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© SENAI-SP, 2009
3a Edição.
Trabalho revisado pelo Comitê Técnico de Desenho Técnico e editorado por Meios Educacionais da
Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP.
2a Edição, 1991.
Trabalho elaborado e editorado pela Divisão de Material Didático da Diretoria de Tecnologia Educacional
do SENAI-SP.
FICHA CATALOGRÁFICA
S47i SENAI-SP. DMD. Iniciação ao desenho. Por Antonio Ferro et al. 2. ed. São
Paulo, 1991. (Desenho l, 1).
74:62
(CDU, lBlCT, 1976)
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional de São Paulo
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São Paulo – SP
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Sumário
Introdução 9
Desenho artístico e desenho técnico 11
Material de desenho técnico 15
O papel 15
O Lápis 18
A borracha 18
A régua 19
Caligrafia técnica 21
Figuras geométricas 25
Ponto 26
Linha 27
Plano ou superfície plana 28
Figuras planas 29
Sólidos geométricos 31
Sólidos geométricos 31
Prismas 32
Pirâmides 34
Sólido de revolução 36
Cone 37
Esfera 38
Sólidos geométricos truncados 39
Sólidos geométricos vazados 39
Comparando sólidos geométricos e objetos da área da Mecânica 40
Perspectiva isométrica 43
Traçados da perspectiva isométrica do prisma 45
Traçado de perspectiva isométrica com detalhes paralelos 48
Traçado da perspectiva isométrica com detalhes oblíquos 49
Traçado da perspectiva isométrica com elementos arredondados 50
Traçado da perspectiva isométrica do círculo 50
Traçado da perspectiva isométrica do cilindro 52
Traçado da perspectiva isométrica do cone 52
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Introdução
A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio de desenho técnico é tão
importante quanto a execução de uma tarefa, pois é o desenho que fornece todas as
informações precisas e necessárias para a construção de uma peça.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de
Desenho Técnico/2008
Desenho artístico e
desenho técnico
O homem se comunica por vários meios. Os mais importantes são a fala, a escrita e o
desenho.
Por meio de desenho artístico é possível conhecer e mesmo reconstituir a história dos
povos antigos.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Você deve ter notado que essas representações foram feitas de acordo com a posição
de quem desenhou.
O desenho técnico é assim chamado por ser um tipo de representação usado por
profissionais de uma mesma área: mecânica, marcenaria, serralharia, etc.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
O papel
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Desenho I - Iniciação ao desenho
O formato básico A0 tem área de 1m2 e seus lados medem 841mm x 1.189mm.
Quando o formato do papel é maior que A4, é necessário fazer o dobramento para que
o formato final seja A4.
Dobramento
Efetua-se o dobramento a partir do lado d (direito), em dobras verticais de 185mm. A
parte a é dobrada ao meio.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Legenda
Todo desenho deve ser complementado com uma legenda que, de mode geral, deve
estar situada no canto inferior direito das folhas de desenho. Na legenda, devem estar
incluídas todas as indicações do desenho como:
a. Nome da empresa, departamento ou órgão público
b. Título do desenho
c. Escala do desenho
d. Datas
e. Assinaturas dos responsáveis pela execução, aprovação e verificação
f. Número do desenho
g. Número da peça, quantidades, denominações, materiais e dimensões.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
O Lápis
A borracha
A borracha é um instrumento de desenho que serve para apagar. Ela deve ser macia,
flexível e ter as extremidades chanfradas para facilitar o trabalho de apagar.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
A maneira correta de apagar é fixar o papel com uma mão e com a outra esfregar a
borracha nos dois sentidos sobre o que se quer apagar.
A régua
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de
Desenho Técnico/2008
Caligrafia técnica
Caligrafia técnica são caracteres usados para escrever em desenho. A caligrafia deve
ser legível, uniforme e facilmente desenhável.
Exemplo de algarismos
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Proporções:
Exercícios
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Escreva os algarismos.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Figuras geométricas
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Desenho I - Iniciação ao desenho
As figuras geométricas podem ser planas ou especiais (sólidos geométricos). Uma das
maneiras de representar as figuras geométricas é por meio do desenho técnico. O
desenho técnico permite representar peças de oficina, conjuntos de peças, projetos de
máquinas, etc.
Ponto
O ponto é a figura geométrica mais simples. É possível ter uma idéia do que é o ponto
observando:
• Um furo produzido por uma agulha em um pedaço de papel;
• Um sinal que a ponta do lápis imprime no papel.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Linha
A linha pode ser curva ou reta. Nesta unidade vamos estudar as linha retas.
Linhas retas
A linha reta ou simplesmente a reta não tem início nem fim: ela é ilimitada.
Semi-reta
A semi-reta sempre tem origem mas não tem fim. Observe a figura abaixo. O ponto A é
o ponto de origem das semi-retas.
Segmento de reta
Se ao invés de um ponto A são tomados dois pontos diferentes, A e B, obtém-se um
pedaço limitado da reta.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Assim como o ponto e a reta, o plano não tem definição, mas é possível ter uma idéia
do plano observado: o tampo de uma mesa, uma parede ou o piso de uma sala.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Figuras planas
O plano não tem início nem fim: ele é ilimitado. Mas é possível tomar porções limitadas
do plano. Essas porções recebem o nome de figuras planas.
As figuras planas têm várias formas. O nome das figuras planas varia de acordo com
sua forma:
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de
Desenho Técnico/2008
Sólidos geométricos
Sólidos geométricos
Você já sabe que todos os pontos de uma figura plana localizam-se no mesmo plano.
Quando uma figura geométrica tem pontos situados em diferentes planos, temos um
sólido geométrico.
Analisando a ilustração abaixo, você entenderá bem a diferença entre uma figura plana
e um sólido geométrico.
É muito importante que você conheça bem os principais sólidos geométricos porque,
por mais complicada que seja, a forma de uma peça sempre vai ser analisada como o
resultado da combinação de sólidos geométricos ou de suas partes.
Prismas
O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode imaginá-lo como
uma pilha de polígonos iguais muito próximos uns dos outros, são formados por figuras
planas que se sobrepõem umas às outras, como mostra a ilustração:
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Existem vários tipos de sólidos geométricos. Porém vamos estudar apenas os mais
importantes: o prisma, o cubo, a pirâmide e o sólido de revolução.
Note que a base desse prisma tem a forma de um retângulo. Por isso ele recebe o
nome de prisma retangular.
Dependendo do polígono que forma sua base, o prisma recebe uma denominação
específica. Por exemplo: o prisma que tem como base o triângulo, é chamado prisma
triangular.
Quando todas as faces do sólido geométrico são formadas por figuras geométricas
iguais, temos um sólido geométrico regular.
O prisma que apresenta as seis faces formadas por quadrados iguais recebe o nome
de cubo.
Prisma
Como todo sólido geométrico, o prisma tem comprimento, largura e altura.
Existem diferentes tipos de prisma. O prisma recebe o nome da figura plana que lhe
deu origem. Veja abaixo alguns tipos de prisma.
O prisma é formado pelos seguintes elementos: base inferior, base superior, faces,
arestas e vértices. Como mostra a figura abaixo.
Pirâmides
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Desenho I - Iniciação ao desenho
O nome da pirâmide depende do polígono que forma sua base. Na figura acima, temos
uma pirâmide quadrangular, pois sua base é um quadrado. O número de faces da
pirâmide é sempre igual ao número de lados do polígono que forma sua base mais um.
Cada lado do polígono da base é também uma aresta da pirâmide. O número de
arestas é sempre igual ao número de lados do polígono da base vezes dois. O número
de vértices é igual ao número de lados do polígono da base mais um. Os vértices são
formados pelo encontro de três ou mais arestas. O vértice principal é o ponto de
encontro das arestas laterais.
Existem diferentes tipos de pirâmides. Cada tipo recebe o nome da figura plana que
lhe deu origem.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Sólido de revolução
O sólido de revolução é outro tipo de sólido geométrico. Ele se forma pela rotação da
figura plana em torno de seu eixo.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Cone
O cone também é um sólido geométrico limitado lateralmente por uma superfície curva.
A formação do cone pode ser imaginada pela rotação de um triângulo retângulo em
torno de um eixo que passa por um dos seus catetos. A figura plana que forma a base
do cone é o círculo. O vértice é o ponto de encontro de todos os segmentos que
partem do círculo. No desenho está representado apenas o contorno da superfície
cônica. O encontro da superfície cônica com a base dá origem a uma aresta.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Esfera
A esfera também é um sólido geométrico limitado por uma superfície curva chamada
superfície esférica. Podemos imaginar a formação da esfera a partir da rotação de um
semicírculo em torno de um eixo, que passa pelo seu diâmetro. Veja os elementos da
esfera na figura abaixo.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Observe a figura, notando que, para obter o cilindro vazado com um furo quadrado, foi
necessário extrair um prisma quadrangular do cilindro original.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Imaginando o rebite decomposto em partes mais simples, você verá que ele é formado
por um cilindro e uma calota esférica (esfera truncada).
Existe outro modo de relacionar peças e objetos com sólidos geométricos. Observe, na
ilustração abaixo, como a retirada de formas geométricas de um modelo simples (bloco
prismático) da origem a outra forma mais complexa.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Observe a figura a seguir. Trata-se de um prisma retangular com uma parte rebaixada .
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Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de
Desenho Técnico/2007
Perspectiva isométrica
Ângulo é a figura geométrica formada por duas semi-retas com a mesma origem.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
c, a, ℓ: eixos isométricos
d, e, f: linhas isométricas
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Desenho I - Iniciação ao desenho
No início, até se adquirir firmeza, o traçado deve ser feito sobre um papel reticulado.
Veja abaixo uma amostra de reticulado.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
As linhas que não são paralelas aos eixos isométricos são chamadas linhas não-
isométricas.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Círculo
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Projeção ortogonal
Observador
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho
58 SENAI-SP – INTRANET
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Agora imagine que o plano de projeção vertical fica fixo e que os outros planos de
projeção giram um para baixo e outro para a direita.
O plano de projeção que gira para baixo é o plano de projeção horizontal e o plano de
projeção que gira para a direita é plano de projeção lateral.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Agora é possível tirar os planos de projeção e deixar apenas o desenho das vistas do
modelo.
Observação
As linhas projetantes auxiliares não aparecem no desenho técnico do modelo. São
linhas imaginárias que auxiliam no estudo da teoria da projeção ortogonal.
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Outro exemplo:
Dispondo as vistas alinhadas entre si, temos as projeções da peça formadas pela vista
frontal, vista superior e vista lateral esquerda.
Observação
Normalmente a vista frontal é a vista principal da peça.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de
Desenho Técnico/2008.
Aplicação de linhas
Para desenhar as projeções são usados vários tipos de linhas. Procuraremos nesta
unidade mostrar os tipos e sua aplicação.
Larguras de linhas
A relação entre as larguras de linhas largas e estreitas não deve ser inferior a 2, ou
seja, a linha mais larga deve ter no mínimo do dobro da mais estreita.
Exemplo:
Aplicação
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Linha Contínua estreita - Para Contornos de seções, linhas de cota, linhas auxiliares
e hachuras.
São linhas estreitas que são usadas para completar a representação de peças e
conjuntos. De acordo com sua função esta linha pode assumir diversas formas.
Seguem-se as formas e aplicações utilizadas no desenho técnico mecânico.
Exemplo:
Aplicação
Exemplo:
Aplicação
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Linha de centro - É uma linha estreita, formada por traços e pontos alternados, que
indica o centro de alguns elementos do modelo como furos, rasgos, etc.
Exemplo:
Aplicações
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Linha de simetria - É uma linha estreita formada por traços e pontos alternados. Ela
indica que o modelo é simétrico.
Exemplo:
Modelo simétrico Imagine que este modelo é dividido ao meio, horizontal ou verticalmente.
Note que as metades do modelo são exatamente iguais: logo, o modelo é simétrico.
Aplicação
Quando o modelo é simétrico, em seu desenho técnico aparece a linha de simetria.
A linha de simetria pode aparecer tanto na posição horizontal como na posição vertical.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Exemplo:
Aplicação
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Exemplo:
Aplicação
Exemplo:
Aplicação
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Exemplo:
Aplicação
Traço dois pontos estreita - Linha estreita traço dois pontos usada para indicar
contornos de peças adjacentes, posição limites de peças móveis, linhas de centro de
gravidade, cantos e arestas da conformação.
Exemplo:
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Aplicação
Aplicação
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Aplicação
Exemplo:
Aplicação
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Aplicação
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Aplicação
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de
Desenho Técnico/2008.
Cotagem
Linhas de cota (a) são linhas contínuas estreitas, com setas nas extremidades ou
traços oblíquos; nessas linhas são colocadas as cotas que indicam as medidas da
peça.
A seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15°. A seta pode ser
aberta, ou fechada preenchida.
O traço oblíquo é desenhado com uma linha fina curta e inclinado a 45°.
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
A linha auxiliar (b) é uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota.
Deve ser ligeiramente prolongada além da linha de cota e deve-se deixar um pequeno
espaço entre elas e o desenho. Sugestão 1 a 2mm.
Cotas (c) são numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de
seus elementos. As medidas básicas são: comprimento, largura e altura.
50 = comprimento
25 = largura
15= altura
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
SENAI-SP – INTRANET 77
CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Observação
• As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para
direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada.
• Sempre que possível é bom evitar colocar cotas em linhas tracejadas.
• Deve-se evitar também colocar a cota dentro do desenho.
Linhas auxiliares e cota, sempre que possível, não devem cruzar com outras linhas.
78 SENAI-SP – INTRANET
CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja.
Furo Saliência
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Para fabricar peças como essas é necessário interpretar, além das cotas básicas, as
cotas dos elementos.
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Seqüência de cotagem
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Desenho I - Iniciação ao desenho
1o passo
2o passo
3o passo
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Desenho I - Iniciação ao desenho
4o passo
Cotagem de diâmetro
Cotagem de raios
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Desenho I - Iniciação ao desenho
Raio muito pequeno cota-se através de linha de chamada, raio muito grande não se
indica o centro do raio, e linha de cota é representada incompleta. Outro jeito de se
cotar raios grandes é se destacando o centro do raio com linha de simetria com linha
de cota aparecendo quebrada, pode-se também cotar desta maneira quando o centro
for deslocado.
Os objetos simétricos representados em meio corte ou meia vista, a linha de cota deve
cruzar e se estender ligeiramente além do eixo de simetria.
Quando a linha de cota está na posição inclinada, a cota acompanha a inclinação para
facilitar a leitura.
Porém, é preciso evitar a disposição das linhas de cota entre os setores hachurados e
inclinados de cerca de 30º.
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
A cotagem dos elementos esféricos é feita pela medida de seus diâmetros ou de seus
raios.
ESF = Esférico
Ø = Diâmetro
R = Raio
Existem peças que têm elementos angulares. Elementos angulares são formados por
ângulos.
SENAI-SP – INTRANET 85
CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
A cotagem da abertura do elemento angular é feita em linha de cota curva, cujo centro
é vértice do ângulo cotado.
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
SENAI-SP – INTRANET 87
CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Cotagem de chanfros
Chanfro é a superfície oblíqua obtida pelo corte da aresta de duas superfícies que se
encontram.
Existem duas maneiras pelas quais os chanfros aparecem cotados: por meio de cotas
lineares e por meio de cotas lineares e angulares.
Cotas lineares
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Desenho I - Iniciação ao desenho
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Na cotagem por faces de referência as medidas da peça são indicadas a partir das
faces.
A cotagem por faces de referência ou por elementos de referência pode ser executada
como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva.
A cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso.
90 SENAI-SP – INTRANET
CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
A cotagem aditiva em duas direções pode ser simplificada por cotagem por
coordenadas. A peça fica relacionada a dois eixos.
Fica mais prática indicar as cotas em uma tabela ao invés de indicá-la diretamente
sobre a peça.
X Y ø
1 8 8 4
2 8 38 4
3 22 15 5
4 22 30 3
5 35 23 6
6 52 8 4
7 52 38 4
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Na cotagem por linha básica as medidas da peça são indicadas a partir de linhas.
Existem peças com furos que têm a mesma distância entre seus centros, isto é, furos
espaçados igualmente.
A cotagem das distâncias entre centros de furos pode ser feita por cotas lineares e por
cotas angulares.
Cotagem linear
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Indicações especiais
A área ou o comprimento e sua localização são indicados por meio de linha traço e
ponto, desenhada adjacente à face corresponde.
94 SENAI-SP – INTRANET
CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Com a relação de inclinação vem indicada do desenho técnico, não é necessário que a
outra cota de altura da peça apareça.
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
96 SENAI-SP – INTRANET
CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Nos desenhos técnicos de peças como estas, a relação de conicidade deve estar
indicada.
Outros exemplos:
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Cotagem de conjuntos
Normalmente não se cota em conjunto, porém, quando for cotado, o grupo de cotas
especificado para cada objeto deve permanecer, tanto quanto possível, separados.
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CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de
Desenho Técnico/2008.
Supressão de vistas
Duas vistas são iguais quando têm as mesmas formas e as mesmas medidas. E
quando têm apenas as formas iguais e medidas diferentes, são chamadas de
semelhantes.
SENAI-SP – INTRANET 99
CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Você vai iniciar o estudo de supressão de vistas analisando um caso bem simples.
Observe o prisma de base quadrada, representado a seguir.
Como a vista frontal e a vista lateral esquerda são iguais, é possível suprimir uma
delas.
A vista frontal é sempre a vista principal da peça. Então, neste caso, a vista escolhida
para supressão é a vista lateral esquerda.
Veja como fica o desenho técnico do prisma com supressão da lateral esquerda.
Note que a vista lateral esquerda é semelhante à vista frontal. Neste caso, a vista
lateral esquerda pode ser suprimida.
Nos dois exemplos analisados, a vista suprimida foi a lateral esquerda. Mas,
dependendo das características da peça, a vista superior também pode ser suprimida.
O desenho técnico abaixo representa um pino de seção retangular em três vistas.
Note que a vista superior e a vista lateral esquerda são semelhantes. Neste caso,
tanto faz representar o desenho com supressão da vista superior como da vista lateral
esquerda. Compare as duas alternativas.
Figura A Figura B
Em qualquer dos casos, é possível interpretar o desenho, pois ambos contêm todas as
informações necessárias.
As três vistas são diferentes. Mesmo assim é possível imaginar a supressão de uma
delas, sem qualquer prejuízo para a interpretação do desenho.
Como você já sabe, a vista frontal é a vista principal. Por isso deve ser sempre mantida
no desenho técnico. Temos então que escolher entre a supressão da vista superior e
da vista lateral esquerda.
Você vai comparar os dois casos, para concluir qual das duas supressões é mais
aconselhável. Veja primeiro o desenho com supressão da vista superior:
Note que, apesar de o furo estar representado nas duas vistas, existe poucas
informações sobre ele: analisando apenas essas duas vistas não dá para saber a
forma do furo. Análise agora outra alternativa.
A vista lateral esquerda foi suprimida. Note que agora já é possível identificar a forma
circular do furo na vista superior.
As três vistas: frontal, superior e lateral esquerda transmitem a idéia de como o modelo
é na realidade. Veja agora o mesmo modelo, representado em duas vistas.
Observe que as cotas que antes apareciam associadas à vista lateral esquerda foram
transferidas para as duas outras vistas. Assim, nenhuma informação importante sobre
a forma e sobre o tamanho da peça ficou perdida.
Mas, este mesmo modelo pode ser representado com apenas uma vista, sem
qualquer prejuízo para sua interpretação. Veja.
Todas as cotas da peça foram indicadas na vista frontal. A largura da peça foi indicada
pela palavra espessura abreviada (ESP), seguida do valor numérico correspondente,
como você pode observar dentro da vista frontal.
Como não é possível concluir, pela análise da vista frontal, se os furos são passantes
ou não, a informação “Furos passantes” deve vir escrita, em lugar que não atrapalhe a
interpretação do desenho.
Você notou que a indicação da espessura da peça foi representada fora da vista
frontal. Isto porque a indicação da espessura da peça dentro da vista prejudicaria a
interpretação do desenho.
O prisma de base quadrangular pode ser representado também com vista única. Para
interpretar o desenho técnico do prisma quadrangular com vista única, você precisa
conhecer o símbolo indicativo de quadrado e o símbolo indicativo de superfície plana.
Usamos o seguinte símbolo para identificar a forma quadrada: Este símbolo pode
ser omitido quando a identificação da forma quadrada for clara. É o que acontece na
representação da vista superior do prisma quadrangular.
A vista representada é a frontal. Note que a vista superior foi suprimida nesta
representação. O símbolo ao lado esquerdo da cota 40, representa a forma da vista
superior. A cota 40 refere-se a duas dimensões do prisma: a do comprimento e a da
largura.
Você reparou nas duas linhas diagonais estreitas cruzadas, representadas na vista
frontal? Essas linhas são indicativas de que a superfície representada é plana.
A seguir você vai ficar conhecendo maiores detalhes sobre a utilização dessas linhas.
A vista frontal do prisma e a vista frontal do cilindro podem ser facilmente confundidas.
Para evitar enganos, a vista frontal do modelo prismático, que apresenta uma
superfície plana, deve vir identificada pelas linhas cruzadas estreitas.
Vamos chamar de peças com forma composta aquelas peças que apresentam
combinações de várias formas, como por exemplo: prismática, cilíndrica, cônica,
piramidal etc. As peças com forma composta também podem ser representadas com
supressão de uma ou de duas vistas. Veja, a seguir, a perspectiva de uma peça com
forma composta, ou seja, com forma prismática e cilíndrica e, ao lado, seu desenho
técnico em duas vistas.
As vistas representadas são: vista frontal e vista lateral esquerda. A vista superior foi
suprimida.
No desenho técnico desta peça, com vista única, todas essas informações aparecem
concentradas na vista frontal. O corte parcial ajuda a visualizar a forma e o tamanho do
furo não passante superior.
Veja, a seguir, mais um exemplo de peça com forma composta, nesse caso com
formas: prismática, piramidal e cônica. Além disso, a peça tem um furo quadrado não
passante e também um furo redondo não passante interrompido.
Com a supressão da vista lateral esquerda foi necessário indicar a forma circular da
peça na vista frontal.
Para isso, o símbolo indicativo de diâmetro foi acrescido às cotas 15, 9 e 25 que se
referem, respectivamente, aos diâmetros da espiga, do furo e da peça.
Você notou que o nome do corte, que estava na vista frontal, desapareceu do desenho
técnico com vista única? Isso porque a vista que trazia a indicação do plano de corte
foi suprimida.
Podemos representar esta mesma peça com vista única transferindo as cotas dos
diâmetros da peça e do furo passante para a vista frontal.
Você notou que a linha de cota da cota Ø14 aparece incompleta? Isso ocorre porque
essa cota refere-se a um elemento interno, que tem uma parte oculta. Quando parte do
elemento está oculta, a linha de cota não é desenhada completa. Ela apenas
114 SENAI-SP – INTRANET
CT010-09
Desenho I - Iniciação ao desenho
Essa peça pode ser representada de várias maneiras, no desenho técnico. A forma de
cotagem varia em cada caso. Analise cada uma das possibilidades, a seguir.
a. b.
c. d.
É possível, ainda, representar esta mesma peça em vista única e obter todas as
informações que interessam para a sua interpretação.
Neste caso, o desenho técnico pode ser representado sem corte ou com corte.
Compare as duas possibilidades.
Repare que as linhas de cota ultrapassam um pouco a linha de simetria. Essas linhas
de cota apresentam apenas uma seta. A parte que atravessa a linha de simetria não
apresenta seta.
Para finalizar o assunto, veja como fica o desenho técnico com supressão de vistas de
uma peça representada em quarta-parte de vista. Primeiro, observe a peça. Trata-se
de um disco com furos, simétrico longitudinal e transversalmente.
O diâmetro da peça é 40 mm. O diâmetro do furo central é 12 mm. A cota que indica a
distância dos furos menores opostos é 26. O diâmetro dos 6 furos menores é 4 mm. A
espessura da peça, indicada pela abreviatura ESP 1, é 1 mm.
As duas linhas de simetria aparecem identificadas pelos dois traços paralelos nas
extremidades.
Desenho em corte
Corte
Corte significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte de uma peça é sempre
imaginário. Ele permite ver as partes internas da peça.
Hachuras
Para desenhar uma projeção em corte, é necessário indicar antes onde a peça será
imaginada cortada.
Essa indicação é feita por meio de setas e letras que mostram a posição do
observador.
Observações:
• A expressão Corte AA é colocada embaixo da vista hachurada.
• As vistas não atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas.
• Na vista hachuradas, as tracejadas podem ser omitidas, desde que isso não
dificulte a leitura do desenho.
Até aqui foi vista a representação de um só corte na mesma peça. Mas, às vezes, um
só corte não mostra todos os elementos internos da peça. Nesses casos é necessário
representar mais de um corte na mesma peça.
Meio-corte
Meia-vista
Escalas
Antes de representar objetos, modelos, peças, etc. deve-se estudar o seu tamanho
real. Tamanho real é a grandeza que as coisas têm na realidade.
Mas, existem objetos, peças, animais, etc. que não podem ser representados em seu
tamanho real. Alguns são muito grandes para caber numa folha de papel. Outros são
tão pequenos, que se os reproduzíssemos em tamanho real seria impossível analisar
seus detalhes.
O que é escala
A escala é uma forma de representação que mantém as proporções das medidas line-
ares do objeto representado.
Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real são mantidas, ou au-
mentadas, ou reduzidas proporcionalmente.
Veja um exemplo.
A figura A é um quadrado, pois tem 4 lados iguais e quatro ângulos retos. Cada lado da
figura A mede 2u (duas unidades de medida).
B e C são figuras semelhantes à figura A: também possuem quatro lados iguais e qua-
tro ângulos iguais. Mas, as medidas dos lados do quadrado B foram reduzidas pro-
porcionalmente em relação às medidas dos lados do quadrado A. Cada lado de B é
uma vez menor que cada lado correspondente de A.
Note que as três figuras apresentam medidas dos lados proporcionais e ângulos i-
guais.
A seguir você vai aprender a interpretar cada uma dessas escalas, representadas em
desenhos técnicos. Mas, antes saiba qual a importância da escala no desenho técnico
rigoroso.
O desenho técnico que serve de base para a execução da peça é, em geral, um dese-
nho técnico rigoroso. Esse desenho, também chamado de desenho técnico definitivo, é
feito com instrumentos: compasso, régua, esquadro, ou até mesmo por computador.
Mas, antes do desenho técnico rigoroso é feito um esboço cotado, quase sempre à
mão livre. O esboço cotado serve de base para o desenho rigoroso. Ele contém todas
as cotas da peça bem definidas e legíveis, mantendo a forma da peça e as propor-
ções aproximadas das medidas. Veja, a seguir, o esboço de uma bucha.
Escala natural
A indicação da escala do desenho é feita pela abreviatura da palavra escala: ESC, se-
guida de dois numerais separados por dois pontos. O numeral à esquerda dos dois
pontos representa as medidas do desenho técnico. O numeral à direita dos dois pontos
representa as medidas reais da peça.
Na indicação da escala natural os dois numerais são sempre iguais. Isso porque o ta-
manho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça.
Escala de redução
Na indicação da escala de redução o numeral à esquerda dos dois pontos sempre será
1. E o numeral à direita sempre será maior que 1.
No desenho acima o objeto foi representado na escala de 1:20 (que se lê: um por vin-
te).
Escala de ampliação
As dimensões desse desenho são duas vezes maiores que as dimensões correspon-
dentes da agulha de injeção real. Esse desenho foi feito na escala 2:1(lê-se: dois por
um).
A indicação da escala é feita no desenho técnico como nos casos anteriores: a palavra
escala aparece abreviada (ESC), seguida de dois numerais separados por dois pontos.
Só que, nesse caso, o numeral da esquerda, que representa as medidas do desenho
técnico, será maior que 1. O numeral da direita sempre será 1 e representa as medidas
reais da peça.
Escalas recomendadas
desenho peça
↓ ↓
Natural – ESC 1 : 1
ampliação – ESC 2 : 1
redução – ESC 1 : 2
As escalas recomendadas pela ABNT, através da norma técnica NBR 8196, são:
1:2 1:5 1 : 10
1 : 20 1 : 50 1 : 100
Escala de redução
1 : 200 1 : 500 1 : 1 000
1 : 2 000 1 : 5 000 1 : 10 000