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FACULDADE ISEIB

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO IBITURUNA - ISEIB


Portaria MEC N° 2.861 de 13/09/2004 DOU 16/09/04

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA CRIANÇAS NO


ENSINO INFANTIL DO COLÉGIO SÓLIDO KIDS

Emanuelle Barbosa Alves*

RESUMO: Este estudo levanta uma discussão sobre a educação ambiental na formação
intelectual de crianças. Como problema de pesquisa temos a seguinte questão: qual a principal
contribuição da Educação Ambiental no ensino infantil. A relevância desse tema distingue-se
pela importância de educar as crianças preparando-as para a vida em sociedade e para o
exercício de seus direitos enquanto cidadão. O objetivo geral da pesquisa é identificar qual a
principal contribuição da Educação Ambiental no ensino infantil. No que se refere à
classificação metodológica esta se caracteriza por ser qualitativa e descritiva. Utilizou-se
pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo para a análise teórica e prática. Como instrumento
de coleta de dados uma entrevista e observação. Como amostra de pesquisa uma professora e
vinte e três alunos do 2º período do ensino infantil. Constatamos a partir deste que, as mudanças
e efeitos que queremos para a sociedade precisam, primeiramente, acontecer na formação da
criança, a fim de educá-la para a vida coletiva e para o bem comum.

PALAVRAS-CHAVE: Educação ambiental. Formação da criança. Pedagogia. Cidadania.

ABSTRACT: This study raises a discussion of environmental education in the intellectual


formation of children. As the research problem we have the following question: what is the main
contribution of environmental education in early childhood education. The relevance of this
theme is distinguished by the importance of educating children to prepare them for life in
society and to exercise their rights as citizens. The general objective of the research is to identify
what the main contribution of environmental education in early childhood education. Referring
to the methodological classification, it is characterized by being descriptive and qualitative.
Literature and field research were used for theoretical and practical analyzes. As an instrument
of collection of data, an interview and observation. As a research sample, one teacher and
twenty-three students in the 2nd period of early childhood education. We can tell from this, that
the changes and effects that we want for society, must primarily take place in the education of
children in order to educate them for collective life and the common good.

KEYWORDS: Environmental education. Formation of the child. Pedagogy. Citizenship.

*Acadêmica do 5º período de Pedagogia Licenciatura Plena. Instituto Superior de Educação Ibituruna - ISEIB.
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1 - INTRODUÇÃO

O processo de formação infantil está ligado a vários aspectos. O ensino-aprendizagem


de crianças deve consistir em uma ação completa, favorecendo o desenvolvimento destas
intelectualmente, social e psicologicamente contribuindo na formação da cidadania.
Para lidar com os conflitos existentes na sociedade é necessário trazê-los a discussão no
processo de ensino-aprendizagem. Por isso, o problema de pesquisa busca saber quais as
contribuições para a formação da criança em relação ao ensino da educação ambiental.
Justifica-se a escolha do tema como análise relevante na formação de educadores, a fim
de construírem na prática docente seres humanos mais conscientes quanto aos seus papéis como
cidadãos.
O objetivo geral desta consiste em identificar qual a principal contribuição da Educação
Ambiental no ensino infantil. Já os objetivos específicos trazem as seguintes abordagens:
conhecer os aspectos da formação infantil e suas influências no ensino da Educação Ambiental,
verificar quais metodologias podem ser utilizadas pelos professores para trabalhar a Educação
Ambiental e identificar quais as vantagens do ensino da Educação Ambiental na formação
cidadã.
A metodologia da pesquisa está classificada em qualitativa e descritiva. Como
instrumento técnico temos revisão bibliográfica sustentada por teorias emboçadas
principalmente em Dias (2004), Gonçalves (2008), Reigada e Reis (2004) e pesquisa de campo
realizada no colégio Sólido Kids que atende do maternal ao 5º ano do ensino fundamental.
Como instrumento de coleta de dados uma entrevista e observação em sala de aula durante cinco
dias. A amostra de pesquisa consiste em uma professora e vinte três alunos do 2º período da
educação infantil.

2 - A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FORMAÇÃO DE CRIANÇAS PARA A


CIDADANIA

2.1 - CONCEITO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Atualmente a humanidade vem lidando com graves problemas devido à convivência


do homem com o meio ambiente, pois há muito tempo ouve-se falar das derradeiras ameaças
que o planeta vem sofrendo por conta desta influência direta do ser humano na natureza com
fins de obter recursos naturais, matéria-prima ou qualquer outro tipo de benefício. Esta
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intervenção do homem na natureza também não é uma novidade, ao contrário do que pensamos,
ela é tão antiga quanto a existência humana na terra.
De fato, o que se pode perceber é a ocorrência de uma mudança no modelo de vida do
homem no decorrer da história e, por consequência, de sua ação no meio natural. Hoje, através
dos veículos de comunicação, vemos e ouvimos falar sobre vários fatores como o
desmatamento, a perda da biodiversidade, a redução da camada de ozônio, o efeito estufa, o
aquecimento global, a crise da água potável, a produção de grande quantidade de lixo, todos
causados pela influência do homem na natureza.
Afirma Gonçalves (2008) que antigamente, as relações do homem com a natureza eram
intervidas de mitos, rituais e magia, pois se tratava de relações divinas. Para cada fenômeno
natural havia um deus, algo responsável e organizador da vida no planeta: o deus do sol, do mar,
da terra, dos ventos, das chuvas, dos rios, das pedras, das plantações, dos trovões, dentre outros.
O medo de ser castigado pelos deuses era o que controlava a atitude dessas pessoas, garantindo,
assim, que ninguém cometesse alguma ação desastrosa, ou, sem uma explicação plausível ante a
destruição natural.
Por exemplo, até mesmo para se cortar uma árvore havia a necessidade de uma
justificativa que garantisse no mínimo a sobrevivência – como a construção de uma casa ou de
um barco. Ainda assim, eram utilizados rituais para “pedir desculpa” pela crueldade que estavam
cometendo, pois homem e natureza tinham o mesmo valor.
Entretanto, devido à evolução, o homem cheio de absolutismo começou a destruir a
natureza e esta perdeu seu lugar pelo desejo desenfreado por dinheiro e poder. De acordo com
Márcio Luiz Quaranta-Gonçalves (apud GONÇALVES, 2008), o nível de intervenção do
homem na natureza (ou cultura), é tão grande que se torna quase impossível encontrar natureza
ou ecossistemas puros. “[...] Existem vestígios da ação humana por toda parte, muitas vezes
criando belas paisagens que parecem naturais; e também locais feios, desarmônicos, como as
imensas monoculturas”.
Com a concepção do Antropocentrismo, surgido no renascimento, que se baseava no
Homem como centro do universo, esse veio a despojar de poder absoluto sobre a natureza. No
início do século XVIII surge na Inglaterra a Revolução Industrial com a mecanização do sistema
de produção e a transformação da manufatura para a maquinofatura. A fonte principal de energia
para movimentar as máquinas e as locomotivas a vapor era o carvão mineral, do qual a
Inglaterra possuía grande quantidade. Com o avanço da tecnologia a mão de obra humana veio a
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diminuir sendo cada vez mais substituída pelas máquinas, e começou então a crise de
desemprego.
Afirma Herculano (apud Reigada e Reis, 2004) que na Revolução Industrial a
exploração da natureza pelos homens foi intensificada. A natureza e a cultura humana, que antes
caminhavam juntas, se tornaram duas coisas distintas e sem ligação.
Com a Revolução Industrial os métodos de produção se tornaram mais eficientes, por
outro lado, também trouxeram consequências nocivas para a sociedade como a poluição sonora,
o êxodo rural, o crescimento desordenado das cidades e um dos problemas mais graves até
então, que é a poluição ambiental.
O desmatamento descontrolado, a enorme produção de lixo (grande parte não
reciclável) as mudanças climáticas, dentre outros fatores, têm sido causa de preocupação para
muitos países. A gravidade da crise ambiental, que ameaça a vida humana devido aos problemas
ambientais em escala planetária (efeito estufa, destruição da camada de ozônio etc.), resultou em
mobilizações internacionais para buscar soluções, Guimarães (2000).
Nesse contexto, vê-se a necessidade de se implantar no ensino escolar a Educação
Ambiental (EA), que tem seu conceito com base segundo o artigo 1º da lei 9795 da Política
Nacional de Educação Ambiental, ao qual:

Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidade, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999, p.4).

A Educação Ambiental veio para promover meios para reforçar os valores sociais, as
competências e habilidades que permitam ao homem manter uma vida satisfatória e ao mesmo
tempo conservar o meio ambiente. A EA tem fundamental importância na conscientização e não
deve ser vista somente em alguns, mas em todos os níveis da educação, contemplando, dessa
forma, o progresso continuo do bem estar da humanidade.
Sendo assim, o objeto de discussão e estudo ressalta a importância da EA no ensino das
crianças, salientando suas contribuições na formação infantil.
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2.2 - PRINCIPAIS ASPECTOS DA FORMAÇÃO INFANTIL

Os fortes impactos causados ao meio ambiente, como o desmatamento demasiado onde


muitos produtores destroem áreas com no mínimo o tamanho de um campo de futebol em busca
de recursos naturais, ou até mesmo para a criação de pastos, geram perdas absurdas no meio
ambiente. As consequências na natureza são descomunais, sobretudo, nos grandes centros
urbanos são visíveis os danos causados pela poluição, pela grande produção de lixos inorgânicos
e também esgotos domésticos.
Machado (2002) explica que a educação tende a transformar-se, mais do que nunca, no
elemento vital da dinâmica social, tanto em função dos tecidos que compõem e integram a
complexa teia de inter-relações indivíduos/sociedades, quanto como fonte de energias
necessárias para as transformações a serem implementadas.
Portanto, tendo em vista a necessidade da probidade humanística, os países colocaram
suas divergências de lado sendo obrigados a se posicionarem em relação à questão ambiental
colocando seus interesses a parte, em defesa de um bem maior para humanidade, impondo
regras ao crescimento e exploração dos recursos naturais. Surge, então, a Educação Ambiental
como meio de conscientizar as pessoas a conservarem o ambiente e também como forma de
reeducar antigos hábitos da sociedade.
Guimarães (2004) afirma que foi a crise na relação entre sociedade e natureza que
potencializou a emergência da educação ambiental, e que, a estrutura e o funcionamento tanto da
natureza como da sociedade - em interação mútua – são objetos por excelência da educação
ambiental.
Sendo assim, a EA tornou-se parte integrante no ensino, ganhando desta forma, espaço
fundamental nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Temas Transversais. Carvalho
(2008) comenta que a preocupação ambiental e, particularmente, as práticas de educação
ambiental vêm se construindo como um bem na contemporaneidade. Um sentido valorizado pela
sociedade, que se oferece como ideal para processos de formação identitária, ao qual crenças,
valores, atitudes e práticas ecologicamente orientadas convertem-se num valor ao mesmo tempo
social e pessoal.
Assim como o ensino básico, a EA também deve começar a ser ministrada desde cedo à
criança, pois nessa fase da vida, elas aprendem e colocam em prática o que lhes forem ensinadas
com maior facilidade.
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O processo de formação intelectual da criança acontece muito antes do ingresso desta
em uma instituição de ensino. Em seus diversos contextos (família, igreja, comunidade), ela
obtém alguma noção sobre a língua falada e escrita, ou qualquer outro conceito que a rodeie.
Entretanto, um dos principais lugares para começar a conscientizar a criança é a escola, e para
entender-se mais sobre o desenvolvimento da criança faz-se necessária uma breve abordagem
sobre alguns aspectos da formação infantil. São eles: os aspectos físicos, cognitivos e sociais.

2.3 - DESENVOLVIMENTO FÍSICO

O Desenvolvimento físico está relacionado às características e mudanças físicas como o


crescimento do corpo e do cérebro, expansão sensório e motor, dos sentidos e mudanças
hormonais. Nos primeiros anos de vida o desenvolvimento físico ocorre de forma célere, pois
antes mesmo do nascimento o cérebro já progride possibilitando um avanço no desenvolvimento
dos outros aspectos.
Pereira (2010) ressalta que a partir do momento que a criança começa a andar inicia-se
um avanço na amplitude da personalidade da criança, onde esta começa a conquistar o mundo a
sua volta. Seus sentidos, tato, olfato e paladar também se desenvolvem rapidamente nos
primeiros meses de vida, somente a visão demora um pouco mais a se desenvolver. Por volta de
três anos de idade começam a ocorrer muitas mudanças no corpo da criança, coordenadas pelo
amadurecimento do cérebro, essas mudanças acarretam em habilidades motoras. Essa evolução
na coordenação motora traz experiências de valor significativo para a criança, pois através de
seus movimentos ela começa a instituir vínculos sociais fazendo com que haja uma relação de
comunicação com o adulto que interpreta seus movimentos.
É interessante que nesta faixa etária a criança tenha um contato com a pré-escola, pois
assim, ela poderá desenvolver seus dons e habilidades através de prática, exercícios de
coordenação motora e experiências com outras crianças.
Desta forma, compreender o desenvolvimento físico da criança é de fundamental
importância para o professor, pois, através desta compreensão é possível trabalhar o lúdico que é
uma ferramenta pedagógica essencial para o ensino da Educação Ambiental, além de ser um
meio facilitador no processo de ensino-aprendizagem.

2.4 - DESENVOLVIMENTO COGNITIVO


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É no desenvolvimento cognitivo que se abrangem as capacidades como linguagem,


percepção, raciocínio, memória, pensamento e criatividade. O cognitivo está ligado aos aspectos
afetivos e também as influências ambientais e culturais. Algumas ações comportamentamentais
juntamente á experiências com outras pessoas do meio cultural e social, dão início ao processo
do desenvolvimento cognitivo.
Segundo Pereira (2010) é a partir da faixa etária de três anos que se expande a
capacidade de atenção e da memória da criança. Entre três e seis anos de idade ela tem mais
facilidade em memorizar e aprender coisas novas, também utiliza de meios para decorar quando
precisa se lembrar de algo. Com a influência exercida da maturidade cerebral no
amadurecimento da linguagem, no envolvimento social e com a influência familiar, a criança
começa a aprimorar seu vocabulário e a dominar mais a língua, conseguindo compreender uma
palavra ao ouvi-la poucas vezes e até diferenciando quando esta mesma palavra se refere a
coisas distintas.
Se a criança for privada de certas ocasiões seu desenvolvimento será menos
satisfatório, entretanto, o contato com experiências novas irá contribuir em sua visão do mundo
e das coisas, pois através da influência mútua a criança passa a conhecer coisas novas, novos
objetos com uma visão diferente, graças aos estímulos promovidos por meio dessa interação.
Firmino (apud VYGOTSKY, 1987) cita que o ato de brincar tem relevante papel na
constituição do pensamento infantil. É brincando e jogando, que a criança revela seu estado
cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva
com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos.
Através dos jogos é possível trabalhar com o cognitivo da criança, pois assim como no
aspecto físico, o lúdico contribui grandemente no ensino da EA e principalmente no
desenvolvimento cognitivo.

2.5 - DESENVOLVIMENTO SOCIAL

O Desenvolvimento social é constituído pelas mudanças e equilíbrios nas emoções, na


personalidade e nos envolvimentos sociais. Também está relacionado às mudanças vindas
principalmente de fatores sociais.
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Oliveira e Rego (2003) ressaltam sobre a formação do ser humano, que este através da
cultura e da interação com outros seres humanos aprende a falar, pensar, agir e também a sentir
não somente como humano, mas, por exemplo, como um homem moderno, que vive numa
sociedade industrializada, dentre outros aspectos. Pois, nesse sentido, o aprendizado sobre
emoções e afetos iniciará desde as primeiras horas de vida da criança e se prolongará por toda
sua existência.
Alguns sinais de sentimentos são fundamentais no desenvolvimento e na interação com
a criança, que por volta de seus três anos já é capaz de se comunicar e expressar suas emoções
ao adulto tornando mais simples interpretar sua personalidade, através do modo como se
expressa.
Pereira (2010) afirma que nessa faixa etária a criança já começa a buscar sua
autonomia. Por meio das ligações com a sociedade e a cultura ao qual esta inserida a criança
começa a entender certos padrões e algumas tendem a ter facilidade em se relacionar
socialmente. Quando, por exemplo, uma criança possui certos hábitos (costumes) e esta passa a
viver em um meio que possui hábitos diferentes, isso poderá causar certas influências em sua
relação social fazendo com que seu comportamento seja diferente. Entretanto o que se pode
notar é que a cultura e a sociedade, de modo geral, têm significativa interferência no
desenvolvimento intelectual da criança, através da relação com outras pessoas, ela pode interagir
e adquirir mais conhecimento.
Como já citado anteriormente, a socialização tem fundamental importância no
desenvolvimento cognitivo da criança, e esta deve ser estimulada e ensinada a todo instante.
Sendo a escola o segundo grupo onde a criança mais se encontra presente, cabe ao educador
ajuda-la em seu desenvolvimento das capacidades, tanto físicas, cognitivas, como as sociais. No
entanto, no ambiente escolar encontram-se crianças com personalidades e comportamentos
diferentes e cabe ao docente intervir como mediador entre estas, fazendo com que no espaço
escolar elas tenham novas descobertas e aprendizagens.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) cita que ”a grande tarefa da escola é
proporcionar um ambiente escolar saudável e coerente com aquilo que ela pretende que seus
alunos apreendam, para que possa, de fato, contribuir para a formação da identidade como
cidadãos conscientes de suas responsabilidades com o meio ambiente e capazes de atitudes de
proteção e melhoria em relação a ele”. (BRASIL, 1997, p. 187)
A educação ambiental é um tema de suma importância e deve ser inserido tanto nos
outros níveis da educação como principalmente na educação infantil, pois nessa faixa etária, a
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criança envolve com maior destreza e assimila muitos conceitos basicamente por meio da
prática e através das brincadeiras. Entretanto, o que realmente importa é se os meios dos quais o
professor utiliza vão surtir resultados significantes na aprendizagem das crianças.

2.6 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA CRIANÇAS: METODOLOGIAS

O educador infantil deve se preocupar não apenas com o aspecto físico da criança, mas
também com seus interesses relacionados ao mundo social e cultural, visando sempre
compreender os sentimentos do educando. Para que o aluno aprenda é necessário que o
professor utilize de metodologias que contribuam na sua absorção do conteúdo de forma
satisfatória. Ele também deve ter extrema preocupação em relação à organização dos espaços e
recursos utilizados visando sempre à interação das crianças, por meio do brincar, fazendo com
que esta se sinta parte do ambiente escolar.
A criança precisa ter contato com diversas partes em seu processo de ensino-
aprendizagem. Quanto mais materiais como livros ilustrados, revistas, TV e DVD que podem
ser utilizados para facilitarem a assimilação sobre conceitos relacionados à EA, quanto maior o
contato com objetos e ambientes diversificados, maior será a contribuição no processo de
aprendizagem da criança fazendo com que esta crie um vinculo positivo com o meio ambiente e,
se torne um adulto responsável. Além disso, os Parâmetros Curriculares ressaltam que:

É possível promover o desenvolvimento da sensibilidade, chamando a atenção para as


inúmeras soluções simples e engenhosas que as formas de vida encontram para
sobreviver, inclusive para seus aspectos estéticos, provocando um pouco o lado da
curiosidade que todos têm; observando e valorizando as iniciativas dos alunos de
interagir de modo criativo e construtivo com os elementos do meio ambiente. Isso
acontece quando, por exemplo, os alunos descobrem sons nos objetos do ambiente,
expressam sua emoção por meio da pintura, poesia, ou fabricam brinquedos com
sucata, observam e interferem no caminho das formigas, descobrem marcos de
paisagem entre a casa e a escola, ou ainda utilizam/inventam receitas para
aproveitamento de sobras de alimentos (BRASIL, 1997, p. 190).

Com relação ao ensino da EA, poucas coisas são tão válidas na questão de
metodologias quanto à importância de levar as crianças a executarem aquilo que elas aprendem
na sala de aula. Associada aos materiais didáticos deve sempre estar à prática, pois as crianças
nessa fase costumam absorver conceitos e aprender através do que elas veem ou convivem.
O professor pode levar seus alunos ao zoológico, por exemplo, e mostrá-los o
ambiente, os animais selvagens e domésticos que estão naquele lugar e explanar o porquê deles
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estarem lá. Pode explicar aos alunos que o zoológico é um lugar que tem licença do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que é o órgão
responsável pelo meio ambiente em nosso país, para criarem esses animais em cativeiro. Deve
também salientar que os zoológicos têm como objetivos não somente a exposição pública dos
animais, ou a diversão, pois estes são o de menor relevância, mas primordialmente a pesquisa, a
preservação e a educação voltadas à proteção dos animais.
Explicar a importância do habitat de cada espécie, as adaptações que devem ser feitas
para que o ambiente do Zoológico seja o mais parecido possível com este habitat, os
profissionais responsáveis pelo cuidado e bem estar dos animais dentre outros fatores, são
questões de suma relevância a serem ressaltadas pelo professor.

Para que os alunos possam compreender a complexidade e a amplitude das questões


ambientais, é fundamental oferecer-lhes a maior diversidade possível de experiências, e
contato com diferentes realidades. Assim, é relevante os professores levarem em conta
a importância tanto de trabalhar com a realidade imediata dos alunos como de valorizar
e incentivar o interesse pelo que a transcende, amplia e até mesmo pode explicá-la,
num contexto mais amplo, como o mercado mundial (BRASIL, 1997, p. 190).

O educador deve incentivar o desenvolvimento de hábitos saudáveis, éticos e


responsáveis nas crianças quanto à preservação e a sustentabilidade do planeta. Ele pode mostrar
aos alunos o que eles podem fazer com o lixo produzido em suas casas, como podem reutilizar e
reciclar este lixo e contribuir na gestão ambiental.
Segundo Naime (2012) pode-se entender como gestão ambiental o conjunto de medidas
que objetiva reduzir e controlar os impactos causados por atividades humanas sobre o meio
ambiente, através de medidas e procedimentos definidos e aplicados de forma adequada,
fazendo assim com que o gerenciamento ambiental seja eficiente e o processo de administração
ambiental possa assegurar melhoria de qualidade de vida das populações.
Uma visita ao lixão e a companhia de água e esgoto da cidade é uma forma de
conscientizar as crianças acerca dos problemas ambientais. O professor pode ensinar a
importância da separação do lixo orgânico (lixo mais úmido como os restos de alimentos) do
lixo reciclável (como papel, plástico, vidro e alumínio), criar com os alunos em sala de aula
lixeiras seletivas onde o lixo é separado de acordo com sua natureza. Pode também enfatizar a
importância da coleta seletiva que facilita na separação do lixo e no processo de reciclagem do
mesmo causando sua redução no volume final.
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Dias (2004) relata que a cada tonelada de papel reciclado, 17 árvores são preservadas;
26 mil litros de água são economizados; 27 kg de poluição do ar não são produzidos, há redução
do lixo. [...] A reciclagem de uma garrafa de vidro economiza energia elétrica suficiente para
manter acesa uma lâmpada de 100 watts por quatro horas; uma lata de alumínio, 60 watts por
três horas.
As gorduras como óleo, banha e azeite também são tipos de lixo produzidos pelos
homens que trazem enormes consequências na poluição da natureza. O educador pode procurar
empresas responsáveis em sua cidade e levarem os alunos para aprenderem que através da
separação adequada e da reciclagem, o óleo de cozinha pode ser utilizado em diversas
finalidades, dentre elas, na produção de produtos de limpeza como sabão e detergente, glicerina
e até mesmo biodiesel.
Algumas vezes pode ser difícil para o professor trabalhar a EA assim como qualquer
outro tema transversal, pois é necessário um planejamento e o professor precisa relacioná-los
aos conteúdos do currículo oficial.

Trabalhar os diversos assuntos definidos como temas transversais requer planejamento


e contextualização das temáticas, ligando-as com os conteúdos oficiais do currículo, e
propondo atividades práticas para que o educando possa estabelecer o elo de ligação
entre teoria e a prática. Mas, para que esta metodologia de trabalho logre êxito, é
necessário investimentos do Estado, que visem a garantir os recursos
didaticopedagogicos essenciais para colocar em prática estas atividades, além de
garantir o investimento necessário para a formação continuada dos educadores
(FONSECA, 2009, p. 160).

Todavia, há diversas metodologias que podem ser trabalhadas e utilizadas no processo


de ensino, pois através da realidade dos alunos, do conhecimento prévio destes e de um bom
planejamento o educador poderá trabalhar a EA de forma satisfatória.

2.6 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA CRIANÇAS: CONTRIBUIÇÕES PARA


FORMAÇÃO CIDADÃ

O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades


amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a necessidade de se construir
uma escola voltada para a formação de cidadãos. (PCN, 1998)
O objetivo principal da EA no ensino infantil é formar cidadãos conscientes, que se
preocupem em cuidar e preservar o meio ambiente. É fazer com que as crianças entendam que
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uma simples embalagem plástica de saquinho de pipoca pode demorar cerca de 100 anos ou
mais para se decompor e que toda a sua vida passará e este material ainda estará no planeta, ou
que ela nem sequer possa estar aqui a cem anos, mas sua geração estará e sofrerá as
consequências.
É preciso fazer com que a criança entenda que o conceito de sustentabilidade não é
somente usufruir o que se tem de forma consciente sem prejudicar as futuras gerações, mas
também refrear o consumismo exagerado, usar somente o necessário, pensar no melhor para as
pessoas e para o meio ambiente. É tirar a sustentabilidade da teoria e levá-la para a prática.
Para Dias (2004) o desenvolvimento econômico e o bem-estar do ser humano
dependem dos recursos da terra. No desenvolvimento sustentável é simplesmente impossível a
continuação da degradação ambiental. Os recursos naturais são suficientes para atender ás
necessidades de todos os seres vivos do planeta se forem utilizados de forma eficiente e
equilibrada. [...] O desenvolvimento econômico e o cuidado com o meio ambiente são
compatíveis, interdependentes e necessários. A alta produtividade, a tecnologia moderna e o
desenvolvimento econômico podem e devem coexistir com um meio ambiente saudável.
Quando a criança entende que não pode manter animais silvestres presos, que estes
animais são retirados à força de seus habitats e que alguns deles sequer resistem às péssimas
condições de transporte e morrem no caminho, ela aprende que isso é um crime, que traz
gravíssimas conseqüências ao meio ambiente e até mesmo recrimina quem ela vê cometendo
algo errado. Afirma Jacobi (2003) que “a relação entre meio ambiente e educação para a
cidadania assume um papel cada vez mais desafiador, demandando a emergência de novos
saberes para apreender processos sociais que se complexificam e riscos ambientais que se
intensificam”.
O educador deve ajudar a criança a entender que o desperdício de papel custa à vida de
árvores, que o gasto demasiado de água pode custar caro ao planeta além de prejudicar outras
pessoas, que o consumo excessivo e o ato de jogar lixo nas ruas podem aumentar a poluição e
diminuir a vida no planeta e é nessa perspectiva de mudança do comportamento, de
conscientização e responsabilidade que se fixa o objetivo principal da Educação Ambiental, a
mudança do interno para o externo.
E como resultado, afirma Michael (2006), vemos crianças que sabem que a água não
vem simplesmente da torneira, que sabem os nomes das plantas e dos animais á sua volta, que
entendem os desafios da vida sustentável na terra e conseguem instrumentos e usam a
imaginação para responder a esses desafios [...]. E passamos a ter esperança.
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3 - MATERIAIS E MÉTODOS

Esta pesquisa trata-se de uma abordagem qualitativa sobre o objeto de estudo, a


educação ambiental na formação da criança. Além disto, esta é descritiva através da análise e
caracterização da população amostra deste estudo.
Os procedimentos metodológicos quanto à análise dos instrumentos técnicos
classificados em pesquisa bibliográfica foram revisados em livros, artigos e legislações,
materiais disponíveis em impresso e internet. Estes estão baseados em teóricos como Dias
(2004), Gonçalves (2008) e Reigada e Reis (2004).
Foi desenvolvida uma pesquisa de campo no colégio Sólido Kids que está localizado na
região central de Montes Claros/MG, e atende crianças do ensino infantil a educação
fundamental.
Como instrumento de coleta de dados utilizou-se a entrevista para uma professora do 2º
período do ensino infantil, a observação das crianças e a prática docente.
O método de pesquisa foi o hipotético que, para tanto levantou-se as seguintes
hipóteses: a educação ambiental favorece a construção da cidadania, das relações e do respeito
mútuo, sociedade e natureza.

4 - A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PRÁTICA EM SALA DE AULA

O ensino da Educação Ambiental tem sido de extrema relevância na educação básica,


visto que, devido aos grandes problemas ambientais que vem sendo enfrentados pela
humanidade, através da educação, a conscientização tem sido implantada aos alunos fazendo
com que estes criem fortes vínculos positivos em relação ao meio ambiente.
Entretanto, para entender um pouco mais sobre os impactos da EA na educação infantil,
surgiu a necessidade de pesquisar no colégio Sólido Kids que está localizado na região central
da cidade de Montes Claros e oferece do ensino maternal ao 5º ano do ensino fundamental, onde
foi realizada uma entrevista com uma Professora que leciona há dois anos em uma turma do
segundo período vespertino, e que será identificada neste trabalho como P 2.
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Foi questionada a professora se ela apreciava o ensino da EA e que enumerasse as
principais vantagens desta segundo o processo de ensino-aprendizagem da criança. Segundo P 2
é muito importante as crianças terem esse contato com o meio ambiente, inclusive a EA é
trabalhada constantemente em sua prática durante o ano letivo. Ela considera que as principais
vantagens da educação ambiental no processo de ensino-aprendizagem do aluno são: a
conscientização permanente delas, a prática diária e a valorização do ambiente, inclusive o que
elas convivem.
Na sala de aula foi observado que as crianças se preocupam em não jogar lixo no chão
ou mesmo apontar o lápis fora da lixeira. No horário do recreio, as embalagens de tudo o que
comem, os saquinhos de chupa-chupa, os copos descartáveis, papéis, sacolas plásticas e
embalagens de iorgute não ficam jogados no chão, as próprias crianças entendem que devem
recolher todo o lixo e colocar nas lixeiras.
O PCN (1997) aponta que a perspectiva ambiental deve remeter os discentes à reflexão
sobre os problemas que afetam a sua vida, a de sua comunidade, a de seu país e a do planeta.
Para sensibilizar e provocar o início de um processo de mudança de comportamento é preciso
que o aprendizado seja significativo, isto é, os alunos possam estabelecer ligações entre o que
aprendem e a sua realidade cotidiana, e o que já conhecem.
Também foi perguntado a P 2 quais as principais metodologias utilizadas em sala de
aula para o ensino da educação ambiental e como ela faz para lidar com a questão da dificuldade
de seus alunos em assimilarem conceitos.
Para P 2 a metodologia mais utilizada é a contextualização do meio ambiente na
realidade das crianças. Pedir as crianças para fazerem pesquisa em casa, identificar o que elas
têm de conceito formado sobre o meio ambiente e lançar perguntas á elas na sala de aula são
meios eficazes de trabalhar a EA. Além disso, algo que ela faz é levar as crianças para
observarem um ambiente e pedir a elas pra verificarem se ele está limpo, bem cuidado e depois
explicá-las que para o ambiente está bem cuidado existem pessoas responsáveis para conservá-
lo, mas que nós também somos responsáveis por esta função.
Segundo a professora P 2 a maneira mais fácil para as crianças assimilarem os
conceitos relacionados a EA é levando-as à prática. Se ficarem somente na sala de aula, elas não
conseguem aprender muito. Por exemplo, se for ensinar sobre a reciclagem, sempre é bom
colocar as crianças para fazerem algum trabalho com materiais recicláveis como: palitinhos de
picolé, garrafas pet e caixinhas de leite. E sempre que der um conceito oral é bom colocá-las
para praticarem aquilo por pelo menos uma ou duas semanas seguidas.
15
Os alunos se envolvem muito com as atividades sobre o meio ambiente. Eles trazem
livros para a professora ler na sala de aula, fazem as pesquisas e amam desenhar o meio
ambiente. Também adoram as atividades feitas fora da sala de aula, principalmente quando vão
ao parquinho do colégio.
Cascino (2003) afirma que a condição da educação ambiental deve existir na prática e
para a prática. Pois a interdisciplinaridade incondicional e as exigências inéditas irão impor ao
nosso cotidiano olhares diferentes. A formação docente deverá ser repensada, uma vez que sua
atuação será redimensionada, seu ambiente de trabalho e as interfaces desses com o ambiente
externo à sala de aula, aos alunos, e toda a comunidade escolar.
A EA é um tema complexo para ser trabalhado na educação infantil, sobretudo visando
seus objetivos, pois segundo Reigada e Reis (2004) a EA é um processo educativo que tem por
objetivo formar cidadãos éticos tanto em suas relações com a sociedade como com a natureza e
fazer com que o individuo reflita sobre sua conduta e valores através da obtenção de
conhecimentos, compromissos e encargos com a natureza e gerações futuras. Formando um
sujeito que atue na sociedade e que saiba agir individual e coletivamente na busca de soluções.
Tendo em vista quais os maiores desafios encontrados para o ensino da educação
ambiental na formação infantil, foi indagada a professora sobre esta questão.
Para P 2 o maior desafio encontrado é as crianças levarem isso para o dia a dia delas, ou
seja, para a prática. Segundo a professora há muitas crianças, não é a maioria é claro, que não
possuem essa cultura humanística e uma vez ou outra ela acaba presenciando alguma criança
jogando papel no chão. Existem umas que são mais cuidadosas que outras. P 2 cita que muitas
vezes as crianças aprendem na escola, mas em casa acabam presenciando os pais fazendo algo
errado e acabam cometendo o mesmos erros.
É interessante notar que a todo instante na sala de aula é abordado a respeito da
importância de manter o ambiente escolar limpo. Quando os alunos cometem algum desvio
como jogar papel no chão ou desperdiçar água, logo são chamados a atenção pela professora e
procuram corrigir o que fizeram de errado.
Por fim, foi perguntado a educadora como ela observava o comportamento, a visão e as
expectativas das crianças ligados ao meio ambiente em sua prática.
Sobre isto, P 2 aborda que se a EA for trabalhada com continuidade, por um ano todo
por exemplo, percebe-se que os alunos sempre irão ter atitudes conscientes em relação ao meio
ambiente. P 2 também cita que na hora do lanche é observado que as crianças não jogam mais
papel no chão, e se um joga o outro imediatamente comunica ao professor sobre a postura do
colega e as vezes a própria criança repreende a atitude da outra.
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Desta forma, segundo o PCN (1997), o trabalho pedagógico com a questão ambiental
tem por foco o desenvolvimento de atitudes e posturas éticas, concentrando-se mais no domínio
de procedimentos do que na aprendizagem exata de conceitos.
Na escola existem vários cartazes espalhados sobre a importância do meio ambiente,
são cartazes com mensagens do tipo: Trabalhando por um mundo melhor. Saiba como você pode
ajudar. Jogue o lixo na lixeira. E outros como: Cuide do seu ambiente escolar! Preserve-o
sempre limpo! Estas mensagens, além de estimularem a curiosidade nas crianças acabam
provocando a conscientização nelas. Juntamente com a prática e os ensinamentos adquiridos,
esses incentivos contribuem para que os discentes tenham um papel importante na sociedade
como futuros cidadãos ativos e cientes de seus deveres.

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desafio do ensino da educação ambiental na formação infantil enfrentado pelos


educadores, ainda que extenso, pode e deve ser enxergado como algo significativo na concepção
docente, visto que, a EA tem por objetivo formar cidadãos conscientes, participativos e que
contribuam, de modo geral, tanto na sociedade como na natureza.
Conhecer tanto o desenvolvimento físico, como o cognitivo e o social da criança
auxiliam ao educador na compreensão dos aspectos da formação humana. Onde, desta forma,
caberá ao professor como trabalhar em relação a cada aspecto.
As metodologias que podem ser utilizadas no ensino da EA são basicamente simples de
serem realizadas, uma vez que, o docente deverá preocupar-se não somente com a teoria, mas
visar também à prática, ao qual se concentra o momento maior de assimilação e aprendizagem
do aluno.
É, sobretudo, através da prática que as crianças assimilam os conceitos relacionados à
EA de maneira ampla, cabendo ao professor elaborar meios que facilitem essa assimilação. Por
meio de metodologias adequadas o educador poderá obter excelentes resultados, sendo que, na
amplitude da EA há diversas possibilidades e estimulando os alunos a repensarem suas atitudes,
de modo social, estes terão uma base de compreensão adequada sobre o meio ambiente de forma
global e também local.
Diante disso, considera-se que esta pesquisa obteve bons resultados, pois todos os
objetivos, hipóteses e questionamentos abordados foram respondidos de maneira aceitável.
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Sendo concluído que, a educação ambiental traz enormes contribuições na formação infantil
especialmente na preocupação e conscientização das crianças em relação ao meio ambiente.

6 - REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 9795, de 27 de Abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a
Politica Nacional de Educação Ambiental e dá outras providencias. Diário Oficial da União,
Brasília, 27 de Abril de 1999. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil-
03/leis/L9795.htm>.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente, saúde. Brasília: MEC/SEF,


1997.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas
transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

CARVALHO, Isabel C. M. Invenção e auto-invenção na construção psicossocial da identidade:


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da educação ambiental: da forma à ação. Campinas-SP: Papirus, 2008. p. 31-50.

CASCINO, Fabio. Educação Ambiental: princípios, historia, formação de professores. 3.ed.


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DIAS, Genebaldo F. Educação Ambiental: princípios e práticas. 9.ed. São Paulo: Gaia, 2004.

FIRMINO, Anaísa M. Trilhando a estrada de tijolos amarelos da educação ambiental com


os jogos educativos. Uberlândia: UFU, 2010.

FONSECA, Valter M. A Educação Ambiental na escola pública: entrelaçando saberes,


unificando conteúdos. São Paulo: Biblioteca 24 horas, 2009.

GONÇALVES, Júlio C. Homem - Natureza: uma relação conflitante ao longo da história.


Saber Acadêmico, nº 06, p. 171-177, dez/2008.

GUIMARÃES, Mauro. A formação de educadores ambientais. 3.ed. Campinas-SP: Papirus,


2007.
18

GUIMARÂES, Mauro. Educação Ambiental: No consenso um embate? 5.ed. Campinas-SP:


Papirus, 2007.

JACOBI, Pedro. Educação Ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de pesquisa, nº


118, p. 189-205, março/2003.

MACHADO, Nilson J. Cidadania e Educação. 4. ed. São Paulo: Escrituras Editora, 2002.

MICHAEL, Pamela. Ajudando as crianças a se apaixonar pelo planeta terra: Educação


Ambiental e artística. In: STONE, Michael K.;BARLOW, Zenobia.(Orgs.). Alfabetização
ecológica: a educação das crianças para um mundo sustentável. São Paulo: Cultrix, 2006. p.
142-156

NAIME, R. H. (Org.); ROSADO, F. Preservação ambiental e o caso especial do manejo de


resíduos de laboratório: conceitos gerais e aplicados. Novo Hamburgo: Universidade Feevate,
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OLIVEIRA, Marta K.; REGO, Tereza C. Vygotsky e as complexas relações entre cognição e
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PEREIRA, Giliane B. Abordagens sobre a criança e seu desenvolvimento: a relação entre o


biológico e o social e o papel da educação. Disponível em: <
www.webartigos.com/artigos/abordagens-sobre-a-crianca-e-seu-desenvolvimento-a-relação-
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REIGADA, Carolina; REIS, Marilia F.C.T. Educação Ambiental para crianças no ambiente
urbano: uma proposta de pesquisa-ação. Ciência e Educação, v.10, nº 2, p. 149-159, 2004.
19

APÊNDICE
20

APÊNDICE A – ENTREVISTA

1- Qual o tempo de atuação na educação infantil?

2- Você aprecia o ensino da educação ambiental? Explique

3- Quais as principais metodologias utilizadas em sala de aula para o ensino da educação


ambiental?

4- Na formação infantil, quais os maiores desafios para o ensino da educação ambiental?

5- Enumere as principais vantagens da educação ambiental no processo de ensino-


aprendizagem da criança.

6- Aponte os principais conteúdos abordados em sala de aula para a educação ambiental.


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( ) Preservação

( ) Conservação

( ) Reciclagem

( ) Consumismos

( ) Cuidados pessoais

( ) Higiene domiciliar

7- Como você lida com as dificuldades das crianças assimilarem conceitos?

8- Na sua pratica, como você observa o comportamento, a visão e as expectativas da


criança ligadas ao meio ambiente?

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