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COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Dileto e caro Amigo Leitor, seja bem-vindo a mais um estudo das Lições
Bíblicas, por nós aqui comentadas, como auxílio ao estudo abordado. Nosso intuito
não visa esgotar semelhante assunto – tarefa esta impossível –, mas sim ajudar na
compreensão dos temas abordados na lição, que muitas das vezes nos trás certas
dificuldades de entendimento; todavia, podem ser dirimidas com um cuidadoso
exame da Palavra de Deus.
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I – INTERPRETANDO AS PARÁBOLAS DA OVELHA E DA DRACMA PERDIDAS
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Havia duas categorias de cobradores de pedágios ou coletores de impostos: a primeira era os denominados
publicanos, que eram comumente os cavaleiros romanos, encarregados de arrecadar os impostos; eles eram
constituídos em virtude do povo. E a segunda era os chamados corretores, homens de uma condição inferior que
se postavam nas fronteiras, às portas das cidades, próximos aos rios, nos portos, etc. Eram desprezados devido
à rudeza de ação, das fraudes que praticavam; eles se ligavam aos Romanos por amor aos ganhos ou lucros.
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As duas primeiras parábolas, estudadas nesta lição, neste capítulo nos
mostra o amor de Deus que busca o pecador, a terceira – a do Filho Pródigo –
descreve destacadamente o desenvolvimento do arrependimento no coração do
homem. Logo, a mesma verdade é assim apresentada sobre diversos aspectos, e as
três parábolas formam um todo-harmonioso.
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Lc15.13. “prodigamente”, neste versículo traduz o advérbio grego asôtôs, que só ocorre aqui, nesta
passagem, e que significa também: “extravagantemente”, “depravadamente”, “dissolutamente”, ou
para sermos o mais literal possível – “de forma isenta de salvação”.
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1. A parábola da ovelha perdida (Lc 15. 3-7).
Pode nos parecer estranho, à primeira vista, que o pastor tenha deixado
exposto a toda sorte de perigo do deserto as suas noventa e nove ovelhas para
buscar apenas uma.
Por outro lado, ser pastor na região da Judéia naqueles dias não se constituía
em uma tarefa tão fácil assim, mas dura e perigosa. Os pastos eram escassos. A
estreita meseta central tinha só alguns poucos quilômetros de largura, e logo se
precipitava nos penhascos selvagens e na terrível aridez do deserto. Nem sempre
havia paredes de demarcação e as ovelhas pastavam livremente.
Quero crer, porém, neste caso, que o pastor da parábola tenha deixado o seu
rebanho em uma boa pastagem, em perfeita segurança, ao passo que buscava a
ovelha perdida. Esta imagem se aplica, com certo contraste, aos condutores
espirituais do povo judeu. Eles eram também pastores (Ez 34; Zc 11.16); dependiam
dAquele que vela por seu povo (Jr 31.10; Ez 34.12; 37.24; Zc 13.7; Sl 23.1); no
entanto, eles não buscavam os perdidos, nem traziam de volta os desgarrados,
contrariamente, eles murmuravam contra o “Pastor de Israel”, o “Grande Pastor das
ovelhas”, pois justamente Ele fazia o que eles negligenciaram a vida inteira.
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Assim como uma mulher se regozija por encontrar sua moeda ou anel
perdido, semelhantemente os anjos se regozijam pelo arrependimento de um
desgarrado pecador. Cada indivíduo é importante e precioso para Deus. Ele lamenta
toda perda, e fica alegre sempre que um de seus filhos é encontrado e conduzido ao
seu Reino. Quiçá tivéssemos mais alegria em nossas igrejas se compartilhássemos
o amor e a preocupação que Jesus sente pelos perdidos.
Como bem expressou alguém: “nenhum fariseu jamais tinha sonhado com um
Deus assim”. Barclay acrescenta: “um grande estudioso judeu admitiu que isto é o
absolutamente novo que Jesus ensinou aos homens a respeito de Deus, que
realmente Ele procura os homens e quer achá-los”.
Tanto Pedro como Paulo disseram que Deus deseja que todas as pessoas
sejam salvas (2 Pe 3.9). Isto, contudo, não significa que todos serão salvos, porque
a Bíblia deixa claro que muitos rejeitarão a Cristo (Mt 25. 31-46; Jo 12. 44-50; Hb 10.
26-29).
Portanto, comece pela fé, confiando no poder de Deus para mudar sua mente
e seu coração. Então, determine viver cada dia de sua vida sob o controle dEle (Ef 4.
22-24).
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2. Jesus é um Pastor que está sempre em ação (Jo 10. 1, 2).
Assim como o pastor cuida de sua ovelha, Jesus, o Bom Pastor, cuida de seu
rebanho (aqueles que o seguem). O profeta Ezequiel, ao predizer a vinda do
Messias, chamou-o de Pastor (Ez 34.23).
Pode-nos parecer uma tolice que o pastor tenha deixado 99 ovelhas, para ir
procurar por apenas uma ovelha desgarrada.
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O amor de Deus para com o ser humano é tão grande que Ele procura cada
um e regozija-se quando encontra os perdidos. Jesus se relacionava com os
pecadores porque queria levar as Boas Novas do Reino de Deus às ovelhas
perdidas, às pessoas consideradas sem esperança. Destarte, antes de sermos um
cristão, Deus nos buscou, e ainda está buscando aqueles que estão perdidos, para
que por fim, os tais ao ouvi-lo se arrependam e se voltem para Ele.
O filho mais novo, como muitos que são rebeldes e imaturos, quis ficar livre
para viver como bem lhe parecesse, e teve de chegar a pior situação possível antes
de cobrar o juízo e se arrepender: “E, caindo em si, ...”.
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A palavra de Deus nos assegura se formos obedientes e dispostos, Cristo nos
perdoará e removerá todas as manchas indeléveis (Sl 51. 1-17).
Você, prezado amigo leitor, já se sentiu estagnado em relação a sua fé, como
se estivesse seguindo uma rotina?
Alguma vez o pecado já estabeleceu uma barreira entre você e Deus, fazendo
parecer que Ele estava distante?
Pois bem, Davi se sentiu assim. Ele pecou com Bate-Seba, e logo foi
confrontado pelo profeta Natã. Em oração, ele clamou a Deus: “Torna a dar-me a
alegria da tua salvação”. O Senhor quer que estejamos próximos a Ele e que
experimentemos a sua vida plena e completa: “eu vim para que tenham vida, e a
tenham com abundância”. (João 10.10b).
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CONCLUSÃO
Assim, como bem entoou Oséias de Paula: “As noventa e nove deixou no
aprisco e pelas montanhas a buscá-la foi; porém numa tarde a encontrou gemendo,
curou suas feridas, pois logo em seus ombros e ao redil voltou.” (Lc 15.4).
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