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Cenários
Econômicos
Mestre em Administração na Universidade FUMEC. MBA em Gestão de Projetos pela Faculdade
de Estudos Administrativos - FEAD. MBA em Gestão Estratégica de Empresas pelo Centro
Universitário Newton Paiva. Pós-graduação em Docência na Educação Superior pelo Centro
Universitário Newton Paiva. Possui graduação em Administração com habilitação em Marketing
pelo Centro Universitário Newton Paiva. Atualmente é Docente do 7º e 8º períodos do curso de
graduação de Administração de Empresas da Faculdade FEAD e Docente dos cursos de Pós -
Graduação no Senac. Experiência na área de Gestão Empresarial sendo: Implantação e liderança
de projetos de consultoria organizacional; Desenvolvimento e realização de pesquisas de
Marketing em geral (satisfação de clientes, público-alvo; medição e acompanhamento de
resultados...); Planejamento estratégico; Inteligência de Mercado; Inteligência Competitiva; Gestão
Estratégica;
IMPORTANTE: Gestão de Projetos; Atendimento a clientes (pessoa física e jurídica); Implantação e
acompanhamento de softwares de inteligência de mercado; Liderança de equipe no âmbito
Esta apostila é utilizada exclusivamente com fins didáticos na Pós-Graduação do Senac em MG. Não deve ser considerada como base
nacional na área de atendimento ao cliente; Criação, desenvolvimento, implantação e treinamento
para consulta bibliográfica, mas como material orientativo. É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer
meio. Ade software
violação para de
dos direitos informatização e gestão
autor (Lei nº 9.610/98) é crimede processos.
estabelecido peloSócio dadoEstruturarh
artigo 184 Código Penal.Consultoria Ltda,
empresa de consultoria em Recursos Humanos e consultoria em Estratégia.
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Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. MBA em Gestão de Projetos pela Faculdade
de Estudos Administrativos - FEAD. MBA em Gestão Estratégica de Empresas pelo Centro
Universitário Newton Paiva. Pós-graduação em Docência na Educação Superior pelo Centro
Universitário Newton Paiva. Possui graduação em Administração com habilitação em Marketing
pelo Centro Universitário Newton Paiva (2006). Atualmente é Docente do 7º e 8º períodos do
curso de graduação de Administração de Empresas da Faculdade FEAD e Docente dos cursos de
Pós - Graduação no Senac. Sólida experiência na área de Gestão Empresarial sendo:
Implantação e liderança de projetos de consultoria organizacional; Desenvolvimento e realização
de pesquisas de Marketing em geral (satisfação de clientes, público-alvo; medição e
acompanhamento de resultados...); Planejamento estratégico; Inteligência de Mercado;
Inteligência Competitiva; Gestão Estratégica; Gestão de Projetos; Atendimento a clientes (pessoa
física e jurídica); Implantação e acompanhamento de softwares de inteligência de mercado;
Liderança de equipe no âmbito nacional na área de atendimento ao cliente; Criação,
desenvolvimento, implantação e treinamento de software para informatização e gestão de
processos; gestão de RH. Administrador da Estruturarh Consultoria em Recursos Humanos e
Gestão Estratégica.
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Ementa
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Sumário
SONDAGEM ECONÔMICA INICIAL, PRINCÍPIOS ECONÔMICOS ASSOCIADOS ÀS DECISÕES
EMPRESARIAIS.......................................................................................................................................... 8
O QUE E ECONOMIA..............................................................................................................................................8
RECURSOS OU FATORES (OU MEIOS) DE PRODUÇÃO.................................................................................................11
REAÇÃO DAS EMPRESAS.....................................................................................................................................13
MEDINDO O PRODUTO DO PAÍS..............................................................................................................................15
PREÇO...............................................................................................................................................................29
PAPEL DAS TAXAS DE JUROS...................................................................................................................................31
TAXAS NOMINAIS E TAXAS REAIS DE JUROS...............................................................................................................33
TRIBUTOS...........................................................................................................................................................35
VARIAÇÃO CAMBIAL.............................................................................................................................................38
INTELIGÊNCIA COMPETITIVA...................................................................................................................................44
Referências.........................................................................................................................................................60
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Introdução
A economia faz parte do dia a dia, independente de sermos consumidores,
trabalhadores, produtores ou cidadãos. As questões econômicas sejam no
âmbito nacional ou local, sobre a formação de preços, o mercado de trabalho, o
papel do governo e assim por diante, fazem parte do cotidiano tanto de
pessoas como de empresas. Afinal, todos têm alguma limitação seja de
recursos financeiros, físicos ou humanos. Estudar economia não é útil apenas
para entender melhor o mundo que nos cerca, mas principalmente para tomar
melhores decisões.
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durante a Revolução Industrial também resultou na criação de organizações
empresariais maiores e mais diversificadas.
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Sondagem econômica inicial, princípios
econômicos associados às decisões
empresariais.
O que é Economia
A economia de acordo com Mendes (2009) é uma ciência social, tanto
quanto ciência política, a psicologia e a sociologia. Ela pode ser definida
como o estudo da alocação dos recursos escassos na produção de bens e
serviços para a satisfação das necessidades ou dos desejos humanos. Sua
principal tarefa é descobrir como o mundo econômico funciona.
R BS NH.
8
e analisam um índice especial de preços, ou seja, uma média dos
individuais, a fim de calcular o valor geral da alteração de preços da
economia.
Seu tempo também é limitado. Se você decidir ler um livro por duas
horas, terá duas horas a menos para se dedicar a outras atividades,
como por exemplo, assistir a um jogo de futebol.
9
No bairro onde você vive, a área geográfica é limitada. Se a prefeitura
construir uma escola pública ou fizer um parque em uma determinada
quadra, haverá uma quadra a menos para a construção de
apartamentos, escritórios ou mesmo uma fábrica.
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que constituem a base de qualquer economia, são os meios utilizados pela
sociedade para a produção de bens e serviços que satisfarão as
necessidades humanas.
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fator capital sem o fator trabalho. Entre os principais grupos de riquezas
acumulados por uma sociedade estão os seguintes:
12
maiores e menores de satisfação ao consumir determinado bem ou serviço.
Assim quanto mais o individuo consumir um bem por unidade de tempo,
maior será a sua satisfação ou utilidade total, até certo ponto. Em algum
nível de consumo, a utilidade total do produto alcançará um máximo, ou
ponto de saturação; portanto, a utilidade total cresce a taxas decrescentes,
atinge um ponto máximo e pode até decrescer.
13
menos custo da mão de obra e passaram a ser globalmente competitivas. A
atuação em mercados altamente competitivos levou muitas empresas, na
impossibilidade de atuarem sobre os preços, a procurar um diferencial na
qualidade de serviços oferecidos. Mesmo na área industrial, o serviço
“embutido” permite gerar algum grau de diferenciação.
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atingidos pelo processo, principalmente aqueles que sobrevivem somente
em economias fechadas. A ineficiência acumulada, característica de países
fechados, faz com que os ajustes na busca de maior competitividade
acabem reduzindo a capacidade de criação de emprego no curto prazo.
Existem ganhadores e perdedores no processo.
15
serviços médicos e milhares de outros bens e serviços) seria muito difícil,
para não dizer impossível, agregá-los, pois não tem sentido somar melancia
com televisão ou bananas com grãos. Para resolver esse problema de juntar
tudo, de obter um único indicador – um único valor – que incluísse todos os
bens e serviços, os economistas criaram o conceito “produto”.
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Essa distinção entre PIB e PNB é importante porque alguns países,
como o Brasil, recebem parcela significativa de fatores de produção
pertencentes a estrangeiros que se encontram dentro de seus limites
geográficos. No caso do Brasil essa parcela de fatores estrangeiros é muito
maior que a dos fatores de produção pertencentes a brasileiros que estão
localizados no exterior, o que significa que enviamos um volume de renda
muito maior ao exterior do que efetivamente recebemos. É por isso que no
Brasil o PIB é maior que o PNB. Em outras palavras, os estrangeiros
produzem (em valor monetário) mais dentro do Brasil que os brasileiros
produzem lá fora. Já nos Estados Unidos, que possuem significativa parcela
de seus fatores de produção localizados no exterior, ocorre o contrário: O
PNB norte-americano é maior que seu PIB.
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– a mais pobre – tem, em média, um valor de produto interno bruto abaixo
do R$15,2 mil, ou o equivalente a R$6,6 mil.
Quadro 1: Características dos fluxos real e monetário entre famílias e empresas nos mercados de produtos e de fatores
Fonte: MENDES, 2009, p. 16.
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Esse aparelho produtivo gera um diagrama de fluxo circular que contém quatro
fluxos: (1) fluxo físico de bens e serviços, também chamado de fluxo real; (2)
fluxo físico de fatores de produção; (3) fluxo monetário, que representa custos
para as empresas, de um lado, e, renda das famílias, de outro; (4) fluxo
monetário, que representa o dispêndio, as despesas ou custo de vida das
famílias, de um lado, e a receita para as empresas, de outro (Figura 1).
Figura 1: Sistema econômico mostrando a interação entre famílias, empresas e governo nos mercados de produtos, de
recursos, financeiro, de capitais e externo
Fonte: MENDES, 2009, p. 16.
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Neste diagrama, é possível visualizar a interação entre as empresas e
as famílias ou os consumidores, e é a partir dessa interação que se chega
ao produto interno. A avaliação do PIB pode ser feita por três dos quatro
fluxos acima – fluxo da produção, fluxo da renda e fluxo do dispêndio – e,
cada um deles permite uma ótica ou um ângulo diferente de visão.
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Cabe ressaltar que a categoria “outros serviços” é responsável por mais
de 40%do valor adicionado nas atividades terciárias, no Brasil. Do PIB
brasileiro em média, o setor primário é responsável por 10%, o setor
secundário contribui com 33% e o setor terciário responde por mais da
metade 57%.
a) Aos recursos humanos por elas mobilizados, sob a forma de salários, isto
é, a remuneração pelo fator trabalho;
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(Y) é aplicada em consumo (C), poupança (S) e pagamento de impostos
(T). Assim: Y = C + S + T.
Sa = PIB + M.
“Pela ótica do produto, o destino da produção é: o consumo por parte das famílias ou a volta para o
processo produtivo (na forma de bens e intermediários ou insumos e capital). Com a renda (Y), que
é a remuneração pelo uso dos fatores, as pessoas podem consumir, poupar e/ou pagar impostos.
A oferta agregada inclui, no PIB, a importação de bens e serviços que se tornam disponíveis aos
brasileiros. A demanda agregada representa o gasto global no país, incluindo o consumo das
famílias e do governo, o investimento das empresas e as exportações líquidas”. (MENDES, 2009,
p. 138, 139, 140)
22
No que se refere à demanda agregada, ocorre o mesmo: além das despesas
internas em consumo e em formação bruta de capital por parte das famílias,
das empresas e do governo, somam-se as exportações brasileiras de
mercadorias e serviços. É importante lembrar que as exportações fazem parte
do PIB gerado internamente no Brasil; por isso têm efeito positivo para a
economia, uma vez que geram renda internamente.
Da = C + G + I + X.
PIB = C + G + I + X - M.
23
bilhões em 2001 para US$46 bilhões em 2006, caindo em 2007 para US$40
bilhões e para US$24,7 bilhões em 2008.
24
Tabela 1: Composição do Produto Interno Bruto sob as três óticas: a da produção, a das despesas e da renda, 2003, 2004
2005
Fonte: IBGE, de acordo com a nova série.
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pode não ser vendida, sendo incorporada ao estoque. A aquisição de novas
plantas industriais, máquinas e equipamentos e sua adição ao estoque são
consideradas investimentos. Na Figura 2, o investimento é representado pelo
pela letra I, onde o investimento flui das empresas para os mercados de bens
(de capital) e de volta para as empresas, porque algumas delas produzem bens
de capital e outras compram.
Figura 2: Fluxo circular da renda e dos dispêndios na economia de um país (o caso brasileiro)
Fonte: MENDES, 2009, p. 142.
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benefícios da seguridade social, desemprego e subsídios) e menos o
pagamento de juros pelo governo por suas dívidas. Quando as compras do
governo (G) excedem o valor líquido T, diz-se que tem déficit, o qual financiado
por empréstimos governamentais (Eg) nos mercados financeiros.
Por exemplo: a Gol ou a Tam pode tomar dólares em Nova York para
financiar a compra de novos aviões da Boeing. Essas transações ocorrem nos
mercados financeiros e são mostrados na Figura 2 pela sigla Ee (empréstimos
estrangeiros). Portanto o fluxo dos dispêndios compreende: despesas de
consumo, investimentos, compras governamentais e exportações líquidas. O
fluxo da renda é a renda agregada, que é igual aos gastos agregados.
Como as receitas das empresas pela venda de bens e serviços são iguais
aos gastos globais (C + I + G + X) e tudo o que as firmas recebem da venda de
seus produtos e serviços é pago como renda aos proprietários dos recursos
que são empregados, tem-se que:
Y=C+I+G+X
Ou seja:
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Finalmente, uma observação sobre o método usado para medir o produto
interno bruto, que também serve para medir a contribuição de uma indústria
para o PIB. Para medir o valor da produção de uma determinada indústria,
como a do pão, por exemplo, considera-se apenas o valor adicionado (ou
agregado) por essa indústria, que vem a ser o valor da produção de uma
empresa menos o valor dos bens intermediários que ela compra de outras
empresas. Ou seja, é a soma das rendas (incluindo o lucro) pagas aos
recursos usados pela empresa, conforme demonstrado a seguir:
Preços
A maioria das teorias da demanda de moeda começa com a função especial
da moeda como meio de pagamento. O dinheiro presta “serviço de liquidez”
que os outros ativos não prestam. Sua utilidade como meio para transação
explica por que as pessoas mantêm dinheiro em seu poder mesmo que ele
tenda a ser dominado pelos outros ativos financeiros. Isso significa que os
outros ativos, como, por exemplo, os títulos do Tesouro, são tão seguros
quanto o dinheiro como investimento financeiro, e ainda pagam uma taxa de
juros maior que a do dinheiro. A moeda de alto poder de expansão não paga
juros, os depósitos à vista e as outras formas de moeda geralmente rendem
menos juros que outros títulos seguros.
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Quando se começa a considerar a moeda, não se pode deixar de analisar o
papel dos preços e do nível de preços. Preço é simplesmente a taxa à qual o
dinheiro pode ser trocado por bens. Se o preço de um fator P (por exemplo, P
dólares nos Estados Unidos), isto significa que P unidades de moeda podem
ser trocadas por uma unidade desse bem. (SACHS E LARRAIN, 2000)
29
Ao criar o CIP, o governo tinha em mente colocar em funcionamento um
sistema de controle de preços flexível e adequado às particularidades setoriais.
A base do sistema seria constituída por um acompanhamento de preços dos
produtos, de modo a orientar a atuação do poder público, objetivando
regularizar a oferta de produtos. Além disso, previa a adoção de incentivos a
novos investimentos nos setores em que se observassem desequilíbrios.
30
ou congelamento de preços é completamente dispensável como instrumento
da política econômica. (LANZANA, 2008)
31
elevadas para atrair recurso do exterior, que vêm em busca de rendimentos
mais altos.
Além dessas três taxas definidas pelo governo, as quais são referenciais,
outras taxas também referencial, mas definida pelo mercado, são os CDBs
(Certificados de Depósitos Bancários), controlados pela Central de Custódia e
de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip).
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Um aspecto importante sobre a taxa de juros no Brasil diz respeito à
disparidade, ou seja, à grande discrepância que existe no spread bancário, o
que é a diferença entre a taxa de captação (taxa de juros recebida pelo
aplicador) e a taxa de aplicação das instituições financeiras (taxa de juros que
é cobrada pelos bancos para financiar o tomador, que pode ser uma empresa
ou um consumidor). Um aplicador em fundos de renda fixa recebe em torno de
12,% ao mês, as empresas pagam ao redor de 4% ao mês e o consumidor tem
que pagar até acima de 7% ao mês.
A taxa real de juros pode, inclusive, ser negativa, se a taxa nominal de juros
for inferior à taxa de inflação, o que já ocorreu na economia brasileira durante
vários períodos. Em alguns meses de 1999 e no início de 2000, observaram-se
taxas reais de juros negativos, em função das oscilações na taxa de inflação.
(LANZANA, 2008)
33
Juros internos x juros externos
Em tempos de globalização, as políticas monetárias dos países ficam cada
vez mais interdependentes. No caso brasileiro, tem sido comum, ao longo dos
últimos anos, o país acompanhar as decisões do Federal Reserve (o banco
central dos EUA) no que tange a fixação de taxas de juros no mercado norte-
americano. Essa taxa é importante para verificar o grau de liberdade que o
governo brasileiro terá para operar a política monetária interna.
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semestrais, e o próprio título no vencimento); o outro componente de risco do
país, uma vez que, mesmo que a empresa tenha condições de honrar seus
compromissos, não há condições de efetuar o pagamento em dólar, se o país
encontrar-se em moratória, por ocasião dos vencimentos.
Tributos
Antes de se passar à análise da política tributária no Brasil, se faz
necessário discutir algumas divisões importantes dos impostos. A primeira
delas refere-se à forma de incidência, a partir da qual os impostos podem ser
diretos ou indiretos. Os diretos são aqueles que incidem diretamente sobre a
renda e propriedade, como é o caso do Imposto de Renda (IR), do Imposto
sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Urbana (IPTU) e do imposto dobre Propriedade Rural
(ITR). Já os impostos indiretos estão “embutidos” na produção, vendas e
consumo de mercadorias, incluindo-se aí o Imposto sobre produtos
Industrializados (IPI), o Imposto sobre a circulação de Mercadorias (ICMS), a
contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Finsocial), o Programa
de Integração Social (PIS), etc.
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como retirar todos os impostos em “cascata” das vendas externas, até mesmo
pela impossibilidade de sua quantificação. A produção interna também é
penalizada na concorrência com o produto importado, que chega ao Brasil
totalmente livre de impostos, ocorrendo a incidência dos impostos em “cascata”
apenas na ultima etapa de comercialização (venda ao consumidor), ao
contrário da produção interna, que é penalizada em todas as etapas do
processo produtivo.
Além das divisões, de acordo com seu impacto sobre a renda das pessoas,
os impostos podem ser considerados progressivos, regressivos e
proporcionais. Os impostos são considerados progressivos quando as pessoas
de maior nível de renda pagam proporcionalmente mais impostos, como é o
caso do Imposto de Renda, que cresce proporcionalmente mais que o nível de
renda do individuo. Os impostos regressivos, ao contrário, são aqueles em que
classes de menor poder aquisitivo pagam proporcionalmente mais.
Geralmente, os impostos indiretos apresentam essa característica de
regressividade, dado que, como a alíquota é a mesma (IPI, por exemplo), o
montante de imposto por produto consumido será o mesmo, proporcionalmente
maior para as classes de menor nível de renda.
Muitos analistas olham o sistema tributário apenas como uma forma de gerar
a arrecadação pretendida pelo governo, entendendo que, quanto mais eficiente
em termos de arrecadação, melhor será o sistema adotado. Essa é uma visão
extremamente limitada do papel de um sistema tributário, embora a
arrecadação seja um de seus objetivos, o sistema tributário tem que ser visto
como um importante instrumento de desenvolvimento econômico e
redistribuição de renda no país.
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ao resto do mundo. Em mercados altamente protegidos, a ineficiência do
sistema tributário é transferida para o consumidor sob a forma de aumenta de
preços. Em uma economia mais aberta ao mundo, o quadro é diferente, uma
vez que a incidência de impostos em “cascata” tira a competitividade da
produção nacional, tanto na exportação como na concorrência com o produto
importado. Além disso, os impostos em “cascata” acabam sobretaxando os
bens de capital, à medida que não é possível isentar tais produtos na cadeia
produtiva de máquinas e equipamentos. E mais, a complexidade do sistema
impõe custos para as empresas que precisam dispor de estrutura adequada
para atender a todas as necessidades impostas pelo fisco. Essa mesma
complexidade, por sua vez, aliada à excessiva concentração da base de
incidência, acaba por se constituir em importante “estímulo” à sonegação.
Variação cambial
Por sua importância como um dos preços básicos da economia, têm sido
comum, principalmente entre os países que registram maior instabilidade,
mudanças frequentes na forma de condução da política cambial, dependendo
37
das condições do mercado internacional e do objetivo de política econômica
que está sendo perseguido. Em termos simplificados, podem-se dividir em três
os sistemas de cambio existentes: câmbio livre, câmbio fixo e “minibandas”.
Essa volatilidade faz com que a maior parte dos países do mundo adote o
sistema chamado de “flutuação suja”, Nesse sistema, o câmbio flutua
livremente, mas dentro de certos limites que o Banco Central não comunica ao
mercado. Se a cotação supera o limite máximo estabelecido, o banco Central
vende moeda estrangeira, fazendo o contrário (comprando) quando a cotação
cai abaixo do limite inferior.
38
paridade de 1US$ = 1 peso. O Banco Central da Argentina, de acordo com a
lei, comprometia-se a vender e a comprar qualquer montante de divisas à taxa
estipulada. Desde o final de 2001, a Argentina abandonou o sistema de cambio
fixo.
39
O conflito entre manter as contas externas equilibradas e combater a
inflação tem levado a uma grande discussão sobre qual a taxa de câmbio
“adequada” para um país. Infelizmente, essa questão não tem uma resposta
objetiva, embora se possam tecer algumas considerações.
40
crucial, normalmente vêm acompanhadas de retração no ritmo de atividade
econômica. Isso porque, além da desvalorização da moeda, objetiva-se conter
a demanda agregada (redução de gastos públicos, aumento de impostos,
aumento de juros, etc.) para diminuir o volume de importações. Embora as
importações acabem sendo afetadas, a demanda dirigida à produção
doméstica também se contrai, levando, frequentemente, o país a recessão.
41
estratégica, está diretamente ligada à intensificação do ritmo e da
complexidade das mudanças ambientais, conforme afirma Tavares (2000). Os
contextos empresarial e acadêmico norte-americanos constituíram-se em
terrenos férteis para as primeiras abordagens teóricas aceitas no Brasil.
Historicamente, a maioria das grandes empresas se dedicava a um ou a
poucos produtos e também contava com um ou com poucos cérebros em sua
gestão. Havia poucos concorrentes e não existiam problemas de demanda.
42
Senge (2012) afirma que, devido às mudanças enfrentadas no ambiente
empresarial, o aprendizado das organizações se torna o primeiro passo para
administrar de forma direcionada o negócio. Para esse autor, aprender quer
dizer desenvolver a capacidade de produzir consistentemente resultados com
certa qualidade, e o ambiente de aprendizagem, necessário para sustentar
esse ciclo de aprendizado profundo, é o foco na arquitetura estratégica.
Inteligência competitiva
Na interpretação das organizações e empresas, a inteligência econômica
tornou-se inteligência de negócios e, mais tarde, inteligência competitiva. As
primeiras instituições a adotarem a inteligência de negócios foram as grandes
empresas anglo-saxônicas (britânicas e, sobretudo, americanas) que, a partir
dos anos de 1960, criaram departamentos de inteligência de marketing,
influenciadas pela experiência e uso da informação militar. (TARAPANOFF,
2007)
43
essa inteligência a partir da coleta, processamento, integração, análise,
avaliação e interpretação da informação disponível.
44
Ao ser o primeiro a ver a imagem claramente, é possível perceber que se está
à frente da concorrência no mercado, obtendo, assim, vantagem competitiva.
Inteligência é tomar decisões críticas com conhecimento imperfeito, mas
razoável, e com certo grau de risco.
45
A grande maioria das empresas bem sucedidas tenta construir suas
estratégias com base em sua vantagem diferencial sobre os concorrentes no
mercado. Essa é uma consideração importante em dois sentidos; é necessário
e importante basear a vantagem diferencial nos objetivos dos clientes e é
também importante evitar a estratégia competitiva que tenha o intuito apenas
de construir forças sobre os pontos em que a empresa sempre será fraca em
relação aos concorrentes.
Choo (2006, p. 28), afirma que “a organização que desenvolve desde cedo a
percepção da influência do ambiente tem uma vantagem competitiva.
Infelizmente, as mensagens e sinais de ocorrências e tendências no ambiente
são invariavelmente ambíguos e sujeitos a múltiplas interpretações”.
46
dados em estado bruto, pouca informação com valor agregado derivado de
análises e menor quantidade de inteligência para direcionar a tomada de
decisão. Um sistema de inteligência competitiva tem o propósito de alterar esse
quadro, transformando os dados em informação e a informação em
inteligência.
47
que ele seja realizado de forma a dar mais qualidade e consistência ao
sistema. A equipe responsável pelo processo de IC, preferencialmente
multidisciplinar, tem a responsabilidade de fazer com que o processo seja
dinâmico e de fato atenda às necessidades e ansiedades de informação da
empresa. A IC, segundo Passos (2005, p. 38-39), é
48
condições competitivas ou uma previsão sobre novas oportunidades de
mercado.
49
A quarta e última fase envolve a concreta transmissão e apresentação da
inteligência aos responsáveis pelas decisões.
50
As fontes de informação são fundamentais para a coleta da informação correta em tempo
hábil. O quadro a seguir apresenta outras fontes de informação internas e externas à
organização.
Fontes Internas Fontes Externas
Engenharia Bancos
Finanças Consultores
Vendas Advogados
Especialistas em Patentes
Ex-funcionários da organização
Fornecedores
Associações setoriais
Quadro 3 - Fontes de informação para geração de Inteligência Competitiva
Fonte: Adaptado de GORDON, 2004 e BARBOSA, 2005.
51
combinados com outras fontes externas de informação de ordem política,
social, econômica, podem anunciar eventos iminentes.
52
fracos passa geralmente para canais informais (rede de contatos, eventos
sobre um tema), mas também, às vezes, formais (depósito de patente, de
marca). O item 3 – Evento – diz que as informações formadas a partir dos
sinais fracos iniciais multiplicam-se, agrupam-se e ficam mais fáceis de serem
captadas. É possível captar informações em canais formais (jornal, base de
dados). O evento, que já está em andamento, ocorre logo depois.
Como descrito pelos autores, foi identificado, após enquete feita com
respondentes sobre quais seriam as principais fontes de informações dentro de
uma empresa, que os departamentos de marketing e vendas foram
considerados pelos profissionais de IC as fontes internas de informações mais
importantes para a produção de inteligência, seguidos de perto pelos
funcionários da empresa (ocupantes de cargos gerenciais), pelos
departamentos de finanças, de pesquisa e desenvolvimento e pelos centros de
informação. Os departamentos de engenharia e de relações públicas, por sua
vez, foram considerados de média importância. Com menor importância,
apareceram os departamentos de produção e de suprimentos. Por último, com
quase nenhuma importância, apareceu o departamento de Recursos Humanos.
53
A partir do grau de importância das fontes internas de informações
apresentadas pelos autores, pode-se concluir que os departamentos que
apresentaram maiores pontuações foram aqueles que normalmente
desenvolvem maior interação com o mercado consumidor (marketing e vendas)
ou os ligados ao desenvolvimento de novos produtos ou serviços (pesquisa e
desenvolvimento).
Por outro lado, departamentos com uma perspectiva mais introspectiva (ou
endógena) do negócio, normalmente orientados para a manutenção das rotinas
internas, foram considerados como fontes internas de informações menos
importantes para as atividades de Inteligência Competitiva (recursos humanos,
engenharia, suprimentos), comprovam Oliveira, Villaça e De Paula (2010).
54
atividades de IC estão pouco estruturadas e se dão de maneira não sistemática
e mais informal.
55
A Inteligência Competitiva, segundo Passos (2005), é uma disciplina
necessária e ética para a tomada de decisões, baseada na análise e
compreensão do ambiente competitivo. E pesquisas mostram que empresas
com programas de IC bem estabelecidos obtêm maiores ganhos por ação do
que as do mesmo setor que não têm programas de IC (www.scip.org).
Com esses dados conclui-se que aqueles que reconhecem o valor especial
das informações sobre os competidores apresentam melhor desempenho do
que seus pares em itens como: crescimento sustentado de receitas, margens
brutas, assim como diversos indicadores importantes de desempenho
mensurável, afirma o autor.
56
planejamento são a localização mais usual no quadro organizacional em
relação à função da Inteligência Competitiva.
57
DISCIPLINADO: Incorporado e praticado. Experiência moderada em IC.
Nível 3 Equipes observam procedimentos padrões definidos. Elementos
constitutivos funcionam de forma integrada. Empreendedorismo e inovação
são incipientes.
58
Não há nenhuma informação específica sobre a estrutura física das
organizações para as atividades de IC. Recursos provenientes da tecnologia da
informação, tais como software específico, não é um fator essencial para as
práticas de IC, afirma o autor da pesquisa.
Referências
CHOO, Chun Wei. A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para
criar significado, construir conhecimentos e tomar decisões. 2. ed. São Paulo: Senac, 2006.
CRISTOFOLI, Fulvio; DIAS, Rovilson. A visão periférica como diferencial na identificação de ameaças
e oportunidades. Revista Eletrônica Gestão e Serviços. São Paulo. v. 1, n. 1, p. 10-25, 2010.
Disponível em: < http:// www.metodista.br>. Acesso em: fev 2017.
D. SACHS, Jeffrey; LARRAIN B., Felipe. Macroeconomia em economia global. São Paulo: Pearson
Books, 2000.
FACHINELLI, Ana Cristina et al. Inteligência Estratégica: desenvolvimento de uma escala para
compreensão do construto. In: XXXIV ENCONTRO DA ANPAD – Enanpad, 2010, Rio de Janeiro, p. 1-
17. Disponível em: <http://www.spell.org.br/periodicos>. Acesso em: mar. 2017.
FULD, Leonard M. Inteligência Competitiva: como se manter à frente dos movimentos da concorrência
e do mercado. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
59
HARRISON, Jeffrey S. Administração estratégica de recursos e relacionamentos. Porto Alegre:
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