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Elaboração textual: Aucirene de Castro Saraiva

e-mail: aucirenecs@hotmail.com

Diagramação: Luciano C. Saraiva

1
Sumário

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 4
BREVE HISTÓRICO DO ARTESANATO .................................................................................................. 5
MATERIAIS UTILIZADOS PARA BORDAR ............................................................................................. 6
Linhas ............................................................................................................................................. 6
Agulhas ........................................................................................................................................... 6
Tesoura ........................................................................................................................................... 6
Pinça ............................................................................................................................................... 7
Fita Métrica..................................................................................................................................... 7
Desmanchador de costura ............................................................................................................... 7
Bastidores ....................................................................................................................................... 8
Tecidos............................................................................................................................................ 9
DICAS E INSTRUÇÕES ........................................................................................................................ 10
Como usar o bastidor .................................................................................................................... 10
Instruções para lavar o bordado .................................................................................................... 11
Como cortar o tecido .................................................................................................................... 11
Nó do artesão ............................................................................................................................... 14
Escondendo a ponta do fio retirado .............................................................................................. 16
Canto mitrado ............................................................................................................................... 17
PONTOS............................................................................................................................................ 23
PONTO CASEADO .......................................................................................................................... 23
Ponto de casear longo ............................................................................................................... 23
Ponto de casear em nó .............................................................................................................. 25
Ponto de casear fechado ........................................................................................................... 25
Ponto de casear em pares ......................................................................................................... 25
PONTO AJOUR SIMPLES................................................................................................................. 26
Aplicando na bainha aberta ....................................................................................................... 28
PONTO AJOUR TRABALHADO ........................................................................................................ 29
Duplo ou “Ajour Escadinha” ...................................................................................................... 29
Entrelaçado ............................................................................................................................... 30
Em ziguezague .......................................................................................................................... 31
Bordado Italiano ....................................................................................................................... 32
Bordado com feixes em nó ........................................................................................................ 33
Desfiados com feixes amarrados ............................................................................................... 34

2
Coluninha Cruzada .................................................................................................................... 35
Entrelaçado Firme ..................................................................................................................... 36
Entrelaçado Simples com Miçangas ........................................................................................... 38
Entrelaçado Intercalado ............................................................................................................ 39
Entrelaçado Simples Duplo ........................................................................................................ 42
Meio Turco................................................................................................................................ 44
PONTO MARGARIDA ..................................................................................................................... 45
PONTO “APANHADO JACOBINO” OU PONTO TRELIÇA ................................................................... 46
PONTO RUSSO............................................................................................................................... 47
PONTO ILHÓS EM FORMA DE ESTRELA .......................................................................................... 48
PONTO TRANÇADO ABERTO .......................................................................................................... 49
PONTO DE CEZIR OU GÊNOVA ....................................................................................................... 50
PONTO QUADRADO ...................................................................................................................... 51
PONTO MARAVILHA ...................................................................................................................... 52
PONTO RETO ................................................................................................................................. 53
PONTO SOMBRA ........................................................................................................................... 54
BARRA ENTRELAÇADA ................................................................................................................... 57
BARRA CERZIDA............................................................................................................................. 58
BARRA ENROLADA ........................................................................................................................ 59
COBERTURA EM TEIA DE ARANHA ................................................................................................. 60
BAINHA ESPÍRITO SANTO OU COLMEIA ......................................................................................... 63
BAINHA MARAVILHA ..................................................................................................................... 64
IDEIAS PARA VOCÊ ........................................................................................................................... 70
OUTRAS DICAS ................................................................................................................................. 76
BAINHA ABERTA E O MERCADO ....................................................................................................... 77
5 Dicas iniciais de como vender ..................................................................................................... 78
GLOSSÁRIO ....................................................................................................................................... 79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................................... 80

3
INTRODUÇÃO
Esta arte existe desde a época da corte e utiliza qualquer tipo de pano que possa ser
desfiado, transformando-o em lindas toalhas, guardanapos, panos de bandeja, cortinas e até
roupas, nos mais variados motivos.

A bainha aberta é também conhecida como “Ajour”, uma expressão francesa que significa
claridade, que deixa passar a luz. Trazida dos Açores através da nossa herança portuguesa, é um dos
mais lindos trabalhos realizados por bordadeiras.

Cada país ou região, a partir das suas peculiaridades culturais, acabou por criar seus
próprios desenhos. Assim, temos o “Ajour” americano, dinamarquês, norueguês e italiano. Alguns
dos desenhos de “Ajour” se tornaram tão complexos e elaborados que acabaram se aproximando da
renda.

O trabalho se inicia desfiando o tecido. Os fios são contados e puxados de forma ordenada.
A partir do desfiado são formados desenhos entrelaçados que representam um mistério de beleza
para quem desconhece os segredos dessa arte.

Assim, esse tipo de bordado, através de pontos específicos, introduz no tecido-base


aberturas ou orifícios que criarão desenhos de diferentes tipos.

Essa técnica tal como o Ponto Cruz¹ e o Hardanger² se caracteriza pela retirada de fios da
trama³ e ou da urdidura4 do tecido, podendo ser retirados de um a vários fios. Após a retirada desses
fios, será executado o trabalho de bordado, reconstruindo a trama de forma decorativa.

Em termos de execução existem dois tipos de desfiamento do tecido, um deles quando se


retira um fio ou mais ao longo da linha da trama, onde se diz: “fio tirado”. A segunda forma de
desfiamento é dentro de um quadrado, quando retiramos tanto os fios da trama quanto da urdidura.
É nesse “vazio” que se formará a nova trama e o bordado será criado, dizemos: “fio cortado”.

Feito com muito cuidado e capricho, requer boa visão, sensibilidade para combinar os mais
variados pontos, habilidade e, sobretudo, criatividade para seguir inventando novos motivos.

4
BREVE HISTÓRICO DO ARTESANATO
A história do artesanato está entrelaçada à própria história do homem, pois a necessidade
de se produzir bens de utilidades e uso cotidiano, modificando o ambiente que o cercava e tornando-
-se sujeito ativo de transformação, conduziu a capacidade criativa e produtiva do homem,
manifestando nesse contexto o trabalho artesanal.

Os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.C) quando o homem aprendeu
a polir a pedra, a fabricar a cerâmica, como meio para armazenar e cozer alimentos, e a utilizar a
técnica de tecelagem das fibras animais e vegetais.

No Brasil, os índios foram os mais antigos artesãos, utilizando a arte da pintura, empregando
pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica - sem falar na arte plumária, ou seja, cocares, tangas e
outras peças de roupas ou ornamentos feitos com plumas de aves.

Historicamente, o artesão responde por todo o processo de transformação da matéria-prima


em produto final ou acabado. Mas antes da etapa de transformação, o artesão é responsável pela
escolha da matéria-prima a ser empregada e pela concepção, ou projeto do produto a ser
trabalhado.

Com a Revolução Industrial, teóricos do século XIX, como Karl Marx e John Ruskin, e artistas
criticavam a desvalorização do artesanato e a valorização industrial. Os intelectuais dessa época
consideravam que o artesão tinha uma maior liberdade criativa, por possuir os meios de produção e
pelo alto grau de satisfação e identificação com o produto. Para o artesão, o produto final era a sua
obra-prima; para o sistema mecanizado, mais um produto produzido em escala.

Nesse sentido, como meio de lidar com as contradições da Revolução Industrial, foi fundado
o grupo de Artes e Ofícios na segunda metade do século XIX, na tentativa de valorizar o trabalho
artesanal e lutar contra a mecanização.

O artesanato, surgido da necessidade humana, é, pois a manifestação cultural dos povos e


nações. É a utilização da inspiração e combinação do folclore, da tradição e criatividade, construída
pelas próprias mãos ou engenho do artesão.

Podemos afirmar que o artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o
sustento de muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos,
costumes, tradições e características de cada região.

5
MATERIAIS UTILIZADOS PARA BORDAR
Linhas

A linha deve ser escolhida com bastante critério, pois deve ser
compatível com os fios que formam o tecido, especialmente quanto à espessura. Dê preferência às
linhas de algodão cujos cabos são bem enrolados, firmes e resistentes.

Linhas usadas no Hardanger ou Crochê servem perfeitamente à técnica.

Agulhas

Nessa técnica usamos agulhas sem pontas, as mesmas usadas para o Ponto
Cruz e para o Hardanger. Escolha o tamanho da agulha de acordo com a espessura do fio, tanto do
tecido quanto da linha usada.

Comercialmente, quanto maior o número da agulha menor é sua espessura, ou seja, mais
fina ela é.

Tesoura

Devem ser afiadas, com lâminas pontiagudas, portanto apropriadas para


aparar e recortar no tecido, como também para cortar as pontas de linhas.

6
Pinça

Uma pinça comum dessas para tirar sobrancelha serve


perfeitamente. Será usada para ajudar a retirar os fios tirados e os fios cortados.

Fita Métrica

Indispensável. Escolha livre diante da variedade que existe. Invista naquela que você
melhor visualize os números, existem com marcação em centímetros e em polegadas.

Desmanchador de costura

É um instrumento usado para abrir casas para botões, serve para desmanchar a costura e,
na bainha aberta, será útil para o desfiamento.

7
Bastidores

Com regulador Simples

Quando necessitar de pontos muito agrupados, onde podem tornar-se enrugados ou


franzidos, será recomendável o uso de um bastidor para manter o trabalho esticado e liso. Há
diversos tipos de bastidores: de madeira, quadrado, redondo, com pé e sem pé.

O redondo é o mais empregado nos bordados. Consiste de duas peças circulares de


madeira ou metal, que se ajustam uma dentro da outra, de maneira que o tecido possa ser
firmemente esticado.

Quando não estiver bordando, é recomendável retirá-lo para não marcar o tecido e o
bordado!

8
TECIDOS

Étamine (A): este tecido apresenta blocos de fios entrelaçados,


facilitando, assim, a contagem dos pontos. A variação das
tramas vai de 4 a 7 pontos por cm. Todos os pontos são
trabalhados sobre 1 x 1 blocos de fios do tecido.

Cânhamo (B): este tecido é apresentado com tramas bem


fechadas. E é muito indicado para bordar motivos mais
delicados, com contornos feitos com os pontos de ¹/4 de ponto
cruz e ³/4 de ponto cruz. Todos os pontos são trabalhados
sobre 2 x 2 fios do tecido.

Linho (C): tecido de trama bem fechada, o linho é ideal para a


confecção de peças finas, como toalhas de bandeja e lenços.
Trabalhar com este tipo de tecido requer um pouco mais de
atenção na hora de contar os pontos. O bordado é executado
com apenas um fio de linha na agulha. Todos os pontos são
trabalhados sobre 2 x 2 fios de tecido.

Tecido sacaria (D): muito utilizado na confecção de panos de


prato, também pode ser adaptado para bordar o ponto russo.
Se preferir, aplique entretela para que o trabalho fique mais
firme.

Peças prontas com faixas (E): Tecido de tramas bem fechadas.

9
DICAS E INSTRUÇÕES

Como usar o bastidor

A escolha do tamanho do bastidor poderá ser ou não proporcional ao seu trabalho, aqui
você poderá escolher aquele que melhor deixe você a vontade para a execução do seu bordado.

Mesmo em trabalhos grandes podemos usar bastidores pequenos, o inconveniente sempre


será o fato de que teremos que, uma vez ou outra, tirar o tecido dos aros e recolocar para seguir o
bordado.

De qualquer forma, isso sempre irá ocorrer quando tivermos um trabalho bem grande que
envolva, por exemplo, uma toalha de mesa.

Depois de ter feito as marcações básicas quanto ao início, meio e fim da barra de Bainha
Aberta, estenda o tecido sobre o aro menor e interno do bastidor. Sobre o tecido, coloque o aro
externo, com a ajuda da regulagem afrouxe ou aperte os parafusos e vá ajustando o tecido, até que
fique bem esticado e firme, mostrando pouca ou nenhuma frouxura.

Amarrações são grupos que se formam ao juntarmos vários fios. A habilidade com o uso do
bastidor virá com o tempo. Especificamente no caso das Bainhas Abertas, ele é indispensável e
praticamente se trabalha pelo lado direito.

O desconforto em relação ao bastidor se deve ao fato de alguns movimentos de ir e vir da


agulha, do avesso para o direito e vice-versa, exigirem o soltar da agulha pelo direito ou avesso e
pegá-la do outro lado, o que em algumas técnicas fica menos evidente.

10
Instruções para lavar o bordado

Use água morna e sabão em pó. Lave, espremendo levemente. Enxague diversas vezes em
água morna, esprema com a mão e deixe em repouso até se tornar somente úmida. Passe o ferro
pelo avesso, enquanto o tecido ainda está úmido, com ferro moderadamente quente.

Como cortar o tecido

Antes de cortar o tecido, deve-se ter escolhido o modelo ou gráfico, e assim, começar a
marcar.

Faça um alinhavo6, contando a quantidade de fios que você quer tirar e os que vão ficar.
Corte os fios que ficarem por cima da linha e deixe os de baixo. Marque todo o bordado para você
não errar na hora de cortar.

11
Depois de marcar o bordado, comece a desfiar, assim:

Desfie com cuidado com um cortador ou com uma tesoura.

Puxe o fio do tecido até próximo do lugar marcado, sem correr o risco de ultrapassar o
ponto, pois pode colocar a peça a perder.

Se for um desfiado de mais fios, puxe o primeiro fio e o último para marcar os fios que irão
ser retirados. Veja as figuras abaixo.

12
Depois de marcado, pode-se cortar o bloco de fios a ser retirado.

Puxe os fios que estão prontos para serem retirados.

O tecido fica assim, pronto para bordar sua Bainha Aberta:

13
Nó do artesão

É um nó que ajuda quando vai começar o bordado. Esconde a linha no caseado ou na


bainha e quando se puxa a linha, a ponta não sai. Ele é pequeno e fica escondido.

Como fazer:

Pegue a linha com os dedos.

Prenda a linha com a agulha.

Dê duas volta com a linha na agulha.

14
Puxe a linha para baixo.

Segure a linha com a mão esquerda e puxe a agulha com a


mão direita, com cuidado, e forme o nó.

É só cortar a ponta da linha que fica antes do nó, e está


pronto.

Coloque a agulha na barra de costura ou bainha e puxe até o


nozinho entrar.

15
Fica perfeito.

Agora, é só começar seu bordado.

Escondendo a ponta do fio retirado

Quando for desfiar, não cortar reto com a borda.

Introduza a agulha na bainha da peça.

Enfie a linha na agulha.

E puxe.

16
CANTO MITRADO
É a união de bordas ou debrus5 em ângulo de 45 graus.

Objetivo: Canto mitrado serve para fazer acabamentos das peças bordadas.

Utilidade prática: caminho de mesa, pano de bandeira, jogo americano, guardanapo, etc.

Como desfiar

Com a fita métrica, marque oito centímetros de cada lado. Dobre um centímetro nas
pontas e marque novamente.

Você pode marcar usando o alinhavo ou um ferro.

Veja:

17
Puxe um fio onde estão marcados os oito centímetros. Puxe com cuidado para não passar
do local onde foi marcado. Observe na figura abaixo, que há alguns fios soltos. É neste local o
encontro dos fios tirados.

Depois de ter marcado seu bordado, pegue a ponta do canto e leve para onde os fios estão
tirados. Prenda com alfinete.

Faça uma diagonal nos cantos, juntando os dois lados.

18
Marque novamente com alfinete, agulha ou alinhavando com linha de cor diferente do
tecido.

Costure, na marca deixada, pontos bem pequenos. Deixando sem costurar um centímetro
que ficou para dobrar. Veja:

Corte o canto deixando mais ou menos um centímetro de tecido da costura para a ponta.
Veja na figura como fica.

19
Vire para o outro lado e passe o ferro para ficar bem marcado. Faça em todos os cantos e
alinhave toda a peça.

Desta maneira:

20
Retire mais fios, de acordo com o motivo ou gráfico que você escolheu. Observe as Figuras
A e B.

Figura A

Figura B

Observe o resultado.

21
Esquematizando:

22
PONTOS
A partir de agora, trabalharemos os pontos básicos de bordados importantes na Bainha
Aberta.

O bordado Bainha Aberta é a aplicação dos pontos trabalhados nesta apostila. Utilizando-se
um ou mais pontos combinados, arranjados da maneira escolhida pelo artesão.

PONTO CASEADO

O ponto caseado é muito utilizado no bordado Bainha Aberta, além de ser usado em
bordados em geral. É muito útil para evitar que o tecido desfie e em trabalhos decorativos.

No Ponto caseado, os pontos geralmente são bem juntos e justos. Serve para arrematar7
barras cortadas de tecido e também como ponto decorativo. Serve também para fazer trabalhos
grandes e delicados. Esse ponto consiste em uma sequência de pontos verticais e retos, ligados entre
si por uma laçada.

Para contornar uma flor, os pontos não são iguais nem paralelos, nem ficam em linha reta.
Alterando o comprimento dos pontos, obtêm-se vários e diferentes efeitos decorativos; pode-se, por
exemplo, alternar pontos mais altos e mais baixos, separados ou reunidos em pequenos blocos de
dois ou três pontos da mesma altura.

O caseado é usado para arrematar bordas arredondadas em guardanapos, caminhos de


mesa, lençóis, etc.

Tipos de caseado:

* Ponto de Casear Longo e Ponto de Casear;

* Ponto de Casear em Nó;

* Ponto de Casear Fechado;

* Ponto de Casear em pares.

Ponto de Casear Longo e Ponto de Casear

Puxe a agulha na linha inferior, coloque-a na posição certa na linha superior, fazendo um
ponto reto para baixo com a linha por baixo da ponta da agulha. Puxe o ponto para formar uma
laçada e repita. Terminado o bordado, faça o acabamento colocando a linha por entre o ponto
caseado.

23
Gráficos:

24
Ponto de Casear em Nó

Faça uma laçada da direita para a esquerda sobre o polegar esquerdo. Introduza a agulha,
com a ponta para cima, por baixo da laçada como em A. Deslize a laçada para a agulha, e com a
laçada ainda ao redor da agulha, faça um ponto no tecido como em B. Antes de puxar a agulha,
aperte a laçada ao redor da cabeça da agulha, puxando a linha com que trabalha.

Ponto de Casear Fechado

Os pontos são feitos aos pares, formando triângulo. Puxe a linha em A, introduza-a em B e
com a linha por baixo da agulha, puxe-a em C. Introduza-a em B e com a linha por baixo da agulha,
puxe-a em C. Introduza a agulha novamente em B e puxe-a em D. Este ponto pode também ser feito
em tecidos próprios para bordado sobre fios contáveis.

Ponto de Casear em pares

Fig. A- Comece como o ponto de casear comum e puxe a agulha através do tecido.

Fig. B - Introduza a agulha na linha de baixo e faça um ponto reto para cima com a linha por baixo da
ponta da agulha. Puxe a linha primeira em um movimento para cima e então em um movimento para
baixo para continuar.

25
PONTO AJOUR SIMPLES

Como fazer

O ponto Ajour é executado a partir do ponto básico, ele é muito simples.

Desfie 4 fios. Passe a agulha na horizontal por trás de 3 fios, dando uma laçada.

Passe a agulha na posição vertical por trás do tecido e puxe-a para baixo, ao lado do ponto
inicial. Repita o processo, colocando a agulha na posição horizontal e voltando a laçar os fios
desfiados.

Observe as imagens seguintes.

26
27
Aplicando o ponto Ajour na bainha aberta

As explicações a seguir são a base do bordado Bainha Aberta.

Comece marcando o tecido de 0,38cm x 0,38cm. A peça pronta ficará 0,30x0,30.

Nesse tecido trabalha-se da seguinte forma: na borda, marque 0,5cm depois mais 3cm em
seguida mais 3cm. Marque com alinhavo ou ferro. Veja:

Dobre os 0,5cm, depois os 3cm. Desfie um ou dois fios onde vai ser trabalhado. Comece a
fazer o Ponto Ajour como já foi ensinado. Aqui vai ser bordado pelo lado direito da peça.

Bordando pelo lado avesso. Da esquerda para a direita fixe a linha entre a bainha. Com a
agulha, pegue dois fios ou mais dependendo do tecido e prenda fazendo um bloco. Em seguida, puxe
a linha.

Volte com a agulha na bainha. E volte o procedimento do passo anterior.

28
PONTO AJOUR TRABALHADO

DUPLO OU “AJOUR ESCADINHA”

Este ponto é feito da mesma maneira que o Ponto Ajour Simples só que é executado ao
longo de ambos os lados do desfiado. O Ponto Ajour Simples e o Ponto Ajour Duplo podem ser
executados em linho fino ou em tecidos próprios para o bordado sobre os fios contáveis.

Como fazer

Fig. A - Faça a primeira parte seguindo a explicação do Ponto Ajour Simples.

Fig. B - Depois, vire o trabalho e faça outra carreira8 pegando os mesmos fios já
trabalhados: você vai obter várias coluninhas.

figura A figura B

29
ENTRELAÇADO

Como fazer

Faça primeiro o Ponto Ajour Duplo (Veja a página anterior).

Obs.: Emendar um fio longo bem no centro do lado direito dos fios do desfiado.

Fig. A - Passe a agulha pela frente de dois grupos de fios amarrados e introduza a agulha da
esquerda para a direita por baixo do segundo grupo.

Fig. B - Torça o segundo grupo por cima do primeiro, introduzindo a agulha por baixo do
primeiro grupo da direita para a esquerda. Puxe a agulha. A linha entrelaçada deve ser puxada com
firmeza para ficar esticada através dos grupos torcidos.

Modelo

30
EM ZIGUEZAGUE

Como fazer:

Esta variação é feita da mesma forma que o Ponto Ajour Simples, mas é preciso um número
ímpar de fios em cada grupo apanhado de fios na primeira carreira. Na segunda carreira, os grupos
são divididos pela metade, para que cada grupo fique composto pela metade dos fios de um grupo e
metade do grupo vizinho. A segunda carreira é começada e terminada por um meio grupo.

31
ITALIANO

Como fazer:

Desfie os fios do tecido, com a largura desejada, salte o mesmo número de fios e desfie
outra carreira com o mesmo número de fios.

Fig. A - Puxe a agulha quatro fios (ou menos) do desfiado à esquerda na beirada superior
dos desfiados; passe a agulha por trás de quatro fios, trazendo-a ao mesmo lugar onde havia saído
antes.

Fig. B. - Passe a agulha para baixo por cima do tecido e por baixo de quatro fios do desfiado
na beirada inferior de desfiados; passe a agulha por cima dos mesmos quatro fios e por cima do
tecido, trazendo a agulha quatro fios à esquerda na beirada superior de desfiados.

Bordando o ponto italiano

32
BORDADO COM FEIXES EM NÓ

Prepare o desfiado de base cortando a quantidade de fios necessários e faça o Ponto Ajour
simples. Vire o trabalho e faça a primeira coluninha.

Fig. 1 – Saia com a agulha no centro.

Fig. 2 - Puxe-a, pegue a primeira e segunda coluninhas.

Fig. 3 - Feche-as no centro com um laço em ponto correntinha e


aperte.

Fig. 4 - Volte para a parte de baixo, prenda a segunda coluninha.


Depois repita o mesmo trabalho nas duas coluninhas seguintes.

33
Modelo

DESFIADOS COM FEIXES AMARRADOS

Prepare um desfiado com 3 cm de altura e faça o acabamento das bordas com ponto
cordãozinho. Trabalhe o Ponto Ajour coluninha utilizando 4 fios para cada ponto.

Prenda o fio no centro da borda direita do desfiado e agrupe 4 por vez as coluninhas, com
um ponto corrente bem justo, deixando o fio visível entre um grupo e outro.

34
Para o motivo dos círculos: prenda o fio no mesmo ponto do desfiado e, com um ponto
corrente amarre cada grupo de fios das 4 coluninhas agrupadas. Passe a agulha em torno do fio
horizontal que amarra as coluninhas e sobre a parte inferior, amarrando em ponto corrente cada
grupo de fios das 4 coluninhas seguintes.

Resultado final.

COLUNINHA CRUZADA

Utilizando para cada feixe 3 fios de desfiado. Com o fio de algodão rosa, borde o desfiado
central com coluninhas cruzadas e alternadas: trabalhe em duas carreiras.

1º carreira: Prenda o fio sobre a borda direita do desfiado e acerca de três quartos de sua
altura, cruze 4 coluninhas por vez (cada uma corresponde a 3 fios do desfiado). Passe a agulha sobre
a 3ª coluninha e por baixo da 1ª, sobre a 4ª e por baixo da 2ª. Prossiga por toda a carreira.

2ª carreira: prenda o fio sobra a margem direita do desfiado e acerca de um quarto de sua
altura. Alternando o cruzamento das coluninhas, passe por baixo da 1ª coluninha e sobre a 2ª, depois
cruze as 4 coluninhas seguintes, utilizando 2 coluninhas do primeiro grupo com 2 coluninhas do
segundo, e assim por diante.

35
ENTRELAÇADO FIRME

Faça uma bainha com uns 10 cm de comprimento.

Trabalhe as bordas laterais com pontos caseados e as bordas inferior e superior com pontos
Ajour Simples.

Iniciar pela borda direita.

Passe o fio da linha por baixo do primeiro grupo;

Por cima do segundo grupo;

Por baixo do terceiro grupo;

Volte por cima do terceiro e segundo grupos e por baixo do primeiro.

36
Passe a linha por cima de todos e entre com ela no quarto
grupo, passando por baixo do quarto, do terceiro;

Por cima do segundo e por baixo do primeiro;

Puxe e veja como fica.

Solte o entrelace e observe o desenho que forma com a linha.

Repita o passo a passo, a cada 4 grupos de fios até o fim da


barrinha.

Ao terminar o entrelace, volte ao início, junto à borda direita, e passe um fio como mostra a
figura. Um fio acima do meio e outro abaixo.

Modelo

37
ENTRELACADO SIMPLES COM MIÇANGAS9

Faça o ponto Ajour Duplo, como anteriormente explicado. Agora faça o Ponto Ajour
Entrelaçado, coloque uma miçanga, uma perolazinha, um botãozinho.

A forma como criamos o entrelace é o que o torna diferenciado

38
ENTRELAÇADO INTERCALADO

Nesta amostra não temos motivos ou blocos trabalhados, mas a barrinha toda é
um entrelace.

Iniciamos prendendo o 2º grupo de fios à borda esquerda;

Fica solto o grupo 1;

Passamos com a linha por sobre eles até o 4º grupo;

No 4º grupo, passamos a agulha por baixo dele, e voltamos para a esquerda, passando por
cima do 3º grupo e do 1º.

39
Voltamos a agulha para a direita novamente, passando por baixo do grupo 1 e por cima do
grupo 3 e por baixo do grupo 4.

Puxamos a linha.

Para dar continuidade passamos a linha novamente por cima dos grupos;

Fica solto o 3º grupo, o 4º já está preso, pulamos o 5º grupo e então no 6º contornamos


passando por baixo e por cima do 5º e 3º;

Veja que estamos repetindo o passo.

Contorne o grupo 3 e volte por cima do 5º e por baixo do 6º. Puxe a linha.

40
Repita os passos até o fim da barrinha.

Como fica.

Esquema.

41
ENTRELACE SIMPLES DUPLO

Vamos trabalhar o Ponto Ajour Duplo, de quatro em quatro grupos.

O fio sai da esquerda, passa por quatro grupos, volta para a direita com a agulha por baixo
dos dois últimos e por cima dos dois primeiros. Gire com a ponta da agulha e volte para a direita.
Veja na figura abaixo.

Ao terminar um motivo, recomece o passo a passo e conclua a barra até o fim.

42
Esquema

43
MEIO TURCO

Este ponto é especificamente um Ponto de Fios Agrupados, mas pode ser usado em Bainhas
Abertas.

Fig. 1 - Para a bainha, puxe a agulha através da bainha dobrada, em A, introduza a agulha em B e
puxe-a em C; introduza agulha mais uma vez em B e puxa-a em C; introduza a agulha mais uma vez
em B e puxe-a em C.

Fig. 2 - Coloque a agulha novamente em B e puxe-a através da bainha dobrada em D. Continue desta
maneira até o fim da carreira. Puxe todos os pontos com firmeza.

44
PONTO MARGARIDA

Como fazer

Fig. A - Puxe a agulha no alto da linha e mantenha-a presa com polegar esquerdo. Introduza
a agulha no mesmo lugar de onde saiu a última vez e puxe-a a uma curta distância, mantendo o fio
por baixo da ponta da agulha.

Fig. B – Posteriormente, una cada laçada com um pontinho.

Este ponto pode ser feito individualmente ou em grupos para formar pétalas de flores. Ao
terminar a última pétala, passe a agulha para o avesso e a conduza ao quadrado vizinho, por dentro
da bainha, para iniciar outra flor.

Modelos

45
PONTO “APANHADO JACOBINO” OU PONTO TRELIÇA

Este ponto faz uma bonita cobertura para miolos de flores ou de desenhos onde um efeito
aberto é necessário.

Como fazer

Faça pontos longos (fios estendidos) com espaçamentos iguais, feitos de lado a lado de um
desenho, horizontal e verticalmente como em (A) ou diagonalmente (B); então o cruzamento dos fios
é preso com os pontinhos que podem ser pequenos pontos inclinados ou Ponto Cruz.

Modelo

46
PONTO RUSSO

Como fazer

Puxe a agulha na linha inferior à esquerda e coloque-a na linha superior um pouco à direita,
fazendo um pontinho para a esquerda com a linha abaixo da agulha. Em seguida, coloque a agulha na
linha inferior um pouco à direita e faça um pontinho para a esquerda com a linha acima da agulha.
Estes dois movimentos são repetidamente até o fim.

Dica: Para melhorar o efeito visual, o tecido apanhado pela agulha e os espaços entre os
pontos devem ser sempre de igual tamanho. Este ponto pode ser enlaçado com linha da mesma cor
ou de cor diferente de acordo com a tendência que deseja dar ao seu bordado. Use uma agulha de
ponta redonda para o enlaçado e não apanhe tecido algum.

Essa bainha é um dos pontos mais comumente utilizados para se fazer bainhas.

A fim de esclarecermos a diferença entre as duas modalidades do Ponto Russo,


abordaremos sinteticamente este assunto.

Existe um Ponto Russo muito conhecido, mas que não é o Ponto Russo da Bainha Aberta.
Veja um modelo desse ponto.

Veja a seguir a imagem do Ponto Russo da Bainha Aberta.

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PONTO ILHÓS EM FORMA DE ESTRELA

Um ilhós consiste de 8 pontos feitos sobre um quadrado do tecido, com 8 fios do tecido de
cada lado, e com todos os pontos feitos do mesmo furo central. Assemelhando-se, portanto, a
estrelas ou pontos luminosos.

Como fazer

Prepare o tecido nos dois sentidos tirando 1 fio e deixando 8, até ter o espaço todo
desfiado. Borde em quadrados alternados uma estrelinha em pontos lançados, cujo centro é no meio
do quadrado, formado pelos fios desfiados.

Observe o esquema-modelo e, em seguida, o Ponto Ilhós em forma de estrela no próprio


tecido.

Modelos

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PONTO TRANÇADO ABERTO

Puxe a agulha em A e, com a linha acima da agulha, introduza a agulha em B e puxe-a em C.


Com a linha abaixo da agulha, introduza a agulha em D e puxe-a em E. Todos os pontos caem em
ângulos retos ás linhas do desenho, conforme mostrado no diagrama10 e obedecem espaços
regulares. Este ponto é muito útil para barrinhas.

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PONTO DE CERZIR OU GÊNOVA

É trabalhado sobre 2 ou mais maçinhos11 de fios, de baixo para cima e da direita para a
esquerda e vice-versa, entrando sempre com a agulha no centro das colunas formadas.

Como fazer

Desfie o número de fios necessários para o desenho. Ao usar uma linha grossa para bordar
e um tecido mais ou menos pesado, uma carreira de cerzido (para frente e para trás) é geralmente
suficiente para repor um fio desfiado. Faça blocos de cerzido para preencher o espaço, com um
número par de pontos em cada bloco. Os blocos são feitos diagonalmente sobra os fios do desfiado.
O diagrama mostra como os pontos de união são feitos por cima e por baixo para começar um novo
bloco.

Praticando

Trabalhe sempre introduzindo o fio dentro do desfiado e mantendo a ponta voltada para o
dedal.

Prenda o fio na beirada superior e passe a agulha sob 3 fios da beirada de baixo.

Com a agulha da direita para a esquerda, cubra 3 fios e pule 3; da esquerda para a direita,
pule 3 e cubra 3. Continue assim até cobrir completamente os fios do desfiado. No final, introduza a
agulha no último grupo de fios e remate o fio.

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PONTO QUADRADO

Com essa técnica de bainha pode-se enfeitar a borda de trabalhos que exijam uma área maior de
desfiamento como uma área quadrada por exemplo. Esse ponto é muito decorativo, sendo bem
aplicado junto a bordados de Ponto Cruz, Handanger e Reticella.

Sequência do bordado ponto quadrado

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PONTO MARAVILHA

Prepare o tecido nos dois sentidos tire 4 fios, deixe 3, tire 4, deixe 12 e assim
sucessivamente até ter o espaço todo desfiado. Com ponto lançado borde as carreiras de 3 fios tanto
na vertical como na horizontal, no cruzamento dos fios fica bordada uma cruz. Nos quadrados em
branco borda-se um estrelinha.

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PONTO RETO OU PONTO LONGO

Este ponto é mostrado como pontos individuais espaçados feitos de modo regular e
irregular. Algumas vezes os pontos são de tamanho variado. Os pontos não devem ser feitos nem
muito longos nem muito frouxos. O ponto pode também ser feito em tecidos de fios iguais.

Gráfico

Modelo

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PONTO SOMBRA OU PONTO ATRÁS DUPLO

Também conhecido por Ponto atrás duplo, o Ponto Sombra é bordado em tecido fino e
transparente. Pode ser feito tanto do lado direito quanto no avesso, com pequenos Pontos Atrás
alternadamente, em cada lado das linhas duplas, como mostra o desenho.

Fig. A – Um pequeno ponto Atrás feito alternadamente em cada lado das linhas duplas do
desenho (as linhas pontuadas no diagrama mostram a formação do fio no avesso do tecido). A cor da
linha aparece delicadamente através do tecido – Fig. B mostra o ponto feito no avesso do tecido
como Ponto Russo bem Unido sem espaços deixados entre os pontos.

Como fazer

A estrutura é a mesma do ponto anterior. 1 fio tirado, 3 no centro intactos e mais 1 fio
tirado. Iniciamos pela carreira superior no 1º fio.

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Puxa-se a agulha e linha para o direito e introduz a agulha na carreira inferior do fio tirado,
da direita para a esquerda, utilizando 2 fios.

Puxa-se a linha e introduz a agulha da direita para a esquerda utilizando 2 fios na carreira
superior.

Na sequência voltamos ao passo 1 e repetimos os movimentos.

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Resultado Final do ponto sombra.

Este bordado pode ser bordado pelo avesso, que dá outro formato ou bordado.

Modelo

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BARRA ENTRELAÇADA

Este ponto é composto de duas carreiras de Ponto Atrás, com um entrelaçado.

Como fazer

Faça duas carreiras paralelas de Ponto Atrás (conforme mostrado no alto do diagrama) com
uma distância de 1 a 2 cm uma da outra e com os pontos feitos como no diagrama, isto é, o fim de
um ponto fica diretamente em linha com o centro do ponto oposto. Puxe uma linha da mesma cor
contrastante em A, e entrelace-a em cada ponto, seguindo o diagrama.

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BARRAS CERZIDAS

Para fazer as barras cerzidas, desfie um número par de fios desfiados em barras, cerzindo
por cima e por baixo de um número par de fios até cobri-los completamente.

GRÁFICOS

Modelo

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BARRA ENROLADA

Esta barra pode também ser usada em Bainhas Abertas. Para fazer a Barra Enrolada, desfie
o número de fios necessários para o tamanho de Barra desejado e separe os fios em barras,
enrolando estes fios firmemente tantas vezes quantas forem necessárias para cobrir o grupo de fios
completamente.

Modelo

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COBERTURA EM TEIA DE ARANHA

Puxe a agulha no alto à esquerda e prenda a linha com o polegar esquerdo, introduza a
agulha a direita no mesmo nível a uma distancia de onde a agulha saiu e faça um pontinho para baixo
em direção ao centro com alinha abaixo da agulha. Puxe a agulha e introduza-a novamente abaixo do
ponto, no centro e puxe-a em posição para o ponto seguinte. Fig. A.

Divide o circulo em cinco partes iguais e os raios formam a base da tela. Faça a seguir um
cerzido por cima e por baixo dos raios até encher o circulo como em B. Em Bainhas Abertas os raios
não são completamente cobertos e somente metade do circulo é preenchido, o que dá um efeito de
cobertura rendada e aberta.

Trabalhando canto do bordado

Faça um caseado nas laterais do tecido e depois faça uma barra cirzada com os fios. Veja nas
imagens:

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Prenda três fios na diagonal, e com o mesmo fio comece a fazer o enrolado até o meio da
linha trabalhada. Faça uma nova diagonal de um lado e do outro, como mostram as imagens:

No final, faça uma Cobertura em Teia de Aranha.

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Outros modelos:

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BAINHA ESPÍRITO SANTO OU COLMEIA

Como Fazer

SIMPLES

Desfia-se 3 fios, deixando 6 fios na vertical como na horizontal. Na trama, comece da direita
para a esquerda e o próximo bloco da esquerda para a direita. A agulha é introduzida nos espaços
das linhas horizontais. E assim sucessivamente até terminar a peça. Termina com o caseado.

DUPLO

Desfia-se 3 fios, deixando 6 fios na vertical como na horizontal. Na trama comece da direita
para a esquerda e o próximo bloco da esquerda para a direita. A agulha é introduzida nos espaços
das linhas horizontais e verticais. E assim sucessivamente até terminar a peça. Termina com o
caseado.

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BAINHA MARAVILHA

Usaremos o Ponto Russo e ponto ilhós em forma de estrela.

Defina a o tamanho da peça que você quer trabalhar.

Marque toda a peça com alinhavo de cor diferente do tecido que você escolheu. A parte
que vai ser cortada fica em cima da linha. Não se esqueça de deixar a parte para fazer a bainha. Veja
a figura abaixo.

Passo a passo

Desfie seis e pule seis, desfie seis e pule seis, desfie seis e pule vinte e quatro, siga assim até
terminar a peça. Faça tanto na diagonal como na vertical. Só corte depois que a peça estiver toda
marcada com alinhavo.

Fica assim

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Esconda a ponta da linha e já saia onde se inicia o bordado.

Introduza a agulha de cima para baixo. Leve a linha para a esquerda.

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Volte com a agulha no espaço de cima e ponha a agulha de cima para baixo na diagonal. E
introduza no primeiro espaço com a agulha para baixo

Leve a agulha para o espaço de cima e saia reto em baixo.

Coloque a agulha no mesmo espaço de cima, faça uma diagonal levando a agulha para baixo.

Saindo no espaço de baixo. Leve a agulha para o bloco de cima, saindo no mesmo espaço do
anterior.

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Suba com a agulha e pegue 4 fio da direita para a esquerda na horizontal.

Volte com a agulha na parte de baixo e pegue os mesmos 4 fios que foram pegos na parte de
cima da mesma forma, da direita para esquerda. Faça isso até terminar este bloco, como mostra a
figura abaixo.

Repita o mesmo processo do início. Vá alternado até o final. Faça este processo tanto na
horizontal como na vertical.

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Fazendo o caseado

Prenda a linha no próprio caseado.

Comece trabalhando de cima para baixo, pegando de dois em dois fios. Formando assim
uma laçada na parte debaixo. Reveja o caseado, assunto já abordado nas páginas 22 e 23.

Prossiga assim até o final do trabalho.

Pode casear toda a peça ou somente onde foi desfiado.

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Pode ser bordado no centro de cada quadrado o ponto ilhós em forma de estrela.

Seja criativo(a)!

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IDEIAS PARA VOCÊ

Veja a seguir alguns outros modelos.

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OUTRAS DICAS
 Lave as mãos antes de iniciar o trabalho e sempre que perceber que estão suadas, para evitar que
o suor manche o trabalho;

 Guarde o trabalho em uma sacola ou cesta apropriada quando não estiver bordando, para
protegê-lo da poeira, respingos, etc;

 Use fios de aproximadamente 45 cm de comprimento, para evitar que os fios formem nós, fiquem
torcidos ou desfiem quando estiver bordando;

 Lave cada trabalho separadamente. Prepare o molho com água na temperatura de 60°C em
grande quantidade e assegure que o sabão seja neutro e esteja completamente dissolvido antes de
mergulhar o trabalho;

 Enxague o trabalho diversas vezes em água corrente abundante;

 Não devem ser usados nenhum tipo de branqueador e/ou alvejante óptico no trabalho.

 Não torça o trabalho. Enrole entre duas toalhas ou outro tecido bem absorvente na cor branca,
espremendo gentilmente, sem torcer. Não deixe que o trabalho enrole sobre si mesmo;

 Se desejar engomar o trabalho, prepare a goma seguindo as instruções do fabricante. Mergulhe o


trabalho inteiramente na solução, deixe alguns minutos e retire deixando escorrer bem. Não torça o
trabalho, proceda como mencionado acima para tirar o excesso de água;

 Desenrole e estenda o trabalho sobre uma toalha em superfície plana. Nunca deixe o trabalho
úmido dobrado ou empilhado;

 Passe o trabalho entre duas toalhas ou outro tecido na cor branca com o lado direito do bordado
voltado para baixo. Use o ferro de passar não muito quente;

 Mais uma dica para você: Compre sempre a quantidade necessária de meadas para fazer todo o
trabalho, pois podem haver diferenças entre os lotes de tingimento.

Dicas de Linhas, Tecidos e Agulhas:

 Você pode bordar em diversos tipos de tecidos, com vários tipos de agulha e, também, com
muitos tipos de linhas. Se você usar a agulha certa para o tecido e o fio certo para a agulha, os
resultados do seu trabalho ficarão, com certeza, bem mais bonitos.

(Fonte: Dicas preciosas das linhas Anchor)

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BAINHA ABERTA E O MERCADO
O artesanato pode ser caracterizado a partir de sua finalidade até as matérias-primas
utilizadas para a confecção das peças. O artesanato de grande escala tem menos valor cultural que a
arte popular, o artesanato indígena e o artesanato tradicional, por isso uma grande vantagem da
Bainha Aberta, cuja confecção é manual, ou seja, maior valor agregado.

O mercado interno está disposto a pagar por um produto com grande agregação de valor.
Essa pode ser uma alternativa dos pequenos artesãos quando competem com aqueles que produzem
em grande escala. Para lucrar nesse mercado, é preciso ter uma infraestrutura adequada. De acordo
com Eduardo Barbosa Neto, um grande especialista, o principal desafio é tratar o artesanato como
atividade econômica de modo sistêmico e integrado, pensando em toda a sua cadeia produtiva,
atuando em todas as etapas.

Uma forma do artesão se tornar mais competitivo é participar de associação ou


cooperativa, podendo assim adquirir matéria-prima mais barata, conseguir um preço mais justo para
seus produtos, pois terá mais poder de negociação.

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5 DICAS INICIAIS DE COMO VENDER
1ª - Estipular preço

Se o preço é baixo, não dê desconto. A melhor saída é estipular um pouquinho maior. Custa
R$20? Diga que custa R$23. Assim, você dá R$3 de desconto sem comprometer o lucro. Nunca conte
aos parentes quanto você gastou. Vender pelo preço de custo é o mesmo que dar. Ninguém tem
obrigação de distribuir nada para parente.

2ª - Espantando a vergonha

Você fica tímido(a) quando vai a uma loja ou ao supermercado? Você tem vergonha de
comprar? Provavelmente não. Comprar é uma atividade normal. Então, ponha isto na cabeça: vender
é tão normal quanto comprar. Não fique pensando no que o cliente vai achar. Diga o preço e espere
a reação. Nem sempre ele acha tudo caro, nem fique com pena do cliente. Lembre-se: na hora de
pagar suas contas, ninguém fica com pena de você.

3ª - Como cobrar

Peça o pagamento assim que entregar o produto. Deixar para depois pode dar problema.
Se isso acontecer, o jeito é insistir. Quem compra e não paga é que devia ter vergonha! Quando
conseguir o dinheiro, risque o nome desse cliente. Desconfie dos muitos indecisos ou exigentes
demais, que pedem de tudo e nunca estão satisfeitos. Esses dão calote.

4ª - Mostre seu trabalho

Vender na empresa em que trabalha ou qualquer outra é sempre uma boa. Mas para
conseguir mais clientes, seria bom vender em lojas. O importante é não desistir. Se numa loja já não
deu certo, procure outra. A melhor maneira de conquistar freguesia é fazendo propaganda. O jeito
mais simples é espalhar cartões de visita. Faça um cartão bonito, com seu nome, telefone, e-mail e o
que você vende. Fazer um álbum para divulgar seus produtos também funciona. Se você não pode
andar com seus produtos para cima e para baixo. Levar uma amostra do que você faz em mãos,
impressiona.

5ª - Vendendo na prática

Visite lojas de preferência com afinidades com seu trabalho. Fale com o gerente, diga que
um cliente do lugar o(a) indicou. Se não for o tipo de mercadoria comercializado na loja, pergunte se
não gostaria de comprar para ele próprio. Ressalte a qualidade do produto, bainha aberta é um
artesanato altamente refinado, que material é empregado, fale sobre prazo de entrega (com ou sem
personalização) combine preço, feche negócios e BOAS VENDAS.

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GLOSSÁRIO
1. Ponto Cruz: Ponto utilizado em tecidos que possuem tramas uniformes, nos quais os fios
podem ser contados e facilmente posicionados. Geralmente, esse tipo de bordado é usado para
formar desenhos.

2. Hardanger: Bordado que deve ser sempre executado sobre um tecido de fios iguais. O
ponto Cheio é o ponto básico e é feito em grupos (blocos) compostos de um número ímpar de
pontos. Quando todos os Blocos de Ponto de Cruz estão terminados, os fios de tecido são então
cortados e desfiados conforme necessário. Os fios soltos do desfiado são então cobertos com Pontos
Enrolados ou Cerzidos para formar barras e vários pontos de coberturas são executados entre os
espaços deixados pelos desfiados.

3. Trama: Fios transversais (horizontal) aos fios da urdidura num tecido. Fios que formam a
largura de um tecido.

4. Urdidura: Fios que correm no comprimento do tecido. Fios que correm paralelos a aurela
de um tecido.

5. Debrum: Fita, tira de pano que se cose dobrada sobre a orla de um tecido de modo a
formar uma guarnição em relevo, ou a prender a trama.

6. Alinhavar: Costurar de modo rápido e provisório, usando pontos largos, espaçados,


como preparação para costura definitiva. É o esboço, a marcação.

7. Arrematar: Finalizar, dar remate, acabamento.

8. Carreira: Fileira.

9. Miçanga: Pequena conta miúda colorida utilizada para adornar.

10. Diagrama: Representação gráfica.

11. Maçinho: Feixe de fios.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 MACHADO, Lúcia Elisa Garcia. Apostila - livro 1 – Técnica de Bordado a fios tirados e
contados. 2012
 Coleção Trabalhos em Ponto Crivo. Ano I, nº 07. 2013.
 Enxoval em Vagonite. Ano 6, nº 34, p 15.
 http://lygiabordados.wordpress.com/sobre-o-meu-trabalho/
 http://www.papaiurso.com.br/negocio-de-sucesso/como-vender-artesanato
 http://www.sebrae.com.br/setor/artesanato/sobre-artesanato/mercado/acesso/bia-183-95-
o-que-e-artesanato/BIA_18395
 (http://www.coats.com.br/scripts/consumo/dica/dica_detalhe.asp?idPosicao=37&idTipo=1&
idDica=43)
 http://bibliotecadacostura.blogspot.com.br
 http://lavandaelilla.blogspot.it/
 http://blogwandinha.blogspot.com.br/2012/12/patchcolagem-para-iniciantes-
customizar.html
 http://www.programaartebrasil.com.br/hist_artesanato/hist_arte.asp
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Artesanato
 http://vodonazinha.blogspot.com.br/2012/05/bainha-aberta-abacaxiwmv.html
 http://piaceredelricamo.blogspot.ca/
 http://www.elo7.com.br
 http://tainaci.blogspot.com.br/2012/07/trabalhos-da-turma-bainha-aberta_31.html
 http://www.pinterest.com/pin/551409548096399591/
 http://quinhagraficos.blogspot.com.br/search/label/Bainha%20Aberta%20-vainicas
 http://bordadosdale.blogspot.com.br
 http://www.40forever.com.br/toalhas-de-mesa-jogos-americano-bordados-a-mao-lindoss/
 http://www.ilpostodellefate.com
 http://www.assimsefaz.com.br/sabercomo/ponto-crivo-passo-a-passo
 http://piaceredelricamo.blogspot.ca/2012/03/sampler-capitolo-11-gli-angoli.html

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