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Papeando Com a Psicologia

A Relação da Criação Artística Com a


Psicologia Profunda_II

7 de novembro de 2008 — Grupo Papeando

*Por Elisabeth Bauch Zimmermann

Sobre a obra de arte Jung considera que:

“seu sentido e sua arte específica lhe são inerentes e não se baseiam em suas condições prévias externas; aliás
poderíamos até falar de um ser que utiliza o homem e suas disposições pessoais apenas como solo nutritivo,
cujas forças ordena conforme suas próprias leis, configurando-se a si mesma de acordo com o que pretende ser”

Não há arte sem o diálogo consciente-inconsciente; o artista pode se sentir como um canal, um
porta-voz de algo que é muito maior do que ele. O símbolo é polivalente, representa várias coisas
tanto para quem produz como para quem entra em contato depois.Quanto mais amplo, mais geral,
mais coletivo for o símbolo, mais profunda a obra e maior o seu alcance em sensibilizar o público. O
psicólogo pode analisar e interpretar o processo de criação, mas não o resultado. O resultado, o que
atinge e sensibiliza o espectador é tratado pelo crítico ou mais raramente pelo próprio artista.

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Nos dizeres de Jung, não é função do artista analisar a própria obra, ela deve falar por si. “faríamos bem em
considerar o processo criativo como uma essência viva implantada na alma do homem. A psicologia analítica
denomina isso complexo autônomo. Este, como parte separada da alma e retirada da hierarquia do consciente,
leva uma vida psíquica independente e, de acordo com seu valor energético e sua força, aparece ou como simples
distúrbio de arbitrários processos do consciente, ou como instância superior que pode tomar a seu serviço o
próprio Eu.”8 “É independente do arbítrio da consciência. O complexo criativo compartilha esta peculiaridade
com todos os outros complexos autônomos”

Para o artista há um momento em que a necessidade de materialização é muito grande. Esse


momento, na imaginação ativa é chamado “fase de objetivação”, onde o artista concretiza por meios
plásticos, corporais, musicais, poéticos, as idéias ou imagens que surgiram ou vêm surgindo. Nessa
fase, consciente e inconsciente dialogam, ora com predominância de um, ora de outro.

“O artista plástico, o poeta, ou alguém que se manifeste de forma criativa, normalmente não está preocupado em
contar a realidade como ela é, mas sim transpor o mundo interior para sua obra. Criando, o artista projeta seus
conteúdos psíquicos no material, como o faziam os alquimistas, que usavam uma base empírica para projetar
seus processos interiores. Na imaginação ativa, a pessoa projeta suas imagens, que podem também ser chamadas
de símbolos na objetivação, uma forma de dar materialidade e expressão a essas imagens. O inconsciente se
expressa e está constantemente nos mandando mensagens que não mentem nem têm a “intenção”de nos
enganar, mas que geram fortes afetos. As imagens simbólicas são absolutamente autenticas, mas o ego muitas
vezes se sente ameaçado e tende a se defender.

O que se poderia chamar de verdade profunda e histórica reside no inconsciente,não apenas em um nível pessoal
e egóico, mas vindas do inconsciente coletivo através de manifestações arquetípicas. Podemos fazer uma relação
do processo artístico com os relatos mitológicos. A arte consegue desvelar uma região do inconsciente que é real,
embora se manifeste pela fantasia, pela imaginação,pela emoção.”

O requisito para que se pratique realmente a imaginação ativa é o envolvimento: a imagem ou a


situação produz um efeito emocional, uma vivencia do símbolo. Esse envolvimento consiste em se
colocar de frente a uma parte de si mesmo, muitas vezes até então desconhecida. Na produção
artística, a técnica e o conteúdo racional podem ser controlados. Mas há o momento em que algo quer
se manifestar o artista deve deixar-se conduzir pela intuição.

“Assim, a obra de arte deverá ser considerada uma realização criativa, aproveitando livremente todas as
condições prévias. Seu sentido e sua arte específica lhe são inerentes e não se baseiam em suas condições prévias
externas; aliás, poderíamos até falar de um ser que utiliza o homem e suas disposições pessoais apenas como solo
nutritivo, cujas forças ordena conforme suas próprias leis,configurando-se a si mesma de acordo com o que
pretende ser.”

FONTE: Instituto de Psicologia Analítica de Campinas

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