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Definição:
É um vírus da família Retroviridae, assim como o HTLV-I e II. Existem dois vírus
diferentes, o HIV 1 e o HIV 2, sendo o tipo 1 o principal responsável pela infecção humana. É
composto por um genoma RNA, um capsídeos proteico ou Core (P24) e um envoltório
lipoproteico (gp41 + gp120). Juntamente com o RNA viral, encontra-se a enzima Transcriptase
reversa. O HIV tem tropismo pelos linfócitos Th, Macrófagos e Celulas de Langehans. Estas
células tem em comum um receptor de membrana tipo CD4.
Transmissão e Profilaxia:
Toda gestante tem indicação de TARV, independente do seu estado clínico, contagem
de CD4 ou carga viral.
A TARV – Profilaxia está indicada na gestante HIV positiva, assintomática, com CD4 >
350 cels/ml, devendo ser iniciada após o primeiro trimestre, entre a 14ª e 28ª semana
de gestação e interrompida após o clampeamento do cordão umbilical.
A TARV – Tratamento está indicado na gestante com sintomas atribuídos ao HIV e para
pacientes assintomáticas com CD4 < 350 cél/ml.
Qualquer que seja o objetivo da TARV, ele deverá ser composto por no mínimo 3
drogas antirretrovirais. Esquema mais utilizado consiste em 2 ITRN (AZT + 3TC) + 1
IP/r (Lopinavir + Ritonavir). O Efavirenz está contraindicado na gestação devido seu
potencial teratogênico.
No momento do parto, deve-se administrar além das 3 drogas orais, AZT intravenoso
em toda gestante HIV +, independente da carga viral. A infusão deve ser iniciada
imediatamente após o inicio do trabalho de parto ou 3 horas antes de uma cesárea
eletiva, sendo interrompida após o clampeamento do cordão.
A maioria dos indivíduos recém infectados apresenta positividade sorológica após 6-12
semanas de contágio e quase todos (95% dos casos) após 6 meses Janela
imunológica.
No caso de pacientes que estão na janela imunológica, o diagnóstico poderá ser dado
através da pesquisa direta do vírus ou de atínegos virais: antígeno p24, HIV-1 RNA
quantitativo ou carga viral, HIV-1 DNA qualitativo (PCR).
Durante a fase assintomática há latência clínica e não microbiológica, ou seja, o vírus continua
se replicando, porem em pequena intensidade. A contagem CD4 permanece estável, no
entanto, com uma queda de 50cel/mm3/ano.
*No Brasil é considerado como caso de AIDS, para fins de vigilância epidemiológica, todo
indivíduo com 13 anos de idade ou mais que apresentar evidencia laboratorial da infecção
pelo HIV, no qual seja diagnosticada imunodeficiência, com contagem de linfócitos CD4+
abaixo de 350 células/mm3 ou diagnóstico de pelo menos uma das doenças definidoras de
AIDS, independente da presença de outras causas de imunodeficiência. A notificação dos casos
de AIDS é obrigatória.
Indicações para quando começar o TARV:
Assintomáticos sem contagem CD4 conhecida ou com CD4 > 500 cel/mm3
o Não tratar
Assintomáticos com CD4 entre 500 – 350 cel/mm3
o Considerar tratamento se:
Idade > 55 anos
Coinfecção HBV e/ou HCV
Presença de QUALQUER neoplasia
Carga viral > 10.000 cópias/ml
Assintomáticos com CD4 < 350cel/mm3
o Tratar + QP para Infecção Oportunista de acordo com o CD4
Fase B ou AIDS, independente dos níveis de CD4
o Tratar + QP para Infecção Oportunista de acordo com o CD4
Gestantes, independentemente do sintoma ou contagem CD4
o Tratamento para a profilaxia da transmissão vertical
A terapia não é uma emergência médica e deve sempre iniciar com 3 drogas!!!
Ou
Pneumonias Bacterianas:
o Geralmente é causada pelo S. pneumoniae, aparecendo clinicamente como
broncopneumonia. A radiografia de tórax é similar à pneumonia pneumocócica
dos indivíduos anti-HIV negativos. Derrame pleura é comum. O quadro clinico
é mais agudo. A imunização para o pneumococo é recomendada em todos os
pacientes infectados pelo HIV que possuam contagem CD4 maior que
220/mm3.
Tuberculose Pulmonar:
o Quando o paciente possui contagem CD4 relativamente alta, a TB manifesta-se
tipicamente como sendo apical e cavitária. Já nos pacientes com contagem baixa, a
doença se apresenta de forma difusa, com padrão miliar. Derrame pleural pode
ser visto com qualquer nível de CD4. Para o diagnóstico, baciloscopia de escarro,
espontâneo ou induzido e lavado broncoalveolar, associado à cultura.
Hemocultura e mieloculturas são úteis.
o Em relação ao tratamento, a recomendação atual é que a prioridade seja dada ao
tratamento da tuberculose, utilizando-se Rifampicina e substituindo o IP por outro
antirretroviral, como o efavirenz. O tratamento é semelhante aos casos de TB em
paciente HIV negativos, com esquema RIPE por 6 meses.
o Todo paciente HIV positivo deve ser submetido ao PPD para a avaliação da
necessidade de quimioprofilaxia, devendo ser repetido anualmente se negativo. A
presença de PPD reator indica, após a exclusão da doença ativa com radiografia e
baciloscopia do escarro, quimioprofilaxia com Isoniazida por 6 meses.
o Esquema: RIPE por 6 meses ----> Espaço de 30 dias -----> AZT +3TC +EFV
Manifestações Neurológicas da SIDA:
Neurotoxoplasmose:
o Os pacientes acometidos apresentam sinais e sintomas focais ou
generalizados. Cefaleia, confusão mental, febre, letargia e convulsões. As
manifestações focais incluem hemiparesia, ataxia e paralisia de nervos
cranianos. A TC de crânio revela lesões hipodensas, únicas ou múltiplas, com
reforço de contraste circunjacente, envolvendo preferencialmente os gânglios
da base e edema perilesional.
o Todo paciente com rebaixamento do nível de consciência e presença de sinais
neurológicos focais deve ser considerado, ate segunda ordem, como portador
de neurotoxoplasmose. Na ausência de melhor clinica após 10-14 dias, a
biopsia cerebral é recomendada.
o O esquema terapêutico tem como base a associação de Sulfadiazina com
Pirimetamina e ácido folínico, por 4-6 semanas.
o A profilaxia primária é recomendada para os pacientes com sorologia positiva
para o T. gondii e contagem CD4 < 100/mm3. O esquema profilático de
escolha é o SMT+TMP.
Meningoencefalite Criptocócica:
o É a infecção fúngica mais comum do SNC em pacientes HIV positivos. O C.
neoformans causa pouca inflamação nas meninges, daí a pouca incidência de
sinais meníngeos clássicos. Os sinais de apresentação incluem cefaleia, mal-
estar, náuseas e vômitos, além de febre.
o O diagnostico é suspeitado através de exame de imagem e confirmado através
do exame direto do liquor corado com tinta nanquim. As alterações liquoricas
geralmente são mínimas. Quanto mais normal o liquor, pior o prognóstico.
o O tratamento inclui Anfotericina B por 2-3 semanas ou Fluconazol por 6 – 10
semanas.
Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva:
o É resultado da infecção do SNC pelo vírus JC, um papovavírus. Geralmente é
decorrente da reativação de um foco latente.
o Os sintomas iniciais incluem alteração do estado de consciência, distúrbios na
fala e na visão, dificuldade com a marcha, hemiparesia e incoordenação
motora. A tomografia usualmente revela lesões hipodensas, que não captam
contraste, múltiplas e confluentes, localizados predominantemente na
substancia branca parietoocciptal, não provocando efeito de massa. A RNM
em T2 é o exame de imagem de escolha. A biopsia cerebral é diagnóstica.
o O tratamento é realizado com o próprio esquema TARV.