Equações polinomiais

Equações Polinomiais
É toda equação do tipo:
an x n  an1 x n1  ...  a2 x 2  a1 x1  a0  0

Com 𝑎𝑛 ≠ 0, onde:

• an , an 1,...,a2 , a1, a0 são os coeficientes;

• an xn , an1xn1,...,a2 x2 , a1x1, a0 são os termos da equação;
• x é a incógnita;
• 𝑛 ∈ 𝐼𝑁 ∗
 Raiz da equação polinomial

Como visto na aula anterior, é o valor numérico

da incógnita que torna a igualdade verdadeira.
O número a é raiz da equação se P(a) = 0.
 Multiplicidade de raízes
Se uma equação tiver duas raízes iguais dizemos
que é uma raiz de multiplicidade 2 ou uma raiz
dupla, se forem três raízes iguais, trata-se de uma
raiz de multiplicidade 3 ou uma raiz tripla e assim
por diante.
Ex: 𝑥 − 3 𝑥 − 1 2 𝑥 − 4 3 = 0

Equações equivalentes:
Duas equações polinomiais são consideradas
equivalentes quando apresentam exatamente o
mesmo conjunto solução, toda raiz de uma também
é raiz da outra.
Teorema Fundamental da Álgebra (T.F.A.):

Todo polinômio de grau maior ou igual a 1

admite ao menos uma raiz complexa.
Deixaremos o estudo de números complexos
para mais adiante.
 Teorema da decomposição
Todo polinômio P de grau n ( n  1 ) pode ser
decomposto em n fatores do primeiro grau do
tipo
P  a n x  r1 x  r2 x  r3 ...x  rn 

em que r , r , r ,...r são as raízes de P, e 𝑎𝑛 é

1 2 3 n

chamado de coeficiente predominante.

 Exemplos
1) Uma das raízes da equação 𝑥 2 + 2𝑥 − 3 = 0
é 1. Transforme essa equação num produto
de fatores do primeiro grau.
Resolução:
Se 1 é raiz, então 𝑥 2 + 2𝑥 − 3 é divisível por
𝑥 − 1. Efetuando a divisão, obtemos
𝑥 2 + 2𝑥 − 3 = x − 1 . (𝑥 + 3)
Então x − 1 . 𝑥 + 3 = 0.
 Exemplos
2) Qual a forma fatorada do polinômio
3𝑥 3 − 15𝑥 2 − 3𝑥 + 15 cujas raízes são 1, -1 e 5?

Resolução:
3𝑥 3 − 15𝑥 2 − 3𝑥 + 15 = 3 x − 1 . x + 1 . (x − 5)
 Exemplos
3) Escreva um polinômio real p(x) de menor grau
possível, com coeficiente predominante igual a 2
que admita 1 e -2 como raízes simples e 3 como
raiz dupla.
Resolução:
1 e -2 são raizes simples, 3 tem multiplicidade 2
e 2 é o coeficiente predominante, então:
𝑝 𝑥 = 2 𝑥 − 1 . 𝑥 − −2 . 𝑥 − 3 2
𝑃 𝑥 = 2𝑥 4 − 10𝑥 3 + 2𝑥 2 + 42𝑥 − 36.
 Raízes Racionais
Teorema das raízes racionais: se uma equação
polinomial P  x   a n x n
 a n1 x n1
 ...  a 2 x 2
 a1  a0  0, an  0
x 1
,
de coeficientes inteiros, admite uma raiz
racional qp , p  Z , q  Z e p e q sendo primos entre si,
*

então p é divisor de a0 e q é divisor de an.

 Exemplo
Seja a equação 𝑥 4 + 𝑥 3 − 7𝑥 2 − 𝑥 + 6 = 0.
p é divisor de 6: p ∈ {-1,1,-2,2,-3,3,-6,6}
q é divisor de 1: q ∈ {-1,1}
𝑝
∈ −1,1,−2,2,−3,3,−6,6
𝑞

Analisando temos que:

P(-1)=0 e P(1)=0. Então -1 e 1 são raízes.

Ou seja, P(x)=(x+1)(x-1)Q(x), com Q(x) igual ao resultado da

divisão de P(x) por Q(x), ou seja, 𝑥 2 + 𝑥 − 6.
Cujas raízes são 2 e -3.
Então a solução da equação é S={-3,-1,1,2}.
 Relações de Girard
São fórmulas matemáticas que relacionam os
coeficientes e as raízes de uma equação.
1) Relações entre os coeficientes e as raízes de
uma equação do 2°ograu: ax2 + bx + c = 0,
com raízes 1 e 2 :
 Relações de Girard
2) Relações entre os coeficientes e as raízes de
uma equação do 3°o grau:
ax3 + bx2 + cx + d = 0, com raízes 1, 2 e 3:
 Relações de Girard
3)Na equação de grau n:
anxn + an - 1xn - 1 + an - 2xn - 2 + ... + a2x2 + a1x+ a0 = 0,
com raízes 1, 2, ... , n1 e n:
 Exemplo
1) Vamos escrever as relações de Girard para a
equação 𝑥 3 + 7𝑥 2 − 3𝑥 + 5, considerando
𝑥1 , 𝑥2 𝑒 𝑥3 raízes da equação.
Resolução:
7
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = − = −7
1
3
𝑥1 . 𝑥2 + 𝑥1 . 𝑥3 + 𝑥2 . 𝑥3 = − = −3
1
3
5
𝑥1 . 𝑥2 . 𝑥3 = −1 . = −5
1
Retomaremos as equações de Girard após o
conteúdo de funções do segundo grau.