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Levante do Gueto de Varsóvia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Levante do Gueto de Varsóvia foi um ato de resistência no Gueto de
Varsóvia, na Polónia em 1943, contra a ocupação nazi alemã. Nessa altura Levante do Gueto de Varsóvia
já se tinham dado os transportes da maioria dos habitantes do gueto.
Cerca de 300 mil das 380 mil pessoas no gueto tinham sido levadas para o Parte de Segunda Guerra Mundial e Holocausto
campo de extermínio de Treblinka, onde foram assassinadas
imediatamente após a sua chegada, no final do verão de 1942. Os restantes
habitantes do gueto sabiam agora o que os esperava e muitos deles
preferiam morrer lutando, em vez de morrer numa câmara de gás. A
revolta foi esmagada pelo Gruppenführer da SS (então apenas
Brigadeführer) Jürgen Stroop.
Índice
Antecedentes
Data 19 de abril de 1943
O início até 16 de maio de 1943
Esmagamento da revolta Local Gueto de Varsóvia, Governo Geral
Relação com a revolta de Varsóvia de 1944 Desfecho Vitória alemã
Ver também Beligerantes
Referências
Alemanha Resistência Judaica
Ligações externas Nazista Organização da Luta
Waffen SS Judaica
Sicherheitsdienst União Militar Judaica
Ordnungspolizei Resistência
Antecedentes Gestapo
Wehrmacht
Polonesa
Armia Krajowa
Na Alemanha, o nazismo chega ao Colaboradores Gwardia Ludowa
Polícia do gueto
poder. Adolf Hitler possuía a judaico
ambição de retomar os territórios Comando Arajs
perdidos durante a Primeira
Polícia de Segurança
Lituânia
Guerra Mundial. De tal forma, em Polícia AzulMarinho
1º de setembro de 1939, o Führer Hiwi (traidor)
ordenou a invasão à Polônia. Em Comandantes
pouco tempo, no dia 27 de
Jürgen Stroop Mordechaj Anielewicz
Agosto de 1940: por ordem das setembro, a cidade de Varsóvia foi Ferdinand von †
forças de ocupação alemãs tomada. O Exército Vermelho SammernFrankenegg Dawid Moryc
Erich Steidtmann Apfelbaum †
começa a construção do muro do (União Soviética) aproveitou para Franz Bürkl Icchak Cukierman
Gueto de Varsóvia. invadir na porção ocidental do Marek Edelman
Paweł Frenkiel †
território beligerante, conforme
Henryk Iwański
previsto no Pacto MolotovRibbentrop. Após o fato, vários países Zivia Lubetkin
declararam guerra à Alemanha nazista, incluindo a França e Reino Unido. Dawid Wdowiński
Logo, os nazistas (antisemitas) perseguiriam os judeus, formando vários Forças
guetos — um deles era o Gueto de Varsóvia. [3] Média diária de 2 090, Cerca de 600 da
incluindo 821 da Organização de
WaffenSS Combate Judeu[1] e
O início cerca de 400[2]
combatentes da União
Militar Judaica, além
de poloneses.
Entre julho e setembro de 1942, levas de deportações removeram mais de Baixas
300 mil judeus para o campo de concentração de Treblinka — local do Pelo menos 16 Aproximadamente 13
assassinato de judeus. Reduzido a 60 mil pessoas em sua maioria mortos, 85 feridos mil mortos, 56 885
(números alemães) deportados,
homens e mulheres ainda saudáveis, já que idosos e crianças foram principalmente civis
enviados para a morte em Treblinka e a fome ceifou os restantes , (estimativa alemã).
preferiram organizar uma resistência do que morrer em Treblinka. De acordo com a contagem não oficial de
Formada a Organização da Luta Judaica (Zydowska Organizacja Stroop, 71 mil pessoas foram mortas ou
deportados. Os 16 mortos do lado alemão não
Bojowa, cuja sigla é ZOB) e a União Militar Judaica (Żydowski Związek incluem judeus forçados a colaborar.
Wojskowy, cuja sigla é ZZW), trataram de formar uma resistência. [4]
O primeiro conflito ocorreu em 18 de janeiro de 1943, quando vários batalhões da SS marcharam rumo ao gueto, mas foram
atacados, sendo obrigandos retirar. [5] Os combatentes judeus tiveram algum sucesso: os transportes pararam após 4 dias e as duas
organizações de resistência, a ZOB e ZZW tomaram o controle do gueto, montando vários postos de combate e operando contra
colaboradores judeus.
Durante os três meses seguintes, todos os habitantes do gueto prepararamse para aquilo que
eles pensavam poder ser a luta final. Foram cavados túneis por baixo das casas, a maioria
"A batalha na rua Niska
ligadas pelo sistema de esgotos e de abastecimento de água, dando acesso a zonas mais
nos encorajou. Pela
seguras de Varsóvia.
primeira vez desde a
ocupação vimos os O apoio de sectores fora do gueto foi limitado, mas unidades polacas da Armia Krajowa (AK) e
alemães colados às Gwardia Ludowa (GL) atacaram esporadicamente unidades alemãs em sentinela perto das
paredes, engatinhando muralhas do gueto. Uma unidade polaca da AK, nomeadamente a KB sob o comando de
no chão, correndo para Henryk Iwański, chegou mesmo a lutar dentro do Gueto, juntamente com ŻZW. A AK tentou
se cobrir, hesitando antes por duas vezes explodir a muralha do gueto mas sem muito sucesso.
de dar um passo, com
Em 21 de janeiro de 1943, realizaram a primeira ação na Rua Niska. Liderados por Mordechaj
medo de ser atingido por
Anielewicz, formaram uma trincheira e empreenderam um ataque a soldados nazistas. Doze
uma bala judia. Os
soldados alemães morreram. A ZOB também se revoltou contra a Polícia Judaica, formada por
gritos dos feridos nos
membros da própria comunidade e controlado pelos nazistas. [4]
deram alegrias e
aumentaram a nossa
A resistência não era capaz de libertar o gueto ou destruir o aparelho nazista local. A ZOB
vontade de lutar."
possuía o objetivo de uma morte digna, que não fosse aquela reservada em Treblinka, num
Escreveu numa carta Tuvia misto de orgulho e esperança. Heinrich Himmler ordenou ao general Jürgen Stroop que
Boryskowski, integrante do extinguisse o Gueto de Varsóvia até, no máximo, em meados de fevereiro. [4]
grupo.[4]
Esmagamento da revolta
A batalha final começou na noite da páscoa judaica, no domingo 19 de abril de 1943. 3 mil
homens nazistas confrontaram a resistência de 1,5 mil moradores. Os partisans judaicos dispararam e atiraram granadas contra
patrulhas alemãs a partir de becos, esgotos, janelas. Os nazis responderam detonando as casas bloco por bloco e cercando e
matando todos os judeus que podiam capturar. [6]
De acordo com relatos, verificavase cheiro de cadáveres nas ruas, das bombas incendiárias e mulheres saltando dos andares
superiores dos prédios com crianças nos braços. Em 8 de maio, os rebeldes foram cercados. Alguns deles, preferiram o suicídio do
que ser levado a campos de extermínio. Às 20 horas e 15 minutos do dia 16 de maio, finalmente considerouse o fim do levante com
a destruição da sinagoga do gueto, então em ruínas. [6]
Após as revoltas, o gueto tornouse o local onde os prisioneiros e reféns polacos eram executados pelos alemães. Mais tarde, foi
criado um campo de concentração na área do gueto. Chamavase KL Warschau. Durante a revolta de Varsóvia que se seguiu, a
unidade AK polaca "Zoska" conseguiu salvar 380 judeus do campo de concentração e a maioria deles juntouse à AK.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Levante_do_Gueto_de_Vars%C3%B3via 2/3
23/10/2018 Levante do Gueto de Varsóvia – Wikipédia, a enciclopédia livre
Após a revolta, Hitler ordenou que o gueto fosse destruído. Foto de suas ruínas em 1945.
Relação com a revolta de Varsóvia de 1944
Por vezes é feita confusão entre a revolta no gueto de Varsóvia de 1943 com a revolta de Varsóvia de 1944. São eventos separados no
tempo e tinham objetivos diferentes. O primeiro, no gueto, era uma opção desesperada pela morte em combate, por pessoas que
sabiam que a morte os esperava num campo de extermínio, com a escolha feita no último momento, quando ainda havia a força
para combater. A segunda revolta foi o resultado de acção coordenada. No entanto, também houve ligações entre os eventos.
Alguns dos combatentes da revolta do gueto tomaram parte nas lutas posteriores. A brutalidade das forças nazis foi semelhante
nos dois casos. Alguns dos líderes da revolta de Varsóvia tomaram inspiração nos combates do gueto.
Ver também
Campos de concentração polacos
Campos de extermínio na Polónia ocupada durante a Segunda Guerra Mundial
Gueto de Varsóvia
Holocausto
Irena Sendler
O Pianista
Solução final
Referências
1. Guttman, John (março de 2000). «World War II: Warsaw Ghetto Uprising» (http://www.historynet.com/worldwariiwarsawghett
ouprising.htm). World War II Magazine. Consultado em 2 de maio de 2012.
2. Zapomniani żołnierze ŻZW | rp.pl (http://www.rp.pl/artykul/122686.html)
3. «É guerra!» (http://veja.abril.com.br/especiais_online/segunda_guerra/edicao001/capa.shtml). Revista Veja. Setembro de 1939.
Consultado em 17 de agosto de 2012.
4. «Uma questão de honra» (http://veja.abril.com.br/especiais_online/segunda_guerra/edicao005/sub1.shtml). Revista Veja.
Fevereiro de 1943. Consultado em 17 de agosto de 2012.
5. L. Alhadeff. (Junho de 2001). «O Levante do Gueto de Varsóvia» (http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.as
p?a=233&p=2). Consultado em 19 de agosto de 2012.
6. «1943: Levante no Gueto de Varsóvia» (http://www.dw.de/dw/article/0,,500871,00.html?maca=brauolall1387xmluol). DW.
Consultado em 19 de agosto de 2012.
Ligações externas
Assim se iniciou o Levante no Gueto de Varsóvia... (http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=238&p=
0)
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