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: 05
ANTIBIOGRAMA 04/2011
1. DEFINIÇÃO 3. AMOSTRA
Para este passo deve ser utilizado um tubo aferido na f- Incubar a placa com os discos em estufa
o
escala 0,5 de Mac Farland como comparativo (solicite bacteriológica a 36 C por 18 a 24 horas;
ao seu vendedor) ou um turbidímetro.
g- Resultados:
Com o auxílio de uma régua, paquímetro ou dispositivo
semelhante, medir o diâmetro dos halos inibitórios de
cada disco, e consultar uma tabela apropriada para
determinar se a bactéria em análise é sensível,
intermediário ou resistente ao antimicrobiano testado.
d- Aguardar (não mais que 15 minutos) a superfície do - O meio de Mueller Hinton utilizado deve estar com pH,
agar secar; composição química (íons cálcio, íons magnésio, timina
e timidina) e espessura do agar adequados;
- O uso de swabs com base de algodão e haste de atinjam pontos muito próximos ou inferiores aos limites
madeira não são recomendados. Vários trabalhos mínimos preconizados, recomenda-se que os discos
mostraram que os ácidos graxos naturais presentes no sejam desprezados.
material interferirem no crescimento bacteriano;
Resultados alterados no controle de qualidade implicam
- A temperatura de incubação deve ser rigorosamente em revisão completa de todos os componentes do
controlada; sistema analítico. Nestas circunstâncias não se
recomenda a liberação dos resultados até que sejam
- O tempo de incubação indicado não deve ser nem investigadas as causas do desvio de controle.
abreviado nem aumentado, sob risco de se obterem
resultados falsamente diminuídos (pouco tempo) ou Não é recomendado o uso de cepas clínicas para
falsamente aumentados (mais tempo); controle de qualidade, uma vez que na maior parte dos
casos estas cepas já passaram por diversos estágios
- Para as placas com tamanho 90x15 mm recomenda- de adaptação ao meio ambiente, exposição a
se a colocação de no máximo 5 discos, já para a placa antibióticos e outras drogas que determinam a
com 140x15 mm podem ser colocados até 12 discos. modificação de seu comportamento. As cepas ATCC
Esta sugestão visa impedir que o contato entre os podem ser utilizadas apenas até o quinto repique, o que
antimicrobianos difundidos no meio, podendo fornecer garante sua integridade de resposta para controle de
distorções ligadas a sinergismo ou outros tipos de qualidade.
interação.
Azitromicina(c) ou
(escolha primária -
Claritromicina(c) ou Ampicilina
Ampicilina (d) Ceftazidima Eritromicina(c)
GRUPO A
reportar)
Clidamicina(c) Penicilina
Oxacilina
Gentamicina
*Cefazolina Penicilina
Tobramicina
Gentamicina ou
Piperacilina Sulfazotrim
Tobramicina
Telitromicina(c)
Amoxacilina-clavulanato
Ampicilina-sulbactam
Cefepime Quinupristina-dalfopristina
Piperacilina-tazobactam
Doxacilina
Ticarcilina-clavulanato
Minociclina
Tetraciclina (a)
Ciprofloxacina
Cefuroxima Vancomicina
Levofloxacina
Imipenem
Cefepime Rifampina
Meropenem
Cefotetam
Cefoxitina
Cefotaxima(d) ou
Ceftriaxona(d)
Vancomicina
Ciprofloxacin(d) Piperacilina-
Levofloxacin(d) Tazobactam
Ertapenem
Imipenem Ticarcilina
Meropenem
Doripenem
Piperacilina
Sulfazotrim
Ceftazidima
screen)
Ciprofloxacina ou
GRUPO C
Levofloxacina ou
(c,d)
Cloranfenicol Ofloxacina
Estreptomicina (alto grau
Moxifloxacina de resistência –somente
Gentamicina screen)
Tetraciclina (a)
Quinupristina-dalfopristina
Ciprofloxacina
Lomefloxacina
Cefalotina(b) Levofloxacina
suplementar para
Nofloxacin
GRUPO U (teste
Norfloxacina
Lomefloxacina ou
Lomefloxacina ou
Ofloxacin
urina)
Ofloxacian
Nitrofurantoína Nitrofurantoína
Norfloxacina
Nofloxacin
Nitrofurantoína Sulfisoxazole
Sulfisoxazole Tetraciclina (a)
Trimetropim Trimetropim
* somente para MIC, para teste de disco difusão não está disponível
Tabela 1: Sugestão do FDA Clinical Indications para grupos de agentes antimicrobianos (continuação)
Ampicilina-sulbactam
(escolha primária
Ceftazidima
Ceftazidima
Ciprofloxacin
- reportar)
GRUPO A
Levofloxacin
Imipenem Sulfazotrim Sulfazotrim Gentamicina
Meropenem Tobramicina
Gentamicina
Piperacilina
Tobramicina
Ceftazidima
Amicacina * Ceftazidima Amicacina
* Cloranfenicol(c)
GRUPO B (escolha primária – reportar
* Cloranfenicol(c) Aztreonam
Piperacilina-tazobactam
* Levofloxacin
Ticarcilina-clavulanato
seletivamente)
Levofloxacin Cefepime
Cefepime Meropenem
Minociclina Ciprofloxacin
Cefotaxima Minociclina
Levofloxacin
Ceftriaxona
Doxiciclina Imipenem
Minociclina * Ticarcilina- Meropenem
Tetraciclina (a) clavulanato
* Ticarcilina-clavulanato Doripenem
Piperacilina-tazobactam
Piperacilina
Ticarcilina-clavulanato
Sufazotrim Sufazotrim
Cefotaxima
seletivamente)
Ceftriaxona
GRUPO C
(reportar
Cloranfenicol(c)
Lomefloxacin ou
suplementar
Ofloxacin
para urina)
GRUPO U
Norfloxacin
(teste
Sulfosoxazol
Tetraciclina (a)
* somente para MIC, para teste de disco difusão não está disponível
Comentários
a- Organismos sensíveis a tetraciclina podem ser também considerados sensíveis a doxiciclina e moniciclina, porém se
foram intermediários ou resistentes a tetraciclina podem, ou não, ser sensíveis a doxiciclina e moniciclina.
b. O critério de interpretação para cefalotina pode ser usado somente para resultados preditivos em agentes orais, como
cefadroxil, cefpodoxima e cefalexima.
d- Quando isoladas cepas de Shigella e Salmonella testar preferencialmente ampicilina, uma quinolona e sulfazotrim,
adicionando cloranfenicol e cefalosporina de terceira geração para cepas isoladas de amostras não-fecais.
- A seleção mais apropriada dos agentes microbianos deve ser realizada em conjunto pelo corpo clínico, laboratório e
farmácia, juntamente com a Comissão de Infecção hospitalar. As decisões devem considerar eficácia, prevalência de
resistência para minimizar a emergência de resistências.
primária -
reportar)
(escolha
oxacilina)
Trimetropin-
Trimetropin- sulfametoxazol Penicilina ou
sulfametoxazol Ampicilina
Ofloxacin
Meropenem
Cefotaxima ou Tetraciclina
Ceftazidima ou Vancomicina
Ceftriaxona
Cloranfenicol *
Meropenem
Cefdinir
Cefuroxima Ciprofloxacina Ertapenem * Linezolida
ou Ofloxacina Imipenem *
Ciprofloxacina ou Penicilina Linezolida Eritromicina
Levofloxacina ou
Moxifloxacina ou
Ofloxacina ou
Gemifloxacina
Ertapenem ou Espectinomicina Rifampicina Linezolida
Imipenem
Rifampicina
Tetraciclina Tetraciclina
Telitromicina
* somente para MIC, para teste de disco difusão não está disponível
Concentração
P. aeruginosa
Observações
E. coli ATCC
E. coli ATCC
ATCC 25923
ATCC 27853
S. aureus
Código
25922
35218
Agente
S. aureus ATCC
Concentração
P. aeruginosa
Observações
E. coli ATCC
E. coli ATCC
ATCC 27853
Código
25922
25923
35218
Agente
Observações e comentários:
1. Crescimento em Mueller Hinton agar, temperatura de incubação 35 °C +/- 2 por 16-18h em ar ambiente;
2. Para cepas de Salmonella sp e Shigella sp isoladas de amostras fecais, testar e relatar rotineiramente apenas
quinolonas, ampicilina e sulfazotrim. Nas cepas isoladas de materiais extraintestinais, testar e relatar adicionalmente
cefalosporinas de terceira geração, e cloranfenicol. As cefalosporinas de primeira e Segunda gerações são ativas
apenas in vitro.
3. Enterobacter, Citrobacter e Serratia desenvolvem resistência durante tratamentos prolongados com cefalosporinas de
terceira geração, apesar de resultados favoráveis de sensibilidade quando do antibiograma inicial;
4. Cefalotina pode ser usada para predizer a atividade da cefapirina, cefradina, cefalexina, cefaclor e cefadroxil.
Cefazolina, cefuroxima, cefpodoxima, cefprozil e loracarbef, quando em espécimes urinários, devem ser testados
isoladamente pois algumas cepas podem ser susceptíveis a estes agentes mesmo resistentes à cefalotina.
5. Cepas de Klebsiella spp e E. coli quando produzem beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) podem ser
clinicamente resistentes à terapia com penicilinas, cefalosporinas ou aztreonam, a despeito de sensibilidade aparente
nos testes in vitro. Considerar estas cepas potencialmente produtoras de ESBL.
6. Através dos estudos das propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas existem NOVOS critérios de
interpretação para as cefalosporinas e aztreonam, estabelecidos na tabela. Cefepime e Cefuroxima também foram
reanalisados, porém não houveram mudanças em seus parâmetros de avaliação. Quando utilizados estes novos
critérios na interpretação dos halos não é necessário a realização dos testes confirmatórios para a detecção de ESBL.
Os testes confirmatórios para ESBL podem ser utilizados para controles de infecção e epidemiologia.
Antibiótico Halo
Cefpodoxima [ 17 mm
Ceftazidima [ 22 mm
Aztreonam [ 27 mm
Cefotaxima [ 27 mm
Ceftriaxona [ 25 mm
- Método de duplo disco difusão: testar a cepa frente a dois discos, um contendo a cefalosporina de terceira geração e o
outro, disposto a 20 mm de distância, contendo o inibidor de beta-lactamase (amoxacilina + ácido clavilânico). O
aparecimento de uma “zona fantasma” ou o alargamento do halo de inibição da cefalosporina, confirma a produção de
ESBL.
- Resultados: A pesquisa de ESBL é indicada para confirmação da presença das enzimas para fim de controle
epidemiológico. Não é indicado que qualquer resultado das cefalosporinas sejam editados.
- Controle de Qualidade:
Quando utilizados estes novos critérios de interpretação, os laboratórios clínicos não necessitam realizar o
Teste de Hodge Modificado, exceto em casos de controles epidemiológicos e de infecção.
Para as amostras nas quais o teste de triagem for positivo para produção de KPC, pode ser realizado o Teste
de Hodge Modificado como teste confirmatório fenotípico.
- Preparar uma suspensão de Escherichia coli ATCC 25922 em soro fisiológico estéril (NaCl 0,9%), a partir de colônias
isoladas em placa de ágar não seletivo, ajustada para a escala 0,5 de McFarland.
- Realizar uma diluição 1:10 em soro fisiológico estéril. Em seguida com auxílio de um swab inocular esta diluição na
superfície de uma placa de ágar Mueller Hinton.
- Colocar um disco de imipenem no centro da placa.
- Ao redor deste disco fazer estrias com as amostras suspeitas.
- Incubadas a 37°C por 18 a 24 horas.
O teste de Hodge é considerado positivo quando houver um alargamento da área de crescimento bacteriano
na inserção com o limite externo do halo de inibição. (Fonte: Metodologia descrita no Consenso em Detecção de Resistência Bacteriana,
2008).
Observações:
1. Crescimento em Mueller Hinton agar, temperatura de incubação 35 °C +/- 2, por 16-18h em ar ambiente;
2. Em cepas isoladas de pacientes portadores de fibrose cística recomenda-se prolongar a incubação até 24h antes de
se reportar a sensibilidade;
3. A P. aeruginosa pode desenvolver resistência durante terapia prolongada com qualquer antibiótico. Pode-se reavaliar
periodicamente;
Observações:
Observações:
Miociclina - 30 µg 14 15-18 19
Levofloxacin LEV 5 µg 13 14-16 17
Sulfazotrim SUT 1,25/23,75 µg 10 11-15 16
Observações:
1. Crescimento em Mueller Hinton agar, temperatura de incubação 35 °C +/- 2 por 20-24h em ar ambiente;
Ampicilina AMP 10 µg 28 - 29
Ampicilina + sulbactam ASB 10/10 µg 11 12-14 15
Amoxicilina + clavulanato AMC 20/10 µg 19 - 20
Amicacina AMI 30 µg 14 15-16 17
Azitromicina AZI 15 µg 13 14-17 18 Não testado rotineiramente em
urina
Cefazolina CFZ 30 µg 14 15-17 18
Cefepime CPM 30 µg 14 15-17 18
Cefmetazol - 30 µg 12 13-15 16
Cefonicid - 30 µg 14 15-17 18
Cefoperazona - 75 µg 15 16-20 21
Cefotaxima CTX 30 µg 14 15-22 23
Cefotetan - 30 µg 12 13-15 16
Ceftazidima CAZ 30 µg 14 15-17 18
Ceftriaxona CRO 30 µg 13 14-20 21
Cefuroxima (parenteral) CRX 30 µg 14 15-17 18 Oral: R 14 mm / I 15-22 mm /
R23 mm
Cefalotina CFL 30 µg 14 15-17 18
Cefaclor CFC 30 µg 14 15-17 18
Cefpodoxima - 10 µg 17 18-20 21
Cloranfenicol CLO 30 µg 12 13-17 18
Clindamicina CLI 2 µg 14 15-20 21 1
Ciprofloxacin CIP 5 µg 15 16-20 21
Claritromicina CLA 15 µg 13 14-17 18 Não testado rotineiramente em
urina
Cefoxitina CFO 30 µg 21 - 22 S. aureus e S. lugdunensis
24 - 25 ENPC exceto S. lugdunensis
Doxiciclina DOX 30 µg 12 13-15 16
Enrofloxacin - 10 µg 14 15-17 18 aprovado pela FDA p/ ENPC (não
para S. aureus)
Ertapenem ETP 10 µg 15 16-18 19
1. Crescimento em Mueller Hinton agar, temperatura de incubação 35 °C +/- 2 por 16-18h (e 24h para oxacilina,
meticilina e vancomicina) em ar ambiente;
2. Cepas de S. aureus e ENPC (estafilococos não produtores de coagulase) resistentes a macrolídeos podem
apresentar resistência constitutiva ou induzida a Clindamicina ou podem ser resistentes apenas aos macrolídeos
dependendo do mecanismo envolvido. A resistência induzida à clindamicina pode ser detectada através do “D-teste”,
em que são colocados um disco de clindamicina e um disco de eritromicina afastados a uma distância de 20 mm, e após
a incubação, caso não se apresente o achatamento do halo inibitório da clindamicina reporta-se a cepa como sensível a
esta.
Caso seja visualizado o achatamento do halo de inibição entre os discos, deve ser reportado resistência a clindamicina,
mesmo que o teste in vitro tenha dado sensível.
CLINDAMICINA SENSÍVEL CLINDAMICINA RESISTENTE
20 mm 20 mm
Cepas que apresentem crescimento enevoado no halo inibitório da clindamicina é considerada resistente independente
do teste de resistência induzida.
3. Historicamente a resistência dos estafilococos às penicilinas penicilinase - estáveis é referida como resistência à
meticilina, desta forma o acrônimo MRSA (para S. aureus meticilina-resistente) ou MRS (Staphylococcus meticilina-
resistente), neste trabalho os termos são expressos como resistência a determinada droga (oxacilina resistente,
meticilina-resistente etc.);
4. Para S. aureus e ENPC (Staphylococcus não produtores de coagulase), resultados para cefens, parenterais e orais,
combinações com inibidores de beta-lactamase e carbapenems, se testados, são reportados de acordo com os
resultados usando-se os critérios de interpretação;
5. Para S. aureus resistentes à oxacilina e ENPC meticilina-resistentes, outros agentes beta-lactâmicos como
penicilinas e combinações com inibidores de beta-lactamase , cefens e carbapenems , pode surgir sensibilidade a estes
agentes in vitro, porém sem eficácia clínica. Resultados destas drogas devem ser reportados como resistentes ou não
reportados. Isto deve-se a casos documentados de infecções por MRS com respostas fracas à terapia por beta-
lactâmicos, ou ainda em base de dados clínicos de tratamento;
6. Detecção de resistência à oxacilina: testes para mec-A (determinante genético do MRSA) ou para proteína expressa
por mec-A, a penicilina-binding protein 2a (PBP 2a) são os métodos mais acurados para predizer a resistência à
oxacilina podendo ser usados para confirmar os resultados dos testes de difusão por disco para estafilococos isolados
de materiais provenientes de infecções severas. As cepas que não carregam mec-A ou não produzem PBP 2a são
reportadas como oxacilina sensíveis. Devido à rara ocorrência de outros mecanismos de resistência, se o MIC
(concentração inibitória mínima) for executado em conjunto com o teste por difusão para oxacilina m 4 µg/mL e a cepa
a
for mec-A ou PBP 2 negativa, reportar como oxacilina resistente;
7. Teste fenotípico primário para resistência mediada por mec-A em estafilococos: usar disco de cefoxitina (30 µg) – na
presença da cefoxitina o mec-A é expresso em níveis mais elevados que a oxacilina:
Perfil da
Primeira escolha Segunda escolha
Oxacilina
Cefalosporinas, vancomicina, combinações
Oxacilina
SENSÍVEL com inibidores, carbapenems, macrolídeos,
Nafcilina
clindamicina, fluoroquinona
Vancomicina
RESISTENTE Linezolida, sulfazotrim
Teicoplamina
9. Os estafilococos sensíveis a penicilina são também sensíveis a outras penicilinas (combinações com inibidores de
beta-lactamase, cefens e carbapenems. Cepas penicilina-resistentes, oxacilina-sensíveis são consideradas resistentes
às penicilinas lábeis porém sensíveis a outras penicilinas penicilinase estáveis, combinações com inibidores de beta-
lactamase, cefens e carbapenems. Estafilococos oxacilina-resistentes são resistentes todos os antibióticos beta-
lactâmicos. Desta forma sensibilidade ou resistência antibióticos beta-lactâmicos de largo espectro é deduzida partindo-
se do teste com penicilina e oxacilina;
10. Desde o ano de 2009, o CLSI não recomenda que o teste de susceptibilidade a vancomicina seja realizado pelo
método de disco difusão, e sim pelo método de determinação da concentração inibitória mínima (CIM), pelo aumento do
número de casos de S. aureus vancomicina intermediário (VISA) e vancomicina resistente (VRSA).
O grande problema do método de disco difusão é que este teste não detecta com eficiência os VISA, principalmente as
amostras heterogenias. Os critérios de interpretação para o S. aureus é de até 2 µg/mL para as amostras sensíveis, de
4 a 8 µg/mL para as intermediárias e para as resistentes acima de 16 µg/mL.
Por este motivos, os testes de sensibilidade a vancomicina podem ser realizados em placas prontas de BHI contendo
2 µg/mL de vancomicina, o que representa uma etapa do CIM, assim as cepas que não crescerem podem ser
consideradas sensíveis, com eficiência.
Caso haja a formação de um filme bacteriano ou de apenas uma colônia caracteriza resistência heterogenia a
vancomicina, sendo necessário o encaminhamento destas amostras para laboratórios de referência para a detecção do
gene VanA.
Observações:
1. Crescimento em Mueller Hinton agar, temperatura de incubação 35 °C +/- 2 por 16-18h (24h para vancomicina) em ar
ambiente;
2. Para Enterococcus spp, cefalosporinas, aminoglicosídeos (exceto para screening de altos níveis de resistência a
aminoglicosídeos), clindamicina e SX+T são ativos in vitro, mas clinicamente desenvolvem resistência;
4. Dadas as poucas alternativas, cloranfenicol, eritromicina, tetraciclinas e rifampicinas podem ser usados para
enterococos vancomicina-resistentes (VRE), porém recomenda-se consulta ao médico assistente;
Obs. Para controle destes discos recomenda-se cepa de E. faecalis ATCC 29212
Zonas entre 7-9 mm fornecem resultados inconclusivos, indicando-se testes em diluição ou MIC;
Observações:
1. Testar usando Mueller Hinton Agar com 5% de sangue de carneiro, incubando por 20-24h a 33-37 °C com atmosfera
de 5% de CO2;
2. O grupo beta-hemolítico cujo termo é empregado na tabela, inclui os grupos formadores de colônias grandes A
(S. pyogenes), B (S. agalactiae), C ou G. Cepas beta-hemolíticas formadoras de colônias pequenas como grupo A, C, F
ou G (S. anginosus) são consideradas pertencentes ao grupo viridans, que inclui também S. mitis, S. oralis, S.
salivarius, S. bovis etc.;
3. Estreptococos do grupo viridans isolados de sítios corporais estéreis (sangue, ossos , LCR) devem ser testados em
relação à penicilina usando a técnica por MIC;
4. Quando o estreptococo isolado é sensível à penicilina, deve ser considerado igualmente sensível à ampicilina,
amoxicilina, combinações de ampicilina e amoxicilina com inibidores de beta-lactamase, cefaclor, cefazolina, cefotaxima,
ceftriaxona, cefuroxima, cefpodoxima, cefalotina, cefapirina, imipenem, e meropenem;
5. Estreptococos beta-hemolíticos resistentes aos macrolídeos podem apresentar resistência constitutiva ou induzida à
clindamicina (metilação do 23s rRNA codificado por gene erm (também referido como MLSb – macrolídeo, lincomicina e
estreptogramina). Para testar, coloca-se um disco de eritromicina (15 mg) distante 12 mm de um disco de clindamicina
(2 mg) e correr o antibiograma conforme determinado para o gênero. Observar que a indução caracteriza-se pela
deformação de halo da clindamicina em “D”
NÃO INDUÇÃO INDUÇÃO
12mm
Agente
Cefalosporinas II:
Cefalosporina I:
Nitrofurantoína
Polimixina B e
Cefamicinas:
Amoxacilina-
antimicrobiano
Piperacilina
Cefuroxima
Tetraciclina
clavulonato
Cefazolina,
Ampicilina-
Cefalotina,
Ampicilina
sulbactam
Ticarcilina
Cefalotina
Cefotetan
Colistina
Organismo
Citrobacter freundii R R R R R R
Citrobacter koseri R R R R R
Enterobacter aerogenes R R R R R R
Enterobacter cloaceae R R R R R R
Escherichia coli Não há resistência intrínseca para beta-lactâmicos neste micro-organismo
Escherichia hermannii R R
Hafnia alvei R R R R R
Klebsiella pneumoniae R R
Morganella morganii R R R R R R R
Proteus mirabilis Não há resistência intrínseca para beta-lactâmicos neste micro-organismo R R R
Proteus penneri R R R R R R
Proteus vulgaris R R R R R R
Providencia rettgeri R R R R R R
Providencia Stuart R R R R R R
Salmonella e Shigella spp. Não há resistência intrínseca para beta-lactâmicos neste micro-organismo
Serratia marscens R R R R R R R R
Yersinia enterocolitica R R R R
Observação:
Na maioria dos casos recomenda-se o uso da luz refletida, ou seja, a placa é posicionada abaixo da fonte de luz
tendo como fundo um anteparo escuro. Nos casos em que se observe halos inibitórios tênues, como verificados em
estafilococos com a oxacilina ou nos enterococos com a vancomicina, recomenda-se o uso de luz transmitida, ou
seja, a placa deve ser posicionada contra a fonte luminosa. De qualquer forma, o observador deve determinar o
melhor ângulo de leitura em qualquer que seja o tipo de fonte ou de iluminação utilizado (posiciona-se em vários
ângulos).
Há casos em que os halos inibitórios apresentam anormalidades, como crescimento de algumas colônias ou
mesmo crescimento irregular. Muitas situações são atribuídas a fatores característicos de certas bactérias e
antibióticos, cabendo ao laboratório padronizar sua forma de tratamento.
Observa-se na zona de inibição uma diferença de densidade no halo. Considera-se a leitura da zona mais clara;
Esta situação pode ser devida a sub-populações resistentes dentro da amostra, ou a algum contaminante presente.
A tomada de ação nestes casos é cuidadosa, pois em ambos os casos podem haver reflexos negativos em
qualquer decisão tomada sem maiores avaliações. Inicialmente recomenda-se o reisolamento da(s) colônia(s) e sua
Neste caso há dificuldade em se estabelecer o halo em função de crescimento fraco muito próximo a zona de
inibição propriamente dita. Neste caso, procurar observar qual a exata delimitação entre a zona aonde o
crescimento está bem definido, ignorando o crescimento pobre.
2.4 Proteus
As cepas de Proteus costumam produzir o véu ou swarming em meios considerados não-pobres em eletrólitos,
como o caso do Mueller Hinton. Assim, é normal que o véu possa encobrir a zona de inibição de crescimento,
dificultando a sua visualização. Deve-se procurar um posicionamento mais eficaz da placa ante a fonte luminosa e
considerar a area aonde a demarcação é evidente.
2.5 Sulfazotrim
Caso num antibiograma de S. aureus verifique-se no disco de oxacilina um fenômeno semelhante ao swarming do
Proteus, este fato é significativo e significa resistência heterogênea. Na resistência homogênea o crescimento é
confluente até o disco.
11. REFERÊNCIAS
CLSI publication M100-S21 Suggested Grouping of US-FDA Approved Antimicrobial Agents That Should Be
Considered for Routine Testing and Reporting on Nonfastidious Organisms by Clinical Laboratories, 2011.
OLPLUSTIL, C. P. et al. Procedimentos Básicos em Microbiologia Clínica. 3.ed. Sarvier: São Paulo, 2010.