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CURSO DE ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA – 2º SEMESTRE – FDCON – Profª Cida Vidigal

UNIDADE I e II – LINGUAGEM JURÍDICA I

1.1 Linguagem jurídica: juridiquês, brocardo e jargão.

- Texto 1: Juridiquês e linguagem jurídica - Valdeciliana da Silva Ramos Andrade


- Texto 2: Juridiquês no banco dos réus – Bia Arrudão
- Texto 3: Cada um com sua língua – Heloísa Helvécia

LINGUAGEM TÉCNICA versus JARGÃO

Linguagem técnica é própria e específica de cada área. Trata-se de palavras que podem ser
encontradas no dicionário comum da língua, mas que são aplicadas, com sentido diverso ou não,
pelos operadores daquele campo restrito de conhecimento. A linguagem técnica do direito significa
que muitas das palavras que aparecem nas petições, apesar de parecerem complexas ou preciosas,
têm função de definir conceitos do Direito. Vejamos o texto a seguir:

A) Art. 5º, LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal.

B) O advogado mostrou que o homicídio simples não constitui crime hediondo e


defendeu, em excelente tese, que mesmo o homicídio qualificado, por vezes, não deve
ser visto como tal.

...devido processo legal – não basta que haja processo, é necessário que ele seja legal.

...hediondo – é aquele crime abjeto, vil. Para o leitor comum todo homicídio é hediondo, mas se o
advogado usa o termo, significa que ele faz referência à enumeração taxativa da lei específica
(8.072/90). Pode-se dizer que o homicídio é crime grave, repugnante, indesejado, violento, mas isso
não significa, tecnicamente, hediondo.

A linguagem técnica é necessária para exposição eficaz dos conceitos do direito. Ela é
imprescindível na redação dos textos jurídicos.

Jargão é a gíria profissional. Absolutamente dispensável no texto jurídico, vejamos o exemplo a


seguir:

O condutor afirma que deu voz de prisão ao meliante, o qual empreendeu fuga do
local dos fatos, em desabalada carreira, adentrando a um estabelecimento comercial de
vendas de roupas, onde tomou por refém um indivíduo; ato contínuo, quando o meliante
fazia menção de agredir um cidadão, o condutor disparou a arma, alvejando a perna do
meliante, que passou a claudicar; ato contínuo, não conseguindo empreender nova
fuga, o condutor o algemou, prontamente providenciando sua condução ao nosocômio...

A exordial ministerial apresentou uma miríade de falsas afirmações, que não passam
de bazófias que devem ser repelidas por esse Douto Areópago, como foram pelo
Tribunal Popular, quando proferida defesa por este mesmo causídico.

...um estabelecimento comercial de vendas de roupas = loja de roupas.


...exordial ministerial = denúncia.
...claudicar = mancar ou coxear
...nosocômio = hospital

O uso recorrente e insistente de algumas palavras e termos arcaicos ou pouco usuais pelos
operadores do direito, ao contrário de exibir erudição, revela pobreza de estilo, falta de conhecimento
e/ou de segurança no uso de termos mais comuns e fluentes de nossa língua.
O jargão ou gíria profissional não deve ser repetido várias vezes no mesmo texto, o termo
técnico, ao contrário, é necessário para clarear as intenções do autor.
1.2 Linguagem jurídica: análise de textos.

EXERCÍCIO: análise de textos jurídicos: UNID I - linguagem jurídica 1 e 2

1.3. Características do texto jurídico: precisão, concisão, clareza e formalidade

Para redigir um texto jurídico, o autor deve considerar aspectos como precisão, concisão,
clareza, formalidade, coesão e coerência. Considerando que a coesão e coerência são tópicos a
serem abordados em nossas próximas aulas, centremo-nos nas noções de precisão, concisão, clareza
e formalidade.

PRECISÃO: requer conhecimento dos termos e de seu valor. Um dicionário, o aprendizado de figuras,
o estudo de expressões usadas em direito resolve o problema da precisão.

Deve-se evitar o uso de expressões polissêmicas (que permitem muitos sentidos). Elas serão tão
mais polissêmicas quanto mais ensejarem abstrações e generalizações. Segundo Othon Garcia (1982:
169)1:

A linguagem é tanto mais clara, precisa e pitoresca quanto mais específica e


concreta. Generalizações e abstrações tornam confusas as ideias, traduzem
conceitos vagos e imprecisos. Que é que expressamos realmente com a adjetivo
‘belo’, de sentido geral e abstrato, aplicável a uma infinidade de seres ou coisas,
quando dizemos uma bela mulher, um belo dia, um belo caráter, um belo quadro,
um belo filme, uma bela notícia, um belo exemplo, uma bela cabeleira? É possível
que a ideia geral e vaga de ‘beleza’ lhes seja comum, mas não suficiente para
distingui-los, para caracterizá-los de maneira inconfundível. (...)
As palavras abstratas apelam menos para os sentidos do que para a inteligência. Por
traduzirem ideias ou conceitos dissociados da experiência sensível, seu teor se nos
afigura esmaecido ou impreciso, exigindo do espírito maior esforço para lhes
apreender a integral significação.

A precisão relaciona-se também com o uso adequado da palavra, considerando-se o


contexto em que é inserida. Por exemplo, trata-se de um equívoco o uso da palavra ‘pensamento’,
na oração:
‘O juiz demonstrou um pensamento machista, ao considerar a Lei Maria da Penha inconstitucional’.
O adequado seria ‘postura’, ‘mentalidade’, ‘posicionamento’.

Atividade 1: Transforme as frases, emprestando maior precisão ao sentido:

a. O depoimento da testemunha foi pouco esclarecedor.


_________________________________________________________________________________________________

b. A sentença prolatada pelo juiz foi arbitrária.


___________________________________________________________________________________________________

Atividade 2: Continue o texto, considerando uma elaboração que dê à expressão ‘a regra que a
acusação pretende fazer valer não é aceitável’ maior precisão:

‘A acusação afirma que o réu deve ser responsabilizado pelo homicídio, admitindo que sua
participação foi apenas a de vender a arma ao verdadeiro executor. Afirma que pouco importa se
conhecia o motivo para o qual a arma seria usada, já que a venda era ilegal. Para tanto, apresenta
o artigo 13 do Código Penal, considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido. Sustenta a acusação, então, que se a arma não fosse vendida ao executor, ele não poderia
matar a vítima e, portanto, o resultado não teria ocorrido.
A regra que a acusação pretende fazer valer não é aceitável.
___________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________

1GARCIA, Othon Moacir. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 10ª ed.
Rio de Janeiro: ed. Da Fundação Getúlio Vargas, 1982.
Atividade 3: Substitua as expressões destacadas por outras mais adequadas:
1. Substantivos: coisa, trem. 2. Verbos: Dar, dizer, estar, fazer, pôr, ter, ver.
a) Nadar e caminhar são coisas indispensáveis à saúde física.
b) Desrespeitar as autoridades é uma coisa inconcebível.
c) Diante da prova colhida, é uma coisa evidente.
d) Isso é uma coisa que jamais me passou pela cabeça.
e) Nesse processo, ocorreu um trem esquisito.
f) O juiz parece estar dando sinais de impaciência.
g) As instalações do fórum não dão o conforto necessário às partes.
h) O juiz determinou que as partes dessem suas razões finais.
i) O judiciário anda em baixa na pesquisa popular. Os jornais deram a notícia ontem.
j) Ao ser ouvido, o réu deu sua versão do fato.
k) A defesa disse que os argumentos da acusação eram falsos.
l) Amedrontada, a testemunha não disse uma palavra.
m) Os brocardos jurídicos, muitas vezes dizem grande verdade jurídica.
n) A solução está na ampliação do prédio.
o) O ladrão estava de camisa branca e calça jeans.
p) Os religiosos fizeram uma campanha a favor dos desabrigados.
q) O juiz fez um discurso em homenagem ao Presidente do Tribunal.
r) O devedor pôs o dinheiro na conta judicial.
s) O ladrão foi pego ao pôr a chave na fechadura.
t) A faca usada pelo condenado tem 30 cm de tamanho.
u) O Dr. Paulo sempre foi tido como advogado estudioso, calmo e íntegro.

CONCISÃO: refere-se à qualidade de dizer o máximo possível com o mínimo de palavras. Ideia
antônima à concisão é a prolixidade, manifestada no exagero, nas redundâncias desnecessárias, nas
repetições exaustivas. CONCISÃO é uma das principais qualidades da linguagem forense. Consiste na
busca da forma breve, incisiva para o pensamento.

Atividade 4: Reelabore o texto abaixo, em que um biólogo se posiciona sobre o tema do controle da
natalidade, no sentido de torná-lo conciso e preciso:

“O que eu acho engraçado é que toda vez que um biólogo começa a falar em controle da natalidade
e programação da sociedade, ele é taxado imediatamente de nazista e fascista, porque essa
ressalva que eles fazem, essa reação que o povo tem em geral até hoje eu não entendi. Porque
olhe, se nós vivemos numa sociedade em que as camadas mais pobres da população apresentam
um índice de natalidade mais alto significa o quê? Que daí a um determinado tempo o índice mental
dessa sociedade vai cair. Então se a gente faz um controle científico dessa natalidade eu acho que
vai repercutir para o bem da sociedade e não para o mal. Outra coisa: o controle também de
pessoas que não podem ter filhos porque geneticamente elas são inaptas, são capazes de transmitir
doenças, que seria válido esse controle. Quer dizer que uma pessoa antes de casar faria um controle
genético, um cariótipo, e se ela fosse transmitir alguma doença então ela seria impedida de ter
filhos. Mas sempre que a gente fala sobre isso, imediatamente a reação ‘é nazista’, ‘é fascismo’.
Eu não sei de onde provém isso. Talvez vocês tenham alguma ideia. Eu não sei de onde vem essa
reação do homem ou então, é original de religião. O que é que você acha?”

Atividade 5: Em termos de concisão, é preciso mencionar os pleonasmos viciosos. Identifique os vícios


nas expressões abaixo:

A seu critério pessoal


A última versão definitiva
Acabamento final
Acordo amigável
Boato falso
Certeza absoluta
Consenso geral
Consumidor final
Conviver junto
Criar novas leis
Detalhes minuciosos
De sua livre escolha
Elo de ligação
Em duas metades iguais
Encarar de frente
Enfrentar de frente
Erário público
Espaço físico
Estrear o novo
Expressamente proibido
Grande maioria
Há 30 anos atrás
Juntamente com
Outra alternativa
Quantia exata
Receber das mãos
Reelaborar de novo
Repetir a mesma ladainha
Repetir de novo
Retornar/regressar de novo
Tempo hábil
Todos foram unânimes

CLAREZA – adquirida por meio do estudo do sentido das palavras (semântica).


In claris interpretato cessat

FORMALIDADE: relaciona-se com a observância das regras gramaticais, no sentido de o autor alcançar
um alto grau de correção na elaboração de seu texto. Refere-se, também, ao uso de um vocabulário
pouco usual e sofisticado e à formulação complexa das orações.

Atividade 6: Leia atentamente os seguintes trechos dos autos da ação de Arguição de


Descumprimento de Preceito Fundamental. Produza um texto, expondo seu posicionamento acerca
do tema.

“Impor à mulher o dever de carregar por nove meses um feto que sabe, com plenitude de certeza,
não sobreviverá, causando-lhe dor, angústia e frustração, importa violação de ambas as vertentes
de sua dignidade humana. A potencial ameaça à integridade física e os danos à integridade moral
e psicológica na hipótese são evidentes. A convivência diuturna com a triste realidade e a lembrança
ininterrupta do feto dentro de seu corpo, que nunca poderá se tornar um ser vivo, podem ser
comparadas à tortura psicológica”.
A afirmação é do advogado que representou a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde
(CNTS) que pedia ao ministro Marco Aurélio para autorizar a interrupção de gravidez cujo feto é
anencéfalo, ou seja, sem cérebro.

“A vida é sempre um dom de Deus e deve ser respeitada, desde o seu início até o seu fim natural.
Não temos o direito de tirar a vida de ninguém. A mulher que gera um filho com anencefalia pode
passar por um drama grave e por muitos sofrimentos, sabendo que o feto pode morrer ainda no
seu seio, ou então, morrerá logo depois de nascer. Temos que ter muita compreensão para com
essa mãe e a sociedade dispõe de muitos meios para ajudá-la. Mesmo o risco para a saúde da mãe
pode ser controlado pela medicina. Mas o sofrimento da mãe não é justificativa suficiente para tirar
a vida do filho dela. Além disso, fazer o aborto, nestes casos, pode marcar a mãe com um segundo
drama, que ela vai carregar para o resto da vida. Abortar um filho não é solução, mas é um
problema a mais para a mãe. Melhor, neste caso, é deixar que a natureza siga o seu curso natural.”
A afirmação é do advogado que representou a Igreja Católica nessa mesma ação.
1.4 Características do texto jurídico: formalidade (sinonímia, paronímia, homonímia, antonímia,
ambiguidade e tautologia

1.4.1. O SENTIDO DAS PALAVRAS: DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO


Quando alguém diz que sua casa está situada no centro comercial do bairro, tem-se, nesta
comunicação, uma frase denotativa e o sentido encontrado nos dicionários aponta uma família
ideológica ampla – “morada”, “residência”, “habitação”, “domicílio”, que, alerte-se, possui distinções
semânticas no vocabulário jurídico.
Todavia, quando uma pessoa diz: Esta escola é minha casa, tem-se a palavra casa em
sentido conotativo. A similaridade é um dos processos para obter-se o sentido conotativo – de valor
afetivo. Escola/casa aproxima os grupos primários que se incumbem da Educação. A contiguidade é
outro processo, designando o todo pela parte: Maria tem bom coração.

É o caráter polissêmico (uma palavra possuir vários significados) da língua que amplia a definição de
um vocabulário; na ausência de uma relação direta palavra/coisa, vai-se alargando o valor
semântico dos signos, tornando-se eles um feixe de significados. Exemplos:

A) Maria acordou para a vida – evidentemente, não se tratava de um sono fisiológico.


B) “...Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.”
(Manuel Bandeira, evocando os parentes mortos “Evocação do Recife”)
C) “Se a separação é legal se chama divórcio, todos sabem. Mas, uma coisa: a outra, que
não se chama divórcio e não está na lei, é muito mais legal” (Millôr Fernandes)

1.4.2. O SENTIDO DAS PALAVRAS NA LINGUAGEM JURÍDICA


No Direito, é importante o sentido das palavras porque qualquer sistema jurídico, para atingir
plenamente seus fins, deve cuidar do valor nocional do vocabulário técnico e estabelecer relações
semântico-sintáticas harmônicas e seguras na organização do pensamento.
Três são os tipos de vocabulário jurídico: unívocos, equívocos e análogos.

1.4.2.1 – Unívocos: são os que contêm um só sentido. A codificação vale-se deles para
descrever delitos e assegurar direitos:
↔ Furto – (art. 155 CP – subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel;
↔ Roubo – (art. 157 CP - subtrair, para si ou para outrem, coisa móvel alheia mediante grave ameaça
ou violência, depois de reduzir a resistência da pessoa;
↔ Mútuo (art. 586, CC – empréstimo oneroso de coisas fungíveis [que se gastam];
↔ Comodato (art. 579 CC – empréstimo gratuito de coisas não fungíveis;

São unívocas as palavras pertencentes ao jargão do profissional do Direito:


↔ Ab-rogar – revogar totalmente uma lei;
↔ Derrogar – revogar parcialmente uma lei;
↔ Ob-rogar - contrapor uma lei a outra;
↔ Repristinar – revogar uma lei revogadora.

Pode-se dizer que a univocidade representa os termos técnicos do vocabulário especializado.


1.4.2.2 – Equívocos: são vocábulos plurissignificantes, possuindo mais de um sentido e sendo
identificados no contexto. Exemplos:

↔ Sequestrar ⇒1o) Direito Processual = apreender judicialmente bem em litígio.


2o) Direito Penal = privar alguém de sua liberdade de locomoção

↔ Seduzir ⇒1o) Linguagem usual = exercer fascínio sobre alguém para benefício próprio.
2o) Direito Penal = manter conjunção carnal com mulher virgem, menor de dezoito anos
e maior de catorze, aproveitando-se de sua inexperiência ou justificável confiança.

1.4.2.3 – Análogos – São os que não possuindo étimo comum, pertencem a uma mesma família
ideológica ou são tidos como sinônimos. Exemplos:

↔Resolução ⇒1o) Resilição ( dissolução pela vontade dos contraentes)


(dissolução de um
contrato, acordo, ⇒2o) Rescisão (dissolução por lesão do contrato)
ato jurídico)
As palavras análogas são comumente conhecidas como palavras sinônimas. A precisão
vocabular contribui para a eficiência do ato comunicativo jurídico.

1.4.3. – POLISSEMIA E HOMONÍMIA


Polissemia é a multiplicidade significativa de um mesmo significante. Homonímia é a identidade
fônica (homofonia) ou a identidade gráfica (homografia) de dois morfemas que não têm o mesmo
sentido.

1.4.3.1. Homônimos homófonos:


↔ Acender = alumiar, pôr fogo.
Ascender = subir
↔ Acento = tom de voz, sinal gráfico
Assento = lugar de sentar-se
↔ Caçar = apanhar animais ou aves
Cassar = anular
↔ Cessão = ato de ceder
Sessão = reunião
Seção = repartição
↔ Cela = cubículo, prisão
Sela = arreio
↔ Estático = firme, imóvel
Extático = admirado, pasmado
↔ Laço = nó
Lasso = frouxo, gasto, cansado
↔ Tacha = pequeno prego, labéu, mancha
Taxa = imposto tributo, percentagem
↔ Conserto = reparo
Concerto = acordo, espetáculo, arrumação.
1.4.3.2.Homônimos homógrafos:

↔ Assentar: - O réu assentou na ponta da cadeira.


- “...a respeito desse conhecimento presumido assentou a jurisprudência a seguinte
orientação...” (W. Barros Monteiro)
- José assentou praça.
- Ele assentou a cabeça.
- O exército assentou acampamento em Sabará.

↔ Decadência: - Escreveu um livro sobre a decadência de Roma.


- No caso, não houve decadência da queixa.
- A partir de certa idade, começa a decadência da vida.

↔ Diligência: - Realizou-se diligência para a elucidação do crime.


- O aluno estuda Direito Penal com diligência.
- O filme de John Ford “No tempo das diligências” é ótimo

Exemplos de homonímia parcial:

↔ Olho o gato com olho carinhoso.


↔ Começo o livro no começo da minha vida.
↔ A estrela francesa estrela este filme.

↔ Vão – O vão do prédio (substantivo)/ Eles vão fugir (verbo) / Era um projeto vão (adjetivo).
↔ São – São José / Homem são / São eles.
↔ Escudo (arma defensiva)
Escudo (moeda)
↔ Manga (fruta)
Manga (parte do vestuário)

No tocante à polissemia descarta-se, em geral, a possibilidade de problemas de compreensão


ou ambiguidades pelo CONTEXTO:

↔ O juiz mandou relaxar a prisão.


O guarda não pode relaxar a vigilância.
Convém relaxar o corpo ao dormir.
Não se deve relaxar a consciência.

↔ O réu foi conduzido sob vara.


O juiz da 5a. Vara Criminal é severo.
Esta vara é pesada.
Comprei uma vara de porcos.

1.4.3.3. Homônimos reinterpretados.

↔ Egrégio (ex grege): usava para designar a ovelha separada do rebanho; hoje, fala-se de Egrégio
Tribunal (Nobre Tribunal);

↔ Hospício: passou de hospedaria para hospital e, daí, para hospital de alienados;

↔ Insolente: excessivo, fora do comum, cristalizou-se como grosseiro;

↔ Formidável: que causa medo (do latim formidare) e cujo sentido, hoje, é excelente;

↔ Escrúpulo: antes, pedrinhas de areia que perturbavam quando entravam no sapato; hoje,
perturbação de consciência.
1.4.4 – SINONÍMIA E PARONÍMIA

1.4.4.1. Sinônimos
De acordo com a Linguística moderna, seria sinônimo perfeito aquele permutável em todos os
contextos, Segundo Mario Quintana não há sinônimos perfeito:

↔ Morrer, falecer, expirar, extinguir-se:


A flor do jardim morreu. O mendigo morreu
A flor do jardim ∅ O mendigo faleceu
A flor do jardim ∅ O mendigo expirou
A flor do jardim ∅ O mendigo ∅

↔ Soldo, féria, vencimentos, honorários e estipêndios:


Soldo – soldado / féria – comerciantes / salário – assalariados / vencimentos – deputados
honorários – advogados estipêndios – magistrados

↔ Velho, anoso, antigo, arcaico, remoto:


Velho – homens; anoso – árvores; antigo – objetos;
Arcaicos – termos; remoto – épocas

↔ Separação judicial consensual ou litigiosa: (põe termo aos deveres do casamento)


consensual – há acordo entre as partes, ambas são Autoras da Petição Inicial;
litigiosa – existe conflito, havendo Autor(que propõe a separação) e Réu.
Divórcio – põe fim ao próprio casamento.

↔ Casa, residência, domicílio:


Casa – sentido genérico de habitação
Residência – lugar de parada ou permanência
Domicílio – sentido estrito, residência com animus permanendi (intenção de permanência);
lugar onde a pessoa responde pelos atos da vida civil.

↔ Desvirginamento, defloramento:
O primeiro traz uma conotação de pudor e o segundo de violência.

1.4.4.2. Parônimos

Absolver (perdoar) Absorver (assimilar)


Deferimento (concessão) Diferimento (adiamento)
Descriminar (isentar de crime, exclusão de Discriminar (diferenciar, separar, dar
criminalidade) tratamento diferenciado a uma mesma
situação)
Delatar (acusar) Dilatar (alargar, ampliar)
Destratar (ofender) Distratar (romper o trato)
Elidir (suprimir) Ilidir (refutar, anular)
Emenda (correção) Ementa (resumo)
Emitir (mandar para fora) Imitir (investir em)
Flagrante (evidente) Fragrante (perfumado)
Incontinenti (sem demora) Incontinente (Sem moderação)
Infligir (aplicar, impor pena em face de Infringir ( desobedecer, violar leis, não
conduta criminosa) cumprir obrigações)
Lide (demanda) Lida (trabalho)
Mandato (procuração) Mandado (ordem, determinação)
Prescrever (ordenar) Proscrever (banir)
Ratificar (confirmar) Retificar (corrigir)
Remição (remir-se: quitação, resgate) Remissão (remitir: remeter, encaminhar,
perdão dos pecados, sentimento de
misericórdia, compaixão)
Tráfico (comércio ilegal) Tráfego (trânsito)

1.4.4.3. Antonímia

É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes,
contrários - ANTÔNIMOS.

1.4.4.4. Ambiguidades
A ambiguidade, também chamada de anfibologia, é a duplicidade de sentidos numa mesma
sentença. Pelo fato de reunir mais do que uma interpretação possível, as ambiguidades podem gerar
um desentendimento no discurso, motivo pelo qual devem ser evitadas nos discursos formais. Assim,
quando surgem por descuido, as ambiguidades são consideradas vícios de linguagem.

Exemplo: Por fim, levou o filho para o seu quarto.

Não está claro de quem é o quarto: o do filho ou o seu próprio?

Ambiguidade lexical e estrutural


Quando a ambiguidade resulta dos significados das palavras, ela é lexical.
Exemplo: Estava perto do banco. (banco da praça ou uma instituição?)

Por sua vez, quando a ambiguidade resulta da posição das palavras na oração, ela é estrutural.
Exemplo: Exigiu o dinheiro do marido. (o dinheiro é do marido ou apenas estava com ele?)

Confira abaixo exemplos de frases ambíguas e as diversas situações em que podem ocorrer:

Uso dos pronomes possessivos


1) O professor da Maria terminou a aula fazendo apontamentos no seu caderno.
(Os apontamentos foram feitos no caderno da Maria ou no caderno do professor?)
Agora veja:
O professor da Maria terminou a aula fazendo apontamentos no caderno dela.
ou
O professor da Maria terminou a aula fazendo apontamentos no seu próprio caderno.

2) A Maria fez aquele jantar na sua casa?


(Caso o jantar tenha sido feito na casa da pessoa com quem falamos a construção está correta.)
Agora veja:
A Maria fez aquele jantar na casa dela? ou A Maria fez aquele jantar na sua própria casa?

Colocação das Palavras


1) As crianças felizes correram para a piscina.
(As crianças são felizes ou estão felizes por poderem ir para a piscina? Caso sejam felizes a
construção está correta.)
Agora veja:
Felizes, as crianças correram para a piscina.

2) A atendente mal-humorada dobrou as camisas.


(A atendente é mal-humorada ou está mal-humorada? Caso seja mal-humorada a construção está
correta).
Agora veja:
Mal-humorada, a atendente dobrou as camisas.
Uso das Formas Nominais
1) Ajudei a colega exausta no final do dia.
(Quem estava exausta? Eu ou a colega?)
Agora veja:
Exausta, ajudei a colega no final do dia.
ou
Ajudei a colega, que estava exausta, no final do dia.

2) A ajudante de cozinha ajudou o conceituado cozinheiro preparando a apresentação do prato.


(A ajudante preparou a apresentação do prato sozinha ou ajudou o cozinheiro com a sua
apresentação?)
Agora veja:
A ajudante de cozinha ajudou o conceituado cozinheiro com a apresentação do prato.
ou
Preparando a apresentação do prato, a ajudante de cozinha ajudou o conceituado cozinheiro.

Uso do Pronome Relativo e da Conjunção Integrante


1) Falei com a chefe que estava com vertigens.
(Quem estava com vertigens, eu ou a minha chefe?)
Agora veja:
Com vertigens, falei com a chefe.

2) Estamos falando acerca de um prato daquele novo restaurante, o qual faço questão que você
experimente.
(O que você gostaria que eu experimentasse, o prato ou o novo restaurante?)
Agora veja:
Estamos falando acerca de um prato daquele novo restaurante. Faço questão que você
experimente o lugar.

1.4.4.5. Tautologia

Tautologia é a repetição desnecessária de uma mesma ideia usando termos diferentes. É


aplicado à linguagem e às normas de redação como algo a ser evitado na escrita formal.
A tautologia é uma redundância, como a expressão "círculo vicioso". Se é circular, é evidente que
deve voltar ao ponto inicial e, portanto, repete-se como algo vicioso, sendo desnecessário o uso do
outro termo para definir.
Também é chamada de pleonasmo vicioso, enquanto figura de linguagem.

Exemplos de Tautologia
• Elo de Ligação - A ligação aqui é desnecessária, pois só a palavra elo já pressupõe a existência de
uma relação.
• Surpresa inesperada - Toda surpresa é inesperada, de outra forma não seria surpresa.
• Encarar de Frente - encarar já é estar à frente, cara a cara.
• Há anos atrás - o uso do "há" já demarca que se trata de tempo passado, não sendo necessária a
inclusão do "atrás".
• Expressamente proibido - se é proibido, não há forma de ser permitido. Portando o "expressamente"
para demarcar o modo não é preciso.
• Empréstimo temporário - se é emprestado, já demonstra que não é definitivo, do contrário seria dado
e não emprestado.

1.4.4.6. Usos da linguagem jurídica

↔Verbos prolatar, proferir, exarar e pronunciar: TODOS se referem à decisão judicial, não
representando, no entanto, a mesma ideia.
Prolatar – é usado em sua acepção ampla: tanto significa declarar oralmente a sentença,
quanto dá-la por escrito.
Proferir – ajunta-se à ideia da sentença oral.
Exarar – corresponde a lavrar, consignar por escrito a decisão judicial.
Pronunciar – decisão anunciada em voz alta (sentido antigo).
↔ Verbos acordar e pactuar:
Pactuar, do latim pactum deveria ser usado para representar o ajuste, a combinação, a própria
manifestação da vontade. – Pacto antenupcial (que se desfaz naturalmente se o casamento não se
realiza).

Acordar – aplica-se mais à vontade firmada no plano concreto, no concreto, exemplo, estarem
concordes as partes quanto às cláusulas ou condições estabelecidas no ajuste, na convenção, no
contrato.

↔ Denúncia – no Direito Penal – é ato exclusivo do Ministério Público.


- no Direito em geral significa notificar, chamar a juízo (ex. denuncia à lide – denúncia à
autoria) ou comunicar o término de (acordo, pacto etc.) Denunciar o contrato, informar que ele se
encerrou.

↔ Dilatar – é alargar, ampliar. No sentido jurídico é tico como equivalente a prazo, exemplo, Dilatam-
se os prazos.

↔ Confusões: Genitor – pai; Progenitor – avô;


Intimorato – destemido/valente; Intemerato – puro/íntegro;
Inerme – sem meios de defesa; Inerte – sem ação, sem atividade;
Incipiente – principiante Insipiente – ignorante, grosseiro;
Fruir – gozar, desfrutar Fluir – correr em estado líquido.

1.5 Características do texto jurídico: formalidade (vícios de linguagem).

CONCEITO – É a linguagem incorreta, considerando-se os padrões da norma culta.


1 – ARCAÍSMO – Palavras antigas que caíram em desuso.
... em compensação mui variadas se mostram as paisagens. (mui = muito)
Os três dias de nojo tinham passado. (nojo = pesar, luto)
2 – ANFIBOLOGIA OU AMBIGUIDADE – Quando a mensagem apresenta mais de um sentido. Ex.:
Abandonei-o contrariado. (Quem: eu ou ele?)
3 – BARBARISMO – É todo erro que diz respeito à forma da palavra:
a) CACOÉPIA – erro de pronuncia.
Incorreta correta
Esteje esteja
Metereologia meteorologia
b) CACOGRAFIA - qualquer erro de grafia.
Errado Correto
Omicídio Homicídio
Excessão Exceção

c) ESTRANGEIRISMO – emprego de palavras estrangeiras ainda não adaptadas ao idioma


nacional.
Estrangeirismo Forma equivalente em português
Show espetáculo, exibição
Pedigree raça, linhagem
Club clube

4 - CACÓFATO – Palavra descabida que resulta da união de partes de outras palavras vizinhas.
Ela tinha muito dinheiro (é latinha)
Não tenho pretensões acerca dela. (a ser cadela)
É preciso ter fé demais! (fede mais)
5 – COLISÃO – é a sequência de sons consonantais iguais, da qual resulta um efeito acústico
desagradável.
Sabe, se você se sair satisfatoriamente bem, seremos salvos.
Futebol define finalistas na rodada de hoje.
6 – ECO – É a rima em prosa. Será um defeito quando não se tratar de prosa literária.
O requerimento que enviamos naquele momento era o único instrumento de que dispúnhamos.

7 – HIATO – Acúmulo de vogais que produz um efeito acústico desagradável.


Assava a asa da ave.

8 – PLEONASMO – Uso de expressões repetitivas.


Subiu para cima – saia aqui para fora – vejam com seus olhos

9 – SOLECISMO – É todo erro léxico ou sintático:


Haviam muitas pessoas no baile. (Havia muitas pessoas.....sintático)
Fazem três semanas. (Faz três semanas. Sintático)
Não saia sem eu. (Não saia sem mim)
Entre eu e ele. (Entre mim e ele), entre vós e eu (entre mim e vós), entre Pedro e eu (entre mim
e Pedro).

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO – VÍCIOS DE LINGUAGEM


1 – Em “Não pense nunca isso”, temos um vício de linguagem conhecido como:
a) barbarismo b) cacofonia c) solecismo
d) pleonasmo e) ambiguidade.
2 – Em “Espera-se melhores resultados”, temos exemplo de:
a) anfibologia b) barbarismo c) eco
d) cacófato e) solecismo
3 – Uma frase com duplo sentido é exemplo de:
a) solecismo b) hiato c) cacofonia
d) ambiguidade e) eco
4 – A cacografia (má grafia de uma palavra) é um tipo de:
a) hibridismo b) anfibologia c) barbarismo
d) eco e) hiato.
5 – José quer café, não é? O vício de linguagem desta frase é:
a) barbarismo b) solecismo c) eco
d) cacófato e) pleonasmo

6 – Assinale a frase com cacofonia.


a) Ninguém viu aquilo b) Carla esta enferma. c) Nosso hino é lindo.
d) Quero a verdade. e) Nós o trouxemos ontem.

7 – Os erros de regência podem ser incluídos entre:


a) os barbarismos b) os hiatos c) os solecismos
d) os hibridismos e) os cacófatos

8 – Em “Assustou-se com a hemorragia de sangue”, temos exemplo de:


a) pleonasmo vicioso b) hibridismo c) barbarismo
d) anfibologia e) hiato

9 – “Informamos-lhe de que a moção que os sindicalistas proporam é objeto da mais cuidadosa


análise”. Do ponto de vista estilístico, a estrutura apresenta:
a) pleonasmo, barbarismo, preciosismo. b) solecismo, pleonasmo, barbarismo.
c) cacofonia, preciosismo, pleonasmo d) preciosismo, barbarismo, cacofonia.
e) solecismo, cacofonia, pleonasmo.

10 – O duplo sentido é muito comum nos textos de propaganda. Indique a frase a seguir em que não
ocorre um duplo sentido.
a) Compre nossos pneus e não fique na lona!
b) Ninguém fica frio com os cobertores Primavera!
c) Classificados de O Globo: palavra que vende!
d) Príncipe veste hoje o homem de amanhã!
e) Neste açougue a carne não é fraca!
11 – As palavras hits e big-bang são exemplos de:
a) neologismos b) estrangeirismos c) sinônimos
d) arcaísmos e) regionalismos.

1.5 Características do texto jurídico: formalidade (aspectos gramaticais relevantes para o texto
jurídico).
1.5.1. Pesquisar no dicionário de termos jurídicos o significado dos termos grifados:
1) “De início cumpre registrar, a respeito do instituto da litispendência, as imprecisões do Código de
Processo Civil no trato do vocábulo, empregado indiscriminadamente, para duas situações totalmente
distintas.”
2) “Em regra, a fungibilidade é própria dos bens móveis, e a infugibilidade, dos imóveis. Entretanto, há
bens móveis que são infungíveis.”
3) “Essa restauração de eficácia é categorizável como repristinação, e admitida em nome do princípio
da segurança e da estabilidade das relações sociais.”
4) A ab-rogação, expressão raramente usada hodiernamente, pode ser tácita ou expressa.
5) “Daí a parecença entre a rescisão por vício redibitório e a resolução por inadimplemento, conforme
a concebeu no art. 1.092, parágrafo único, do Código Civil.”
6) “Os poderes e as obrigações do curador são fixados pelo juiz, conforme as circunstâncias.”
7) “O sequestro e o arresto são medidas cautelares cuja diferença se situa no objeto da medida.”
8) “É função típica, prevalecente, do Poder Judiciário exercer a jurisdição.”
9) “Os casos de contrafação são previstos pelo Código Civil.”
10) “Nada tem a teoria da decadência, ou seja, da temporariedade dos direitos, com a teoria da
prescrição.”
11) “Na ementa do acórdão, o relator já dá a conhecer a decisão final.”
12) “A teoria de Direito Penal distingue os dois tipos de delito: furto e roubo, que o povo tem por hábito
considerar como sinônimos.”
13) “A Constituição Federal assegura a isonomia no art. 5º.”
14) “O Código de Processo Civil de 1973 alterou profundamente o sistema das exceções.”
15) “A notificação, em regra, é ato dirigido à pessoa que não contende em juízo, no que difere da
intimação e da citação.”

1.5.2. Adjetivos de uso jurídico:


Os adjetivos constituem uma classe de palavras variáveis que dão atributo ao substantivo,
concordando com ele em gênero e número. Como todo signo linguístico, apresentam um significante
– as letras e/ou som – e um significado – o conceito que encerram. Tendo essas noções em vista, buscar
o conceito para os adjetivos grifados:
1) Documento apócrifo: _______________________________________________________________
2) Pessoa inimputável: _________________________________________________________________
3) Casamento putativo: _______________________________________________________________
4) Tribunal incompetente: _______________________________________________________________
5) Bens fungíveis_______________________________________________________________________
6) Devedor inadimplente_______________________________________________________________
7) Lei draconiana_______________________________________________________________________
8) Juiz prevaricador_____________________________________________________________________
9) Contrato leonino_____________________________________________________________________
10) Direito imprescritível_________________________________________________________________
11) Ação reipersecutória_______________________________________________________________
12) Bens aquestos_____________________________________________________________________
13) Petição inepta_____________________________________________________________________
14) Norma cogente____________________________________________________________________
15) Herança jacente___________________________________________________________________
16) Sentença terminativa_______________________________________________________________
17) Prazo peremptório___________________________________________________________________
18) Direito (processual) precluso___________________________________________________________
19) Depoimento intempestivo_____________________________________________________________
20) Contrato inominado_______________________________________________________________
21) Lei repristrinatória: ___________________________________________________________________
22) Despacho saneador: _________________________________________________________________
23) Crime preterintencional: ______________________________________________________________
24) Juiz prevento: ________________________________________________________________________

1.5.3. Locuções adjetivas de uso jurídico:


Locuções adjetivas consistem em duas ou mais palavras, normalmente uma preposição e um adjetivo,
que têm o mesmo valor dos adjetivos. A importância em conhecer as locuções adjetivas reside no fato
de que os adjetivos a elas correspondentes vieram para língua portuguesa posteriormente aos
substantivos, o que lhes dá uma forma, muitas vezes, mais próximas da forma latina. Por exemplo, a
locução adjetiva “em dinheiro”, na expressão “bens em dinheiro”, pode ser substituída pelo adjetivo
“pecuniários”, derivado do latim pecus, pecoris – rebanho, grande número de animais da mesma
espécie, ovelhas, carneiros, que evoluiu para riqueza em gado, dinheiro. Assim, a expressão “bens
pecuniários” significa a mesma coisa que “bens em dinheiro”.
Tendo em vista as considerações acima, substituir as locuções adjetivas grifadas pelos adjetivos
correspondentes:
1) Imposição da lei - _____________________________________________
2) Unidade de prisão - _____________________________________________
3) Decisão de juiz - _____________________________________________
4) Honorários de advogado - _____________________________________________
5) Dever de cidadão - _____________________________________________
6) Outorga de esposa - _____________________________________________
7) Curso de Direito - _____________________________________________
8) Ação no Direito Civil - _____________________________________________
9) Valor da moeda - _____________________________________________
10) Prisão em casa - _____________________________________________
11) Direito fundado no costume - _____________________________________________
12) Cláusula de contrato - _____________________________________________
13) Interesse de patrão - _____________________________________________
14) Direito sobre a coisa - _____________________________________________
15) Vínculo de empregado - _____________________________________________
16) Pensão de alimentos - _____________________________________________
17) Nome de empresa - _____________________________________________
18) Crédito de hipoteca - _____________________________________________
1.5.4 Vimos que o vocabulário Jurídico é composto por termos que apresentam pertinência exclusiva
ao direito, isto é, termos que só têm significado no campo jurídico, além de outros tipos de termos. Os
exercícios que seguem tratam de termos de pertinência exclusiva e consistem em consultar um
dicionário jurídico para pesquisar o significado dos termos abaixo arrolados.
Pesquisar o significado dos termos abaixo:
1) Arras - _____________________________________________
2) Acórdão - _____________________________________________
3) Aresto - _____________________________________________
4) Exegese - _____________________________________________
5) Evicção - _____________________________________________
6) Hermenêutica - _____________________________________________
7) Juntada - _____________________________________________
8) Litispendência - _____________________________________________
9) Mora - _____________________________________________
10) Malversação - _____________________________________________
11) Peculato - _____________________________________________
12) Preempção - _____________________________________________
13) Revelia - _____________________________________________
14) Supérstite - _____________________________________________
15) Sursis - _____________________________________________
16) Anticrese - _____________________________________________
17) Caução - _____________________________________________
18) Concussão - _____________________________________________
19) Custas - _____________________________________________
20) Delito - _____________________________________________
21) Enfiteuse - _____________________________________________
22) Erário - _____________________________________________
23) Fideicomisso - _____________________________________________
24) Inadimplemento - _____________________________________________
25) Interpelação - _____________________________________________
26) Litisconsorte - _____________________________________________
27) Precatória - _____________________________________________
28) Quitação - _____________________________________________
29) Reconvenção - _____________________________________________
30) Rogatória - _____________________________________________

1.5.5. Sabemos que todos os institutos jurídicos contêm dois sujeitos, o ativo e o passivo.
Os sufixos gramaticais nos auxiliam na formação desses sujeitos, a partir do substantivo que nomeia tais
institutos. Assim, para o sujeito ativo, são comuns os sufixos: -ante, -ente, -inte, -or; por exemplo, agravo
– agravante. Para o sujeito passivo, são comuns os sufixos: -ado, -ário; por exemplo, agravado.

Com base na explicação supra, escrever os sujeitos ativo e passivo dos institutos arrolados abaixo:
INSTITUTO JURÍDICO SUJEITO ATIVO SUJEITO PASSIVO
Agravo
Alienação
Apelação
Comodato
Depósito
Deprecação
Doação
Embargos
Exceção
Notificação
Outorga
Querela
Reclamação
Reconvenção
Requerimento
Súplica

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