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1) NEGAÇÃO
Surge na primeira fase do luto. É o momento em que nos parece impossível a
perda, quando não somos capazes de acreditar nela. A dor da perda é tão
grande, que parece não ser possível nem real.
A negação é uma defesa psíquica que faz com que o indivíduo acabe negando
o problema, tentando encontrar algum jeito de não entrar em contato com a
realidade, seja da morte de um ente querido ou da perda de algo importante. É
comum que a pessoa também não queira falar sobre o assunto.
Nessa fase, a pessoa nega a existência do problema ou da situação. Pode não
acreditar na informação que está recebendo, tenta esquecê-la, não pensar nela
ou ainda busca provas ou argumentos de que o fato não é real.
• “Isso não é verdade!”
• “Vai passar”
• “Sempre dou um jeito em tudo, vou resolver isso também”.
2) RAIVA
A raiva surge depois da negação. Mesmo assim, apesar da perda já
consumada, negamo-nos a acreditar nela. É quando surge o pensamento: “Por
que comigo?”. É comum que surjam, nessa fase, sentimentos de inveja e raiva,
quando qualquer palavra de conforto nos parece falsa, custando acreditar na
sua veracidade.
Nessa fase, a pessoa expressa raiva por aquilo que ocorreu. É comum o
aparecimento de emoções como revolta, inveja e ressentimento. Geralmente,
essas emoções são projetadas no ambiente externo, percebendo o mundo, os
outros e Deus como causadores de seu sofrimento. A pessoa se sente
inconformada e vê a situação como uma injustiça.
• “Isso não é justo!”
• “Por que fizeram isso comigo?”
Ela perde a calma quando fala sobre o assunto, evita o tema e se recusa a
ouvir conselhos.
3) NEGOCIAÇÃO
A negociação surge quando o indivíduo começa a encarar a hipótese da perda
e, diante disso, tenta negociar para que esta não seja verdade. Ele busca fazer
algum tipo de acordo, de maneira que as coisas possam voltar a ser como
eram antes. Essa negociação, geralmente, acontece dentro do próprio
indivíduo ou, às vezes, voltada para a religiosidade.
As negociações com Deus são normalmente sob forma de promessas ou
sacrifícios, pactos e outros similares, são muito comuns e muitas vezes
ocorrem em segredo. No caso de uma traição, a pessoa buscar agradar o
outro.
• “Vou ser uma pessoa melhor, serei mais gentil e simpático com as
pessoas,terei uma vida saudável.”
• “Vou acordar cedo todos os dias, tratar bem as pessoas, parar de beber,
procurar um emprego e tudo ficará bem.”
• “Vou pensar mais positivamente e tudo se resolverá.
• “Deus, deixe-me ficar bem de saúde, só até meu filho crescer.” (pessoa ao
saber que está doente)
• “Vou mudar minhas atitudes, meu comportamento, e tudo se resolverá”.
4) DEPRESSÃO
A depressão surge quando o indivíduo toma consciência de que a perda é
inevitável e incontornável. Ele sente o “espaço” vazio da pessoa (ou coisa) que
perdeu e percebe que não há como escapar da perda. Toma consciência de
que nunca mais verá aquela pessoa (ou coisa); e com o desaparecimento dela,
todos os sonhos, projetos e todas as lembranças associadas a essa pessoa
ganham um novo valor.
Nessa fase, ocorre um sofrimento profundo. Tristeza, desolamento, culpa,
desesperança e medo são emoções bastante comuns. É o momento em que
acontece uma grande introspecção e necessidade de isolamento. A pessoa se
retira para seu mundo interno, isolando-se, sentindo-se melancólica e
impotente diante da situação.
• “Não tenho capacidade para lidar com isso.”
• “Nunca mais as coisas ficarão bem.”
• “Eu me odeio.”
Afastar-se das pessoas e comportar-se de maneira autodestrutiva são
situações comuns nessa fase.
5) ACEITAÇÃO
Última fase do luto. É quando a pessoa aceita a perda com paz e serenidade,
sem desespero ou negação. Nessa fase, o espaço vazio deixado pela perda é
preenchido. É um período que depende muito da capacidade da pessoa de
mudar a perspectiva e preencher o vazio. Voltando-se para a religiosidade,
para a fé ou a ajuda de um profissional num processo de psicoterapia.
Nessa fase, percebe-se e vivencia-se uma aceitação do rumo das coisas. As
emoções não estão mais tão à flor da pele e a pessoa se prontifica a enfrentar
a situação com consciência das suas possibilidades e limitações.
• Não é o fim do mundo.”
• “Posso superar isso.”
• “Posso aprender com isso e melhorar.”
Ela busca ajuda para resolver a situação, conversar com outros sobre o
assunto e consegue planejar estratégias para lidar com a questão.