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Sinalização

Básica
Edição, Revisão e
Desenho Instrucional ID Projetos Educacionais


Desenho Gráfico
e Produção Ser Integral Consultoria em Recursos Humanos Ltda.

Conteúdo Vale

Conteudistas Diógenes Silva – São Luís (MA)


Elane Estrela – São Luís (MA)

Fevereiro 2008 Impresso pela Ser Integral Consultoria em Recursos


Humanos Ltda. no Brasil.

É proibida a duplicação ou reprodução deste material, ou parte do mesmo,


sob qualquer meio, sem autorização expressa da Vale.
“ O amor,
o trabalho e o conhecimento são as
fontes de nossa vida.
Wilhelm Reich ”
“ A P R ES ENTA ÇÃ O

Prezado Empregado,
Você está na Trilha Técnica da Manutenção Ferroviária participando
do curso “Sinalização Básica”.
Conhecimentos

Habilidades

A Valer - Universidade Corporativa Vale - construiu esta Trilha em


conjunto com profissionais representantes da área (comitê técni-
co, supervisores e técnicos) com o objetivo de identificar as com-
petências indispensáveis para o melhor desempenho das funções
técnico-operacionais da ferrovia e organizar as ações de desenvol-
vimento necessárias para desenvolvê-las.

Competência é a união de conhecimentos, habilidades e atitudes.

Todos os treinamentos contidos na Trilha Técnica contribuem com o


desenvolvimento de suas competências tornando-o apto a executar
seu trabalho com mais qualidade e segurança, agindo em confor-
midade com os padrões exigidos pela Companhia.
Atitudes
Agora é com você. Vamos Trilhar?

SU M ÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I VIA PERMANENTE 11

CAPÍTULO II EQUIPAMENTOS DA VIA 15


Máquina de chave (MCH) 17
Dispositivo pedal contador de eixos (EAK) 22
Travador Elétrico (TE) 25
Circuito de Via (CDV/CC) 26
Detector de descarrilamento (DD) 29
Juntas isolantes e metálicas 31
Hot box / hot Wheel 34

CAPÍTULO III CABOS 43


Cabos metálicos 44
Funcionamento dos cabos metálicos 45
Cabos de fibra óptica 51
Funcionamento dos cabos ópticos 52
“INT R OD UÇ Ã O

da via.

Nesta apostila, você aprenderá sobre os componentes integrantes do sistema de sinalização básica

No primeiro capítulo, obterá informações gerais sobre a via permanente, compreendendo a neces-
sidade dos elementos eletroeletrônicos de sinalização da via.

Em seguida conhecerá a localização e a utilização dos seguintes elementos: máquina de chave,


dispositivo pedal contador de eixos, travador elétrico, circuito de via, detector de descarrilamento,
juntas isoladas metálicas, hot box e hot eheel.

Por fim, estudará o funcionamento dos cabos coaxial e óptico, que fazem a ligação e a transmissão
de informações entre os equipamentos dispostos anteriormente.
C AP Í T U LO I

V IA P ER M A NEN T E


Neste primeiro capítulo, você estudará a via permanente e compreenderá a composição de sua estrutura.

A via permanente, também conhecida “linhas de trem”, é a superestrutura da estrada de ferro e por
isso está muito sujeita a desgastes provocados por:

rodas dos veículos;

variações atmosférica (como temperatura, umidade e vento) etc.

Devido a esses desgastes, ela é construída de forma que possa ser facilmente renovada quando:

os desgastes sofridos atingirem o limite máximo que é tolerável para a segurança e para a
comodidade da circulação;

algum componente da via tiver de ser substituído, em virtude do aumento da intensidade do


tráfego ou da carga por eixo do material.

Atividades importantes executadas na manutenção de via permanente:

lubrificação;

socaria;

esmerilhamento;

alinhamento.

O procedimento de socaria manual é adotado após o nivelamento da linha para garantir a correção
geométrica.

Essas técnicas consistem em preencher os espaços vazios que estão sob os dormentes com lastro.

12
1 Cite duas importantes atividades desenvolvidas para a manutenção da via permanente.
relembrar

2 Em que situações a via permanente precisa ser renovada?

Sinalização Básica 13
CAP Í T U L O II

EQUIPA M ENTOS D A V I A


Neste capítulo, você aprenderá sobre os equipamentos presentes na via permanente que garantem
a segurança e o bom funcionamento dela, assim como alguns procedimentos para sua manutenção
e precauções a serem tomadas em caso de interferências no sistema.

Ilustração de equipamentos de via presentes no trecho São Luís-Carajás


879+369
Situação Pátio Km 877 Caixa E1, existente, instalar
caixa FOSC, deixar 30m de
CARAJÁS
CJS
sobra de cabo óptico.
Lançar cabo óptico dessa A2
caixa até a caixa no abrigo
(A2) do Pátio.
879+360
A2 878+836

Passagem estreita
SLS entre Ferrovia e Acesso Aprox. 400m
( 875 + 300) a (876 + 000) 878+080
A1 878+850
Deverá ter bastante cuidado
877+700
quando da escavação de
forma a garantir a distância 878+080
Passagem estreita de segurança da ferrovia.
entre Ferrovia e Acesso 875+717

m
875+450
( 874 + 000) a (874 + 200)

2301
Deverá ter bastante cuidado

ox.
876+450

Apr
quando da escavação de 874+884
forma a garantir a distância

0m
75
de segurança da ferrovia. Fazer caixa E1, Instalar

x.
caixa FOSC, deixar 30m de

ro
874+301 875+720

Ap
sobra de cabo óptico.
Lançar cabo óptico dessa
caixa até a caixa no abrigo
873+624 (A1) do Pátio.

872+289
)
ico
ópt
873+450 bo
de ca
ob ina
871+738 (1 b
Km
Fazer caixa E1, Instalar ox.
4 Ponta de Agulha (PA)
Apr
caixa FOSC, Deixar
30m de sobra de cabo Abrigo de Sinalização
óptico.
Caixa de Passagem, E1, existente
870+450
Caixa de Passagem, E1, a implantar
o)
bo óptic Bueiro ao longo da Ferrovia
a de ca
bobin
m (1
x. 4 K Encaminhamento Cabo Óptico Backbone CVRD
Apro

Fazer caixa E1, Instalar


SÃO caixa FOSC,
Encaminhamento da Ferrovia
LUÍS deixar 30m de sobra Encaminhamento de Cabo Óptico a implantar (CVRD)
Rio Gelado de cabo óptico.
Encaminhamento de Cabo Óptico a implantar (TELEMAR)
Distância aprox. considerando curvas/desvios

Ilustrações da estrutura de pátio de cruzamento típico com equipamentos de sinalização


DD DD
II

São Luís CV Carajás


Estacionamentos Junta Isolante
2300 m 2300 m 180 m 03 I 03

01 02 MCH MCH 02 01
CV CV CV

Abrigo 01 Abrigo 02
sinalização sinalização

Legenda

Detector de descarrilhamento

Máquina de chaves

CV Caixa circuito de via

16
CDV II
SLS CJS

CC 01 CDV 02 CDV 03 CDV I CDV 03 CDV 02 CC 01

Local de influência no equipamento MHC

MÁQUINA DE CHAVE (MCH)

A função desse equipamento é permitir o desvio de uma linha sinalizada para outra linha que seja
sinalizada ou não.

Esse procedimento é feito mediante a movimentação e o travamento mecânico do AMV.

Ilustrações do bloqueio automático de trecho singelo dispositivo contador de eixos EAK

SBs de um pátio de cruzamento típico - sentido porto

SB
SB

SB

SBs de um pátio de cruzamento típico - sentido mina

SB

SB SB
SB

Sinalização Básica 17
NOTA: o sistema de sinalização garante, com segurança, a circulação de somente um trem em
cada seção de bloqueio (SB).

Ilustração da placa indicativa de início da seção de bloqueio

SB
Sobre a placa

Essa placa indica o ponto em que se iniciam as seções de bloqueio intermediárias na linha sinali-
zada ou seção de bloqueio em linha não sinalizada.

Procedimento de manutenção da máquina de chave

Para realizar a manutenção do equipamento, você deve:

verificar a livre movimentação dos tirantes e a lubrificação das chapas de apoio das lanças,
solicitando ao CCO a devida movimentação da máquina de chave;

verificar a integridade física da ponta de agulha e do trilho de encosto.

Trilho

O trilho de encosto não deve apresentar buracos ou calos na superfície do boleto, pois isso poderá
provocar vibração excessiva com a passagem de trens, acarretando perda de indicação.

18
Agulha

A ponta de agulha não deverá apresentar quebras ou deformações em sua extremidade.

Verifique, visualmente, o alinhamento dos tirantes AMV e os faceamentos entre as pontas de agu-
lhas e o trilho de encosto para normal e reverso.

Cuidados especiais durante a manutenção

Local de manutenção

Tenha extremo cuidado com as partes móveis da máquina de chave (lanças, roletes e tirantes),
principalmente quando a manutenção é realizada próxima ao local onde ela está alocada.

Procedimento de socaria

Quando houver necessidade de realizar o procedimento de socaria, execute-o nas proximidades do


AMV, a fim de evitar a vibração excessiva da máquina de chaves (MCH), devido ao laqueamento dos
dormentes.

O que pode ocorrer caso não seja feita a manutenção da MCH?

O procedimento de manutenção da máquina de chave é de extrema importância para que não ocor-
ram acidentes durante sua movimentação.

A falta de lubrificação é um dos fatores que pode acarretar problemas a máquina de chaves, como,
por exemplo, a impossibilidade do movimento das lanças e, em conseqüência, os seguintes eventos:

parada desnecessária do trem (aumento do ciclo do trem);

impossibilidade de alinhamento de rotas;

atraso na circulação dos trens (eficiência energética);

acionamento da equipe de manutenção para a normalização do equipamento.

Sinalização Básica 19
Ilustrações da máquina de chave (modelo JEA – 73)

20
Ilustrações da máquina de chave (modelo P – 80)

Sinalização Básica 21
DISPOSITIVO PEDAL CONTADOR DE EIXOS (EAK)

A função desse equipamento é contar e decontar os eixos dos trens, autos e máquinas de linha que
entram e saem respectivamente da região de BA (bloqueio automático de trecho singelo).

NOTA: Decontar – contagem de valores feita de modo decrescente.

Exemplo: 100,99,98,97....

Pode-se dizer também que ele serve para detectar a passagem de rodeiros na via e envia informa-
ção para o bloqueio do trecho.

Sua localização é sempre na saída dos pátios, logo após o circuito de chaves.

Cuidados com o pedal contador de eixos

É necessário ter um extremo cuidado para que não sejam manuseados materiais metálicos próxi-
mos ao EAK.

A passagem desse tipo de material sobre os pedais acarreta ocupação da via singela (BA), provo-
cando os seguintes problemas:

corte de rotas para os trens;

impossibilidade de sinal para os trens;

atraso na circulação de trens;

acionamento da equipe de manutenção para a normalização do equipamento.

A caixa do EAK também não deve ser instalada muito próxima à via, visto que essa situação pode
provocar acidentes pessoais, quebra da caixa e danos aos cabos de ligação.

22
Ilustração da caixa EAK instalada muito próxima ao trilho

Ilustrações das partes integrantes do EAK

Bobina TX – lado externo

Bobina RX – lado interno

Sinalização Básica 23
Ilustração dos pontos de instalação dos pedais de EAK (BA)

CDV II
SLS CJS

CDV I
CC 01 CDV CDV 03 CDV CC 01
BA 02 03 02 BA

Ponto de ocupação do BA

Ilustrações do bloqueio automático de trecho singelo dispositivo contador de eixos EAK

SBs de um pátio de cruzamento típico - sentido porto

SB
SB

SB

SBs de um pátio de cruzamento típico - sentido mina

SB

SB SB
SB

24
TRAVADOR ELÉTRICO (TE)

O travador elétrico tem por função controlar os aparelhos de mudança de via (AMV), que permitem
o desvio de uma linha sinalizada para outra linha sinalizada ou não.

Cuidados especiais com o travador

Em locais onde o TE está instalado, a manutenção deve ser feita com cuidado para que não se
atinjam a unidade de detecção (UD) e os cabos de circuitos de via existentes nessa região.

Com relação à lubrificação do equipamento, esta deve ser feita com regularidade. Caso isso não ocorra,
a movimentação das lanças poderá ficar impossibilitada, podendo provocar as seguintes situações:

dificuldade de operação do travador elétrico;

quebra do lacre;

acionamento da equipe de manutenção para a normalização do equipamento.

Ilustração do travador elétrico na via

Sinalização Básica 25
Vista frontal do travador elétrico – com tampa aberta

CIRCUITO DE VIA (CDV/CC)

Quais as funções do circuito de via CVD?

Detectar a presença de trens na via sinalizada;

Enviar sinal para os trens;

Detectar trilho quebrado na região sinalizada.

Qual a função do circuito de via CC?

A função do CC é apenas enviar sinal para os trens.

Ilustração da estrutura de cabos dos circuitos de via (pátio típico)


Recepção da alimentação Alimentação dos
dos estacionamentos estacionamentos

Circuito de MCH Circuito de MCH


CDV II
SLS CJS

CC 01 CDV 02 CDV 03 CDV I CDV 03 CDV 02 CC 01

BA BA

Áreas de lançamentos de cabos de controle

Cabos de alimentação dos circuitos de via

26
O circuito de via é composto por:

juntas isoladas;

caixa de CDV.

Sinalização Básica 27
Problemas no circuito de via

Caixa e equipamentos deixados muito próximos à via.

Excesso de minério na via

Riscos provenientes desses descuidos:

acidentes pessoais;

danos materiais na caixa;

danos materiais nos cabos de ligação;

ocupação indevida do circuito devido à contaminação.

28
Cuidados com a manutenção

Em caso de manutenção da via permanente, não transporte materiais metálicos entre as extremida-
des do circuito de via e fique atento à quebra de algum cabo dos CVDs ou CCs conectado ao trilho.

A quebra dos cabos poderá ocasionar alguns transtornos, como:

ocupação indevida da via;

impossibilidade de liberação de rotas para o trem;

corte de rotas já existentes para o trem;

impossibilidade de codificação de sinal;

atraso na circulação de trens;

acionamento da equipe de manutenção para a normalização do equipamento.

Se for necessária a intervenção sobre a via sinalizada, é extremamente importante comunicar isso
ao CCM (canal 1).

DETECTOR DE DESCARRILAMENTO (DD)

Esse equipamento tem por função detectar o descarrilamento de trens na via.

Os detectores de descarrilamento ficam entre os dois trilhos. Existem dois lugares onde costumam ser
instalados:

nos circuitos de via 02 e circuito de código 01 dos trechos de via singela exteriores aos pátios
(para proteção dos AMVs);

no interior dos estacionamentos (para detectar descarrilamentos sobre a passagem do coração


do AMVs).

Sinalização Básica 29
Cuidados especiais durante a manutenção

Em caso de manutenção nas proximidades do equipamento, fique atento para não provocar a quebra
dos seguintes elementos:

barra;

cabos de conexão;

cabos de alimentação do detector de descarrilamento, que passam próximo aos dormentes.

A quebra de qualquer um desses elementos poderá ocasionar:

corte de código para o trem que estiver cumprindo rota no pátio afetado;

parada emergencial do trem que estiver nas proximidades do DD afetado;

o maquinista percorrerá, a pé, toda a composição para verificar o alarme;

impossibilidade de codificação de sinal;

atraso na circulação de trens;

acionamento da equipe de manutenção para a normalização do equipamento.

Ilustração da barra do DD na via sinalizada

30
Ilustração de detalhe na conexão de cabos elétricos

Diagrama de instalação com posicionamento de barras de DDs na região sinalizada (baseado na


estrutura de um pátio típico)

SLS ddII -1A1 ddII -1A2 CJS


500m 500m 500m

dd1D dd1C dd1B dd1A dd1A dd1B dd1C dd1D dd1E

01 02 03 I 03 02 01
ddI -1A1 ddI -1A2 D*

DD antigo

DD novo (Inst. em 2001)

DD a ser instalado (curva verde 80Km/h)

D*
Distância suficiente para o trem parar antes que o rodeiro
descarilhado atinja o cv03; essa distância depnde do perfil da via

JUNTAS ISOLANTES E METÁLICAS

As juntas isolantes e metálicas destinam-se a separar a alimentação dos circuitos de via.

Procedimento para a manutenção das juntas

Ao efetuar procedimentos de manutenção, como o bizelamento, fique atento para não unir as extre-
midades com o instrumento de trabalho (serras).

Sinalização Básica 31
NOTA: bizelamento é uma espécie de polimento feito nos trilhos.

Essa união indevida das extremidades com as serras pode causar:

ocupação indevida da via;

impossibilidade de liberação de rotas para o trem;

corte de rotas já existente para o trem (oscilação de sinal);

impossibilidade de codificação de sinal;

atraso na circulação de trens;

acionamento da equipe de manutenção para a normalização do equipamento.

É importante repor ou instalar bondeamentos nas juntas do coração de jacaré e nas juntas metálicas.

IMPORTANTE: bondeamento é o procedimento técnico executado na ferrovia, que fixa o cabo no


trilho, utilizando o fixador específico (pino canal), de forma a garantir a continuidade elétrica
necessária para o acionamento de circuitos.

Quando forem efetuados procedimentos de socaria manual ou mecanizada, evitar danificar os cabos
de ligação aos trilhos.

Ilustração da junta metálica da região do jacaré

32
Ilustração da junta isolante colada

Ilustração de junta isolante colada apresentando curto-circuito na superfície do boleto

Ilustração de cordoalhas de ligação aos trilhos danificados por socaria mecanizada

Sinalização Básica 33
HOT BOX / HOT WHEEL

O hot box e o hot wheel operam por meio da coleta de sinais analógicos de calor transmitidos quan-
do as rodas passam pelos scanners.

Quais são as funções do hot box?

Medir as rodas;

Armazenar as rodas;

Tratar as temperaturas das rodas;

Tratar as temperaturas das caixas de rolamentos dos trens em movimento (de 9 km/h a 192 km/h).

O uso do hot box também possibilita a prevenção contra os descarrilamentos causados por:

quebra na caixa de rolamento;

falhas no rolamento;

quebra de roda por inversão térmica devido à aplicação indevida dos freios.

Algumas características do sistema Micro Hot Box Detector (HBD)

Processador de 32 bits e 16 MHz;

Operador bidimensional de trem a velocidades de 5 km/h a 340 km/h;

Memória não volátil armazena 150.000 eixos (máximo de 1.600 eixos por trem);

Proteção contra descarga atmosférica on-board;

Consumo de potência: menos de 5 Watts.

34
Componentes do sistema

MicroHBD e MicroHWD chassi;

Transdutores;

Scanners, cabos e scanner clamps (grampos);

Circuito de via EPIC III;

Rádio MDS;

Banco de baterias;

Monitor de temperatura ambiente (temperature probe);

Fonte de calor calibrada (Calibrated Heat Source – CHS);

Barra de alinhamento;

Protetor de scanner (scanner guard);

Proteções contra descarga atmosférica;

Case.

Ilustração do equipamento hot box

Legendas:

A –transdutores

B – scanner

Sinalização Básica 35
Ilustração do equipamento hot wheel

Hot Wheel

Scanner

Descrição do funcionamento do equipamento hot box / hot wheel

As temperaturas das caixas de rolamento e das rodas são lidas pelos scanners de hot box e de hot
wheel, respectivamente, sempre que o trem passa pelo ponto de detecção.

Os dados obtidos são enviados da case para o abrigo de microondas mais próximo, por meio de um
rádio-modem spread spectrum MDS.

No abrigo, esses dados entram no Fox e seguem pela rede de fibra óptica até o Office (supervisório do
sistema hot box) localizado no CCM.

Os dados são enviados ao SGF por intermédio da interface MQ Series, disponibilizando as informações
ao operador.

Quando é constatado algum problema no trem, o sistema no hot permite que alarmes sejam ativados
automaticamente para a operação de trens nas duas direções.

As condições de alarme são gravadas e transmitidas ao Office (no CCM) por meio de uma rede de
comunicação por pooling.

36
Ilustração do funcionamento do sistema

A lógica de funcionamento do Sistema hot box / hot wheel

O sistema se baseia na lógica de estados entrada, a partir da premissa que a máquina possui
estado finito.

Cada estado da máquina corresponde a uma entrada, que ocorre de maneira única e que pode
permanecer do mesmo modo ou mudar para um novo estado.

OBSERVAÇÃO: os estados são eventos internos ou externos e são de quatro tipos.

Estado sem trem ao redor

Quando não há trem presente ou se aproximando, vários circuitos do MicroHBD monitoram o circuito
de via ou os transdutores para a chegada do próximo trem.

Durante esse estado, o sistema periodicamente checa a si mesmo e os equipamentos de via procu-
rando por alguma falha.

Sinalização Básica 37
O MicroHBD pode ser configurado para gerar um relatório e informar ao Office logo que uma falha
é detectada.

Além dos testes automáticos, podem ser feitos testes manuais, porém, só quando o MicroHBD esti-
ver no estado sem trem ao redor.

Estado trem chegando

Esse estado se inicia quando o transdutor ou o circuito de via detecta a presença de um trem.

O único teste realizado nesse estado é a conferência das entradas digitais usadas pelos detectores
auxiliares (carga alta, carga larga etc. – não usados na Vale).

O MicroHBD permanece no estado trem chegando até que um mínimo de quatro eixos passem pelos
transdutores.

Estando nesse estado, todos os comandos para testar o sistema manualmente ou modificar os
parâmetros do sistema estão desabilitados.

O usuário só poderá acessar o sistema ou as informações de trens salvos na memória.

Estado trem passando

Quando um trem estiver passando, a principal função do MicroHBD é medir e processar os dados de
temperatura coletados pelos scanners e comparar com os valores de alarme estabelecidos.

Dados como separação de carros, direção, velocidade, comprimento, contagem de eixos e espaça-
mento entre eixos serão analisados e armazenados assim que o trem deixar o site.

Estado trem partindo

O trem deixa o site e o sistema realiza sua análise pós-trem, que inclui funções como:

teste de integridade;

verificação da contagem dos transdutores;

conferência a temperatura mínima;

conferência dos níveis de tensão;

envio de mensagens pós-trem.

38
O envio de mensagens pós-trem inclui: o nome do site, localização, informações de alarme (tipo,
eixo, lado), direção, velocidade, comprimento, contagem de eixos e de carros, temperatura ambiente
e estado do sistema/teste de integridade.

Esquema de funcionamento do sistema hot box / hot wheel

A unidade microHBD possui leds de sinalização que podem ser usados para diagnosticar o seu bom
funcionamento.

LED FUNÇÃO
Wheel gate – Este led pisca toda vez que um sinal
DS1 – A
válido dos transdutores A e B é recebido
DS1 – B Trem presente (ON)
DS1 – C Alarme presente
DS2 – A Buzz protocol ativo no HWD
DS2 – B Buzz protocol ativo no HBD
Watch dog – Este led pisca 1 vez por segundo para
DS2 – C
mostrar que o circuito watch dog está ativo
DS3 – A Não usado
DS3 – B Não usado
DS3 – C Não usado

Sinalização Básica 39
Funcionamento dos alarmes
Quando ocorre um alarme de hot box ou hot wheel na composição, este ativa o módulo de alarme do
supervisório, que indicará visual e sonoramente a ocorrência do evento.
Vale ressaltar que o alarme não atua no sinal recebido pelo trem. Porém, quando ocorrer o acionamento
do alarme, o operador do CCO tráfego deverá cancelar a rota de partida do pátio à frente para que o trem
pare no interior desse pátio, cumprindo a curva de frenagem do Controle Automático do Trem (ATC).

Vantagens do hot box / hot wheel


O equipamento é microprocessado;
O supervisório (Office) permitirá interface com o SGF;
O alarme chegará à cabine da locomotiva;
A parada da composição obedecerá à curva de frenagem, poupando-a de um desgaste maior
em seu sistema de freios.

Desvantagens do hot box / hot wheel


O sistema hot box via rádio é dependente do sistema de telecomunicação, o que prejudica seu
funcionamento em casos de rompimento de fibra óptica e problemas no Fox. Nessas situações,
o sistema perderá sua comunicação com o CCM, ficando impossibilitado de enviar os dados dos
trens para o Office até que a comunicação seja restabelecida. Desta forma, o Office recuperará
os trens que passaram pelo site durante esse período;
O sistema de alimentação por painel solar chama a atenção de vândalos em algumas regiões,
estando o sistema sujeito a roubo e vandalismo.

Cuidados especiais durante a manutenção


Nos locais onde existir hot box / hot wheel e houver necessidade de execução de manutenção, deve-se
ter muito cuidado para que os transdutores, scanners e cabos do equipamento não sejam atingidos.
Se esses elementos forem atingidos, deve-se realizar o seguinte procedimento:
alarme falso do hot box / hot wheel;
o maquinista percorrerá, a pé, a composição para verificar o alarme no eixo alarmado;
parada emergencial do trem que estiver passando pelo hot box / hot wheel alarmado;
atraso na circulação de trens;
acionamento da equipe de manutenção para a normalização do equipamento.

40
1 Complete as sentenças abaixo:
relembrar
a) O ___________________ não deve apresentar buracos ou calos na superfície do boleto,
pois isto poderá provocar ___________________ excessiva com a passagem de trens,
acarretando perda de indicação.

b) A ___________________ não deverá apresentar __________________ ou deformações


em sua extremidade.

c) O contador de eixos (EAK) está sempre localizado na ___________________ dos pátios,


logo após o ___________________.

d) Os componentes do circuito de via são: ___________________________________ e


______________________________.

e) Os detectores de descarrilamento ficam entre os dois trilhos e costumam ser instalados


___________________ e ___________________ dos trechos de via singela ou
____________________ .

2 Quais as conseqüências da falta de movimentação das lanças na casa de chave causada por
falta de lubrificação?

3 Cite os problemas que podem ser ocasionados pela passagem de metais sobre os pedais de EAK.

4 Quais problemas poderão ocorrer no caso de quebra dos cabos do CDD ou CC?

Sinalização Básica 41
C AP Í T U L O III
“CABOS

zados nos pátios de sinalização:

metálico (armado);

Neste capítulo, você estudará o funcionamento, a utilização e a manutenção dos cabos mais utili-

óptico (monomodo).
CABOS METÁLICOS

A função dos cabos metálicos é interligar equipamentos que compõem os sistemas de sinalização
e telecomunicações da eletroeletrônica.

Existem cabos internos e externos aos abrigos de sinalização que permitem interconectar os abrigos
e encaminhar sinais elétricos e ópticos.

Os cabos metálicos também são conhecidos como cabos coaxiais.

Ilustração de cabo coaxial

44
Ilustração de metro de cabo coaxial

FUNCIONAMENTO DOS CABOS METÁLICOS

Por meio dos cabos metálicos e dos ópticos trafegam sinais de controle necessários para a opera-
cionalização dos equipamentos de via e de abrigo.

Ambos permitem o envio e o recebimento de comandos de controle e a supervisão entre o campo e o


Centro de Controle Operacional. Além disso, fornecem sinais de alarmes para diagnóstico de falhas
e requisitos de manutenção.

Os cabos metálicos e ópticos são de extrema importância.

Devido a isso, os procedimentos de manutenção deles é bem definido, principalmente para situa-
ções emergenciais como ruptura ou degradação.

Manutenção em cabos de sinalização

Os cabos metálicos fazem a interligação entre os equipamentos de campo com os do abrigo, de


forma que as informações sejam enviadas e recebidas, indicando estado e comandos utilizados
para a operação eletrônica.

São utilizados diferentes tipos de cabos, conforme equipamentos e distâncias envolvidos.

Os cabos de interligação entre abrigos e equipamentos de via são todos diretamente enterrados em va-
las de 80 cm de profundidade por 30 cm de largura e distanciados, em média, a 4 m do centro da via.

Sinalização Básica 45
Diagrama geral do cabeamento utilizado em pátio de sinalização

Procedimentos de segurança na operação do conjunto de equipamentos

Depois dos equipamentos serem instalados, são feitas pesquisas e localizados os pontos de falhas
no cabo defeituoso. Para isso:

1. coloque as luvas de proteção para trabalhos em alta tensão;

2. certifique-se que a linha viva de alimentação não toca em partes dos bastidores ou em outros
cabos;

3. conecte os cabos de teste (saída AT) aos condutores a serem pesquisados os defeitos ou entre
o condutor e a terra;

4. confirme que está tudo livre. Então, ligue o equipamento para iniciar o processo de combustão
do cabo;

46
5. teste a isolação dos condutores entre eles e em relação ao terra da seguinte forma:

aumentar a tensão, gradativamente, até a ruptura do ponto com baixa isolação;

aguardar alguns instantes até que a corrente de queima chegar ao limite máximo;

após essa operação reduzir a tensão ao mínimo, observar a leitura no quilovoltímetro até
chegar a zero e desligar o equipamento;

desconectar as pontas (cabos de testes) e descarregar os condutores ensaiados para


escoar as tensões induzidas nos outros condutores do cabo em questão.

Feita essa operação, inicia-se a pré-localização da falha, procedimento que será descrito mais adiante.

Método de refletometria para a localização de falhas

O TDR (Time Domain Reflectometer) é um instrumento utilizado para localizar falhas de forma rápi-
da em cabos metálicos do tipo curtos:

cabos abertos;

com defeitos;

dobras;

frisos.

É gerado um pulso elétrico de duração e amplitude conhecidas e na ocorrência da mudança da


impedância característica do cabo, haverá reflexões do pulso transmitido.

O TDR é utilizado como terminador e pode ser empregado sem a necessidade de romper o cabo,
mostrando a exata localização do ponto avariado.

O método de refletometria de baixa tensão, utilizado em cabos de baixa tensão, consiste de duas
etapas: pré-localização e localização pontual.

Pré-localização

É definida uma distância provável do defeito.

Sinalização Básica 47
NOTA: devido às condições reais em que estão lançados os cabos nos pátios, não é possível deter-
minar com precisão o local exato de uma falha.

Em seguida, é enviado um pulso de tensão por intermédio do equipamento localizador de falhas que
se baseia no princípio do radar (ecometria).

Vale destacar que a ecometria consiste em enviar um pulso de tensão por meio do par em teste
quando o equipamento é acionado para realizar uma medida. O FL-1 é um modelo de ecômetro,
destinado a localizar falhas em cabos multipares pelo princípio do radar.

As falhas são detectadas quando resultam de variação de impedância característica do meio (par
de condutores), provocando reflexão desse pulso.

Localização pontual

Após a pré-localização do local da falha, é feita a localização pontual do defeito.

São utilizados para isso detectores acústicos, magnéticos ou de gradiente de potencial, pesquisan-
do-se falhas no local definido na pré-localização.

Análises de tipos de falhas

É possível encontrar os seguintes tipos de defeitos em cabos:

BAIXA RESISTÊNCIA ALTA RESISTÊNCIA

CABO INTERROMPIDO

Baixa resistência

Durante a pré-localização, o equipamento FL-1 só consegue visualizar de forma mais precisa os


valores de resistência menores ou iguais a 100 ohms.

Por isso, apesar do condutor ser de baixa resistência (valores acima de 100 ohms), não é possível
fazer a pré-localização de imediato.

É necessário utilizar a combustão nos condutores do cabo para abaixar esses valores e realizar a
pesquisa.

48
Alta resistência

São valores de resistência na ordem de Mohms, mas que se encontram abaixo do valor mínimo
nominal aceitável para os parâmetros de comprimento e diâmetro do cabo em teste.

É importante baixar esses valores até se chegar ao mínimo necessário para a pesquisa de defeito
com pré-localização.

Cabo interrompido

Um cabo pode apresentar altos valores de isolação entre condutores e para a terra, porém possuin-
do uma interrupção (descontinuidade) em um condutor.

Esse é um tipo de falha é muito comum por ação de roedores ou de descargas atmosféricas.

No caso de cabo interrompido, a localização da falha poderá ser feita pelo método acústico, por
geração de um sinal de áudio freqüência.

Procedimento de reparação de falhas em cabos

A localização do(s) ponto(s) de falha(s) no cabo defeituoso é seguida da etapa de reparação das
mesmas.

É essencial a certificação de que o equipamento de abrigo se encontra desligado e as pontas do


cabo livres.

Deve ser iniciada, pelos serventes, a abertura de uma vala com comprimento aproximado de 3 m.

Durante todo esse processo é necessária extrema atenção, principalmente quando a vala se aproxi-
ma da profundidade em que se encontram os cabos, a fim de evitar o corte acidental de outro cabo
que esteja junto ao defeituoso na vala.

IMPORTANTE: é válido buscar conhecer o histórico em documentações anteriores do cabo traba-


lhado, procurando informações sobre a presença de relaçamentos, bem como saber a que profun-
didade se encontra o cabo, de forma a evitar serviços desnecessários.

Sinalização Básica 49
Existem situações em que na etapa de pesquisa e localização de defeitos aparecem pontos de falha
muito próximos um ao outro. Nesses casos, é conveniente que se faça um by-pass em alguns lances
do cabo e se prossiga com a pesquisa dos lances posteriores.

O lance em questão, quando for ser feito o reparo, deverá ser substituído e feito o relaçamento com
cabo novo.

Confecção de emendas definitivas

Quando temos todos os pontos de falha localizados e definidos, parte-se para a normalização do
cabo em manutenção com a confecção de emendas definitivas.

O cabo só é considerado recuperado quando todos os seus lances trabalhados apresentam valores
de isolação acima do valor mínimo nominal aceitável, considerando como parâmetro a bitola do
condutor e o comprimento do lance.

Confecção de emendas

Quando é confeccionada a emenda, deve-se atentar para os seguintes detalhes:

limpeza (mãos, partes do cabo a ser emendado e local);

tempo seco (sem chuva).

Como materiais de limpeza, utilize: estopa, toalhas de papel, álcool ou isoparafina e, se possível,
lona encerada sobre o local.

OBSERVAÇÃO: todos os pontos de emendas deverão ser locados e anotados em planilha de re-
paros de cabos ou desenhos do pátio.

Materiais e equipamentos utilizados na manutenção de cabos

Os equipamentos e materiais a serem utilizados na manutenção do cabo de sinalização, geralmente, são:

EPIs (bota, luvas, óculos, colete sinalizador, capacete, caneleira);

01 GMG portátil 220 Vac (devidamente abastecido e testado);

01 soprador térmico;

01 extensão elétrica 20 m (mínimo);

50
lâmpadas;

rádio VHF portátil (com bateria sobressalente);

01 alicate prensa luvas não isoladas;

01 arco de serra com lâmina;

01 lona encerada – mínimo de 2x4 m;

01 chapéu de sol;

01 megômetro;

01 TDR;

emendas termocontráteis;

luvas não isoladas para emenda;

rolos de fita isolante (alta e baixa tensão);

cabos de controle em metragem adequada (para reparo);

outros: fita zebrada, álcool, isoparafina, toalha de papel e estopa.

CABOS DE FIBRA ÓPTICA

O cabo de fibra óptica é um núcleo de vidro muito fino, feito de sílica com alto grau de pureza, envol-
vido por uma camada (também de sílica) com índice de refração mais baixo, chamada de cladding.

Revestimento
Casca
Núcleo

Sinalização Básica 51
Ilustração do interior de cabos de fibra óptica

FUNCIONAMENTO DOS CABOS ÓPTICOS

Especificidades do cabo de fibra óptica

O cabo de fibra óptica transmite luz pelo núcleo de fibra e essa luz é refletida pelas paredes internas
do cabo, compondo um esquema de refração interna total.

Vantagens do uso da fibra óptica

Apesar de ser transparente, a fibra é capaz de conduzir a luz por longas distâncias, com um
índice de perda muito pequeno;

Como os fios de fibra são muito finos, é possível que um cabo modesto tenha um grande volume
deles em seu interior, o que o torna melhor que o fio de cobre;

Os cabos ópticos são imunes à interferência eletromagnética, visto que transmitem luz e não
sinais elétricos.

52
Ilustração da transmissão de dados pelo cabo de fibra óptica

Cabos de fibra óptica na Estrada de Ferro Carajás (EFC)

Tipo

Cabo óptico;

Geleado;

Fibras monomodo;

Diretamente enterrado.

Características

Distância média entre caixas de emenda – 4 km;

Profundidade média: 1,2 m (dependendo do perfil do local);

Distanciamento a partir da ferrovia: variável, na faixa de domínio;

Utilizado para serviços operacionais da ferrovia EFC;

Lançado no lado direito da ferrovia (sentido SLS à CKS). Em alguns casos, são lançados na
esquerda aos obstáculos;

Uso de fita testemunha aproximadamente 20 cm acima do cabo óptico;

Em travessia de pontes, são dutados e envelopados sob galeria;

Encaminhamento descrito pelo As-Built (desenho orientativo de uma obra construída).

Sinalização Básica 53
Cuidados a serem tomados com os cabos na EFC

Evitar o uso de máquina escavadeira na região do cabo;

Evitar perfurações profundas, quando manual, na região próxima ao cabo;

Utilizar o processo manual cuidadoso ao encontrar a fita testemunha;

Verificar se o cabo óptico pode estar de 3 m a 4,5 m em regiões sem área lateral;

Ter cuidado com os dutos de passagem em pontes;

Checar eventuais inconsistências no As-Built;

Utilizar sempre o As-Built da região para orientação antes de qualquer atividade;

Informar à equipe de eletroeletrônica qualquer situação anormal e perigosa ao cabo óptico;

Não executar quaisquer tarefas pondo o cabo óptico em risco sem a presença da equipe de
eletroeletrônica.

54
PV

BRITA

CJS

BRITA

D8 CFO da TELEMAR e EBT


Km 147 + 700 D2 D5 D6 a serem lançados Dn-2 Dn-1 Dn
D1 D3 D7
D4
Km 148 + 100
Ilustração de cabeamento em fibra óptica

Cx TLM CORTE
Cx TLM

Cx EBT Km 147 + 900


Cx EBT

3m

3m
DETALHE DA CAIXA
Caixa de passagem do tipo E1 LISTA DE MATERIAIS DE PASSAGEM E1 1m
(a construir)
• 500 metros de Cabo Fibra Óptico 48 e 24;
Distanciamento cabo - via • 450 metros de Fita Testemunha;
• 450 metros de Vala;
CFO a ser substituído • 500 Tijolos de 06 furos;
Manter obra de CFO,
• 05 Sacos de cimento; mínimo de 15 m por cabo.
• 04 Caixas de alvenaria tipo E1;
CFO a ser lançado SENTIDO
• 02 Marcos de concreto;
MINA
• 04 Tampas de concreto 1,10 x 1,10 x 0,06;
Bueiro / PV • 04 Caixas FOSC 100. DETALHE DA
SENTIDO TAMPA DA CAIXA
SOLO PORTO
Envelopamento

Sinalização Básica
55
Ilustração dos locais percorridos pela fibra óptica

ELEVAÇÃO

107,336

107,434
107,337

107,472
107,337

104,815

101,068

101,119
98,919

98,939
TERRENO

PROFUND.

1,20
TERRENO

DISTÂNCIA
EIXO-CABO

55,23
54,21

52,37

50,79

41,01

32,28

22,30
53,94

53,07
51,81
DETALHES DA LOCALIZAÇÃO
DO CABO COM RELAÇÃO
A FERROVIA.

10,00
13,78

41,36

81,77

88,98

17,00

44,28
48,15

86,90
EIXO

8,28

100

200
000
FERROVIA
(Km)

DISTÂNCIA
CS

4740

4750

6557

100
50

FERROVIA

CAMINHO DO CABO ÓPTICO

Manutenção em cabos ópticos

O sistema de telecomunicações da Estrada de Ferro Carajás é baseado em um backbone (área


operacional) óptico constituído de equipamentos digitais ópticos, que utilizam uma infra-estrutura
formada totalmente por cabos de fibras ópticas monomodo.

A janela de transmissão utilizada é de 1.330 nm (PDH) e 1.550 nm (SDH).

As equipes de manutenção são treinadas e equipadas com instrumentos e material adequado à


manutenção em cabo óptico.

Antes de saírem para a execução do reparo, as equipes devem verificar seu kit de manutenção óptica.

Para isso deve ser feito o check-list a seguir.

56
ITEM EQUIPAMENTOS/ACESSÓRIOS OK NOK QUANTIDADE
1 OTDR 01 unidade
2 MÁQUINA DE FUSÃO 01 unidade
3 BATERIA DA MÁQUINA DE FUSÃO 01 unidade
4 CORDA (mínimo de 30 metros) 01 peça
5 TRENA (50 metros) 01 unidade
6 GERADOR / MEDIDOR ÓPTICO 01 casal (par)
7 FIBER FONE 01 casal (par)
8 MALETA DE FERRAMENTA 01 unidade
9 GRUPO GERADOR 01 unidade
10 MÁQUINA FOTOGRÁFICA 01 unidade
MATERIAIS DE ESCAVAÇÃO:
01 unidade
ENXADAS
11 FACÃO 01 unidade
PICARETAS 02 unidades
PÁS 02 unidades
12 SOPRADOR TÉRMICO 01 unidade
13 GARRAFA PARA ÁGUA 02 unidades
14 CHAVE DAS ESTAÇÕES (Embratel e Telemar) 01 unidade de cada.
Todas as informações
16 FACILIDADES DE OCUPAÇÃO DE CABO ÓPTICO
de fibra TLM/EBT
SOCORRO DE ILUMINAÇÃO:
03 unidades
Lâmpadas
16
Extensão 01 peça.
Pendentes 03 unidades
17 LANTERNAS. (04 unidades) 03 unidades
18 BARRACA 01 unidade
19 GASOLINA (50 litros) 01 vasilhame
20 AS-BUILT 01 unidade
21 REPELENTES (AUTAN) 02 unidades
22 VEÍCULO Vale 01 unidade
23 MESA E CADEIRAS 01 jogo
CABO DE FIBRA (30 metros)
24 Observação: deverá haver 02 cabos de 48 fibras com 01 peça
as extremidades prontas com caixas de emendas
MATERIAIS DE SEGURANÇA:
03 unidades
Perneiras
25
Capuz 03 unidades
Coletes de segurança 03 unidades

Sinalização Básica 57
MATERIAIS DE LIMPEZA
10 unidades
Sacos de lixo
Cotonetes 02 caixas
Algodão 02 caixas pequenas
26
Papel toalha 01 rolo
Álcool isopropílico 02 litros
Isoparafina 02 litros
Estopas 10 kg
27 LONA PLÁSTICA PARA PROTEÇÃO DO PISO NA BARRACA 01 unidade
28 BOMBONAS PARA ÁGUA 02 unidades
29 BATERIA AUTOMOTIVA 01 unidade
30 RÁDIOS PORTÁTEIS 02 unidades
31 BATERIAS SOBRESSALENTES PARA RÁDIOS PORTÁTEIS 04 unidades
32 ABRAÇADEIRAS PLÁSTICAS 100 unidades
MATERIAIS ESSENCIAIS:
02 unidades
33 CAIXA FOSC COMPLETA
TUBETES (citar quantidade) 100 unidades

Testes realizados em cabo óptico

Medição de potência óptica

Utilizada para verificar se há atenuação ou rompimento de fibra óptica.

Os equipamentos utilizados para esse procedimento são: medidor e gerador de sinal óptico, atenu-
adores e acopladores ópticos.

Modelos de acopladores

Acoplador Acoplador
Cordão de
Cordão de
Cordão de emissão
emissão
recepção Cordão de
Não altere recepção
esta conexão

Aço plador

58
Testes de refletometria

Esse teste é executado utilizando o OTDR (Optical Time Domain Reflectometer), que tem como prin-
cípio básico gerar um sinal óptico na fibra e verificar, por meio de sinais refletidos, pontos de
atenuação óptica.

Ilustração dos modelos OTDR

De acordo com o tipo de OTDR, os parâmetros também podem variar, por isso é importante a zona morta.

O que é zona morta?

É a faixa em que as medidas podem sofrer oscilações devido a não precisão do equipamento naque-
le ponto. Quanto menor a zona morta, melhor a leitura.

Sinalização Básica 59
Emendas em cabos ópticos

Emendas mecânicas

Esse tipo de emenda é mais utilizada em casos emergenciais, nos quais a atenuação não é tão
crítica para o sistema.

A emenda mecânica utiliza estruturas mecânicas dotadas de travas que permitem alinhar as fibras.

Essas travas evitam que a fibra se mova no ponto emendado, contendo líquidos casadores de índice
e refração entre as fibras, com a função de diminuir a reflexão (as perdas de Fresnel).

É importante, nesse tipo de emenda, que as fibras também sejam limpas e clivadas.

Ilustração de conector mecânico utilizado para emenda fechado (FIBRLOCK II)

Conector FIBRLOCK II fechado

Fibras ópticas

Fibras ópticas

Ilustração de conector mecânico utilizado para emenda aberto (FIBRLOCK II)

Cobertura

Elemento de travamento
Fibras ópticas

Centralizadores finais
Centralizadores finais

Corpo do conector
Fibras ópticas

60
Emendas por fusão

Para esse tipo de emenda é utilizado o instrumento máquina de fusão, que efetua o alinhamento e
a “soldagem” da fibra, finalizando o processo de fusão.

NOTA: a soldagem da fibra é feita por intermédio de um arco voltaico, elevando-se a temperatura
nas pontas das fibras.

No processo de fusão, as fibras são revestidas de resinas (tubetes) que evitam a ruptura nesse
ponto emendado.

Ilustração da máquina de fusão de alta precisão

O processo de clivagem é parte integrante da emenda por fusão.

Esse processo é feito pelo clivador e consiste em um corte exato na ponta da fibra óptica, sendo
essencial para que na fusão haja exata aproximação dos núcleos das fibras a serem emendadas.

Ilustração de clivador

Sinalização Básica 61
Depois que as emendas ópticas são realizadas, todas são acondicionadas em uma caixa de emenda
óptica, própria para o ambiente de instalação do cabo (aéreo ou subterrâneo).

Entrada de cabos fibras

Confecção de bandeja de fibras

62
Quando um cabo óptico se rompe, geralmente, é utilizado o procedimento emenda emergencial, cujo
objetivo é recuperar de imediato os sistemas ativos (emendando apenas as fibras ativas).

Depois, é planejada uma programação de execução da emenda definitiva.

A emenda definitiva consiste na construção de caixas de inspeção em alvenaria ou pré-moldada,


nas quais serão feitas as emendas dos cabos.

Ilustração de procedimento de manutenção em cabos ópticos

0.4

12

COMPACTAC
CFO TLM

CFO EBT

OBSERVAÇÃO:
O CFO será lançado a 1.20 metros de profundidade

Ilustrações de trabalhos em cabo óptico (escavação para cabo definitivo e caixa de inspeção)

Sinalização Básica 63
1 Correlacione os equipamentos a suas respectivas funções:

(1) máquina de chave

(2) travador elétrico

(3) circuito de via

(4) detector de descarrilamento

(5) hot box

(6) junta isolante

(7) EAK

( ) conta e deconta os eixos dos trens, autos e máquinas de linha que entram e saem respec-
tivamente da região de BA.

( ) controla os AMVs.

( ) mede, armazena e trata as rodas e a temperatura das caixas de rolamento.

( ) detecta o descarrilamento de trens na via.

( ) separa a alimentação dos circuitos de via.

( ) detecta a presença de trens na via sinalizada, envia sinal para os trens e detecta trilho
quebrado na região sinalizada.

( ) permite o desvio de uma linha sinalizada para outra linha que seja sinalizada ou não.

2 Qual a função dos cabos de sinalização?

64
3 Complete os espaços em branco nas linhas/colunas, associando corretamente os procedi-
mentos a suas definições.

Procedimento Definição
Zona morta

Corte exato na ponta da fibra óptica, sen-


do essencial para que na fusão haja exata
aproximação dos núcleos das fibras a serem
emendadas

Emenda definitiva

4 Coloque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:

( ) O teste de refletometria tem como princípio básico gerar um sinal óptico na fibra e verifi-
car, por meio de sinais refletidos, pontos de atenuação óptica.

( ) A emenda definitiva consiste na construção de caixas de inspeção em alvenaria ou pré-


moldada.

( ) Entre as vantagens do uso do cabo de fibra óptica está o fato de ele, apesar de transpa-
rente, ser é capaz de conduzir a sombra por algumas distâncias, com um índice de perda
muito pequeno.

( ) As emendas dos cabos metálicos podem ser realizadas independentemente das condi-
ções climáticas.

( ) Tanto o cabo metálico quanto o óptico permitem o envio e o recebimento de comandos de


controle e supervisão entre o campo e o Centro de Controle Operacional.

Sinalização Básica 65
VALE A PENA RELEMBRAR!
GABARITOS
CAPÍTULO I

1) Lubrificação, socaria, esmerilhamento e alinhamento.

OBS: o aluno deverá citar apenas duas opções das respostas apontadas.

2) Quando os desgastes sofridos atingirem o limite máximo que é tolerável para a segurança e para
a comodidade da circulação e/ou quando algum componente da via tiver de ser substituído, em
virtude do aumento da intensidade do tráfego ou da carga por eixo do material.

CAPÍTULO I

1) a) trilho de encosto – vibração

b) ponta de agulha – quebras

c) saída – circuito de chaves

d) juntas isoladas – caixa CVD

e) nos circuitos de via 02 – circuito de código 01 – no interior dos estacionamentos

2) Parada desnecessária do trem (aumento do ciclo do trem), impossibilidade de alinhamento de


rotas, atraso na circulação dos trens (eficiência energética) e necessidade de acionar a equipe
de manutenção para a normalização do equipamento.

3) Corte de rotas para os trens, impossibilidade de sinal para os trens, atraso na circulação de trens.

4) Ocupação indevida da via, impossibilidade de liberação de rotas para o trem, corte de rotas já
existentes para o trem, impossibilidade de codificação de sinal, atraso na circulação de trens.

66
EXERCITANDO PRA VALER!

GABARITOS
1) 7 – 2 – 5 – 4 – 6 – 3 – 1

2) É a interligação entre os equipamentos de campo ao abrigo, de forma que as informações sejam


enviadas e recebidas, indicando estado e comandos utilizados para operação eletrônica.

3)
Procedimento Definição
Zona morta Faixa em que as medidas podem sofrer osci-
lações devido a não precisão do equipamento
naquele ponto
Clivagem Corte exato na ponta da fibra óptica, sen-
do essencial para que na fusão haja exata
aproximação dos núcleos das fibras a serem
emendadas
Emenda definitiva Consiste na construção de caixas de inspeção
em alvenaria ou pré-moldada, em que serão
feitas as emendas nos cabos

4) V – V – F – F – V

Sinalização Básica 67
68
ANOTAÇÕES

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