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CAMPUS D PEDRO
CURSO DE LICENCIATURA EM
MATEMÁTICA
Exercício da Docência
XXXXXXXXXXXXXXXXXX
RA XXXXXXX
Atibaia – 2012
FACULDADES ATIBAIA – FAAT
CAMPUS D PEDRO
CURSO DE LICENCIATURA EM
MATEMÁTICA
Exercício da Docência
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
RA XXXXXXXX
Atibaia – 2012
De XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Atenciosamente,
___________________________________________________
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
RA XXXXXXXX
A meu Pai Ricardo por ser um cara gente finíssima e que me ensinou a ser
homem e lutar de cabeça erguida pelas coisas da vida, pai eu te amo.
A minha Mãe Dona Efigênia que é uma mulher fantástica e que me ajuda
muito, sem ela por perto eu não sou nada, mãe muito obrigado por ser esta
pessoa maravilhosa que você é, amo você.
Agradeço a Tata, minha Tia que foi uma segunda mãe para mim e que com
absoluta certeza está me protegendo de todos as males e está vendo minha
vitória lá de cima e se orgulhando muito.
Agradeço a professora Ana Paula por ser uma pessoa muito especial para mim
e que me ajuda bastante nessa caminhada, a você professora desejo o mundo
de felicidades, que você tenha muita saúde e paz na sua vida, você é
simplesmente excelente, muito obrigado.
Agradeço a minha avó Dona Ilda por se preocupar intensamente pelo meu
bem, você é uma pessoa muito importante pra mim agradeço e muito a Deus
por ele ter me dado você como avó muito obrigado.
Agradeço a todos meus parentes e amigos que estão por perto de mim, muito
obrigado.
3. RELATÓRIOS......................................................................................................16
CONSIDERAÇÕES.................................................................................................27
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................28
ANEXOS..................................................................................................................29
Regiões
Brasil possui 5 regiões vinícolas: ... (veja mais)
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
São Roque
Sul de Minas
Vale do São Francisco
Vinhos do Brasil
Novas regiões de produção surgiram mais recentemente, trazendo novos
desafios e boas descobertas para a vinicultura do país. Como a vinicultura de
qualidade no Brasil é bastante jovem - iniciou-se em 1980 - os resultados e a
identificação de tendências ainda variam muito, estando em curso atualmente
mais uma exploração imediatista do mercado do que um trabalho alongado de
aprimoramento dos possíveis terroirs.
Uma região em observação é o Vale do Rio São Francisco, onde surgiu desde
1995 uma vinicultura experimental em uma latitude impensável na história do
vinho (8º), um projeto ousado que vem aguçando a curiosidade mundial. Esta
iniciativa aproveita o clima quase desértico do nordeste, com sol abundante,
quase sem chuvas e com grandes diferenças de temperatura entre o dia e a
noite, mantendo vinhedos irrigados de forma controlada, para obter até 2,5
safras por ano. Os resultados são razoáveis, a produtividade é grande e uma
análise aprofundada do futuro desse trabalho ainda está para ser feita.
História
A história do vinho no Brasil se inicia em 1532, com a chegada do governador
Martin Afonso de Souza, quando Brás Cubas planta as primeiras vinhas na
capitania de São Vicente, com resultados desanimadores devido ao clima
quente e úmido. Nessa época, e por muito tempo, apenas o vinho importado da
Europa, principalmente de Portugal e França, foi aqui consumido.
Apenas no final do século XVIII froam Introduzidas as primeiras videiras
americanas, que se mostraram muito produtivas e bem adaptadas,
determinando um padrão de produção e consumo local de vinhos que perdura
até hoje.
Entre 1870 e 1875 teve início a colonização italiana na Serra Gaúcha,
instalando-se uma colônia com hábitos ligados ao vinho, que inicialmente
elaborou vinhos de mesa para consumo próprio e em seguida avançou
produzindo para o consumo de toda a região sul.
Apenas em 1970 , com a chegada ao Brasil das primeiras multinacionais do
vinho, foram implantados vinhedos de uvas viníferas, sendo esta a data de
início da vinicultura fina em nosso país. Apesar dos investimentos e do
trabalho, os resultados não foram de grande qualidade, pois as técnicas de
cuidado com os vinhedos europeus em nosso território tiveram de ser
desenvolvidas ao longo do tempo.
Nos anos 80 ocorreu um grande desenvolvimento tecnológico, com melhoria de
vinhedos e técnicas de cultivo, e muito progresso em técnicas modernas de
vinificação.
Na década de 90, com os investimentos em tecnologia já consolidados, tem
início uma busca de qualidade e ao mesmo tempo se nota uma popularização
do consumo. Mais e mais vinícolas abandonam a produção de brancos e se
dedicam aos espumantes, que se mostram competitivos em qualidade e preço,
capitaneando um renascimento na cansada indústria nacional.
A virada do século assistiu à consolidação dos novos investimentos em
vinhedos e em tecnologia de elaboração de vinhos tintos, com a reputada safra
de 1999 apresentando diversos vinhos de qualidade jamais vista em nossa
vinicultura.
De 2000 em diante esse progresso não parou mais, com mais e mais vinícolas
apresentando produtos de alta qualidade, mas nem sempre de preço popular.
Diversos empresários de outros setores têm investido na produção de vinhos
de alto nível, objetivando um mercado de exportação onde a presença
brasileira tida como exótica vem crescendo em volume e prestígio.
No cenário interno, o volume de produção de vinhos finos vem crescendo, com
uma gradativa mas ainda tímida substituição de vinhedos comuns por viníferas,
Não se pode apontar precisamente o local e a época em que o vinho foi feito
pela primeira vez, do mesmo modo que não sabemos quem foi o inventor da
roda. Uma pedra que rola é um tipo de roda; um cacho de uvas caído,
potencialmente pode se tornar um tipo de vinho. O vinho não teve que esperar
para ser inventado: ele estava lá, onde quer que uvas fossem colhidas e
armazenadas em um recipiente que pudesse reter seu suco.
Há 2 milhões de anos já coexistiam as uvas e o homem que as podia colher.
Seria, portanto, estranho se o "acidente" do vinho nunca tivesse acontecido ao
homem nômade primitivo. Antes da última Era Glacial houve seres humanos
cujas mentes estavam longe de ser primitivas, como os povos Cro-Magnon que
pintaram obras primas nas cavernas de Lascaux, na França, onde os vinhedos
ainda crescem selvagens. Esses fatos fazem supor que, mesmo não existindo
evidências claras, esses povos conheceram o vinho.
Os arqueologistas aceitam acúmulo de sementes de uva como evidência (pelo
menos de probabilidade) de elaboração de vinhos. Escavações em Catal
Hüyük (talvez a primeira das cidades da humanidade) na Turquia, em Damasco
na Síria, Byblos no Líbano e na Jordânia revelaram sementes de uvas da Idade
da Pedra (Período Neolítico B), cerca de 8000 a.C. As mais antigas sementes
de uvas cultivadas foram descobertas na Georgia (Rússia) e datam de 7000 -
5000 a.C. (datadas por marcação de carbono). Certas características da forma
são peculiares a uvas cultivadas e as sementes descobertas são do tipo de
transição entre a selvagem e a cultivada.
A videira para vinificação pertence a espécie Vitis vinifera e suas parentes são
a Vitis rupestris, a Vitis riparia e a Vitis aestivalis, mas nenhuma delas possui a
mesma capacidade de acumular açúcar na proporção de 1/3 do seu volume,
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GEORGIA
As sementes encontradas na Georgia foram classificadas como Vitis
vinifera variedade sativa, o que serve de base para o argumento de que as
uvas eram cultivadas e o vinho presumivelmente elaborado. A idade dessas
coincide com a passagem das culturas avançadas da Europa e do Oriente
Próximo de uma vida nômade para uma vida sedentária, começando a cultivar
tanto quanto caçavam. Nesse período começam também a surgir, além da
pedra, utensílios de cobre e as primeiras cerâmicas nas margens do Mar
Cáspio.
O kwervri (um jarro de argila), existente no museu de Tbilisi, na Georgia,
datado de 50000 - 6000 a.C, é outra evidência desse período. No mesmo
museu existem pequenos segmentos e galhos de videiras, datadas de 3000
a.C., e que parecem ter sido parte dos adornos de sepultamento, talvez com
significado místico de serem transportadas para o mundo da morte onde
poderia ser plantada e dar novamente prazer.
Além das regiões ao norte dos Caucásos (Georgia e Armenia), a videira
também era nativa na maioria das regiões mais ao sul, existindo na Anatólia
(Turquia), na Pérsia (Irã), no sul da Mesopotâmia (Iraque) e nas montanhas de
Zagros, entre o Mar Cáspio e o Golfo Pérsico. É possível que as videiras da
região dos Cáucasos tenham sido levadas pelos fenícios da região onde hoje é
o Líbano para toda a Europa e seriam as ancestrais de várias das atuais uvas
brancas. Recentemente, foi encontrada no Irã (Pérsia), uma ânfora de 3.500
anos de idade contendo no seu interior uma mancha residual de vinho.
É provável que o Egito recebia suas videiras pelo rio Nilo, de Canaã (Líbano,
Israel, Jordânia e parte da Síria) ou da Assíria (Parte do Iraque e da Arábia
Saudita) ou, ainda da região montanhosa da Núbia ou da costa norte da África.
Há inúmeras lendas sobre onde teria começado a produção de vinhos e a
primeira delas está no Velho Testamento. O capítulo 9 do Gênesis diz que Noé,
após ter desembarcado os animais, plantou um vinhedo do qual fez vinho,
bebeu e se embriagou. Entre outros aspectos interessantes sobre a história de
Noé está o Monte Ararat, onde a Arca ancorou durante o dilúvio. Essa
montanha de 5.166 metros de altura é o ápice dos Cáucasos e fica entre a
Armênia e a Turquia. Entre as muitas expedições que subiram o monte à
procura dos restos da Arca, apenas uma, em 1951, encontrou uma peça de
madeira.
A questão mais complicada é onde morou Noé antes do dilúvio. Onde quer que
ele tenha construído a Arca, ele tinha vinhedos e já sabia fazer o vinho. As
videiras lógicamente faziam parte da carga da Arca. Uma especulação
interessante é que Noé teria sido um dos muitos sobreviventes da submersão
de Atlântida. Uma lenda basca celebra un herói chamado Ano que teria trazido
a videira e outras plantas num barco. Curiosamente, o basco é uma das mais
antigas línguas ocidentais e "ano" , em basco, também significa vinho. Na
Galícia também existe uma figura legendária denominada Noya que os
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MESOPOTÂMIA
Os mesopotâmios também eram bebedores de vinho. A Mesopotâmia (Iraque)
está situada entre os rios Tigre e Eufrates que correm ao sul dos Cáucasos (o
Eufrates nasce no Monte Ararat) e correm até o Golfo Pérsico, numa região
plana, quente e árida, uma antítese da região adequada para vitivinicultura. Os
sumérios aí se estabeleceram entre 4.000 a 3.000 a.C. e fundaram as cidades
de Kish e Ur. De Kish provém as primeiras forma de escrita, os pictogramas,
desenhados com estilete em argila úmida. Entre estes escritos há uma folha de
uva. Os mesopotâmios tentaram mais tardiamente o plantio de videiras, mas,
origininalmente, importavam o vinho de outras regiões. Há registros de que
dois séculos e meio depois o rio Eufrates foi usado para transporte de vinho da
região da Armenia para Babilônia, a cidade que sucedeu Kish e Ur.
Na Mesopotâmia os sumérios originaram os semitas e Mari foi sua principal
cidade, até que o Imperador Hammurabi fundou Babilônia (próxima de Bagdá)
em 1790 a.C.
Os hititas que ocuparam por volta de 2.000 a.C. a região da Anatolia (Turquia)
parecem ter sido entusiastas do vinho, julgando-se pela exuberância dos
frascos criados para servir e tomar o vinho (cálices e frascos em forma de
cabeça de animal feitos em ouro).
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EGITO
Os egípcios não foram os primeiros a fazer vinho, mas certamente foram os
primeiros a saber como registrar e celebrar os detalhes da vinificação em suas
pinturas que datam de 1.000 a 3.000 a.C. Havia, inclusive, experts que
diferenciavam as qualidades dos vinhos profissionalmente. Nas tumbas dos
faraós foram encontradas pinturas retratando com detalhes várias etapas da
elaboração do vinho, tais como a colheita da uva, a prensagem e a
fermentação. Também são vistas cenas mostrando como os vinhos eram
bebidos: em taças ou em jarras, através de canudos, em um ambiente festivo,
elegante, algumas vezes, licencioso. O consumo de vinho parece ter sido
limitado aos ricos, nobres e sacerdotes. Os vinhedos e o vinho eram oferecidos
ao deuses, especialmente pelos faraós, como mostram os registros do
presente que Ramses III (1100 a.C.) fez ao deus Amun.
Um fato muito interessante e que mostra o cuidado que os egípcios dedicavam
ao vinho é a descoberta feita em 1922 na tumba do jovem faraó Tutankamon
(1371-1352 a.C.). Foram encontradas 36 ânforas de vinho algumas das quais
continham inscrições da região, safra, nome do comerciante e até a inscrição
"muito boa qualidade"!
Quando do surgimento do Egito (por volta de 3.000 a.C.), os precursores dos
gregos ocuparam quatro áreas principais em volta do mar Egeu: o sul e
centro--leste da Grécia, a ilha de Creta, as ilhas Cicládicas no sul do Egeu e a
costa noroeste da Asia Menor. Nessas regiões foram cultivadas oliveiras e
videiras, duas novas culturas que acrescentaram nova dimensão à dieta
primitiva de milho e carne e que podiam crescer em terras pobres e
pedregosas para o cultivo de grãos. O azeite de oliva e o vinho foram
poderosos estímulos ao comércio e, consequentemente, à troca de idéias. O
vinho, em particular, trouxe uma nova dimensão às relações pessoais e
comerciais, na medida em que leva naturalmente a festividades, confidencias e
senso de oportunidade.
GRÉCIA
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ITÁLIA
O vinho chegou no sul da Itália através dos gregos a partir de próximo de 800
a.C. No entanto, os etruscos, que já viviam ao norte, na região da atual
Toscana, elaboravam vinhos e os comercializavam até na Gália e,
provavelmente, na Borgonha. Não se sabe, no entanto se eles trouxeram as
videiras de sua terra de origem (provavelmente da Ásia Menor ou da Fenícia)
ou se cultivaram uvas nativas da Itália, onde já havia videiras desde a pré-
história. Deste modo, não é possível dizer quem as usou primeiro para a
elaboração de vinhos. A mais antiga ânfora de vinho encontrada na Itália é
etrusca e data de 600 a.C.
O ponto crítico da história do vinho em Roma foi a vitória na longa guerra com
o Império de Cartago no norte da África para controlar o Mediterrâneo
Ocidental entre 264 e 146 a.C. Após as vitórias sobre o general Anibal e, a
seguir, sobre os macedônios e os Sírios, houve mudanças importantes.
Os romanos começaram a investir na agricultura com seriedade e a
vitivinicultura atingiu seu clímax. O primeiro a escrever sobre o tema foi o
senador Catão em sua obra "De Agri Cultura". No entanto, irônicamente, o mais
famoso manual foi escrito por um cartaginês, Mago, e traduzido para o latim e
para o grego. O manual de Mago, mais do qualquer outro estudo, estimulava a
plantação comercial de vinhedos a substituição de pequenas propriedades por
outras maiores.
Uma data importante no progresso de Roma foi 171 a.C., quando foi aberta a
primeira padaria da cidade, pois até então os romanos se alimentavam de
mingau de cereais. Agora Roma comia pão e certamente a sede por vinho iria
aumentar. Começava uma nova era e apareciam os "primeiro-cultivo" vinhos de
qualidade de vinhedos específicos, equivalentes aos "grands crus" de hoje. Na
costa da Campania, mais exatamente na baía de Nápoles e na península de
Sorriento estavam os melhore vinhedos. Dessa época é o maravilhoso
"Opimiano" (em homenagem ao consul Opimius) safra de 121 a.C. do vinhedo
Falernum que foi consumido, conforme registros históricos até 125 anos
depois. Ainda assim, os vinhos gregos ainda eram considerados pelos romanos
os melhores.
No império de Augusto (276 a.C. - 14 d.C.) a indústria do vinho estava
estabelecida em toda a extensão da Itália que já exportava vinhos para a
Grécia, Macedônia e Dalmácia). Todos os "grands crus" vinham da região entre
Roma e Pompéia, mas a região da costa adriática era também importante, em
especial pelas exportações. Pompéia ocupava uma posição de destaque,
podendo ser considerada a Bordeaux do Império Romano e era a maior
fornecedora de vinhos para Roma . Após a destruição de Pompéia pela
erupção do Vesúvio no ano 79 d.C., ocorreu uma louca corrida para a
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FRANÇA
Sobre a origem da vitivinicultura na França existe um verdadeira batalha entre
os historiadores. Há os que acreditam nos registros dos Romanos e outros
acham que os predecessores dos Celtas estabeleceram a elaboração de
vinhos na França. Há ainda os que acreditam que os franceses da idade da
pedra eram vinhateiros, pois no lago de Genebra foram encontradas sementes
de uvas selvagens que indicam o seu uso há 12.000 anos ou mais. Segundo a
"Escola Celta" os empreendimentos do ocidente são ignorados por não terem
registros escritos. Os celtas da Gália foram ativos e agressivos. Eles
dominaram quase toda a região dos Alpes, na época em que os atenienses
dominavam a Grécia, invadindo a Lombardia na Itália (onde fundaram Milão) e
alcançando Roma, chegaram à Ásia Menor, penetrando na Macedônia e
alcançaram Delphi e fundaram um acampamento no Danúbio, em Belgrado.
Os gauleses antigos já tinham contato com os vinhos do Mediterrâneos por
longo tempo e, como já foi dito, os gregos haviam fundado Marselha em 600
a.C., elaborando e comercializando vinhos com os nativos. Os celtas do interior
da Gália ainda não tinham alcançado o sul da França nessa época; ali
habitavam os ibéricos do norte da Itália e da Espanha. Se havia vinhedos
celtas na Gália eles não chegaram ao mediterrâneo. É dificil acreditar que na
França havia vinhedos, pois os chefes gaulêses pagavam um preço exorbitante
pelos vinhos aos comerciantes romanos: um escravo por uma ânfora de vinho,
isto é, trocavam o copo pelo copeiro. Marselha tornou-se parte do Império
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NOVO MUNDO
Da Europa , através das expedições colonizadoras, as vinhas chegaram a
outros continentes, se aclimataram e passaram a fornecer bons vinhos,
especialmente nas Américas do Norte (Estados Unidos) e do Sul (Argentina,
Chile e Brasil) e na África (África do Sul). A uva foi trazida para as Américas por
Cristóvão Colombo, na sua segunda viagem às Antilhas em 1493, e se
espalhou, a seguir, para o México e sul dos Estados Unidos e às colônias
espanholas da América do Sul. As videiras foram trazidas da Ilha da Madeira
ao Brasil em 1532 por Martim Afonso de Souza e plantadas por Brás Cubas,
inicialmente no litoral paulista e depois, em 1551, na região de Tatuapé.
É importante mencionar um fato importantíssimo e trágico na história da
vitivinicultura, ocorrido da segunda metade do século passado, em especial na
década de 1870, até o início deste século. Trata-se de uma doença parasitária
das vinhas, provocada pelo inseto Phylloxera Vastatrix, cuja larva ataca as
raízes. A Phylloxera foi trazida à Europa em vinhas americanas contaminadas,
onde destruiu praticamente todas as videiras européias. A salvação para o
grande mal foi a descoberta de que as raízes das videiras americanas eram
resistentes ao inseto e passaram a ser usadas como porta-enxerto para vinhas
européias. Desse modo, as videiras americanas foram o remédio para a
desgraça que elas próprias causaram às vitis européias.
Finalmente, é imprescindível lembrarmos as descobertas sobre os
microorganismos e a fermentação feitas por Louis de Pasteur (1822-1895) e
publicadas na sua obra "Études sur le Vin". Essas descobertas constituem o
marco fundamental para o desenvolvimento da enologia moderna.
A partir do século XX a elaboração dos vinhos tomou novos rumos com o
desenvolvimento tecnológico na viticultura e da enologia, propiciando
conquistas tais como o cruzamento genético de diferentes cepas de uvas, o
desenvolvimento de cepas de leveduras selecionadas geneticamente, a
colheita mecanizada, a fermentação "a frio" na elaboração dos vinhos brancos,
e várias outras. Ainda que pese o romantismo de muitos que consideram (ou
supõem?) os vinhos dos séculos passados como mais artesanais, os vinhos
deste século têm, certamente, um nível de qualidade bem melhor do que os de
épocas passadas.
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Degustação de Vinhos
A degustação de vinhos é uma prática complexa e necessária para podermos
perceber na totalidade as características dessa bebida tão rica como é o vinho.
Apesar de ser muito "endeusada" por vários conhecedores e com isso causar
receio nos consumidores leigos, a degustação de vinhos não requer
habilidades extraordinárias nem está reservada a um pequeno grupo de eleitos,
podendo sim ser praticada por todos os apreciadores e interessados no vinho.
Na prática, a degustação técnica de vinhos envolve apenas o ato de "prestar
atenção" no que bebemos, seguindo um roteiro aqui apresentado, e à
"anotação mental" das percepções, criando assim um dicionário e um acervo
específico.
Obviamente, quem desejar se aprofundar na degustação terá à sua frente uma
longa estrada, mas basicamente qualquer pessoa pode degustar vinhos.
As 3 etapas da degustação são: Exame Visual, Exame Olfativo e Exame
Gustativo.
EXAME VISUAL
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LIMPIDEZ
Os vinhos de longa guarda, como os Porto Vintage, os grandes Châteaux de
Bordeaux, Barolos e Amarones, com o tempo vão formando depósitos no fundo
da garrafa que, se agitados, turvam o vinho. Exceção feita a esse tipo de vinho,
todo vinho correto deve apresentar-se límpido, sem partículas em suspensão e
sem depósito. A presença dessas partículas indica que o vinho é mal feito ou
está deteriorado.
TRANSPARÊNCIA
Um vinho correto não pode estar turvo, deve apresentar-se transparente. Isto
pode ser constatado colocando-se por baixo da taça um papel contendo texto,
então deve-se conseguir ler as palavras. Vinhos deteriorados geralmente ficam
turvos. Alguns produtores têm reduzido ou evitado a filtração de seus vinhos,
para preservar suas características e possibilitar uma maior complexidade e
longevidade. Nesses casos, o vinho será um pouco turvo, e geralmente isso
estará informado no contra-rótulo.
BRILHO
As características de limpidez, viscosidade e transparência reunidas causam
reflexos luminosos nos vinhos, os quais podem apresentar um aspecto
brilhante. Em princípio, não é um sinal absoluto de qualidade, mas os grandes
vinhos em geral apresentam brilho intenso.
VISCOSIDADE
Todo vinho deve apresentar viscosidade, que é uma certa aderência do líquido
nas paredes da taça. Quando agitamos a taça e colocamos em repouso, o
vinho escorrerá lentamente nas paredes da taça, em filetes denominados
lágrimas, pernas ou arcos.
A formação das lágrimas é devida à tensão superficial e evaporação de álcoois
do vinho, especialmente o glicerol (também chamado glicerina).
Um vinho com pouca densidade é um vinho "aguado", escorre rapidamente nas
paredes da taça, o que indica que esse vinho terá pouco corpo, e não terá na
boca aquela sensação aveludada.
GÁS
A maioria dos vinhos no mundo são vinhos "tranquilos", isto é, sem gás.
Somente os vinhos espumantes (Champagnes, Crémants, Asti, etc.), e os
frisantes (Frascati, Lambrusco, Vinhos Verdes portugueses, etc.) devem
apresentar gás carbônico, observável na taça.
COR
A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente, pois fornece
informações importantes.
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EVOLUÇÃO DA COR
O EXAME OLFATIVO
OS AROMAS
O exame olfatório é realizado colocando-se o nariz junto à boca do copo e
cheirando vigorosamente, de preferência alternando-se as narinas direita e
esquerda. Diversas características podem ser percebidas:
QUALIDADE
A primeira coisa que se deve observar é se os aromas do vinho são agradáveis
ou não. Aromas desagradáveis significam que o vinho é de má qualidade ou
está deteriorado.
INTENSIDADE
Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptíveis, embora não
necessariamente intensos. Os vinhos inferiores são fracos em aromas. Os
grandes vinhos têm aromas intensos ou sutis porém complexos
CLASSIFICAÇÃO
Para padronizar a degustação, classificamos os aromas em grupos, devido à
sua origem no metabolismo do vinho e suas características nítidamente
diferenciadas.
Aromas Primários
São aromas provenientes das uvas. Geralmente não persistem no vinho, já que
durante a fermentação, além dos produtos finais (álcool e CO 2), formam-se
muitas substâncias secundárias aromáticas que mascaram os aromas da uva.
Em vinhos provenientes de uvas muito aromáticas, como a Moscatel e a
Gewürztraminer, o aroma primário dessas uvas pode ser encontrado.
Aromas Secundários
Em geral, são provenientes de muitas substâncias formadas durante o
processo de fermentação. Constituem os aromas predominantes nos bons
vinhos. O mais comum é o do álcool.
Aromas Terciários
Representam, na realidade, o conjunto dos aromas anteriores, somados aos
aromas mais complexos, originados durante o amadurecimento do vinho na
barrica de madeira e/ou ao seu envelhecimento na garrafa. São aromas ditos
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O EXAME GUSTATIVO
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DOCE
Os receptores gustativos para o sabor doce estão na ponta da língua.
ÁCIDO
É percebido nas porções laterais da língua, sendo mais acentuado nos vinhos
jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos.
AMARGO
Percebido na região posterior da língua, deve estar presente, mas não muito
intenso a ponto de ser desagradável.
SALGADO
Não deve existir no vinho, mas, em certos vinhos de aromas minerais,
percebem-se sabores também minerais ou metálicos que lembram o salgado.
Esta característica chamamos "sapidez" do vinho.
O "TATO"
Na realidade não se trata do sentido do tato como é percebido na pele, mas
sim de sensações decorrentes de estímulos físicos ou químicos que também
são percebidas na língua, e assim definidas:
CORPO
É a sensação de opulência provocada pelo vinho na boca. Vinhos de bom
corpo ou encorpados são vinhos volumosos na boca e nos dão a sensação de
que poderíamos mastigá-lo.
Vinhos de pouco corpo ou "magros" são vinhos "aguados". O glicerol é um dos
componentes que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho.
ADSTRINGÊNCIA (TANICIDADE)
É a sensação de "travo" ou secura da boca, semelhante à de se comer uma
banana ou um caqui verde. Essa sensação é provocada pelos taninos do
vinho, que se combinam com as proteínas enzimáticas da saliva e não as deixa
agir nas papilas gustativas, gerando a sensação de boca seca.
GÁS CARBÔNICO
Só deve existir nos vinhos espumantes e frisantes. Sua presença na boca
causa o efeito agulha, como se houvessem agulhas picando a língua.
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SENSAÇÕES COMPLEXAS
RETROGOSTO OU AROMA DE BOCA
É a sensação olfatória percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca, e
expirar apenas pelo nariz, de modo que os aromas desprendidos sejam
levados até cavidade nasal onde serão sentidos na área olfatória.
Dessa forma consegue-se perceber outros aromas, principalmente nos vinhos
maduros e mais complexos.
Caminho do Retrogosto
PERSISTÊNCIA
É o tempo de duração da sensação de retrogosto. Vai de 0 a 3 segundos nos
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TIPOS DE DEGUSTAÇÃO
AVALIAÇÃO DE QUALIDADE (POR PONTOS)
Julgamento das qualidades, usando uma graduação de valores para os
atributos do vinho, geralmente organizados em uma Ficha de Degustação
Essa avaliação é a utilizada em Concursos e avaliações comparativas feitas
por publicações especializadas.
Geralmente é feita por um grupo de degustadores, fazendo-se uma média
estatística dos resultados.
DEGUSTAÇÃO VERTICAL
É uma degustação organizada para se comparar as características de
diferentes safras de um mesmo vinho.
DEGUSTAÇÃO HORIZONTAL
É uma degustação organizada para se comparar diferentes vinhos de uma
mesma safra, geralmente de uma mesma região ou Denominação
Enólogo ou Enófilo ?
Enófilo
Enófilos somos todos nós que gostamos de vinhos, que fazemos anotações
sobre os vinhos que tomamos, que freqüentamos confrarias ou encontros de
vinhos, enófilos com diferentes níveis de conhecimento sobre vinhos.
Nós somos enófilos e você também é, embora nem soubesse disso.
Um comentário muito inteligente diz que "Enólogo é o cara que diante do vinho
toma decisões, e Enófilo é aquele que, diante das decisões toma vinho" (de
Luiz Groff).
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O Enochato
Enochato é aquela espécie da qual todos nós conhecemos um exemplar (ou
vários).
O enochato chega às festas ou ao restaurante, pega uma taça, certifica-se de
que tem bastante gente olhando, faz cara de entendido, gira o copo no sentido
horário e com inclinação de 26,487º em relação a Greenwich, funga dentro da
taça, revira os olhos, fala um monte de coisas complicadas e depois olha para
as outras pessoas presentes com ar superior, como se elas fossem a ralé da
humanidade por não entender de vinhos tanto quanto ele.
É justamente por causa dos enochatos que o vinho tem essa fama de coisa
complicada, inacessível, sofisticada, exclusiva de gente rica, metida e chata.
Propomos aqui uma campanha internacional de extermínio dos enochatos e
para isso não é preciso usar violência, basta que ninguém mais preste atenção
às macaquices deles frente a uma taça de vinho. Sem platéia, o enochato
murcha, perde a pose e sai de fininho.
É preciso acabar com essa impressão elitista que as pessoas têm do vinho.
No século 17, a Igreja Católica dava pão e vinho às famílias pobres! Vinho era
considerado item de primeira necessidade, fazia parte da cesta básica!
Todo mundo deveria ter a oportunidade de aprender a tomar vinhos, sem achar
que o vinho e sua cultura representam chatice ou um bicho papão, cheio de
mistérios e dificuldades.
A partir de agora você também é um soldado nessa luta para popularizar o
vinho, combinado?
ORIGEM
Uva tinta de ótima qualidade, originalmente proveniente de Bordeaux (França).
A casta cabernet sauvignon é considerada a rainha das uvas, pela longa e
consistente história de mais de 200 anos, e pelo alto equilíbrio, robustez e
desempenho dos vinhos produzidos não só na sua origem, mas em todas as
partes do mundo. A Cabernet Sauvignon é de fato uma uva híbrida, "inventada"
no séc. XVIII, a partir de um cruzamento bem sucedido da cabernet franc
(cabernet) com a sauvignon blanc (sauvignon); na verdade a
designação sauvignon rouge ainda existe na França; quase desapareceu no
séc. XIX com a praga filoxera. Hoje é utilizada não só na composição de vinhos
Bordeaux (q.v.), tanto os genéricos como os famosos "châteaux" específicos,
mas é também responsável por bons varietais, robustos e aromáticos, com
acidez equilibrada e bons taninos.
REGIÕES DE PRODUÇÃO
A partir de Bordeaux, espalhou-se mais para o sul da França, atravessou para
Espanha, foi para Itália, atravessou o Atlantico e hoje é a uva mais plantada em
todo o mundo. Sua maior expressão continua sendo nos vinhos "grand cru" de
Bordeaux, em que é combinada com cabernet franc, merlot, e petit verdot. Mas
tem dado o que falar na California, Chile e Austrália.
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Uva Merlot
ORIGEM
uma das melhores uvas do mundo, original de Bordeaux (França). É hoje das
mais cultivadas em todo mundo, produzindo excelentes varietais. Na sua
origem, entra na composição dos grandes bordeaux, habilmente combinada
com cabernet sauvignon, e cabernet franc ou verdot. Tem ampla capacidade de
envelhecimento.
REGIÕES DE PRODUÇÃO
A região imbatível do Merlot é Saint-Emilion, em Bordeaux. Ali são feitas peças
divinas como Chateau Cheval Blanc e Chateau Petrus. Fora dali, espalha-se
por todo o mundo, sendo digno de nota os Merlot chilenos californianos, e neo-
zelandeses. Na Itália tem feito boas combinações com a SanGiovese.
HARMONIZAÇÃO
devido ao seu corpo pleno e taninos robustos e equilibrados, será sempre boa
companhia para carnes, caças e aves mais consistentes (frango não!). Com
seu toque macio dos açucares remanescentes, e o bom equilíbrio entre acidez
e alcool, e taninos e antocianos presentes, é bom acompanhamento também
para pratos de carne de porco, pernil, lombinho grelhado, com batatas, ou num
toque mais brasileiro, aipim (mandioca) frita, ervilhas. Não esqecer dos queijos
amarelos.
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ORIGEM
Uva tinta originária da região de Bordeaux (França). Trata-se de uma casta
muito semelhante a Merlot, e com as mesma s características de cor rubi
violácea, sabor maduro de frutas secas e especiarias; no paladar nota-se um
leve adocicado, devido principalmente aos taninos redondos e elevada
alcoolicidade que alcança. Capaz de produzir vinhos de guarda; sendo que em
menos de 3 anos apresenta vinhos desequilibrados, onde alcool, acidez e
taninos guerreiam contra o consumidor.
REGIÕES DE PRODUÇÃO
Como outras uvas francesas, espalhou-se pelo mundo; é bastante utilizada em
vinhos varietais, principalmente na Argentina e Califórnia. Na França ainda
entre como corte nos vinhos Bordeaux, junto com Cabernet Sauvignon e
Cabernet Franc. Mas sua terra hoje é Mendoza.
HARMONIZAÇÃO
Harmoniza-se com carnes vermelhas, churrasco, feijoada, e queijos fortes, pois
tem taninos e antocianos (pigmentos da uva) fortes, mas não agressivos --
quando bem elaborados e envelhecidos 2 ou 3 anos, podendo ser até bem
mais. Não combinará com defumados, nem com gorgonzola, nem com massas
com tomates. Muito menos com saladas.
Uva Carmenère
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REGIÕES DE PRODUÇÃO
Hoje pode-se dizer que a Carmenère é uma uva chilena, e lá encontra sua
plena expressão, mas aparece também na California e na Argentina. Os vinhos
são via-de-regra varietais, mas podem aparecer combinados com cabernet
sauvignon, ou mesmo shiraz. Alguns Tops chilenos usam Carmenère em seu
corte.
HARMONIZAÇÃO
Carnes vermelhas, feijoada (é isso mesmo), e assados. Não deve ser utilizada
para acompanhar pratos com molho de tomate, ou pratos leves e saladas. Uma
boa pedida para o "fondue" bourgignone (carne).
ORIGEM
excelente uva da região da Borgonha (Bourgogne, França). A Pinot Noir é
sozinha responsável por alguns dos melhores vinhos tintos do mundo. Já foi
transplantada para muitos paises, com razoável sucesso. Entretanto, a Pinot
Noir fora de seus "terroirs" originais não tem desempenho que chegue aos pés
das origens. Ocorrem também a Pinot Gris, Pinot blanc, e Pinot Meunier, que
dão ótimos vinhos brancos. A Pinot Noir pode dar também vinho branco quando
suavemente macerada; combinada com a pinot meunier e chardonnay, formam
por excelência, as castas originais do champagne.
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HARMONIZAÇÃO
devido á sua potencia pode acompanhar (ou ser acompanhado por) carnes
vermelhas bem preparadas, queijos e fondue (de queijo ou bourguignone,
claro). Devido ao seu corpo médio e sua acidez equilibrada com taninos
redondos, não irá bem com feijoada ou churrasco (há outras boas opções para
isso), mas aceitará bem uma carne seca com queijo de coalho. Aves, caça,
vitela e porco -- mesmo um bom javali -- são perfeitos com Pinot Noir. Conferir
o filme "Festa de Babette".
ORIGEM
uva tinta de superior qualidade, originalmente proveniente do Caucaso, e
conhecida na antiga Pérsia, é talvez a uva vinifera mais antiga do mundo. O
nome Shiraz vem da cidade de Shiraz (Iran), onde era muito cultivada na
antiguidade. Trazida para o Ocidente, criou raízes "modernas" no sul da
Borgonha e na Provence (França). Hoje casta principal dos Côtes-du-Rhône,
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REGIÕES DE PRODUÇÃO
Na França, a syrah ocupa lugar de destaque no centro-leste e no sudeste; no
Novo Mundo, a shiraz se destaca na África do Sul e na Austrália, sendo que o
famoso Grange supera com facilidade a concorrencia, mesmo dos franceses.
HARMONIZAÇÃO
São sempre vinhos saborosos e estruturados; acompanham bem pratos de
carnes e aves, e queijos amarelos. Pode ser também uma boa opção para
acompanhar fondues e soufflés. Uma outra combinação muito boa é com
crêpes salgadas.
Uva Tannat
ORIGEM
superior uva tinta, originalmente procedente de Bordeaux (França), similar a
Merlot, mas com maior concentraçao de taninos e antocianos (cor). Os vinhos
de uva Tannat são sempre de bom corpo e muito cor, tendo entretanto taninos
macios. Hoje pouco -- ou nada -- utilizada na origem, é muito cultivada na
América Latina (Chile, Argentina, Uruguai e Brasil).
REGIÕES DE PRODUÇÃO
conforme dito, a América Latina expressa bem a uva Tannat, em vinhos
encorpados, saborosos e marcantes. O Uruguai adotou o Tannat como seu
vinho símbolo, e tem tido expressiva presença no mercado internacional.
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HARMONIZAÇÃO
Costela no bafo, ou um simples frango assado, com polenta e agrião. Pato
assado com pure de batatas e cubos de queijo amarelo (gruyére ou provolone),
couve fresca refogada. Presunto cru ou cozido, e pizza margherita ou
calabresa. (Embora o Tannat seja digestivo, uma sugestão de cada vez)
Uva Tempranillo
ORIGEM
considerada a melhor uva tinta espanhola; com ela são elaborados os ótimos
vinhos da Rioja e da Ribeira Del Duero (ambas no norte da Espanha). Em
Portugal é conhecida como Tinta Roriz no Douro, e Aragonês no Alentejo.
REGIÕES DE PRODUÇÃO
Na Espanha produz ótimos vinhos, sendo que merece destaque o famoso Vega
Sicilia (Ribera del Duero). Já saiu do Velho Mundo, tem sido plantada no Novo
Mundo, principalmente na América do Sul, produzindo bons vinhos varietais.
Uva Chardonnay
ORIGEM
excelente uva branca, originária das regiões de Champagne e Bourgogne
(França), mas hoje espalhada pelo mundo todo. Responsável por grandes
vinhos brancos, com equilibrado sabor frutado, entre o seco e o meio-doce,
com boa capacidade de envelhecimento. Apresentamos em separado a
Chardonnay da Champagne (Chardonnay 2).
REGIÕES DE PRODUÇÃO
Embora seja possível conseguir ótimos chardonnays pelo mundo afora (Velho e
Novo), nada se compara com sua melhor expressão na Borgonha, onde são
elaborados os Puilly-Fuissé, os Montrachet, e outras preciosidades.
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HARMONIZAÇÃO
peixes leves, carne branca, pratos simples e saladas. Ou mesmo
acompanhando frutas e queijos num final de tarde de outono.
ORIGEM
Casta superior de uva branca originária das regiões de Bordeaux e Loire
(França). Produz excelentes vinhos brancos secos, com acentuado bouquet e
caráter distinto. Nas suas origens, principalmente no vale do Loire, dá vinhos
espetaculares e envelhecer 5-10 anos, ou até mais, e só melhorar com o
tempo. É uma uva espetacular, referencia de uva branca vinifera (superior)
junto com a Riesling e a Chardonnay.
REGIÕES DE PRODUÇÃO
Como quase todas as viniferas de destaque, espalhou-se pelo mundo. Fora da
sua origem consegue entretanto dar vinhos excelentes. America do Norte,
America do Sul, Australia Nova Zelandia e Africa do Sul produzem ótimos
Sauvignon Blanc. Mas se tivermos que escolher um local emblematico pra SB
(no Novo Mundo), entao esse lugar é a Nova Zelandia.
Os vinhos SB nunca são amadurecidos em madeira. Podem ser fermentados
em madeiras, e lá deixados algumas semanas sobre as leveduras (sur lies) pra
pegar mais cor e sabor. Mas depois é pra garrafa. Aí podem evoluir por anos ou
decadas, ou serem tomados logo. Como dito, os vinhos de referencia sáo
Sancerre (Loire) e Nova Zelandia, em especial vale de Marlborough.
HARMONIZAÇÃO
Para garantir que um SB seja só alegria é preciso tê-lo em bom ambiente. E
boa temperatura (8-10 C).
É um vinho tão versátil que fica bem na neve e na praia, no Verão e no Inverno.
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Temperatura de Vinhos
TINTOS
Envelhecidos e Encorpados - 16 a 18 oC
Não envelhecidos mas Encorpados - 14 a 16 oC
Jovens e pouco encorpados - 12 a 14 oC
Beujolais 'Primeur" ou "Nouveau" - 10 a 12 oC
BRANCOS
Secos, Envelhecidos e Encorpados - 12 a 14 oC
Secos, Jovens e Leves - 6 a 12 oC
Suaves e Doces - 4 a 6 oC
ROSÉS
Secos e Encorpados - 10 a 12 oC
Secos, Jovens e Leves - 6 a 12 oC
Suaves e Doces - 4 a 6 oC
ESPUMANTES
Brut - 6 A 12 oC
Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC
FORTIFICADOS
Vinho do Porto - 10 A 18 oC
Jerez - 8 A 14 oC
Madeira - 12 A 14 oC
RESFRIANDO VINHOS
Vinhos se ressentem de mudanças bruscas ou frequentes de temperatura,
então para resfriá-los devemos usar métodos adequados.
Por isso, passagens rápidas no freezer devem ser evitadas.
O método ideal é deixar a garrafa em um balde de água fria com pedras de
gelo. Não apenas gelo, que seria frio demais.
Uma garrafa deixada durante 8 minutos na água com gelo sofrerá uma redução
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COM A SOBREMESA
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COMO DIGESTIVO
Na Europa é bastante difundido o hábito de consumir uma bebida de maior teor
alcoólico após a refeição, como digestivo.
Nessa situação os destilados acompanham também charutos e cigarros.
Diversos destilados de uva se colocam como os mais prestigiados para esse
fim, o mais famoso deles é o Cognac.
Destilados de uva
Cognac, Armagnac e Marc (franceses), Bagaceira (portuguesa), Grapa ou
Graspa(italiana)
CARNES BRANCAS
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CARNES VERMELHAS
MASSAS
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QUEIJOS
BIBLIOGRAFIA
http://www.academiadovinho.com.br/biblioteca/historia.htm
http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/4121/1/VINICIUS
%20MEDEIROS%20REUS.pdf
APÊNDICE
ANEXOS
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