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Após a realização da análise de viabilidade mercadológica do negócio podemos começar a trilhar a analise
de viabilidade financeira.
Então, continuaremos a construção do plano de negócios demonstrando cada uma dessas etapas.
Plano Operacional
Investimentos Iniciais
as despesas pré-operacionais;
e os recursos necessários para colocar a empresa em funcionamento até gerar receitas, ou investimen-
tos iniciais de capital de giro.
Investimentos Iniciais
1º passo) As despesas pré-operacionais são gastos que o empreendedor efetua antes de sua empresa
começar a funcionar, ou seja, antes de entrar em operação.
2º passo) Os Investimentos fixos – são os gastos com aquisição e instalação de máquinas e equipamen-
tos, obras e reformas, móveis e utensílios, veículos, centrais telefônicas, aparelhos eletrônicos,
de informática, imóveis, salas, casas, lotes, galpões. Constituem também o patrimônio da em-
presa e podem ser vendidos e convertidos em dinheiro.
3º passo) Capital de giro inicial: São os gastos operacionais necessários para iniciar as atividades da em-
presa, colocá-la em funcionamento. Serão posteriormente cobertos pelas receitas, mas, no iní-
cio, têm que ser bancados pelo empreendedor. Referem-se a aluguel do imóvel, pró-labore (que
é a remuneração do empreendedor), salários e encargos, aluguel de telefone, depreciações, luz,
honorários do contador, materiais de limpeza etc.
Para começar levantar o capital de giro calculei os gastos com estoques de materiais diretos e os necessá-
rios para que a empresa tivesse um mínimo de apoio administrativo, além de considerar um fundo de reser-
va para garantir as despesas do primeiro mês, devido ao prazo dado nas vendas.
Portanto, o capital de giro para o primeiro mês da Fábrica de Pão de Queijo Bom Dimais é de
R$11.602,08.
Valores para produzir 1 lote mensal de vendas (16.000 caixas com 10 pacotes de pães de queijo).
Valor mensal
Descrição
(RS)
1. Água, luz e telefone 150,00
2. Aluguéis e condomínio 600,00
3. Material de limpeza 70,00
4. Depreciação 444,58
5. Manutenção & conservação 193,59
6. Seguros 80,16
7. Mão-de-obra indireta c/encargos 920,00
8. Outros (% sobre subtotal) 3% 73,75
Total 2.532,08
Qual o valor Vanessa terá disponível depois de pagos todos os compromissos projetados para os
três primeiros anos?
Essa pergunta diz respeito à finalidade de qualquer negócio: o dinheiro que se vai ganhar.
Para obter a resposta, precisaria projetar as receitas de vendas e estimar todos os custos da Fábrica de
Pão de Queijo Bom Dimais: de produção, de vendas, de administração, além de despesas de toda ordem,
tais como comissão de vendas, imposto de renda, taxas e contribuições.
Mas, para isso houve um processo de cálculos, que foram demonstrados como resultado final desse traba-
lho em uma planilha que denominamos de “Demonstrativo de resultados”.
O primeiro passo para projetar a receita é estabelecer o preço de venda do produto, em cujo cálculo
devem ser considerados o preço praticado pelos concorrentes, os preços sugeridos pelos revendedores
varejistas e, principalmente, a percepção do valor que o consumidor tem do produto.
Os custos de produção também influenciam o preço do produto, mas indicam principalmente o grau de via-
bilidade financeira da empresa, ou seja, se com os seus custos ela é capaz de gerar receitas líquidas atra-
entes e ser competitiva.
A pesquisa de mercado realizada por Vanessa mostrou que o consumidor final está pagando um preço mí-
nimo de R$ 5,00, e em alguns estabelecimentos de até R$ 5,25, o quilo do produto em embalagens de 500
e 1.000 gramas.
Fábrica de Pão de Queijo Bom Dimais – Apuração do preço de venda — Pacotes com 10 pães
Custo unitário Preço de venda
Categoria A (cantinas, escolas e outros) 1,03 1,50
Categoria B (supermercados,padarias e outros) 1,5 2,5
Vanessa supôs que o preço de R$ 1,50 por um pacote com de 10 pães de queijo facilitaria a inserção
do produto no mercado, uma vez que proporcionaria boa margem para os revendedores. Assim, caso
praticassem o preço de mercado de R$ 2,50 por pacote de 10 unidades, obteriam lucro de R$ l,00/R$ 2,50 x
100, que representa 40% sobre o preço de venda e 66% sobre o preço de compra.
É importante atentar para a evidente diferenciação do lucro, caso seja calculado sobre o preço de venda ou
sobre o preço de custo.
Os impostos e contribuições incidentes sobre as operações das empresas brasileiras são bastante relevan-
tes e, por esse motivo, deveria manter se atenta aos controles e à evolução desses valores. Os impostos
incidentes sobre as operações variam conforme o tipo de empresa e de negócio. Veja a tabela de impostos
aplicados aos tipos de empresas no Brasil:
Fábrica de Pão de Queijo Bom Dimais irá pagar 10% sobre o faturamento a título de comissão.
A Receita líquida de vendas – nos fornece a receita líquida de vendas, já deduzidos os impostos e a co-
missão pagas aos vendedores.
Custo dos produtos vendidos item diz respeito aos custos da mão-de-obra direta com encargos e dos mate-
riais diversos usados na fabricação, bem como dos serviços envolvidos: fretes, aluguéis etc. Os custos po-
dem ser classificados em custos fixos e custos variáveis.
CONCEITO DE CUSTOS VARIÁVEIS – São os valores monetários pagos para obter e utilizar recursos
aplicados para produzir os produtos ou serviços. Eles mantêm proporcionalidade direta com a quantidade
produzida. Se a produção aumenta, os custos variáveis aumentam. Exemplos: matéria-prima para produ-
ção, embalagens, comissões sobre vendas, royalties, fretes e outros.
Os custos variáveis foram calculados em função de uma produção inicial de 16.000 unidades, com cresci-
mento constante de 5% ao ano. Essa produção iria crescer até alcançar a capacidade máxima instalada de
20.000 produtos/mês. Caso aumentasse ainda mais a produção, a Fábrica de Pão de Queijo Bom Dimais
deveria rever e planejar novamente as incidências nos custos variáveis.
Custos com a mão de obra são aqueles valores referentes ao pagamento da mão-de-obra dos funcioná-
rios que lidam diretamente na área de produção e os encargos sociais que incidem sobre esses valores.
Pode-se considerar um percentual de 86,20% sobre o valor total dos salários, estando incluídos neste
montante os valores referentes a férias (com acréscimo de 1/3), 13° salário, FGTS (Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço) e INSS (Previdência Social).
Materiais diretos
Materiais diretos
Descrição Valor (RS)
Queijo 2.740,00
Polvilho 2.550,00
Ovos 1.680,00
Total 7.070,00
Margem de Contribuição
A MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO é o valor que resta à empresa, depois de deduzidos da receita os custos
dos produtos vendidos, as comissões e os impostos. Mede o quanto este valor “contribui” para cobrir os
custos fixos, tais como aluguéis e salários.
Receitas R$ 24.000,00
(-) Custos dos produtos
vendidos + deduções (R$ 16.694,92)
Margem de contribuição R$ 7.305,08
O custo unitário seria de R$ 1,04 por pacote com 10 pães de queijo (R$ 16.694,92/16.000 unidades).
Vendendo 16.000 unidades do produto por mês (pacote com 10 pães) ao custo unitário de R$ 1,04, ela
poderia oferecer cada caixa por um preço abaixo do mercado, R$ 1,50, e auferir R$ 0,46 por unidade vendi-
da, o que tornava seu produto bastante competitivo.
A estimativa dos lucros da empresa deixou Sabrina animada: percebeu que a Fábrica de Pão de Queijo
Bom Dimais era viável, porque conseguiria cobrir todos os seus custos e obter resultado positivo.
Despesas operacionais
As despesas operacionais são despesas que não pertencem à produção propriamente dita, mas são ne-
cessárias para o funcionamento da empresa. Formam os chamados custos fixos, que ocorrem havendo ou
não produção.
Despesas administrativas (-gastos com mão-de-obra indireta) Para o início de suas atividades, Sabrina pre-
viu os seguintes gastos: uma estagiária responsável pelas atividades administrativas e financeiras; serviços
de contabilidade terceirizados; uma retirada para ela, Sabrina, a título de pró-labore.
É composta pelos gastos com pessoas que não trabalham diretamente na produção: diretores, geren-
tes, empregados das áreas de apoio, profissionais autônomos contratados para suporte das operações da
empresa etc. Os encargos sociais e trabalhistas correspondentes aos pagamentos de pessoal indireto tam-
bém devem ser somados para obtenção do total dos valores da mão-de-obra indireta.
* Sobre a remuneração de estagiários não incidem encargos sociais; somente no caso de empregados normais.
Despesas Gerais
São os gastos para manter o adequado funcionamento dos recursos e protegê-los contra desgaste
indevido, uso inadequado, ou contra as intempéries do tempo, como chuva, sol, ferrugem, poeira, calor, frio,
bem como danos de outra natureza, decorrentes de eletricidade,magnetismo, radiação, neve, fumaça, inun-
dação, desabamento etc. Como exemplo estão os contratos de manutenção de máquinas, equipamentos,
computadores, centrais de telefonia, revisões preventivas de equipamentos e veículos.
Enquadram-se também nesses itens a manutenção de telhados, muros, exaustores, centrais de ar condici-
onado e outros.
As taxas para cobertura de riscos obedecem a algumas variáveis. Se o risco apresentar algum agravante,
como condições inseguras ou coberturas extras, as companhias seguradoras podem praticar taxas diversifi-
cadas. Como exemplo, uma indústria protegida com esquemas de segurança patrimonial e alarmes instala-
dos terá uma taxa mais baixa de seguro contra roubo.
Outros Despesas
Lembre-se: É de praxe considerar um determinado percentual de custo para cobrir despesas inesperadas
que podem ocorrer durante determinado mês.
A Fábrica de Pão de Queijo Bom Dimais, com R$ 28.075,00 em investimentos fixos,contratou uma em-
presa de manutenção e deverá gastar o valor de R$ 2.323,08 por ano, ou seja, R$ 193,59 ao mês, na ma-
nutenção destas instalações.
SEGURO
Fez um contrato de seguros contra riscos diversos, no valor de R$ 28.075,00, no qual o prêmio pago pela
empresa ficou em R$ 962,00 por ano, equivalente a R$ 80,16 mensais.
OUTROS
Além da despesa de manutenção e conservação (R$ 193,59) e com seguros (R$ 80,16), ainda existem
despesas com água, luz, telefone (R$ 150,00), material de limpeza (R$ 70,00), alcançando a soma de R$
493,75, acrescida de 3% dos custos fixos (R$ 73,75), perfazendo o total de R$ 567,50.
Lembre-se: É de praxe considerar um determinado percentual de custo para cobrir despesas inesperadas
que podem ocorrer durante determinado mês.
Depreciação acumulada
A depreciação é um procedimento que define um valor que a empresa reconhece como perda, por des-
gaste, dos recursos utilizados. Para cada recurso é estipulado um percentual de perda por ano, conforme
previsão de durabilidade e vida útil. Portanto, a depreciação acumulada é a soma da depreciação dos dife-
rentes itens. Os percentuais mais utilizados para depreciação são:
Resultado Operacional
Resultado antes do IR – Refere-se ao valor do lucro da empresa, antes de pagar o imposto de renda.
O IRPJ — Imposto de Renda para Pessoas Jurídicas — é aplicável somente na constatação de lucro real.
Como a Fábrica de Pão de Queijo Bom Dimais irá ter lucro desde o primeiro mês de produção, haverá inci-
dência de IRPJ, cuja regra é a seguinte:
Lucro real mensal de até R$ 20 mil = 15% de IRPJ sobre o valor do lucro.
Lucro real mensal acima de R$ 20 mil = adicional de + 10% sobre a parcela que ultrapassar o valor de
R$ 20 mil.
O lucro líquido final é o resultado final da empresa, já subtraído o imposto de renda. Esta é a resposta à
pergunta inicial: “Qual valor estará disponível para Sabrina depois de pagos todos os compromissos
projetados para os três primeiros anos?”.
Fluxo de Caixa
A terceira pergunta a ser realizada: Qual será o saldo de caixa projetado, ou seja, os recursos financeiros
disponíveis, mês a mês, depois que todas as receitas e despesas forem calculadas? Será necessário con-
trair empréstimos ou as receitas da Fábrica de Pão de Queijo Bom Dimais serão suficientes para cobrir
todas as despesas?
FLUXO DE CAIXA é uma ferramenta adequada para um bom controle financeiro de curto prazo, que con-
siste no acompanhamento das entradas e saídas de recursos financeiros no caixa da empresa.
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Assim é o fluxo de caixa. Ele mostra o horizonte de curto e médio prazos, para que o empreendedor possa
escolher os melhores percursos e evitar desastres. O fluxo de caixa é uma ferramenta simples, que serve
para mostrar se a empresa tem dinheiro para pagar suas contas. No caso da Fábrica de Pão de Queijo
Bom Dimais, servirá a Sabrina também como ferramenta gerencial.
Basicamente, o fluxo de caixa apresenta a soma das entradas financeiras, subtrai as saídas, apura e
apresenta os saldos.
Quantas unidades a Fábrica de Pão de Queijo Bom Dimais deverá vender para cobrir os custos de produ-
ção? Qual a quantidade mínima de vendas que permitirá cobrir os custos?
O ponto de equilíbrio corresponde ao nível de faturamento para que a empresa possa cobrir, exatamente,
seus custos, ou seja, atingir lucro operacional igual a zero. Acima do ponto de equilíbrio, a empresa terá
lucro e, abaixo dele, incorrerá em prejuízo. A fórmula para calcular o ponto de equilíbrio é a seguinte:
Fluxo de Caixa
PAYBACK
Em quanto tempo Sabrina irá recuperar o investimento inicial feito na Fábrica de Pão de Queijo Bom Di-
mais?
O payback é um indicador que tem por função mostrar em quanto tempo será recuperado o dinheiro gasto
no investimento inicial.No caso da Fábrica de Pão de Queijo Bom Dimais payback é de 10 meses.
Os períodos de payback são geralmente usados como critério para a avaliação de investimentos propostos,
indicando o tempo exato necessário para a empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto, a
partir das entradas de caixa.
Quanto mais tempo a empresa precisar esperar para recuperar seu investimento, maior sua possibilida-
de de perda. Portanto, quanto menor for o período de payback, menor será a exposição da empresa
aos riscos.
A taxa de retorno prevista para a Fábrica de Pão de Queijo Bom Dimais é maior do que a oferecida pelo
mercado? Ela é mais atrativa que a taxa de poupança, por exemplo?
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é uma das técnicas mais usadas para avaliação das alternativas de inves-
timentos, Ela iguala o valor presente líquido (VPL) ao investimento inicial referente a um projeto. Em
outras palavras, é a taxa de retorno que, se utilizada para o cálculo do VPL, atribuirá a este um valor
exatamente igual ao valor do investimento inicial feito pelo empresário. Veja o exemplo:
Quando se quer saber o retorno de um investimento, faz-se o seguinte raciocínio: se em 1998 eu aplicasse
R$ 10.000,00 em dinheiro à taxa de 18% ao ano, quanto teria em 2003, isto é, ao final de cinco anos?
Esse cálculo exige uma equação exponencial, que uma máquina de calcular financeira processa imediata-
mente, fornecendo o valor de R$ 22.877,00.
O VPL – Valor Presente Líquido segue o mesmo raciocínio, só que no sentido inverso: um determinado
valor, no caso R$ 22.877,00 (em 2003), corresponde a que valor atual (em 1998), com taxa de desconto de
18% ao ano? O valor presente, no planejamento de Luísa (1998), seria de RS 10.000,00.
No caso de um Plano de Negócios, o fluxo de caixa projeta um determinado valor do saldo de caixa no final
de 5 anos.
No caso da Fábrica de Pão de Queijo Bom Dimais, o VPL será aquele valor (R$ 22.877,00) revertido até a
data de início das atividades da empresa (1998), com uma taxa que o empreendedor desejaria obter, sub-
traído do valor de seu investimento inicial. Se esse valor for positivo, indica que a empresa deu retorno aci-
ma das expectativas; se for negativo,significa que o investimento rendeu menos que o desejado no período.
O critério de decisão pela TIR é: se a TIR for maior que a taxa de retorno desejada, aceita-se o projeto;
se for menor, ele é rejeitado. Como Sabrina desejava 18% e a TIR deu 126,95%, a Fábrica de Pão de
Queijo Bom Dimais tem chance de sucesso.
Comparativamente: no cálculo do VPL, se Sabrina tivesse escolhido o valor de 126,95% como sua taxa de
retorno, “Projeção atual do fluxo de caixa”, teria o valor de RS 40.847,08, tornando o VPL igual a zero.
Sabrina depois de calcular concluiu que tanto a TIR como o VPL lhe indicavam que seu negócio era plena-
mente viável, pois sua taxa de retorno projetada pelo fluxo de caixa era de 126,95%, valor bem maior que o
da desejada inicialmente por ela, de 18%.