadilha de não conhecer-se.
Milhões de pessoas passam sua vida inteira sem ao menos sa-
ber quem são. Não conhecem os seus sentimentos, muito me-
nos os seus valores. Elas vivem a mercê dos fatores externos.
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São como folhas ao vento, sendo carregadas pelas variações
externas. Convido o leitor a refletir e questionar-se sobre seu
autoconhecimento.

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2 – NÃO DESENVOLVER SUAS INTELIGÊNCIAS

Quando me refiro a “não desenvolver suas inteligências”, falo


sobre algo completamente diferente da teoria das Inteligências
Múltiplas (HOWARD GARDNER - Frames of Mind, de 1983 Ló-
gico-matemática – Linguística – Espacial - Físico-cinestésica -
Inter e intrapessoal - Musical – Natural – Existencial), me refiro a
inteligências que são fundamentais para o equilíbrio dos pilares
em nossa vida. Desenvolvê-las exige tempo e auto-renovação
constante. A seguir, vou citar quais são essas inteligências, e a
armadilha que impede muitas pessoas de se manterem consis-
tentes na Jornada da Maestria.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Inteligência Emocional nada mais é do que uma gama de ap-


tidões que envolvem: gestão dos impulsos, automotivação, resi-
liência, otimismo e empatia. Nossas emoções fazem parte do
hemisfério direito do cérebro. É o nosso lado emocional, colori-
do, visual e criativo.

Não conhecer o que são, e como funcionam as emoções é por


si só uma grande armadilha. Vejo pessoas que vivem e tratam o
próximo de acordo com as variações de suas emoções e humor.
Se acordam bem ou se são promovidas no trabalho, a vida é
uma poesia. Tratam bem os familiares e colegas de trabalho,
falam um bom dia cheio de entusiasmo ao motorista e cobrador
de ônibus. A vida parece ser perfeita. No entanto, se ocorre algo
ruim em suas vidas, ou mesmo se acordam de mau humor, en-
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tão tratam mal ou de forma indiferente seus familiares e colegas
de trabalho. Mal olham no rosto do motorista e cobrador de ôni-
bus. São pessoas que não possuem consistência. Vivem de
acordo com suas variações de emoções e estados de espírito, e
todos em sua volta pagam por isso. Em vez de serem protago-
nistas de sua própria vida, são meros escravos servindo aos
seus mestres: a emoção e o impulso.

Eu levei esta armadilha para o exemplo de nosso cotidiano,


mas as coisas podem se tornar muito mais sérias. O livro Inteli-
gência Emocional de Daniel Goleman, aborda alguns casos ater-
rorizantes envolvendo pessoas com baixa inteligência emocio-
nal. Em um caso, um criminoso assaltou um apartamento onde
residiam duas amigas. O assaltante amarrou as duas e roubou
os pertences mais valiosos que havia no imóvel. Quando ele es-
tava indo embora, uma das amigas disse:

- Você não ficará impune! Assim que eu sair daqui, irei para a
delegacia fazer um retrato falado, e eu juro que você irá para a
cadeia!

O criminoso entrou em um estado que Daniel Goleman chama


de “Sequestro Emocional”. Ele se apavorou completamente dian-
te daquelas palavras e assassinou as duas jovens.

Eu chamo atenção para um caso lamentável entre tantos ou-


tros que ocorre pura e unicamente por falta de conhecimento,
resiliência e controle emocional. Existe todo o contexto das emo-
ções primárias e secundárias, mas não vou me aprofundar neste
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livro. Para melhor aprofundamento do tema, fica aqui a minha
recomendação para o excelente livro Inteligência Emocional do
PhD. Daniel Goleman.

Entristece-me saber que esse tipo de conhecimento ainda não


é ensinado na grande maioria das escolas, faculdades e outros
meios acadêmicos. É surpreendente saber que a grande maioria
das pessoas não conhece ao menos o que significa Inteligência
Emocional. Tampouco possuem o controle sobre as mesmas.

Se você deseja ter melhor convívio com as pessoas, entender


e controlar os seus sentimentos e melhorar todos os pilares de
sua vida, é imprescindível conhecer a anatomia, e obter o con-
trole de suas emoções. Lembre – se: o protagonista é o mestre
de suas emoções e não o contrário.

INTELIGÊNCIA FINANCEIRA

Acredito que essa seja a armadilha mais comum entre as pes-


soas. Vamos ao seguinte caso:

Um promissor rapaz entrou em uma empresa de contabilidade


como estagiário. Vamos chamá-lo de Mateus. Um jovem de 18
anos e cheio de sonhos, sua renumeração era baixa. Ele acaba-
va utilizando quase 100% de seu salário em despesas. Mateus
sempre procurava desempenhar da melhor maneira possível sua
função, e dentro de poucos meses, foi efetivado. Seu salário
aumentou em 60%. Então Mateus que antes tinha sérias dificul-

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dades para manter-se com a renumeração antiga, agora tinha
boas sobras no final do mês.

O jovem decidiu adquirir um cartão de crédito para as “emer-


gências” e acabou comprando um carro, financiado em 60 me-
ses. O valor mensal que Mateus investia era exatamente o valor
que lhe sobrava. No entanto, Mateus era muito dedicado no seu
trabalho, 10 meses depois de ser efetivado, foi promovido. Seu
salário aumentou mais 45%, e o jovem pensou que era o mo-
mento de morar sozinho. Então alugou um apartamento que ti-
nha o valor da mensalidade equivalente com o aumento que ele
havia recebido. Não demorou muito, Mateus ocupou um cargo
ainda maior em sua empresa, função essa que era exercida por
um ex-funcionário que a deixou recentemente. Seus vencimen-
tos mensais aumentaram mais 62%. Mateus não perdeu tempo e
tratou de trocar seu carro popular que ainda não havia terminado
de pagar, por um automóvel de luxo de valor três vezes maior,
novamente financiado. Mateus viu que ainda lhe sobrava algum
dinheiro no final do mês, então decidiu dobrar seu limite do car-
tão de crédito, esse antes que era utilizado apenas para emer-
gências, passou a ser usado também em baladas, shows, bebi-
das e quaisquer atividades que Mateus teria vontade de realizar.
Porque segundo o jovem, “A vida tem que ser aproveitada hoje,
porque posso não estar vivo amanhã”.

Alguns anos havia se passado, dezenas de contas em atraso,


há alguns meses com seu nome sujo, seu carro de luxo havia
sido leiloado por falta de pagamento do financiamento. Seu alu-
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guel estava atrasado a ponto do proprietário entrar com ordem
de despejo. Mateus começou a questionar sua vida, carreira e
finanças. Ele se perguntava: como um profissional tão bem su-
cedido como eu, com um alto salário não tem nenhum patrimô-
nio? Como é possível eu ter contraído tantas dívidas e estar á
beira de ser despejado? A resposta era óbvia. Como diria Robert
Kiyosaki, Mateus estava na famosa “Corrida dos Ratos”.

Corrida dos Ratos refere-se ás pessoas que estão presas em


um loop sem fim. Elas até conseguem aumentar gradativamente
os seus ganhos, mas suas despesas também crescem proporci-
onalmente. Grande parte delas se autosabotam em algum mo-
mento, e acabam gastando mais do que ganham. Estão presas
como ratos de laboratório correndo em uma roda dentro de uma
gaiola.

IMPULSOS EMOCIONAIS DE COMPRA

Acredito que a história acima ilustra bem o cotidiano mais co-


mum das pessoas que estão presas na corrida dos ratos. Em
grande parte, essa armadilha ocorre pela falta de controle emo-
cional. Questione-se: quantas vezes você realizou uma compra,
um aluguel ou qualquer outra aquisição de produto ou serviço
por um impulso emocional? Muitas vezes adquirimos aquilo no
qual nos arrependemos ou sequer precisamos. Não estou dizen-
do para você ser escasso e deixar de tomar o “cafezinho” ou não
comprar o “presente” de seu filho. Quero apenas lhe mostrar o

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melhor caminho para controlar seus impulsos emocionais. Para
isso, você deve realizar mais dois poderosos questionamentos:

 Esteja consciente quando o impulso emocional chegar.


Pergunte – se: eu preciso adquirir este produto/serviço
mesmo? Se sua resposta for sim então realize a segunda
pergunta.
 Essa aquisição está dentro do meu planejamento financei-
ro e da minha atual realidade?

Se suas respostas conscientes forem sim, então você estará


mais bem preparado para lidar com a armadilha dos impulsos
emocionais de compra.

A lógica é a nossa maior aliada para evitar os impulsos emo-


cionais de compra. Neurologicamente falando, nossa cognição é
capaz de questionar a raiz das emoções e impulsos, fazendo
com que enxerguemos a situação de um diferente ângulo.

SAINDO DA CORRIDA DOS RATOS

 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Para que você elimine a armadilha de entrar ou estar na corri-


da dos ratos, é necessário que você tenha um planejamento fi-
nanceiro. Sem um relatório da quantidade de dinheiro que entra
e saí, suas despesas, seus atuais e futuros investimentos e suas
metas, fatalmente você estará na corrida dos ratos, ou pelo me-
nos se encaminhando para ela. Para quem não tem o hábito,

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essa não é uma tarefa fácil, exige disciplina e dedicação, mas é
necessário e os resultados valem o esforço investido.

 DIRECIONAR DINHEIRO PARA CADA ÁREA

Não adianta nós termos um planejamento financeiro, se nele


gastarmos tudo ou quase tudo o que ganhamos em despesas e
lazer. É necessário direcionar uma porcentagem deste ganho
para cada área, assim nós nos blindaremos de entrar na corrida
dos ratos. Vamos ao exemplo:

Planejamento de quem está na Corrida dos Ratos ou se encami-


nhando para ela:

João

Lazer, via-
Ganho
Despesas gens, pre- Poupança Investimentos
Mensal
sentes.
R$5.000,00 70 a 90% 10 a 30% 0% 0%

Análise a tabela acima. Essa é a grande armadilha que muitas


pessoas estão caindo, elas estão trabalhando pelo dinheiro. Nós
devemos fazer o dinheiro trabalhar por nós, e para isso é neces-
sário poupar e investir. Eu não vou me aprofundar no tópico de
investimentos e ativos, mas vou deixar todas as minhas reco-
mendações de leituras de livros no final desta obra.

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Sobre o modelo orçamentário, eu penso que não existe um
ideal. O que você deve fazer é direcionar uma porcentagem para
cada área de sua vida, de acordo com seus ganhos. Para finali-
zar este tópico, vou lhe mostrar cinco poderosos passos que o
coach Paulo Vieira apresenta em seu livro Fator de Enriqueci-
mento. É válido lembrar que não existe certo ou errado, e essa é
apenas uma recomendação para que você possa assim, ter uma
base e criar o seu próprio modelo.

1° Pagar-se primeiro – 5%;

2° Doar – 10%;

3° Pagar todas as contas – 60%

4° Investir – 10%;

5° Poupar para os sonhos – 10%;

Eu tive o prazer de realizar dezenas de treinamentos e ler di-


versos livros sobre o assunto finanças. Procuro aprender com
alguns dos maiores mestres neste assunto. Talvez você esteja
me perguntando: doar 10%? Por quê? Eu não tenho nem pra
mim! Se este foi o seu questionamento, eu lhe questiono: por
que não doar? Por que não ajudar quem necessita? Instituições
de caridades, asilos, instituições que cuidam de pessoas com
doenças terminais. Por que não? Acredite, quando você oferece
para o necessitado o pouco ou o muito que você tem, a vida lhe
paga em dobro, isso é uma lei natural.

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Minha última e talvez mais preciosa recomendação contra a
armadilha financeira, é para que você esteja constantemente
lendo livros, artigos, assistindo vídeos e seguindo pessoas que
entendam sobre o tema. O pilar financeiro nada mais é que uma
inteligência, que assim como as outras, necessita de estudos e
atualizações constantes.

INTELIGÊNCIA COGNITIVA

A inteligência cognitiva provavelmente é a mais conhecida


pelas pessoas. Ela se refere ao hemisfério esquerdo de nosso
cérebro, responsável pelo raciocínio, cálculo, lógica analítica e
sequencial. É o nosso lado consciente, responsável pela nossa
linguagem verbal. É importante ressaltar que a aprendizagem de
todo tipo de conhecimento necessita da utilização do lado es-
querdo de nosso cérebro. Para absorver conteúdos de livros,
cursos, palestras e etc., é necessário utilizarmos o processa-
mento cognitivo para focar, raciocinar, entender e integrar aquele
conhecimento em nossa cognição.

Nossa cognição é como um músculo. Se não treinamos, ela


murcha. Você deve ter passado pela seguinte situação: é época
de prova na escola/faculdade. Você está focado estudando os
conteúdos referentes á cada matéria. Finalmente as provas são
finalizadas, e as férias chegam! Você então decide: nada de es-
tudo nas minhas férias! Mereço descanso. Quando é hora de
retornar ás aulas, você sente uma resistência enorme para se
concentrar, estudar e absorver o conteúdo das matérias. Parece

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que você está “enferrujado”, e de certa forma, está mesmo. Isso
se deve por você ter parado de treinar seu músculo cognitivo.
Ele murchou, e agora você está sentindo um desconforto enor-
me para retomar á rotina anterior. Se fizermos uma analogia com
os músculos do corpo e a academia, veremos os mesmos fatos.
Treine firme na academia por alguns meses e pare por algumas
semanas ou meses. Em sua volta, certamente você não conse-
guirá pegar o mesmo peso de antes, e o desconforto inicial será
evidente, tanto na hora do treino, quanto na recuperação.

Definitivamente estamos rodeados daquelas pessoas que di-


zem que estudar não é para elas, que já passaram da idade ou
não tiveram oportunidades. Pior ainda as pessoas que acreditam
que após a época da faculdade não precisarão mais estudar, e
as coisas irão simplesmente acontecer.

Se você deseja alcançar seus objetivos na Jornada da Maes-


tria, você não pode cair na armadilha de acreditar que estudar é
apenas um projeto temporário. Trabalhar sua cognição através
de livros, cursos, artigos e pessoas deve ser um estilo de vida.
Nosso cérebro está programado para fazer-nos economizar
energia, isso é um instinto natural de sobrevivência. Foi um dos
fatores cruciais que fez o ser humano sobreviver milhares de
anos atrás. Mas este instinto não faz mais sentido nos dias de
hoje. Estamos na era da informação, precisamos cada vez mais
estudar com afinco nossa área de atuação, e os pilares de nos-
sas vidas. A vontade de adquirir o conhecimento deve ser uma
constante dentro de você. Se você mudar seu mindset para en-
21
tender que o processo de aprendizado é uma jornada ao invés
de um resultado, você irá blindar-se da armadilha do “Eu já sei”.
Haverá incontáveis benefícios, e você irá aproveitar cada mo-
mento deste processo maravilhoso que é o aprendizado.

“A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e


aprender ainda mais”.

Aristóteles

“O que eu não tenho, é pelo que ainda não sei, porque se eu


soubesse, eu já teria”.

Paulo Vieira

INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL

Inteligência Interpessoal é a capacidade de compreender, in-


terpretar e lidar com as pessoas, deixando de lado pré-
julgamentos.

Lidar com pessoas nem sempre é fácil. Cada uma possui


pensamentos, comportamentos, crenças e valores diferentes.
Mas quero lhe mostrar uma nova perspectiva. Não enxergamos
o mundo realmente como ele é. Segundo a PNL, temos apenas
um “mapa do mundo”, e o mapa não é o território. Cada pessoa
possui um mapa diferente, como se fosse uma lente de óculos,
onde cada um possui a sua lente. Enxergamos a mesma coisa
de formas completamente diferentes. Um fato sensacional para
mim pode ser horrível para você e vice e versa.
22
Isso se deve ao fato de que cada ser humano absorve as in-
formações de cada situação e as interpreta de acordo com suas
experiências de vida. Este é um processo inconsciente, talvez
por isso poucos conheçam.

Imagine-se na seguinte situação: dia de verão, você dormiu


mal e acordou atrasado para ir trabalhar. Liga seu carro e no
caminho do serviço lembra que aquele era o dia de rodízio e vo-
cê deveria ter ido por outro caminho. Um carro em alta velocida-
de te fecha no trânsito e você fica extremamente irritado, diz pa-
lavras de baixo calão ao motorista. Perceba que para lidar com
as pessoas é necessário saber lidar consigo mesmo primeiro.
Isso requer inteligência emocional. Os quatro pilares de inteli-
gência deste livro estão todos conectados. Mas vamos prosse-
guir: se você soubesse que este mesmo motorista que lhe fe-
chou no trânsito e quase causou um acidente, estava em alta
velocidade porque seu filho pequeno havia passado mal, preci-
sava de cuidados médicos, estando assim entre a vida e a mor-
te? Deduzo que provavelmente você faria o mesmo. E perce-
bendo isso, sua raiva some quase que instantaneamente. Quan-
do passamos a nos colocar no lugar dos outros com uma pers-
pectiva positiva, algo impactante começa a acontecer. Passamos
a utilizar uma das mais extraordinárias habilidades: a empatia. É
a capacidade que nós temos de nos colocarmos no lugar dos
outros e assim sentir o que eles sentem. Se este processo for
realizado corretamente, com os dados completos, conseguire-
mos enxergar o mapa do mundo que a outra pessoa possui na-
quela situação, e isso é sensacional.
23
Existem diversas ferramentas para lidar corretamente com as
pessoas. Não vou me aprofundar neste tema, para isso, reco-
mendo a leitura dos Best Sellers: Os Sete Hábitos das Pessoas
Altamente Eficazes, de Stephen Covey e Como Fazer Amigos e
Influenciar Pessoas, de Dale Carnegie.

24
3 – O MAIOR INIMIGO DO APRENDIZADO

Pode parecer estranho, mas o maior inimigo do aprendizado


em minha concepção é o conhecimento, ou a crença de que já
conhecemos determinado assunto. Você pode estar lendo este
livro e pensando que já conhece determinado tópico. Dessa for-
ma, você está enviando uma mensagem ao seu cérebro dizendo
que já conhece, é perda de tempo estudar novamente. Então
seu cérebro se fecha para o aprendizado, para economizar
energia, ficando assim praticamente impossível integrar aquela
informação em sua cognição. Sabe qual é o mais engraçado?
Em boa parte das vezes, estamos errados. Nós temos a tendên-
cia de acreditar que já sabemos algo quando temos algum co-
nhecimento daquele assunto. Nosso cérebro é falho neste pro-
cesso, nos dando a ”ilusão do conhecimento”. Talvez tenhamos
aquele conhecimento, ou não conhecemos a profundidade que
está sendo destacada. É um paradoxo.

Imagine o quanto deixamos de aprender por acreditarmos que


já sabemos? Para evitar a maior armadilha do aprendizado é
necessário coragem, força de caráter e humildade para compre-
ender o tema em questão. Primeiramente você deve estar cons-
ciente dessa armadilha. Em seguida você tem que deixar possí-
veis julgamentos de lado e escolher compreender aquele assun-
to, por mais que você acredite conhecer. Não é fácil, você preci-
sa muitas vezes deixar o ego de lado e exercer sua liberdade de
escolha.

25
Quando você se fecha para o aprendizado ou aprende, em
ambas não deixa de ser uma escolha. Talvez você não soubes-
se que tinha esse poder, e suas escolhas podem ter sido incons-
cientes até então. Mas agora você já tem consciência de sua
liberdade de escolha, e isso é extremamente poderoso. Uma
ferramenta necessária para a Jornada da Maestria.

26
4 – INGRATIDÃO

As pessoas tendem a acreditar que precisam ter dinheiro, fa-


ma, ou sucesso para serem feliz (eu estava nesta categoria),
elas não poderiam estar mais longe da verdade. O pesquisador
Shawn Achor, autor do livro O Jeito Haward de ser Feliz nos
mostra através de diversos estudos e pesquisas, que o caminho
mais fácil para se alcançar nossos objetivos é ser feliz e não vi-
ce-versa. Ao contrário do que muitos pensam, a felicidade não é
um resultado e sim um processo. Nós precisamos ser felizes,
para então termos comportamentos congruentes que nos leva-
rão ao ter. E Shawn Achor prova em seu livro que uma das mais
simples e eficientes maneiras para sermos felizes é manifestar
gratidão.

Vivemos em uma sociedade em que foca-se no que não te-


mos e esquece-se do que já possuímos e somos. Somos condi-
cionados a querer o sofisticado e ignorar o simples. A felicidade
se encontra em pequenas e sutis coisas. A felicidade está em
quem somos e fazemos e não no que temos. Pode parecer ape-
nas uma frase bonita, mas a ciência já comprovou isso através
de décadas de estudos, experimentos e não faltam casos que
comprovam este fato.

Ingratidão é uma armadilha sútil e traiçoeira. Ela pode estar


impedindo você de ser feliz neste momento e alcançar os seus
objetivos. Nos últimos sete dias, quantas vezes você dedicou ao
menos 15 minutos para agradecer cada coisa que ocorreu em

27
sua vida, seja boa e te trouxe felicidade, ou ruim e te trouxe
aprendizados? Quanto tempo você dedica por dia para agrade-
cer cada detalhe de sua vida, o simples fato de estar vivo e as
pessoas em sua volta? Muitos acreditam que ás vezes não há o
que agradecer. Especialistas dizem que estes estão errados. O
café que tomamos ontem, o alimento que ingerimos hoje e o ar
que estamos respirando. Sempre temos diversos motivos para
expressar gratidão. A partir do momento que nos sentimos ver-
dadeiramente gratos pelo que a vida nos oferece, ocorre a libe-
ração de dopamina, que é um dos hormônios do bem estar e
prazer. O nível de cortisol, que é o hormônio do estresse, abaixa.
Sentimos a sensação de bem estar só por expressarmos grati-
dão. Automaticamente ocorrem consequências em nossa vida:
aumento de energia, melhora da atenção e memória, entre ou-
tros benefícios.

Gratidão é neurociência aplicada e comprovada, se você de-


seja aumentar sua energia, motivação e alcançar os seus objeti-
vos, é necessário ser feliz neste exato momento. Então expresse
gratidão todos os dias e transforme isso em um hábito.

Exercícios para gratidão:

 Faça uma lista de pelo menos 30 coisas que você é ver-


dadeiramente grato;
 Deixe a lista ao seu alcance;
 Leia todos os dias e agradeça por tudo que a vida lhe ofe-
rece;
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Para melhor aprofundamento do tema, fica a minha recomen-
dação para o livro O Jeito Haward de Ser Feliz do pesquisador
Shawn Achor.

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5 – NÃO CONHECER OS SEUS PORQUÊS

Você já acordou de manhã sem vontade de sair da cama? De


ir ao trabalho, resolver aquele problema ou simplesmente não
sentir “vontade” de cumprir determinada tarefa necessária? A
resposta é óbvia. Todos nós já vivemos dias sem motivação.
Mas para algumas pessoas esse tipo de sentimento é uma cons-
tante em suas vidas. Existem alguns fatores que tentam nos im-
pedir de tomar algumas atitudes e realizar atividades necessá-
rias:

 Preguiça
 Procrastinação
 Medo do desconhecido
 Autosabotagem
 Falta de clareza
 Falta de foco
 Não conhecer os seus porquês

Eu irei abordar o que eu considero a fonte de combustível ne-


cessária para a nossa motivação diária: conhecer os seus por-
quês. A seguir, apresentarei um caso.

Daniela de 17 anos está para se formar no ensino médio e


entrar na faculdade. A jovem possui muitos sonhos, mas sem
dúvida o maior deles é de se tornar dentista. Daniela sabe que a
jornada para seu objetivo não é fácil. Na estrada haverá curvas,
obstáculos e tempestades.

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Terminado o ensino médio, finalmente a jovem começou seu
curso superior. E veio o primeiro obstáculo: se habituar na rotina
de acordar as 5h20min da manhã e ir trabalhar das 8h00min ás
17h00min. Saindo do trabalho, Daniela vai direto para a faculda-
de, e lá permanece até as 23h00min. Quando chega em casa,
vê que já passou da 00h20min. Ela toma seu banho e tem me-
nos de quatro horas de sono. Daniela trabalha aos sábados das
08h00min ás 13h00min e de lá vai para a faculdade realizar seus
trabalhos escolares e revisar os estudos com seu grupo.

Após dois meses nesta jornada, Daniela se sente completa-


mente esgotada. Não tem mais vontade de levantar da cama e
muito menos de ir para a faculdade. Seu combustível limitado
chamado força de vontade estava esgotado. Seu rendimento no
trabalho estava regredindo devido ao cansaço. A jovem não
conseguia mais prestar atenção nas aulas, e acabava muitas
vezes adormecendo. As olheiras eram uma constante em sua
vida.

O caso de Daniela retrata a história de milhões de pessoas.


Muitas desistiram dos seus sonhos por não conseguirem ultra-
passar os obstáculos contidos na estrada. Daniela utilizou todo o
seu combustível chamado força de vontade, mas se esqueceu
das raízes dos seus sonhos: o seu proposito, os seus porquês.

Cientificamente falando, a partir do momento em que lembra-


mo-nos diariamente da “intenção” de estar efetuando determina-
da tarefa, ou uma rotina rigorosa, renovamos a nossa motivação,

31
desde que os nossos comportamentos questionados estejam
alinhados com os objetivos. No caso de Daniela, se ela tivesse
se questionado o porquê ela estava enfrentando todos os dias
uma rotina tão rigorosa, ela se lembraria do seu propósito de se
tornar dentista. Esse é um fato sutil que muitos negligenciam e
acabam caindo na armadilha. Não estou dizendo que somente a
atitude de lembrar-nos de nosso propósito fará com que alcan-
cemos os nossos objetivos, mas se não lembrar-nos dele, será
muito difícil alcançá-los.

Outro grande fator motivador, talvez não tão poderoso como


conhecer os nossos porquês, seja dividirmos todas as nossas
tarefas em pequenas partes. Dessa forma, sentiremos sempre
que estamos evoluindo. Essa ferramenta alinhada com conhecer
e lembrar-se de nosso propósito são dois dos principais concei-
tos da lei da motivação e produtividade.

AS PERGUNTAS DE OURO

Se eu pudesse lhe fornecer apenas uma recomendação neste


livro, eu diria que antes de dormir você deve realizar-se três per-
guntas. Eu gosto de chamá-las de perguntas de ouro:

 O que eu fiz hoje que me aproximou dos meus objeti-


vos/sonhos?
 O que eu não fiz e devo fazer ou o que posso fazer me-
lhor amanhã?
 O que me faz continuar, quando a maioria desistiria?

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A partir do momento em que passamos a questionarmos dia-
riamente, passamos a ter consciência de nossa caminhada.
Nossa mente trabalha com mais eficiência e consequentemente
nossos objetivos ficam cada dia mais próximos, e isso é fantásti-
co. Utilize com sabedoria os conceitos que lhe apresentei e você
obterá resultados incríveis.

33
6 – NÃO UTILIZAR CORRETAMENTE OS SEUS
RECURSOS

Procrastinei durante vários anos de minha vida. Definitivamen-


te eu estava preso em quase todas as armadilhas descritas nes-
te livro. Um fato era que que eu não utilizava bem os meus re-
cursos. Na verdade, eu nem os conhecia profundamente. E ago-
ra eu observo a nossa sociedade e percebo que a grande maio-
ria das pessoas estão presas nesta armadilha também. Na mi-
nha concepção, isso ocorre porque estamos inconscientes para
os sinais sutis de que algo está errado em nossa motivação,
nossos objetivos, e na qualidade e quantidade de nossas tarefas
realizadas. Principalmente os resultados. Se você não está pro-
gredindo nos resultados em sua vida, provavelmente também
está preso.
Armadilha esta que consome a nossa energia, e principalmen-
te o tempo. Agora que você já tem os seus porquês e objetivos
bem definidos, responda ao seguinte questionamento: nas últi-
mas 24 horas, em quais atividades você investiu sua energia e
tempo? Estas atividades vão te levar um passo mais próximo de
seus objetivos?
É um questionamento simples, mas muito poderoso. Um método
utilizado por grandes mestres. Como diz Paulo Vieira, são Per-
guntas Poderosas de Sabedoria – (PPS).

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SEUS MAIORES RECURSOS

Quero lhe apresentar uma perspectiva que muitos negligenci-


am (eu era um deles) para que a partir de agora, você possa dar
mais valor aos seus recursos. O conteúdo a seguir vai lhe deixar
consciente dos “criminosos” que roubam os nossos recursos,
muitas vezes sem nem mesmo percebermos.

Energia: É a base da alta performance. Sem investir correta-


mente nossa energia, é praticamente impossível desenvolver um
excelente trabalho, obter uma melhor qualidade de vida e conti-
nuar na Jornada da Maestria.

Imagine a energia como a bateria de um celular. Quando


acordamos, estamos recarregados (se tivermos realizado as ati-
vidades corretas para tal), que ao longo do dia, vai esvaziando.
Pensamentos, decisões e comportamentos são os maiores con-
sumidores de energia.

Para que estejamos recarregados ao acordar, é necessário


realizar os comportamentos corretos. Atividades simples e efici-
entes são:

 Uma alimentação balanceada: Não espere obter um alto


nível de energia inserindo combustível de baixa qualidade
(nutrientes) em seu corpo.
 Acalmar os pensamentos antes de dormir: (Meditação
ou a leitura de um livro podem ajudar).

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 As horas corretas de sono: Você precisa conhecer-se
(primeiro capítulo) para entender quantas horas de sono
seu corpo necessita.
Atividades mais avançadas, mas poucas pessoas conhecem
são:
 Definir de 3 a 5 objetivos principais no dia seguinte:
Esse é um conceito extremamente valioso. Diversos mes-
tres recomendam essa prática para nossa rotina diária. A
partir do momento em que acordamos com 3 a 5 objetivos
principais em mente, nossa mente e corpo trabalham in-
vestindo sua energia visando cumprir aquelas tarefas. Fa-
ça deste conceito um hábito e você fará em uma semana
o que a maioria levaria um mês ou mais.
 Faça primeiro o mais importante: Stephen Covey é um
grande adepto deste conceito. Segundo a lei de Pareto,
80% das consequências, advêm de 20% das causas. 80%
dos nossos problemas, estresse, e sentimentos negativos,
advêm de 20% de nossos problemas. A partir do momen-
to em que realizamos primeiro o que é mais importante,
resolvemos primeiro os maiores causadores dos nossos
problemas, isso atrelado aos benefícios do aumento con-
siderável da nossa produtividade e a diminuição da pro-
crastinação.
 Diminua as suas decisões: Você é um tipo de pessoa
que acorda e pensa o que irá vestir, comer ou no quais
atividades irá realizar no trabalho? Se a resposta for sim,
recomendo que você reveja a sua rotina. Steve Jobs e
36
Mark Zuckerberg são exemplos de pessoas que utiliza-
vam o mesmo tipo de roupa todos os dias. Milhares de
pessoas de sucesso têm comportamentos similares. A
causa? Diminuir a tomada de decisões “inúteis”. Assim
economizam energia mental para usar com o que real-
mente importa. Isso vale para a alimentação, para os cur-
sos, viagens, qualquer tipo de atividade. Não estou dizen-
do para você utilizar o mesmo tipo
de roupa ou se alimentar com os mesmos alimentos todos
os dias. Minha recomendação para quem deseja utilizar a
melhor maneira possível sua energia, e consequentemen-
te obter uma produtividade extrema é planejar cada deta-
lhe do seu dia seguinte. O que você irá vestir e comer, es-
tudar e que atividades você irá executar no trabalho. Isso
lhe proporcionará clareza. Implemente este conceito e
mais cedo ou mais tarde você irá perceber os ganhos em
sua vida.

O RECURSO MAIS VALIOSO

Definitivamente, o tempo é o recurso mais valioso que um ser


vivo possui. Independente de a vida durar 50,100 ou 150 anos, o
fato é que o nosso tempo é democrático e limitado. Nossos dias,
semanas e meses possuem a mesma quantidade de tempo para
todas as pessoas. Infelizmente a maioria desperdiça seu recurso
mais valioso em boa parte da vida, com brigas, fofocas, ativida-

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des que não as levarão a lugar nenhum, dentre muitas outras
coisas.
Em minha concepção, isso ocorre porque as pessoas não
possuem consciência deste recurso fantástico que elas possu-
em. A seguir eu relaciono alguns exemplos mais comuns do não
aproveitamento ou desperdício de tempo:

 Pessoas que dizem: Estou fazendo tal coisa para “matar”


o tempo ou “estou com tédio”;
 Pessoas que iniciam a sua semana entristecidas ou rai-
vosas, porque é uma segunda feira. Elas ficam alegres
quando o final da semana chega, para que possam apro-
veitar apenas os finais de semana;
 Pessoas que torcem para que o mês passe rápido para
assim receberem seu pagamento;
 Pessoas que desejam que o ano passe mais rápido para
aproveitarem os seus 30 dias de férias;
 Pessoas que investem o seu tempo apenas em atividades
que lhe proporcionem o prazer imediato, ou que o des-
perdice com comportamentos e atitudes que não estão
alinhados com seus objetivos;
 Pessoas que deixam para fazerem depois o que se pode
fazer hoje. Em minha opinião, este é o comportamento
mais comum.

Se você se identificou com um ou mais exemplos acima, que-


ro lhe apresentar a simples, mas profunda perspectiva: O nosso

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tempo é limitado, cada minuto passado não retornará mais. Dê
valor ao seu recurso mais valioso, e invista-o em junto com sua
energia em busca de seus objetivos. Atividades que nos fornece
prazer imediato são necessárias para completar a tríade da feli-
cidade. Mas não se esqueça de que estas atividades devem ser
algo secundário e planejado para momentos específicos. Então
concentre a maior parte do seu tempo com comportamentos que
lhe agregue benéficos ao longo prazo e te levem mais longe na
poderosa Jornada da Maestria.

A partir do momento que inserimos este mindset, algo impres-


sionante acontece. Começamos a dar um valor tão alto ao nosso
tempo, que cada momento se torna mais especial. Os momentos
com nossos familiares, o tempo dos estudos, o alimento que de-
gustamos. Tudo se torna momentos únicos. Começamos a per-
ceber que podemos produzir 10 vezes o que fazíamos antes.
Nossas atitudes ganham intenção. E isso é espetacular.

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CONCLUSÃO E AGRADECIMENTOS

Definitivamente, sinto-me honrado em ter realizado esta pe-


quena obra. Procurei apresentar um conteúdo que unisse o útil e
prático, o simples e o profundo. Sou uma prova viva de alguém
que estava perdido na vida e encontrou o seu caminho. De uma
pessoa arrogante a um eterno aprendiz. Eu estava no rio da es-
cassez e encontrei o rio da abundância. Entrei para a Jornada
da Maestria. Talvez o mais impressionante seja saber que para
entrar nesta Jornada Extraordinária não é necessário possuir
nada mais do que já temos. Após estudar centenas de casos de
pessoas que encontraram a estrada da Maestria, estou conven-
cido que cada um de nós possui algo único a contribuir para as
pessoas e ao mundo. Gosto de chamar esse poder de essência,
e escrevi esta obra pensando em ajudar você a despertar a sua.
Talvez seja um empurrão, talvez um leve assopro. Não importa.
Meu sonho é contribuir ao máximo de pessoas possível a acha-
rem a sua essência. Minha Jornada continuará enquanto eu vi-
ver.

Esta pequena obra só foi possível graças aos Mestres que me


ensinaram. Seja através de consultorias, artigos, ou pelas deze-
nas de livros e cursos que tive a honra de participar. Hoje vejo as
grandes vantagens de ter dedicado centenas de horas com es-
tudos práticos e imersões. Tenho o orgulho de dizer que vivi a
maior parte destes estudos com muito gosto e prazer. Senti-me
como se não houvesse lugar ou horário melhor para estar na-

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quele momento. E o mais impressionante é que finalmente com-
preendi a profundidade da frase de Sócrates:

“Só sei que nada sei, e o fato de saber isso, me coloca em van-
tagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa”.

Sócrates

Devo confessar que no início de minha jornada, com alguns


conhecimentos avançados do comportamento e natureza huma-
na, caí na armadilha da ignorância e me tornei uma pessoa arro-
gante. Eu sentia como se tivesse descoberto o mundo. Que na-
da nem ninguém estaria mais certo do que eu. Como o ditado
popular diz, eu me sentia o “Dono da Verdade”. Eu não poderia
estar mais errado. Minha mudança ocorreu quando entendi dois
importantes conceitos que desejo compartilhar com o leitor. O
primeiro é que aqueles que entram na Jornada da Maestria são
eternos aprendizes. Independente do quanto aprendemos, sem-
pre haverá muito mais para descobrir, aperfeiçoar e mudar. E
também compreendi que, independente da classe social, reli-
gião, status, cor ou qualquer outra diferença, todos temos o
mesmo valor. Literalmente, ninguém possui menos ou mais valor
do que o seu próximo. Estes conceitos podem ser antigos, mas
quando uma pessoa compreende tão profundamente, a ponto de
inserir-se em seu subconsciente e transformar em crença, ela
percebe que os seus paradigmas em relação ao mundo mudam,
e isso é fantástico.

41
E por fim, quero profundamente agradecer ao leitor por ter
chegado até aqui. Sinto-me honrado pelo seu tempo aqui inves-
tido, porque ele é o seu recurso mais valioso. A Jornada da Ma-
estria não é fácil. Mas é muito prazerosa para aqueles que en-
contram os seus porquês. Com certeza haverá espinhos, curvas
e obstáculos nesta estrada. Muitos já desistiram e outros desisti-
rão. Mas você irá até o fim, aproveitando cada instante seja bom
ou ruim, porque sua vida e seus sonhos acontecem no aqui e
agora. Quando você pensar em desistir, lembre-se:

“Todos nós iremos sofrer uma dessas duas dores: a dor da dis-
ciplina ou a do arrependimento. A diferença é que a da disciplina
pesa gramas, enquanto o arrependimento pesa toneladas”.

Jim Rohn

“Acredito que por termos recebido o dom da vida, temos duas


obrigações: contribuir valor ao mundo e buscar incessantemente
a nossa Maestria Pessoal”.

Roney Araújo

Eu desejo uma excelente Jornada!

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REFERÊNCIAS E RECOMENDAÇÕES

Livro Autor
Maestria Robert Greene
Os sete hábitos das pessoas
Stephen Covey
altamente eficazes
O poder do hábito Charles Duhigg
Inteligência emocional Daniel Goleman
Foco Daniel Goleman
O poder da ação Paulo Vieira
Fator de enriquecimento Paulo Vieira
Desenhando o seu destino Edson Oliveira
Pai rico, pai pobre Robert Kiyosak
O jeito haward de ser feliz Shawn Achor
Como fazer amigos & influen-
Dale Carnegie
ciar pessoas

Curso Autor
Mastery Academy Felipe Marx
Protagonista Felipe Marx
Comunicador Efetivo Felipe Marx
O poder do foco Paulo Vieira
Moving up Gabriel Goffi
Softwares Mentais Marcelo Maia
Sobre o é universitário de Tecnologia da Informação e empre-
sário. Fundador do blog Maestria Pessoal, passou os últimos 15
meses imerso em centenas de estudos, cursos e livros sobre
desenvolvimento pessoal, programação neurolinguística e ciên-
cia aplicada no comportamento humano.
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SOBRE O AUTOR

Roney Araújo é autor de dois livros e fundador da iniciativa Ma-


estria Pessoal . Passou milhares de horas imerso em centenas
de estudos, treinamentos, livros e imersões sobre desenvolvi-
mento pessoal, programação neurolinguística e coaching. Seu
canal o Youtube já passou de 135 mil visualizações e conta com
mais de 220 vídeos publicados. Atualmente é mentor de mais de
duas dezenas de pessoas e já treinou mais de 3 mil pessoas
através de palestras, cursos e workshops.

”Acredito que por termos recebido o dom da


vida, temos duas obrigações: contribuir valor
ao mundo e buscar incessantemente a nossa
Maestria Pessoal”.
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