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CURSO DE DIREITO
SÃO LUIS
2018
A introdução do livro “Do Estado Liberal ao Estado Social” do aclamado autor e
jurista Paulo Bonavides, traz ao leitor, desde o seu início, grande aporte teórico com
tanta riqueza de fatos e dados que temos a sensação de dever cumprido já desde apenas
a introdução, deixando uma sensação ao mesmo tempo de “aprendi tanta coisa” e ao
mesmo tempo a sensação de “o que será que tem a mais que isso?” – é um bom ponto
de partida.
Concordo com livro quando ele traz a informação de que a Revolução Francesa
não foi uma revolução tão somente de mudança de estruturas institucionais e
hierarquias, como se pode pensar em um primeiro momento, pois nos livros de história
mais fundamentais essa é a única ideia que se passa. Não só isto, mas a Revolução
Francesa se pronunciou sobre as esferas dos ideais e, embora Francesa no nome, como o
próprio livro diz, ela não é somente Francesa, ela ganhou proporções menos da polis e
mais do gênero humano e, assim, o é até hoje. Acredito que os idéias daquela revolução
ainda são fundamento de várias mudanças na estrutura social, econômica e ideológica
daquilo que hoje chamamos de globalização em todos os aspectos, sobretudo no
humano, seguindo o que o texto da introdução diz “Roma universalizou uma religião;
Paris, uma ideologia” – uma excelente observação.
Debruço-me agora sobre uma observação que o livro traz sobre Estado social,
como sendo aquele em que o “Estado avulta menos e a Sociedade mais”. Avultar é
tornar-se maior, mais intenso, é o protagonista. De fato, o Estado social precisa existir
para a sociedade, para ela e por ela, porque por ela é formado e para ele é formado.
Quando vislumbramos regimes, sistemas, formas de governo em que a sociedade, o ser
humano e seus direitos fundamentais são tão somente figurativos, estamos retrocedendo
aos níveis mais básicos de organização social e voltando ao absolutismo, uma vez que o
povo não serve apenas para eleger, o povo deverá ser o alvo e o objetivo de todos os
atos daqueles que foram eleitos.
O autor elenca então aquilo que talvez fosse uma evolução histórica desses
modelos de Estado: “O Estado liberal, o Estado socialista, o Estado social com maior
intervenção do próprio Estado e o Estado social hegemonia da sociedade e máxima
abstenção possível do Estado”. Esta é para ele a trajetória da institucionalização do
poder, historicamente falando, em escala qualitativa.