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DNA e síntese proteica 2

1. Crescimento e renovação celular


1.1 DNA e síntese proteica

Apesar de em 1869, Friedrich


Miescher, após ter trabalhado com
glóbulos brancos de pus humano, ter
identificado uma molécula exclusiva
do núcleo, constituída por C, H, O, N
e P, que designou por nucleína e que
não é mais do que o atualmente
conhecido ADN, só muitos anos mais
tarde vieram a ser atribuídos a esta
molécula os papéis que hoje
conhecemos.
DNA e síntese proteica 3

1. 1 DNA e síntese proteica


•  Nas décadas de 20 e 30 do século passado, os
bioquímicos, além de já conhecerem o ADN, sabiam que
no núcleo das células existiam cromossomas e sabiam
que estes continham ADN e proteínas.
•  Sabiam, ainda, que o metabolismo celular resultava da
atuação equilibrada de enzimas e que estas eram
produzidas a partir de informações contidas no núcleo –
nos cromossomas.
DNA e síntese proteica 4

Experiência de Griffith
Os trabalhos realizados pelo bacteriologista
Frederick Griffith, em 1928, abriram caminho
a um conjunto de trabalhos experimentais que
permitiram identificar o material genético.

Resolver a atividade das


pág. as 14 e 15

Frederick Griffith
DNA e síntese proteica 5

Proposta de soluções - pág. as 14 e 15

1.  A estirpe de bactérias do tipo S.


2.  Os lotes 1, 2 e 3.
3.  As bactérias do tipo S foram mortas pelo calor,
perdendo a capacidade de provocar pneumonia.
4.  Talvez as bactérias mortas do tipo S, transmitam
alguma informação às bactérias do tipo R, de tal forma
que estas passam a ser capazes de produzir uma
cápsula, transformando-se, assim, virulentas.
DNA e síntese proteica 6

Experiência de Griffith
•  Os resultados destas experiências mostram que a
variedade de bactérias tipo S é patogénica para estes
animais e a variedade tipo R não é patogénica. As
bactérias tipo S mortas pelo calor tornam-se inofensivas.
•  Uma mistura de bactérias tipo S mortas pelo calor e de
bactérias tipo R vivas causa a morte dos ratos.
•  Tudo leva a crer que teriam sido as bactérias não
patogénicas, que teriam adquirido a capacidade de se
tornarem patogénicas pelo desenvolvimento de uma
cápsula. Nesta conversão de um tipo de bactérias noutro,
conhecida como transformação, intervém uma substância
química – “PRINCÍPIO TRANSFORMANTE”.
DNA e síntese proteica 7

Experiência de Griffith
Surgiu, entretanto, a ideia de que existiria nas células
capsuladas um “princípio transformante” que, ao libertar-se
pelo aquecimento, penetrava nas células não virulentas,
transformando-as em virulentas (transformava um tipo de
bactérias noutro tipo).
Qual é a natureza química desta substância?
DNA e síntese proteica 8

Experiências de Avery, MacLeod e McCarthy


A descoberta do princípio transformante surgiu em 1944, como
resultado de trabalhos de investigação realizados por uma equipa
de investigadores chefiados por Oswald Avery.

Resolver pág. as 15 e 16

Oswald Avery
DNA e síntese proteica 9

Proposta de soluções - pág. as 15 e 16

1.  Que substância seria transferida das bactérias mortas do


tipo S para as bactérias vivas do tipo R?; Qual é a
natureza química do “princípio transformante”?.
2.  Uma molécula purificada das bactérias de tipo S constitui
o material genético, sendo capaz de transformar bactérias
de tipo R em bactérias de tipo S.
3.  Nas placas B, D e E.
4.  A placa A.
DNA e síntese proteica 10

Proposta de soluções - pág. as 15 e 16

5. Por um lado, dado que na amostra tratada com enzimas


responsáveis pela degradação do DNA (e na placa de
controlo) não ocorria transformação das bactérias e por outro
lado, nas amostras tratadas com enzimas responsáveis pela
degradação do RNA e das proteínas a transformação ocorria.
No seu conjunto, estes resultados indicam que o princípio
transformante é o DNA.
6. O DNA das bactérias de tipo S mortas pelo calor é
incorporado nas bactérias do tipo R. Assim, estas passam a
ter informação para produzirem cápsula, tornando-se
virulentas, razão pela qual provocam a morte dos ratos.
DNA e síntese proteica 11

Experiências de Avery, MacLeod e McCarthy


•  Avery e os seus colaboradores suspeitaram que o DNA
pudesse ser “princípio transformante”.
•  Só o DNA é capaz de provocar uma transformação durável
de bactérias de linhagem R, não patogénicas, em bactérias
de linhagem S, patogénicas.
•  O extrato de DNA transformou o património genético das
bactérias.
•  A comunidade científica da época não estava preparada
para elevar o DNA a categoria de molécula responsável
pelo comando da vida celular. Foram necessários mais
alguns anos, novos conhecimentos e novas experiências
para tal ocorrer e se confirmar a natureza química do
material genético.
DNA e síntese proteica 12

Trabalhos de Hershey e Chase


Com as experiências de Hershey e Chase, foi definitivamente
aceite pela comunidade científica que o DNA é a molécula que
contém a informação para a organização e o funcionamento
da célula e não as proteínas.
Resolver pág. as 17 e 18

Martha Chase Alfred Hershey


DNA e síntese proteica 13

Proposta de soluções - pág. as 17 e 18


1.  Ao marcarem radiotivamente estes compostos, foi-lhes
possível seguir o seu trajeto no decurso da experiência.
2.  As proteínas presentes na cápsula dos vírus, e marcadas
radioativamente, não penetram na bactéria. As novas
cápsulas são produzidas pelas bactérias que trabalham
agora de acordo com as instruções do DNA viral. Assim,
na produção de novas cápsulas são utilizados
aminoácidos presentes na bactéria e que, por isso, não
estavam marcados radioativamente.
3.  Os resultados desta investigação permitem concluir que,
embora só o DNA viral penetre nas bactérias e não as
proteínas, este contém a informação necessária para a
produção de novos vírus. Desta forma, mais uma vez se
reforça a ideia de que o DNA é o suporte da informação
genética e não as proteínas.
DNA e síntese proteica 14

Ácidos nucleicos
•  São as principais moléculas envolvidas em processos de controlo
celular. Contêm a informação genética; intervêm na síntese de
proteínas; são o suporte universal da informação hereditária;
•  Existem dois tipos de ácidos nucleicos:
•  ADN ou DNA – Ácido Desoxirribonucleico;
•  RNA – Ácido Ribonucleico.

A quantidade de DNA na célula é CONSTANTE, enquanto que a de


RNA é VARIÁVEL de acordo com a atividade celular.
DNA e síntese proteica 15

•  O DNA é constituído por unidades básicas – os nucleótidos.


•  Cada nucleótido é constituído por:
•  Uma pentose
•  Uma base azotada
•  Um grupo fosfato (que confere propriedades ácidas aos ácidos
nucleicos).
DNA e síntese proteica 16

Tipos de pentoses:
•  DNA – a desoxirribose é uma pentose
•  RNA – a ribose é uma pentose
DNA e síntese proteica 17

Tipos de bases azotadas:


DNA e síntese proteica 18

¡  Existem cinco tipos de bases azotadas:


•  Adenina (A)
Timina (T)
•  Guanina (G)
Uracilo (U)
•  Citosina (C)

•  A Timina é exclusiva do DNA, sendo substituída, no


RNA, pelo Uracilo.
•  N o D N A , a s b a s e s l i g a m - s e e n t r e s i p o r
complementaridade, por reações de condensação, da
seguinte forma:
A–T e C–G
•  Esta ligação permite que duas cadeias nucleotídicas
se liguem, formando uma dupla cadeia que se
enrola em hélice.
DNA e síntese proteica 19

Estrutura:
•  DNA - duas cadeias polinucleotídicas,
enroladas em hélice (dupla hélice);
•  RNA - em regra, uma cadeia polinucleotídica
simples.
DNA e síntese proteica 20

Ácidos nucleicos
A unidade estrutural é o
NUCLEÓTIDO, formando cadeias
polinucleotídicas que se unem
essencialmente por reações de
CONDENSAÇÃO (ligações
covalentes do tipo fosfodiéster).

O RNA e o DNA são polímeros de


nucleótidos, isto é, são
polinucleótidos.
DNA e síntese proteica 21

Estrutura:
A base azotada liga-se ao carbono 1´ da pentose e o grupo fosfato
ao carbono 5´.
DNA e síntese proteica 22

Estrutura:
Os nucleótidos ligam-se entre si
por ligações covalentes do
tipo fosfodiéster, entre o grupo
hidroxilo do carbono 3´ e o
grupo fosfato do nucleótido
seguinte, formando-se assim, a
cadeia polinucleotídica.
DNA e síntese proteica 23

•  Cada cadeia de nucleótidos tem, nas suas extremidades, uma


ponta livre, designando-se uma por 3´ e outra por 5´.

•  São estas extremidades que determinam o sentido da cadeia,


cuja formação ocorre sempre de 5´ para 3´.
•  A ligação entre as duas cadeias polinucleotídicas faz-se por
pontes de hidrogénio (a adenina liga-se à timina através de 2
pontes de hidrogénio e a guanina liga-se à citosina através de 3
pontes de hidrogénio).
DNA e síntese proteica 24

Na molécula de DNA, à extremidade 5´ de uma cadeia corresponde


a extremidade 3´ da cadeia complementar, o que justifica a
designação de cadeias antiparalelas - as duas cadeias da dupla
hélice dispõem-se em sentido oposto uma em relação à outra.
DNA e síntese proteica 25

A adenina liga-se à timina


através de 2 pontes de
hidrogénio e a guanina liga-se
à citosina através de 3 pontes
de hidrogénio.
DNA e síntese proteica 26

Ligação
covalente
do tipo
fosfodiéster

Pontes de hidrogénio
DNA e síntese proteica 27

Descoberta do DNA
•  Foi apenas na década de 40 do século XX que o DNA foi
reconhecido como a molécula responsável por conter e
passar a informação genética.
•  A molécula de DNA é invariável do ponto de vista
químico, seja qual for o tipo de célula ou de ser vivo.
DNA e síntese proteica 28

Descoberta do DNA
•  A principal diferença no material genético entre procariontes e
eucariontes, reside na quantidade de material, organização e
localização.
•  Nos procariontes, o DNA encontra-se no citoplasma como uma
molécula circular, não tendo, em regra, outros constituintes
associados. A esta molécula dá-se o nome de nucleóide.

•  Nas células eucariontes, quase todo, o material genético encontra-se


no interior de um compartimento membranar denominado de núcleo e
encontra-se associado a proteínas.
DNA e síntese proteica 29

Um pouco de História
da Biologia… Descoberta do DNA

Entre 1944 e 1952,


C h a r g a f f e
colaboradores
analisaram amostras Verificaram que em cada espécie havia uma grande
de DNA de diferentes semelhança entre as quantidades de timina e de
espécies. adenina, por um lado, e de citosina e guanina, por
outro.
DNA e síntese proteica 30

Um pouco de História
da Biologia…

Estabeleceram a
Regra de Chargaff

A = T e C = G, pelo que:

(A+C) / (T+G) ≈ 1
Regra de Chargaff
DNA e síntese proteica 31

Um pouco de História
da Biologia… Ver pág. as 20 e 21

Em 1950, Franklin analisou o DNA com a técnica de


Rosalind Franklin difração de raios-X, permitindo concluir que o DNA tem
(1920-1958) e Wilkins uma estrutura em hélice.
preparam amostras de
DNA para a difração
DNA e síntese proteica 32

Um pouco de História
da Biologia…
Estrutura tridimensional do DNA

Em 1953 James
Wa t s o n e F r a n c i s
Crick propuseram um
modelo tridimensional
para a estrutura da
molécula de DNA.

Em 1962, foi atribuído


a Watson, Crick e
Wilkins o Prémio
Nobel da Medicina e
Fisiologia pelos seus
trabalhos.
Franklin não foi
incluída no prémio
pois já tinha falecido.
DNA e síntese proteica 33

Resolva a atividade
das páginas 21 e 22
DNA e síntese proteica 34

Proposta de soluções - pág. as 21 e 22


1. Os nucleótidos da mesma cadeia estabelecem entre si ligações
covalentes do tipo fosfodiéster.
2. Pontes de hidrogénio.

3. Segundo este modelo, as duas cadeias da molécula de DNA


estão ligadas por complementaridade resultante do facto da
adenina só emparelhar com a timina (duas pontes de hidrogénio) e
da guanina só emparelhar com a citosina (três pontes de
hidrogénio). Assim, a percentagem de timinas será idêntica à
percentagem de adeninas, assim como a percentagem de
guaninas será idêntica à percentagem de citosinas, tal como
previa Chargaff.
4. As duas cadeias iniciam-se numa extremidade 5´ e terminam
numa extremidade 3´, no entanto, cada cadeia desenvolve-se em
sentidos opostos. Assim, à extremidade 5´de uma cadeia irá
corresponder a extremidade 3´da outra cadeia.
DNA e síntese proteica 35

Molécula RNA
Grande parte dos processos biológicos que decorrem nos organismos
não podem ser totalmente compreendidos se não tivermos um
conhecimento detalhado do RNA. O RNA está cheio de surpresas. De
facto, os vários tipos de RNA constituem uma classe altamente
complexa de moléculas com uma vasta variedade de papéis ao nível
celular. Em 2006, dois prémios Nobel foram atribuídos a investigações
no campo do RNA. O Nobel da Química foi concedido a Kornberg no
estudo de fatores de transcrição do RNA e o Nobel da Medicina e
Fisiologia foi concedido a Fire e Mello na descoberta do RNA de
interferência.
DNA e síntese proteica 36

Composição do RNA

- Adenina
- Guanina
- Citosina
- Uracilo
DNA e síntese proteica 37

Estrutura do RNA
O RNA é constituído por uma cadeia polinucleotídica
simples, que, por vezes, se pode dobrar sobre si
própria quando se estabelecem ocasionalmente
pontes de hidrogénio entre as bases complementares.

37
DNA e síntese proteica 38

Molécula RNA
Existem vários tipos de RNA que são estruturalmente e funcionalmente
diferentes, destacando-se:
•  mRNA (mensageiro): transporta a mensagem do DNA do núcleo para o citoplasma.
•  tRNA (transferência): transporta os aminoácidos para junto dos ribossomas.
•  rRNA (ribossómico): molécula larga e dobrada que, juntamente com algumas
proteínas, forma o ribossoma.

Nas células eucarióticas, o RNA é, geralmente, sintetizado no interior


do núcleo, a partir de uma porção de DNA (gene), migrando depois
para o citoplasma onde desempenha a sua função.
DNA e síntese proteica 39

Replicação do DNA
DNA e síntese proteica 40

Replicação do DNA

•  Nos seres procariontes:


ocorre no citoplasma.

•  Nos seres eucariontes:


ocorre no núcleo.
DNA e síntese proteica 41

Replicação do DNA
•  Até Watson e Crick nada tinha sido proposto relativamente à
replicação da molécula da hereditariedade, isto é, relativamente ao
modo como se duplica o DNA antes da divisão celular.
•  A partir do momento da descoberta do DNA tornou-se claro que antes
da divisão celular as células têm que duplicar o seu DNA
assegurando assim a conservação do património genético ao
longo das gerações.
•  O DNA possui a capacidade de originar cópias de si mesmo, através
de um processo designado REPLICAÇÃO.
•  Este processo assegura tanto a produção de células geneticamente
idênticas, como a passagem da informação genética ao longo das gerações,
em todos os organismos.
DNA e síntese proteica 42

Como é replicado o DNA?

Ver página 25
DNA e síntese proteica 43

Replicação semiconservativa
DNA e síntese proteica 44

Replicação do DNA
•  A replicação inicía-se com a ação enzimática da HELICASE na molécula de DNA.

•  Esta enzima desfaz a dupla hélice e destrói as pontes de hidrogénio, provocando


a separação das duas cadeias antiparalelas.

•  À medida que as duas cadeias se separam, um complexo enzimático - DNA-


polimerase - vai ligando a cada uma das cadeias, nucleótidos livres, de acordo
com a complementaridade das bases, no sentido 5´ è 3´.

•  Cada cadeia nucleotídica da molécula antiga serve de molde à nova cadeia


antiparalela que se vai formando à passagem do complexo enzimático (DNA-
polimerase ).

•  No final, obtêm-se 2 moléculas de DNA exatamente iguais, com os nucleótidos


dispostos na mesma sequência em que estavam na molécula original.

•  Cada molécula fica com uma das cadeias originais, que serviram de molde –
REPLICAÇÃO SEMI-CONSERVATIVA.
DNA e síntese proteica 45

Replicação do DNA
DNA e síntese proteica 46

Replicação do DNA
DNA e síntese proteica 47
Replicação do DNA
O DNA é replicado com o auxílio de um Complexo de Replicação (DNA polimerase)
DNA e síntese proteica 48

Replicação do DNA
DNA e síntese proteica 49

Replicação do DNA
Experiência de Meselson e Stahl

Meselson e Stahl, através de uma experiência, conseguiram testar a


hipótese da replicação semiconservativa. Esta experiência consistiu
em cultivar bactérias Escherichia coli num meio contendo azoto 15N,
mais pesado do que o isótopo mais comum, 14N. Na primeira geração,
todas as bactérias apresentavam, incorporado no seu DNA, o 15N e
foram passadas para um meio contendo 14N, onde se reproduziram.
Efetuaram-se análises ao DNA das várias gerações obtidas,
recorrendo ao seu isolamento e centrifugação.
DNA e síntese proteica 50
DNA e síntese proteica 51

Replicação do DNA
Experiência de Meselson e Stahl
DNA e síntese proteica 52
DNA e síntese proteica 53

Replicação do DNA
Experiência de Meselson e Stahl

Conseguiram comprovar que:


•  As bactérias que foram cultivadas num meio com 15N (G0 – geração
parental) possuíam um DNA mais denso, que migrava para próximo do
fundo do tubo de ensaio;
•  Num meio com 14N, na primeira geração (G1), cada molécula de DNA tem
uma cadeia com 15N, isto é, apresenta uma densidade intermédia entre o
DNA só com 15N e o DNA só com 14N;
•  Na segunda geração (G2) obtêm-se 50% de moléculas de DNA com
15N14N e a mesma percentagem de moléculas só com 14N;

•  Na terceira geração (G3) aparecem 75% das moléculas de DNA com 14N

e 25% com DNA de densidade intermédia;


•  Em divisões seguintes observa-se uma proporção crescente de moléculas
com DNA pouco denso relativamente às moléculas com DNA de
diversidade intermédia.
DNA e síntese proteica 54

Replicação do DNA
Experiência de Meselson e Stahl

Os resultados da experiência apoiaram o modelo da


REPLICAÇÃO SEMICONSERVATIVA, que se processa segundo
a regra da complementaridade de bases.
DNA e síntese proteica 55

•  Na replicação semiconservativa da molécula de DNA forma-se uma


cópia integral de cada uma das cadeias constituintes da molécula
original, através da polimerização ordenada de nucleótidos, segundo a
regra da complememtaridade de bases.
•  Cada uma das moléculas formadas é identica à molécula original,
tendo uma cadeia da molécula original e uma cadeia nova.
•  A hipótese de replicação semiconservativa foi apoiada pelas
experiências de Meselson e Sthal.
•  O Modelo de Replicação Semiconservativa permite explicar a
transmissão do programa genético e a relativa constância da
composição do DNA no decurso das divisões celulares.

Ver página 29
DNA e síntese proteica 56

Replicação do DNA
Experiência de Meselson e Stahl

Resolva a atividade das páginas 26 e 27.


DNA e síntese proteica 57

Proposta de soluções - pág. as 26 e 27


1. O DNA das bactérias cultivadas com azoto pesado é mais
denso, pelo que após a centrifugação se encontrará mais
próximo da base do tubo de ensaio.
2. Os nucleótidos utilizados para formar as cadeias de DNA
incorporam o azoto disponível no meio (azoto pesado),
apresentando, por isso, maior densidade.
3. Os resultados apoiam a hipótese semiconservativa, na
medida em que foi obtida uma primenira geração de DNA
com densidade intermédia.
4. Na terceira geração deverá surgir 75% do DNA com o
nível de densidade correspondente ao 14N e 25% de DNA
com densidade intermédia (14N/15N).
DNA e síntese proteica 58
DNA e síntese proteica 59

Código genético
•  O DNA, além de produzir cópias de si mesmo, regula a atividade das
células através do controlo da produção de proteínas.

•  Numa célula, a informação para a


sequência de aminoácidos de cada
proteína está contida nos genes (são
segmentos do DNA) - a porção de DNA
que contêm a informação para a
síntese de uma dada proteína designa-
se por GENE.

•  A totalidade dos genes necessários


para o desenvolvimento e a formação
de um organismo completo constitui o
GENOMA.
DNA e síntese proteica 60

Código genético

¡  O DNA está associado a


proteínas – as histonas,
formando fibras de
cromatina.
¡  A cromatina pode estar
mais ou menos
condensada.
¡  Quando as fibras são
curtas e espessas
designam-se por
cromossomas.
DNA e síntese proteica 61

Cada espécie apresenta um


número característico de
cromossomas – Cariótipo.

Número de cromossomas por espécie


DNA e síntese proteica 62

Como explicar a grande diversidade de seres vivos?


Código genético
No núcleo das células, encontra-se a receita dos seres vivos que
corresponde às longas moléculas de DNA aí presentes. Essa receita é
composta por diversos “ingredientes” – os genes – cada um portador de
uma certa informação e que controla uma característica diferente do nosso
corpo (altura, cor dos olhos, tipos de cabelo, etc). No entanto, a receita
encontra-se escrita sob a forma de um código – o código genético. Como
decifrá-lo?

Código genético
Corresponde ao dicionário que a célula utiliza para traduzir a linguagem
genética em linguagem proteica.
DNA e síntese proteica 63

Dogma central da biologia molecular


Um fluxo unidirecional de informação entre os ácidos nucleicos e
as proteínas foi descrito por Watson e Crick, pouco depois da
publicação dos seus trabalhos.
Ver página 30

O “dogma central” consegue explicar como é que um gene codifica uma proteína, mas
não conseque explicar como é que a célula “sabe” que gene expressar em
determinada altura.
DNA e síntese proteica 64

Visão geral da síntese de proteínas

•  A sequência de DNA determina a sequência de aminoácidos,


no entanto, as células não usam a informação contida no DNA
diretamente.

•  Depois de alguma investigação verificou-se que as células


utilizam moléculas de RNA formadas no núcleo e que migram
para o citoplasma, onde são lidas. Este RNA funciona como
um mensageiro pelo que se designou de RNA mensageiro
(mRNA).
DNA e síntese proteica 65

Visão geral da síntese de proteínas


DNA e síntese proteica 66

Código genético
A grande diversidade de proteínas existentes resulta do n.º
e da sequência dos aminoácidos que as constituem.
Como é que existindo 4 nucleótidos diferentes, era possível
que estes codificassem cerca de 20 aminoácidos distintos?
Que código é utilizado pelos genes?
DNA e síntese proteica 67

Código genético
DNA e síntese proteica 68

Código genético
•  Os biólogos moleculares estabeleceram um código de correspondência
entre os 4 tipos de nucleótidos e os cerca de 20 aminoácidos existentes
nas diferentes proteínas.

•  Atualmente, admite-se que para se codificar 1 aminoácido,


necessitamos de uma sequência de 3 nucleótidos.

Aminoácido
DNA e síntese proteica 69

Código genético
•  Estabeleceu-se que para cada aminoácido é necessário uma
sequência de três nucleótidos consecutivos (tripleto) do
mRNA a que se dá o nome de codão.
•  Três nucleótidos consecutivos do DNA constituem um
codogene - tripleto que possui a mensagem genética para a
síntese de um aminoácido.

•  Assim o código genético consiste na correspondência entre os


codões e os nucleótidos.

•  Ao analisarmos o código genético verificamos que cada


aminoácido pode ser codificado por mais do que um codão, e que
existem codões que marcam o início e o fim da síntese.
DNA e síntese proteica 70

Código genético
DNA e síntese proteica 72

Características do código genético


DNA e síntese proteica 73

Atividade
Experiências de Nirenberg e colaboradores

Resolva a atividade da página 32.


DNA e síntese proteica 74

Atividade
Experiências de Nirenberg e colaboradores

Proposta de soluções
1.  Em cada um dos casos, cada tripleto é constituído apenas por
um tipo de nucleótido. No primeiro caso, os tripletos são
constituídos por 3 uracilos. Nos restantes dois casos, por 3
adeninas e por 3 citosinas, respetivamente.
2.  Os péptidos sintetizados a partir de mRNA poli-U são
formados, exclusivamente, por um tipo de aminoácidos –
fenilalanina. Por sua vez, quando o mRNA é poli-A, o
polipéptido é formado apenas por aminoácidos lisina. E no
caso de o mRNA ser poli-C, o péptido apresenta somente
aminoácidos prolina.
DNA e síntese proteica 75

Síntese de
proteínas
DNA e síntese proteica 76

Síntese proteica
•  O DNA de uma célula eucariótica que está no núcleo, devido
as sua dimensões, não passa pelos poros da membrana
nuclear.

•  Se a síntese proteica ocorre no citoplasma, como é que a


informação genética chega ao citoplasma?
•  O processo de transferência de informação da célula é realizado ao
nível do núcleo na presença de um complexo enzimático.

•  De uma das cadeias de DNA é formado o RNA, que irá formar as


proteínas.
DNA e síntese proteica 77

Mecanismo da síntese de proteínas


A SÍNTESE PROTEICA OCORRE NO INTERIOR DAS CÉLULAS EM DUAS FASES:

-Transcrição
Corresponde à cópia da informação do DNA para o RNA (a informação do DNA é
transcrita para mRNA, por complementaridade de bases).

-Tradução
Corresponde ao processo de transferência dessa informação para uma sequência
de aminoácidos de uma proteína específica.

Transcrição Tradução
DNA mRNA Polipéptido
(proteína)
DNA e síntese proteica 78

Transcrição
•  Nos seres vivos, a primeira etapa da transferência da informação
genética corresponde à síntese de mRNA a partir de uma cadeia de
DNA que contém informação e que lhe serve de molde.
•  Esta síntese faz-se na presença de um complexo enzimático chamado
RNA polimerase.
DNA e síntese proteica 79

Transcrição
•  O mRNA é polimerizado exclusivamente no sentido
5’→3’ .
•  As bases emparelham-se por complementaridade,
ocupando o uracilo o lugar da timina (U emparelha com
A).

DNA mRNA
DNA e síntese proteica 80

Transcrição
Cada gene (DNA) contêm informação para a síntese de uma proteína,
possuindo no início uma região que promove a síntese proteica
(promotor), que irá terminar no finalizador (região final do gene).
1.º ligação da RNA polimerase a locais específicos do DNA (promotor);
2.º despiralização do DNA;
3.º quebra das pontes de hidrogénio e separação das cadeias de DNA;
4.º ligação de nucleótidos livres formando uma cadeia complementar a
uma das cadeias do DNA, que funciona como molde, no sentido 5’ → 3 ́,
formando-se o mRNA/pré-mRNA, até encontrar a sequência finalizadora;
5.º libertação do pré-mRNA sintetizado;
6.º restabelecimento das pontes de hidrogénio e da estrutura do DNA.
DNA e síntese proteica 81

Transcrição

Local finalizador

pré-mRNA RNA polimerase


Transcrição
DNA e síntese proteica 83

Maturação, processamento, splicing


•  Na molécula de mRNA imatura (RNA pré-mensageiro) existem porções
— os intrões — que não contêm informação para a síntese da proteína e
que, antes da molécula passar para o citoplasma, são removidas.
•  As porções que permanecem — os exões — são expressas na fase
seguinte (tradução), originando uma proteína.
•  É o conjunto dos exões que deixa o núcleo através de um dos poros da
membrana nuclear. O processo de remoção dos intrões é designado por
maturação, processamento ou splicing.
•  São os exões que realmente contêm informação para a nova proteína e
que, como tal, devem sair do núcleo.
•  Durante o processamento, enzimas removem os intrões e os exões são
unidos formando-se uma cadeia de mRNA maturo e que se encontra
pronto para sair do núcleo.
DNA e síntese proteica 84

Maturação, processamento, splicing


DNA e síntese proteica 85

Maturação, processamento, splicing


Nos seres procariontes, a molécula de mRNA não sofre maturação e
todas as fases da síntese proteica ocorrem no mesmo local, dado que
não há núcleo individualizado nas células destes seres.
DNA e síntese proteica 86

Atividade
Transcrição

Resolva a atividade da página 35.


DNA e síntese proteica 87

Proposta de soluções - pág. a 35


1. tRNA polimerase.
2. Um determinado segmento da dupla hélice de DNA desenrola-
se; a partir de uma das cadeias expostas é copiada, por
complementaridade, uma molécula de mRNA..
3. Exões. São estas porções do RNA que vão constituir o mRNA,
que abandona o núcleo e migra para o citoplasma, transportando a
informação necessária para que a síntese proteica ocorra.

Nota: Os intrões foram apelidados na década de 1980 de DNA-lixo. Atualmente, a maioria


dos investigadores acredita que eles deverão ter um papel importante, caso contrário não
teriam sido conservados no longo percurso evolutivo. Um quarto de século após a sua
descoberta, as sequências intrónicas continuam a ser um mistério. Porque razão alguns
genes apresentam estas sequências e outros não? Qual o seu papel? Porque se mantêm?
Alguns investigadores admitem que estas sequências correspondem a genes antigos que
perderam a sua função original ou que sejam restos de DNA de vírus que em tempos
infetaram as células.
DNA e síntese proteica 88

Tradução
•  A tradução é um processo que ocorre no citoplasma, junto dos
ribossomas, e que corresponde à transformação da mensagem contida
no mRNA, na sequência de aminoácidos que constituem a cadeia
polipeptídica (da proteína).
•  A tradução permite que a mensagem contida no mRNA seja
descodificada e utilizada para fabricar uma proteína.
•  As proteínas são constituídas por aminoácidos (nos seres vivos, existem
20 aminoácidos diferentes), unidos por ligações peptídicas.
DNA e síntese proteica 89

Tradução
Na tradução há vários intervenientes:
•  mRNA;
•  Ribossomas (subunidade maior e menor);
•  Aminoácidos;
•  tRNA;
•  Enzimas e moléculas
que transferem energia
para todo o sistema.
DNA e síntese proteica 90

Tradução
RNA transferência
•  O tRNA funciona como intérprete entre a linguagem do mRNA e a
linguagem das proteínas. Apresentam uma cadeia de 75 a 80
ribonucleótidos.
•  Cada tRNA tem numa
zona especial uma
sequência de 3
nucleótidos, o
anticodão, que é
complementar com
um dos codões do
mRNA.
DNA e síntese proteica 91

Tradução
RNA transferência

Na extremidade 3´ da molécula de
tRNA liga-se o respetivo
aminoácido – local aminoacil.
DNA e síntese proteica 92

Tradução
Ribossoma
•  Constituído por 2 subunidades cuja constituição química são
proteínas e rRNA (RNA ribossómico).
•  A tradução só tem início quando a subunidade menor do ribossoma
se liga à extremidade 5`do mRNA.
DNA e síntese proteica 93

Tradução
Ribossoma
•  Local A – onde se liga o anticodão do tRNA, alinhando o
a.a. específico correspondente ao codão do mRNA
•  Local P – local que permite a ligação de dois a.a.
transportados pelos tRNA por ligações peptídicas
•  Local E – local que permite a saída do tRNA após
transferência do a.a.
DNA e síntese proteica 94

Etapas da Tradução

Processo de Tradução é constituído por 3 etapas:

•  Iniciação do processo.

•  Alongamento da cadeia polipeptídica.

•  Finalização da cadeia que coincide com o fim da


incorporação de aminoácidos.

Ver páginas 38 e 39
DNA e síntese proteica 95

Tradução
INICIAÇÃO:

A tradução inicia-se com a ligação


do mRNA à subunidade menor do
ribossoma, e com o reconhecimento
do codão iniciador (AUG) pelo tRNA
correspondente (anticodão UAC,
com o aminoácido metionina - met).
Em seguida estabelece-se a ligação
da subunidade maior do ribossoma.
O ribossoma está então funcional.
DNA e síntese proteica 96

Tradução
INICIAÇÃO:

A adaptação codão-anticodão ocorre no ribossoma no sítio P – local


peptidil. Esta primeira fase da síntese inicia-se pela ligação da
extremidade 5´ do mRNA à subunidade menor do ribossoma. Há
dispêndio de energia.
DNA e síntese proteica 97

Tradução
ALONGAMENTO:

•  Nesta etapa o ribossoma desloca-se ao longo do mRNA na direção 5´-


3´, percorrendo o espaço correspondente a um codão.

•  Um novo tRNA que transporta o segundo amoniácido liga-se ao


segundo codão, no local A.

•  Há a formação de uma ligação peptídica entre o aminoácido que ele


transporta e a metionina (formação de um dipeptídeo).

•  O ribossoma continua a deslocar-se ao longo do mRNA, os tripletos vão


sendo descodificados e os aminoácidos vão-se ligando, um a um, à
cadeia peptídica em formação.
DNA e síntese proteica 98

Tradução

ALONGAMENTO:
DNA e síntese proteica 99

Tradução

ALONGAMENTO:
DNA e síntese proteica 100

Tradução

ALONGAMENTO:

É de notar que a mesma molécula de mRNA pode ser traduzida em simultâneo


por mais do que um ribossoma, havendo assim a formação de várias proteínas
iguais – a molécula de mRNA liga-se a diversos ribossomas formando um
polirribossoma ou polissoma.
DNA e síntese proteica 101

Tradução

FINALIZAÇÃO:

•  A tradução termina quando o


ribossoma, no seu deslocamento
ao longo da molécula de mRNA,
encontra um dos codões
terminais (UAA, UAG ou UGA),
pois a este codão não
corresponde nenhum tRNA.

•  As unidades dos ribossomas


separam-se e ficam livres para
iniciarem outro processo.
DNA e síntese proteica 103

Tradução
DNA e síntese proteica 104
DNA e síntese proteica 105

Mecanismo da síntese de proteínas


Ver página 40
DNA e síntese proteica 107
DNA e síntese proteica 108

Função das proteínas


•  Estrutural – estrutura dos componentes celulares (cabelos)

•  Suporte – (quitina insetos)

•  Revestimento - (unhas e garras)

•  Enzimática – biocatalizadores das reações químicas dos seres vivos

•  Transporte – de moléculas específicas

•  Hormonal – insulina, adrenalina, ...

•  Defesa – anticorpos (adquiridos por doença ou por vacinação)

•  Contrátil – movimentos dos músculos (actina e miosina dos


músculos)
•  Reserva - albumina do ovo
DNA e síntese proteica 109

Alteração do material genético


•  Em todos os organismos, a informação genética está codificada na
sequência de nucleótidos dos genes.

•  Embora muito resistente o material genético não se mantém imutável,


podendo em algumas situações ser modificado.

•  A tais modificações dá-se o nome de mutações génicas e os


indivíduos que as sofrem mutantes.

Ler as páginas 41, 42 e 43 e resolver a atividade (42).


Plataforma 20.
DNA e síntese proteica 110

Proposta de soluções - pág. a 42

1. O gene mutante apresenta uma adenina substituída por uma


timina.
2. Gene normal: GAA.
Gene mutante: GUA
3. A molécula de hemoglobina resultante do gene mutante
apresenta na posição 6 o aminoácido Valina em substituição do
Ácido Glutâmico.
DNA e síntese proteica 111

Resolver atividades das páginas 54, 55 e 56 (até ao


exercício 4).
DNA e síntese proteica 112

Proposta de soluções - pág. as 54, 55 e 56

1. 1.1 D. 2. 2.1 V.
1.2 E. 2.2 F.

1.3 D. 2.3 F.
1.4 D. 2.4 V.

1.5 E. 2.5 V.

1.6 B. 3. D.
1.7 C. 4. 4.1 A – V; B – V; C – F; D – V; E – F; F – F.

1.8 B.

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