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Mariana Wiecko Volkmer de Castilho
2001
Introdução
A vinda da Família Real, em 1808, permitiu uma nova ruptura com a situação
anterior. Para atender as necessidades de sua estadia no Brasil, D. João VI abriu
Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim
Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia.
Segundo alguns autores, o Brasil foi finalmente "descoberto" e a nossa História passou a
ter uma complexidade maior. O surgimento da imprensa permitiu que os fatos e as
idéias fossem divulgados e discutidos no meio da população letrada, preparando terreno
propício para as questões políticas que permearam o período seguinte da História do
Brasil.
A educação, no entanto, continuou a ter uma importância secundária. Para o
professor Lauro de Oliveira Lima (1921- ) "a 'abertura dos portos', além do
significado comercial da expressão, significou a permissão dada aos 'brasileiros'
(madereiros de pau-brasil) de tomar conhecimento de que existia, no mundo, um
fenômeno chamado civilização e cultura".
Período Imperial (1822 - 1888)
BELLO, José Luiz de Paiva. Educação no Brasil: a História das rupturas. Pedagogia
em Foco, Rio de Janeiro, 2001. Disponível em:
<http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb14.htm>. Acesso em: dia mes ano
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
Aline de Alcântara Valentini
Buscamos neste artigo inserir a análise da educação escolar indígena nas leis
vigentes, na história das relações políticas que se estabeleceram entre o Estado
nacional e os indígenas, contexto no qual se localiza a presente discussão sobre o
papel, dever e responsabilidades do Estado quanto aos povos indígenas,
interessando, neste caso, o direito à educação escolar.
A educação escolar passou a ser encarada como uma política pública, como
um direito à cidadania, além de um instrumento de resistência e luta.
O primeiro momento e também o mais longo tem início com a chegada dos
primeiros jesuítas ao Brasil em março de 1549 junto com o primeiro governador-geral,
Tomé de Souza. Os jesuítas eram comandados pelo Padre Manoel de Nóbrega e
quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira, em
Salvador.
Ferreira (2001, p. 77) cita algumas das razões para a adoção integral do
modelo do SIL pela Funai
Tinha como objetivo instaurar uma política indigenista
internacionalmente aceita e cientificamente fundamentada, suprindo
as deficiências do SPI no que diz respeito à desqualificação do
quadro técnico. O ensino bilíngue, garantido pelos especialistas do
SIL, daria toda a aparência de respeito à diversidade linguistica e
cultural das sociedades indígenas. O modelo bicultural do SIL
garantiria também a integração eficiente dos índios à sociedade
nacional, uma vez que os valores da sociedade ocidental seriam
traduzidos nas línguas nativas e expressos de modo a se adequar às
concepções indígenas.
Os movimentos indígenas
Durante o terceiro período, o qual compreende as décadas de 60 e 70,
surgiram grupos e organizações não governamentais de apoio aos indígenas.
Diante desse contexto de mobilização não só social como sobretudo, dos povos
indígenas e de suas organizações a idéia de negação das diferenças foi substituida
pelo reconhecimento das diferenças, ao menos no plano discursivo dos direitos.
Os avanços na legislação
Os anos de 1980 são marcados por uma intensa articulação indígena através
da realização de encontros, reuniões, congressos e assembléias “que permitiram o
estabelecimento de uma comunicação permanente entre inúmeras nações indígenas,
cujo objetivo principal era a reestruturação da política indigenista do Estado.” (Ferreira,
2001, p.95)
A Constituição Brasileira de 1988 insere-se no quarto período, a carta magna
tem um de seus capítulos dedicado aos indígenas.
Referências Bibliográficas
MONTE, Nietta Lindenberg. E agora , cara pálida? Educação e povos indígenas, 500
anos depois. Revista Brasileira de Educação, n. 15, 2000
SANTOS, Sílvio Coelho. Os direitos dos indígenas no Brasil. In: SILVA, Aracy Lopes
da. GRUPIONI, Luís Donizete Benzi (org.). A temática indígena na escola: novos
subsídios para professores de 1º e 2º graus. São Paulo: Global; Brasília: MEC : MARI :
UNESCO, 2004.
SILVA, Aracy Lopes da; GRIZZI, Dalva Carmelina Sampaio. A filosofia e a pedagogia
da educação indígena: um resumo dos debates. In: COMISSÃO Pró-Índio/SP. A
questão da educação indígena. São Paulo: editora Brasilense, 1981.
1 Durante o período em que a “educação” no Brasil esteve nas mãos dos jesuítas, houve
uma forma de gestão e organização de suas escolas, possíveis de serem identificados em
documentos como o Ratio Studiorum que trata de direcionar, homogeneizar e
regulamentar todo o sistema de ensino jesuítico.