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Básica
Edição, Revisão e
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Desenho Gráfico
e Produção Ser Integral Consultoria em Recursos Humanos Ltda.
Conteúdo Vale
Prezado Empregado,
Você está na Trilha Técnica da Manutenção Ferroviária participando
do curso “Sinalização Básica”.
Conhecimentos
”
Habilidades
da via.
”
Nesta apostila, você aprenderá sobre os componentes integrantes do sistema de sinalização básica
No primeiro capítulo, obterá informações gerais sobre a via permanente, compreendendo a neces-
sidade dos elementos eletroeletrônicos de sinalização da via.
Por fim, estudará o funcionamento dos cabos coaxial e óptico, que fazem a ligação e a transmissão
de informações entre os equipamentos dispostos anteriormente.
C AP Í T U LO I
“
V IA P ER M A NEN T E
”
Neste primeiro capítulo, você estudará a via permanente e compreenderá a composição de sua estrutura.
A via permanente, também conhecida “linhas de trem”, é a superestrutura da estrada de ferro e por
isso está muito sujeita a desgastes provocados por:
Devido a esses desgastes, ela é construída de forma que possa ser facilmente renovada quando:
os desgastes sofridos atingirem o limite máximo que é tolerável para a segurança e para a
comodidade da circulação;
lubrificação;
socaria;
esmerilhamento;
alinhamento.
O procedimento de socaria manual é adotado após o nivelamento da linha para garantir a correção
geométrica.
Essas técnicas consistem em preencher os espaços vazios que estão sob os dormentes com lastro.
12
1 Cite duas importantes atividades desenvolvidas para a manutenção da via permanente.
relembrar
Sinalização Básica 13
CAP Í T U L O II
“
EQUIPA M ENTOS D A V I A
”
Neste capítulo, você aprenderá sobre os equipamentos presentes na via permanente que garantem
a segurança e o bom funcionamento dela, assim como alguns procedimentos para sua manutenção
e precauções a serem tomadas em caso de interferências no sistema.
Passagem estreita
SLS entre Ferrovia e Acesso Aprox. 400m
( 875 + 300) a (876 + 000) 878+080
A1 878+850
Deverá ter bastante cuidado
877+700
quando da escavação de
forma a garantir a distância 878+080
Passagem estreita de segurança da ferrovia.
entre Ferrovia e Acesso 875+717
m
875+450
( 874 + 000) a (874 + 200)
2301
Deverá ter bastante cuidado
ox.
876+450
Apr
quando da escavação de 874+884
forma a garantir a distância
0m
75
de segurança da ferrovia. Fazer caixa E1, Instalar
x.
caixa FOSC, deixar 30m de
ro
874+301 875+720
Ap
sobra de cabo óptico.
Lançar cabo óptico dessa
caixa até a caixa no abrigo
873+624 (A1) do Pátio.
872+289
)
ico
ópt
873+450 bo
de ca
ob ina
871+738 (1 b
Km
Fazer caixa E1, Instalar ox.
4 Ponta de Agulha (PA)
Apr
caixa FOSC, Deixar
30m de sobra de cabo Abrigo de Sinalização
óptico.
Caixa de Passagem, E1, existente
870+450
Caixa de Passagem, E1, a implantar
o)
bo óptic Bueiro ao longo da Ferrovia
a de ca
bobin
m (1
x. 4 K Encaminhamento Cabo Óptico Backbone CVRD
Apro
01 02 MCH MCH 02 01
CV CV CV
Abrigo 01 Abrigo 02
sinalização sinalização
Legenda
Detector de descarrilhamento
Máquina de chaves
16
CDV II
SLS CJS
A função desse equipamento é permitir o desvio de uma linha sinalizada para outra linha que seja
sinalizada ou não.
SB
SB
SB
SB
SB SB
SB
Sinalização Básica 17
NOTA: o sistema de sinalização garante, com segurança, a circulação de somente um trem em
cada seção de bloqueio (SB).
SB
Sobre a placa
Essa placa indica o ponto em que se iniciam as seções de bloqueio intermediárias na linha sinali-
zada ou seção de bloqueio em linha não sinalizada.
verificar a livre movimentação dos tirantes e a lubrificação das chapas de apoio das lanças,
solicitando ao CCO a devida movimentação da máquina de chave;
Trilho
O trilho de encosto não deve apresentar buracos ou calos na superfície do boleto, pois isso poderá
provocar vibração excessiva com a passagem de trens, acarretando perda de indicação.
18
Agulha
Verifique, visualmente, o alinhamento dos tirantes AMV e os faceamentos entre as pontas de agu-
lhas e o trilho de encosto para normal e reverso.
Local de manutenção
Tenha extremo cuidado com as partes móveis da máquina de chave (lanças, roletes e tirantes),
principalmente quando a manutenção é realizada próxima ao local onde ela está alocada.
Procedimento de socaria
O procedimento de manutenção da máquina de chave é de extrema importância para que não ocor-
ram acidentes durante sua movimentação.
A falta de lubrificação é um dos fatores que pode acarretar problemas a máquina de chaves, como,
por exemplo, a impossibilidade do movimento das lanças e, em conseqüência, os seguintes eventos:
Sinalização Básica 19
Ilustrações da máquina de chave (modelo JEA – 73)
20
Ilustrações da máquina de chave (modelo P – 80)
Sinalização Básica 21
DISPOSITIVO PEDAL CONTADOR DE EIXOS (EAK)
A função desse equipamento é contar e decontar os eixos dos trens, autos e máquinas de linha que
entram e saem respectivamente da região de BA (bloqueio automático de trecho singelo).
Exemplo: 100,99,98,97....
Pode-se dizer também que ele serve para detectar a passagem de rodeiros na via e envia informa-
ção para o bloqueio do trecho.
Sua localização é sempre na saída dos pátios, logo após o circuito de chaves.
É necessário ter um extremo cuidado para que não sejam manuseados materiais metálicos próxi-
mos ao EAK.
A passagem desse tipo de material sobre os pedais acarreta ocupação da via singela (BA), provo-
cando os seguintes problemas:
A caixa do EAK também não deve ser instalada muito próxima à via, visto que essa situação pode
provocar acidentes pessoais, quebra da caixa e danos aos cabos de ligação.
22
Ilustração da caixa EAK instalada muito próxima ao trilho
Sinalização Básica 23
Ilustração dos pontos de instalação dos pedais de EAK (BA)
CDV II
SLS CJS
CDV I
CC 01 CDV CDV 03 CDV CC 01
BA 02 03 02 BA
Ponto de ocupação do BA
SB
SB
SB
SB
SB SB
SB
24
TRAVADOR ELÉTRICO (TE)
O travador elétrico tem por função controlar os aparelhos de mudança de via (AMV), que permitem
o desvio de uma linha sinalizada para outra linha sinalizada ou não.
Em locais onde o TE está instalado, a manutenção deve ser feita com cuidado para que não se
atinjam a unidade de detecção (UD) e os cabos de circuitos de via existentes nessa região.
Com relação à lubrificação do equipamento, esta deve ser feita com regularidade. Caso isso não ocorra,
a movimentação das lanças poderá ficar impossibilitada, podendo provocar as seguintes situações:
quebra do lacre;
Sinalização Básica 25
Vista frontal do travador elétrico – com tampa aberta
BA BA
26
O circuito de via é composto por:
juntas isoladas;
caixa de CDV.
Sinalização Básica 27
Problemas no circuito de via
acidentes pessoais;
28
Cuidados com a manutenção
Em caso de manutenção da via permanente, não transporte materiais metálicos entre as extremida-
des do circuito de via e fique atento à quebra de algum cabo dos CVDs ou CCs conectado ao trilho.
Se for necessária a intervenção sobre a via sinalizada, é extremamente importante comunicar isso
ao CCM (canal 1).
Os detectores de descarrilamento ficam entre os dois trilhos. Existem dois lugares onde costumam ser
instalados:
nos circuitos de via 02 e circuito de código 01 dos trechos de via singela exteriores aos pátios
(para proteção dos AMVs);
Sinalização Básica 29
Cuidados especiais durante a manutenção
Em caso de manutenção nas proximidades do equipamento, fique atento para não provocar a quebra
dos seguintes elementos:
barra;
cabos de conexão;
corte de código para o trem que estiver cumprindo rota no pátio afetado;
30
Ilustração de detalhe na conexão de cabos elétricos
01 02 03 I 03 02 01
ddI -1A1 ddI -1A2 D*
DD antigo
D*
Distância suficiente para o trem parar antes que o rodeiro
descarilhado atinja o cv03; essa distância depnde do perfil da via
Ao efetuar procedimentos de manutenção, como o bizelamento, fique atento para não unir as extre-
midades com o instrumento de trabalho (serras).
Sinalização Básica 31
NOTA: bizelamento é uma espécie de polimento feito nos trilhos.
É importante repor ou instalar bondeamentos nas juntas do coração de jacaré e nas juntas metálicas.
Quando forem efetuados procedimentos de socaria manual ou mecanizada, evitar danificar os cabos
de ligação aos trilhos.
32
Ilustração da junta isolante colada
Sinalização Básica 33
HOT BOX / HOT WHEEL
O hot box e o hot wheel operam por meio da coleta de sinais analógicos de calor transmitidos quan-
do as rodas passam pelos scanners.
Medir as rodas;
Armazenar as rodas;
Tratar as temperaturas das caixas de rolamentos dos trens em movimento (de 9 km/h a 192 km/h).
O uso do hot box também possibilita a prevenção contra os descarrilamentos causados por:
falhas no rolamento;
quebra de roda por inversão térmica devido à aplicação indevida dos freios.
Memória não volátil armazena 150.000 eixos (máximo de 1.600 eixos por trem);
34
Componentes do sistema
Transdutores;
Rádio MDS;
Banco de baterias;
Barra de alinhamento;
Case.
Legendas:
A –transdutores
B – scanner
Sinalização Básica 35
Ilustração do equipamento hot wheel
Hot Wheel
Scanner
As temperaturas das caixas de rolamento e das rodas são lidas pelos scanners de hot box e de hot
wheel, respectivamente, sempre que o trem passa pelo ponto de detecção.
Os dados obtidos são enviados da case para o abrigo de microondas mais próximo, por meio de um
rádio-modem spread spectrum MDS.
No abrigo, esses dados entram no Fox e seguem pela rede de fibra óptica até o Office (supervisório do
sistema hot box) localizado no CCM.
Os dados são enviados ao SGF por intermédio da interface MQ Series, disponibilizando as informações
ao operador.
Quando é constatado algum problema no trem, o sistema no hot permite que alarmes sejam ativados
automaticamente para a operação de trens nas duas direções.
As condições de alarme são gravadas e transmitidas ao Office (no CCM) por meio de uma rede de
comunicação por pooling.
36
Ilustração do funcionamento do sistema
O sistema se baseia na lógica de estados entrada, a partir da premissa que a máquina possui
estado finito.
Cada estado da máquina corresponde a uma entrada, que ocorre de maneira única e que pode
permanecer do mesmo modo ou mudar para um novo estado.
Quando não há trem presente ou se aproximando, vários circuitos do MicroHBD monitoram o circuito
de via ou os transdutores para a chegada do próximo trem.
Durante esse estado, o sistema periodicamente checa a si mesmo e os equipamentos de via procu-
rando por alguma falha.
Sinalização Básica 37
O MicroHBD pode ser configurado para gerar um relatório e informar ao Office logo que uma falha
é detectada.
Além dos testes automáticos, podem ser feitos testes manuais, porém, só quando o MicroHBD esti-
ver no estado sem trem ao redor.
Esse estado se inicia quando o transdutor ou o circuito de via detecta a presença de um trem.
O único teste realizado nesse estado é a conferência das entradas digitais usadas pelos detectores
auxiliares (carga alta, carga larga etc. – não usados na Vale).
O MicroHBD permanece no estado trem chegando até que um mínimo de quatro eixos passem pelos
transdutores.
Estando nesse estado, todos os comandos para testar o sistema manualmente ou modificar os
parâmetros do sistema estão desabilitados.
Quando um trem estiver passando, a principal função do MicroHBD é medir e processar os dados de
temperatura coletados pelos scanners e comparar com os valores de alarme estabelecidos.
Dados como separação de carros, direção, velocidade, comprimento, contagem de eixos e espaça-
mento entre eixos serão analisados e armazenados assim que o trem deixar o site.
O trem deixa o site e o sistema realiza sua análise pós-trem, que inclui funções como:
teste de integridade;
38
O envio de mensagens pós-trem inclui: o nome do site, localização, informações de alarme (tipo,
eixo, lado), direção, velocidade, comprimento, contagem de eixos e de carros, temperatura ambiente
e estado do sistema/teste de integridade.
A unidade microHBD possui leds de sinalização que podem ser usados para diagnosticar o seu bom
funcionamento.
LED FUNÇÃO
Wheel gate – Este led pisca toda vez que um sinal
DS1 – A
válido dos transdutores A e B é recebido
DS1 – B Trem presente (ON)
DS1 – C Alarme presente
DS2 – A Buzz protocol ativo no HWD
DS2 – B Buzz protocol ativo no HBD
Watch dog – Este led pisca 1 vez por segundo para
DS2 – C
mostrar que o circuito watch dog está ativo
DS3 – A Não usado
DS3 – B Não usado
DS3 – C Não usado
Sinalização Básica 39
Funcionamento dos alarmes
Quando ocorre um alarme de hot box ou hot wheel na composição, este ativa o módulo de alarme do
supervisório, que indicará visual e sonoramente a ocorrência do evento.
Vale ressaltar que o alarme não atua no sinal recebido pelo trem. Porém, quando ocorrer o acionamento
do alarme, o operador do CCO tráfego deverá cancelar a rota de partida do pátio à frente para que o trem
pare no interior desse pátio, cumprindo a curva de frenagem do Controle Automático do Trem (ATC).
40
1 Complete as sentenças abaixo:
relembrar
a) O ___________________ não deve apresentar buracos ou calos na superfície do boleto,
pois isto poderá provocar ___________________ excessiva com a passagem de trens,
acarretando perda de indicação.
2 Quais as conseqüências da falta de movimentação das lanças na casa de chave causada por
falta de lubrificação?
3 Cite os problemas que podem ser ocasionados pela passagem de metais sobre os pedais de EAK.
4 Quais problemas poderão ocorrer no caso de quebra dos cabos do CDD ou CC?
Sinalização Básica 41
C AP Í T U L O III
“CABOS
metálico (armado);
”
Neste capítulo, você estudará o funcionamento, a utilização e a manutenção dos cabos mais utili-
óptico (monomodo).
CABOS METÁLICOS
A função dos cabos metálicos é interligar equipamentos que compõem os sistemas de sinalização
e telecomunicações da eletroeletrônica.
Existem cabos internos e externos aos abrigos de sinalização que permitem interconectar os abrigos
e encaminhar sinais elétricos e ópticos.
44
Ilustração de metro de cabo coaxial
Por meio dos cabos metálicos e dos ópticos trafegam sinais de controle necessários para a opera-
cionalização dos equipamentos de via e de abrigo.
Devido a isso, os procedimentos de manutenção deles é bem definido, principalmente para situa-
ções emergenciais como ruptura ou degradação.
Os cabos de interligação entre abrigos e equipamentos de via são todos diretamente enterrados em va-
las de 80 cm de profundidade por 30 cm de largura e distanciados, em média, a 4 m do centro da via.
Sinalização Básica 45
Diagrama geral do cabeamento utilizado em pátio de sinalização
Depois dos equipamentos serem instalados, são feitas pesquisas e localizados os pontos de falhas
no cabo defeituoso. Para isso:
2. certifique-se que a linha viva de alimentação não toca em partes dos bastidores ou em outros
cabos;
3. conecte os cabos de teste (saída AT) aos condutores a serem pesquisados os defeitos ou entre
o condutor e a terra;
4. confirme que está tudo livre. Então, ligue o equipamento para iniciar o processo de combustão
do cabo;
46
5. teste a isolação dos condutores entre eles e em relação ao terra da seguinte forma:
aguardar alguns instantes até que a corrente de queima chegar ao limite máximo;
após essa operação reduzir a tensão ao mínimo, observar a leitura no quilovoltímetro até
chegar a zero e desligar o equipamento;
Feita essa operação, inicia-se a pré-localização da falha, procedimento que será descrito mais adiante.
O TDR (Time Domain Reflectometer) é um instrumento utilizado para localizar falhas de forma rápi-
da em cabos metálicos do tipo curtos:
cabos abertos;
com defeitos;
dobras;
frisos.
O TDR é utilizado como terminador e pode ser empregado sem a necessidade de romper o cabo,
mostrando a exata localização do ponto avariado.
O método de refletometria de baixa tensão, utilizado em cabos de baixa tensão, consiste de duas
etapas: pré-localização e localização pontual.
Pré-localização
Sinalização Básica 47
NOTA: devido às condições reais em que estão lançados os cabos nos pátios, não é possível deter-
minar com precisão o local exato de uma falha.
Em seguida, é enviado um pulso de tensão por intermédio do equipamento localizador de falhas que
se baseia no princípio do radar (ecometria).
Vale destacar que a ecometria consiste em enviar um pulso de tensão por meio do par em teste
quando o equipamento é acionado para realizar uma medida. O FL-1 é um modelo de ecômetro,
destinado a localizar falhas em cabos multipares pelo princípio do radar.
As falhas são detectadas quando resultam de variação de impedância característica do meio (par
de condutores), provocando reflexão desse pulso.
Localização pontual
São utilizados para isso detectores acústicos, magnéticos ou de gradiente de potencial, pesquisan-
do-se falhas no local definido na pré-localização.
CABO INTERROMPIDO
Baixa resistência
Por isso, apesar do condutor ser de baixa resistência (valores acima de 100 ohms), não é possível
fazer a pré-localização de imediato.
É necessário utilizar a combustão nos condutores do cabo para abaixar esses valores e realizar a
pesquisa.
48
Alta resistência
São valores de resistência na ordem de Mohms, mas que se encontram abaixo do valor mínimo
nominal aceitável para os parâmetros de comprimento e diâmetro do cabo em teste.
É importante baixar esses valores até se chegar ao mínimo necessário para a pesquisa de defeito
com pré-localização.
Cabo interrompido
Um cabo pode apresentar altos valores de isolação entre condutores e para a terra, porém possuin-
do uma interrupção (descontinuidade) em um condutor.
Esse é um tipo de falha é muito comum por ação de roedores ou de descargas atmosféricas.
No caso de cabo interrompido, a localização da falha poderá ser feita pelo método acústico, por
geração de um sinal de áudio freqüência.
A localização do(s) ponto(s) de falha(s) no cabo defeituoso é seguida da etapa de reparação das
mesmas.
Deve ser iniciada, pelos serventes, a abertura de uma vala com comprimento aproximado de 3 m.
Durante todo esse processo é necessária extrema atenção, principalmente quando a vala se aproxi-
ma da profundidade em que se encontram os cabos, a fim de evitar o corte acidental de outro cabo
que esteja junto ao defeituoso na vala.
Sinalização Básica 49
Existem situações em que na etapa de pesquisa e localização de defeitos aparecem pontos de falha
muito próximos um ao outro. Nesses casos, é conveniente que se faça um by-pass em alguns lances
do cabo e se prossiga com a pesquisa dos lances posteriores.
O lance em questão, quando for ser feito o reparo, deverá ser substituído e feito o relaçamento com
cabo novo.
Quando temos todos os pontos de falha localizados e definidos, parte-se para a normalização do
cabo em manutenção com a confecção de emendas definitivas.
O cabo só é considerado recuperado quando todos os seus lances trabalhados apresentam valores
de isolação acima do valor mínimo nominal aceitável, considerando como parâmetro a bitola do
condutor e o comprimento do lance.
Confecção de emendas
Como materiais de limpeza, utilize: estopa, toalhas de papel, álcool ou isoparafina e, se possível,
lona encerada sobre o local.
OBSERVAÇÃO: todos os pontos de emendas deverão ser locados e anotados em planilha de re-
paros de cabos ou desenhos do pátio.
01 soprador térmico;
50
lâmpadas;
01 chapéu de sol;
01 megômetro;
01 TDR;
emendas termocontráteis;
O cabo de fibra óptica é um núcleo de vidro muito fino, feito de sílica com alto grau de pureza, envol-
vido por uma camada (também de sílica) com índice de refração mais baixo, chamada de cladding.
Revestimento
Casca
Núcleo
Sinalização Básica 51
Ilustração do interior de cabos de fibra óptica
O cabo de fibra óptica transmite luz pelo núcleo de fibra e essa luz é refletida pelas paredes internas
do cabo, compondo um esquema de refração interna total.
Apesar de ser transparente, a fibra é capaz de conduzir a luz por longas distâncias, com um
índice de perda muito pequeno;
Como os fios de fibra são muito finos, é possível que um cabo modesto tenha um grande volume
deles em seu interior, o que o torna melhor que o fio de cobre;
Os cabos ópticos são imunes à interferência eletromagnética, visto que transmitem luz e não
sinais elétricos.
52
Ilustração da transmissão de dados pelo cabo de fibra óptica
Tipo
Cabo óptico;
Geleado;
Fibras monomodo;
Diretamente enterrado.
Características
Lançado no lado direito da ferrovia (sentido SLS à CKS). Em alguns casos, são lançados na
esquerda aos obstáculos;
Sinalização Básica 53
Cuidados a serem tomados com os cabos na EFC
Verificar se o cabo óptico pode estar de 3 m a 4,5 m em regiões sem área lateral;
Não executar quaisquer tarefas pondo o cabo óptico em risco sem a presença da equipe de
eletroeletrônica.
54
PV
BRITA
CJS
BRITA
Cx TLM CORTE
Cx TLM
3m
3m
DETALHE DA CAIXA
Caixa de passagem do tipo E1 LISTA DE MATERIAIS DE PASSAGEM E1 1m
(a construir)
• 500 metros de Cabo Fibra Óptico 48 e 24;
Distanciamento cabo - via • 450 metros de Fita Testemunha;
• 450 metros de Vala;
CFO a ser substituído • 500 Tijolos de 06 furos;
Manter obra de CFO,
• 05 Sacos de cimento; mínimo de 15 m por cabo.
• 04 Caixas de alvenaria tipo E1;
CFO a ser lançado SENTIDO
• 02 Marcos de concreto;
MINA
• 04 Tampas de concreto 1,10 x 1,10 x 0,06;
Bueiro / PV • 04 Caixas FOSC 100. DETALHE DA
SENTIDO TAMPA DA CAIXA
SOLO PORTO
Envelopamento
Sinalização Básica
55
Ilustração dos locais percorridos pela fibra óptica
ELEVAÇÃO
107,336
107,434
107,337
107,472
107,337
104,815
101,068
101,119
98,919
98,939
TERRENO
PROFUND.
1,20
TERRENO
DISTÂNCIA
EIXO-CABO
55,23
54,21
52,37
50,79
41,01
32,28
22,30
53,94
53,07
51,81
DETALHES DA LOCALIZAÇÃO
DO CABO COM RELAÇÃO
A FERROVIA.
10,00
13,78
41,36
81,77
88,98
17,00
44,28
48,15
86,90
EIXO
8,28
100
200
000
FERROVIA
(Km)
DISTÂNCIA
CS
4740
4750
6557
100
50
FERROVIA
Antes de saírem para a execução do reparo, as equipes devem verificar seu kit de manutenção óptica.
56
ITEM EQUIPAMENTOS/ACESSÓRIOS OK NOK QUANTIDADE
1 OTDR 01 unidade
2 MÁQUINA DE FUSÃO 01 unidade
3 BATERIA DA MÁQUINA DE FUSÃO 01 unidade
4 CORDA (mínimo de 30 metros) 01 peça
5 TRENA (50 metros) 01 unidade
6 GERADOR / MEDIDOR ÓPTICO 01 casal (par)
7 FIBER FONE 01 casal (par)
8 MALETA DE FERRAMENTA 01 unidade
9 GRUPO GERADOR 01 unidade
10 MÁQUINA FOTOGRÁFICA 01 unidade
MATERIAIS DE ESCAVAÇÃO:
01 unidade
ENXADAS
11 FACÃO 01 unidade
PICARETAS 02 unidades
PÁS 02 unidades
12 SOPRADOR TÉRMICO 01 unidade
13 GARRAFA PARA ÁGUA 02 unidades
14 CHAVE DAS ESTAÇÕES (Embratel e Telemar) 01 unidade de cada.
Todas as informações
16 FACILIDADES DE OCUPAÇÃO DE CABO ÓPTICO
de fibra TLM/EBT
SOCORRO DE ILUMINAÇÃO:
03 unidades
Lâmpadas
16
Extensão 01 peça.
Pendentes 03 unidades
17 LANTERNAS. (04 unidades) 03 unidades
18 BARRACA 01 unidade
19 GASOLINA (50 litros) 01 vasilhame
20 AS-BUILT 01 unidade
21 REPELENTES (AUTAN) 02 unidades
22 VEÍCULO Vale 01 unidade
23 MESA E CADEIRAS 01 jogo
CABO DE FIBRA (30 metros)
24 Observação: deverá haver 02 cabos de 48 fibras com 01 peça
as extremidades prontas com caixas de emendas
MATERIAIS DE SEGURANÇA:
03 unidades
Perneiras
25
Capuz 03 unidades
Coletes de segurança 03 unidades
Sinalização Básica 57
MATERIAIS DE LIMPEZA
10 unidades
Sacos de lixo
Cotonetes 02 caixas
Algodão 02 caixas pequenas
26
Papel toalha 01 rolo
Álcool isopropílico 02 litros
Isoparafina 02 litros
Estopas 10 kg
27 LONA PLÁSTICA PARA PROTEÇÃO DO PISO NA BARRACA 01 unidade
28 BOMBONAS PARA ÁGUA 02 unidades
29 BATERIA AUTOMOTIVA 01 unidade
30 RÁDIOS PORTÁTEIS 02 unidades
31 BATERIAS SOBRESSALENTES PARA RÁDIOS PORTÁTEIS 04 unidades
32 ABRAÇADEIRAS PLÁSTICAS 100 unidades
MATERIAIS ESSENCIAIS:
02 unidades
33 CAIXA FOSC COMPLETA
TUBETES (citar quantidade) 100 unidades
Os equipamentos utilizados para esse procedimento são: medidor e gerador de sinal óptico, atenu-
adores e acopladores ópticos.
Modelos de acopladores
Acoplador Acoplador
Cordão de
Cordão de
Cordão de emissão
emissão
recepção Cordão de
Não altere recepção
esta conexão
Aço plador
58
Testes de refletometria
Esse teste é executado utilizando o OTDR (Optical Time Domain Reflectometer), que tem como prin-
cípio básico gerar um sinal óptico na fibra e verificar, por meio de sinais refletidos, pontos de
atenuação óptica.
De acordo com o tipo de OTDR, os parâmetros também podem variar, por isso é importante a zona morta.
É a faixa em que as medidas podem sofrer oscilações devido a não precisão do equipamento naque-
le ponto. Quanto menor a zona morta, melhor a leitura.
Sinalização Básica 59
Emendas em cabos ópticos
Emendas mecânicas
Esse tipo de emenda é mais utilizada em casos emergenciais, nos quais a atenuação não é tão
crítica para o sistema.
A emenda mecânica utiliza estruturas mecânicas dotadas de travas que permitem alinhar as fibras.
Essas travas evitam que a fibra se mova no ponto emendado, contendo líquidos casadores de índice
e refração entre as fibras, com a função de diminuir a reflexão (as perdas de Fresnel).
É importante, nesse tipo de emenda, que as fibras também sejam limpas e clivadas.
Fibras ópticas
Fibras ópticas
Cobertura
Elemento de travamento
Fibras ópticas
Centralizadores finais
Centralizadores finais
Corpo do conector
Fibras ópticas
60
Emendas por fusão
Para esse tipo de emenda é utilizado o instrumento máquina de fusão, que efetua o alinhamento e
a “soldagem” da fibra, finalizando o processo de fusão.
NOTA: a soldagem da fibra é feita por intermédio de um arco voltaico, elevando-se a temperatura
nas pontas das fibras.
No processo de fusão, as fibras são revestidas de resinas (tubetes) que evitam a ruptura nesse
ponto emendado.
Esse processo é feito pelo clivador e consiste em um corte exato na ponta da fibra óptica, sendo
essencial para que na fusão haja exata aproximação dos núcleos das fibras a serem emendadas.
Ilustração de clivador
Sinalização Básica 61
Depois que as emendas ópticas são realizadas, todas são acondicionadas em uma caixa de emenda
óptica, própria para o ambiente de instalação do cabo (aéreo ou subterrâneo).
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Quando um cabo óptico se rompe, geralmente, é utilizado o procedimento emenda emergencial, cujo
objetivo é recuperar de imediato os sistemas ativos (emendando apenas as fibras ativas).
0.4
12
COMPACTAC
CFO TLM
CFO EBT
OBSERVAÇÃO:
O CFO será lançado a 1.20 metros de profundidade
Ilustrações de trabalhos em cabo óptico (escavação para cabo definitivo e caixa de inspeção)
Sinalização Básica 63
1 Correlacione os equipamentos a suas respectivas funções:
(7) EAK
( ) conta e deconta os eixos dos trens, autos e máquinas de linha que entram e saem respec-
tivamente da região de BA.
( ) controla os AMVs.
( ) detecta a presença de trens na via sinalizada, envia sinal para os trens e detecta trilho
quebrado na região sinalizada.
( ) permite o desvio de uma linha sinalizada para outra linha que seja sinalizada ou não.
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3 Complete os espaços em branco nas linhas/colunas, associando corretamente os procedi-
mentos a suas definições.
Procedimento Definição
Zona morta
Emenda definitiva
( ) O teste de refletometria tem como princípio básico gerar um sinal óptico na fibra e verifi-
car, por meio de sinais refletidos, pontos de atenuação óptica.
( ) Entre as vantagens do uso do cabo de fibra óptica está o fato de ele, apesar de transpa-
rente, ser é capaz de conduzir a sombra por algumas distâncias, com um índice de perda
muito pequeno.
( ) As emendas dos cabos metálicos podem ser realizadas independentemente das condi-
ções climáticas.
Sinalização Básica 65
VALE A PENA RELEMBRAR!
GABARITOS
CAPÍTULO I
OBS: o aluno deverá citar apenas duas opções das respostas apontadas.
2) Quando os desgastes sofridos atingirem o limite máximo que é tolerável para a segurança e para
a comodidade da circulação e/ou quando algum componente da via tiver de ser substituído, em
virtude do aumento da intensidade do tráfego ou da carga por eixo do material.
CAPÍTULO I
3) Corte de rotas para os trens, impossibilidade de sinal para os trens, atraso na circulação de trens.
4) Ocupação indevida da via, impossibilidade de liberação de rotas para o trem, corte de rotas já
existentes para o trem, impossibilidade de codificação de sinal, atraso na circulação de trens.
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EXERCITANDO PRA VALER!
GABARITOS
1) 7 – 2 – 5 – 4 – 6 – 3 – 1
3)
Procedimento Definição
Zona morta Faixa em que as medidas podem sofrer osci-
lações devido a não precisão do equipamento
naquele ponto
Clivagem Corte exato na ponta da fibra óptica, sen-
do essencial para que na fusão haja exata
aproximação dos núcleos das fibras a serem
emendadas
Emenda definitiva Consiste na construção de caixas de inspeção
em alvenaria ou pré-moldada, em que serão
feitas as emendas nos cabos
4) V – V – F – F – V
Sinalização Básica 67
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ANOTAÇÕES